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Interação Comunitária Atenção Básica ⤷ porta de entrada do SUS e primeiro nível de atenção de uma rede hierarquizada e organizada em complexidade crescente, compreendendo ações de promoção, proteção da saúde e prevenção ↓ conceito previsto na Constituição Federal Brasileira de 1988 ⤷ as diretrizes da política: 1. descentralização e direção única em cada esfera do governo, 2. integralidade e prioridade à prevenção e 3. participação da comunidade ⤷ Canadá, Cuba, Suécia e Inglaterra são precursoras de ações e programas de cuidados primários e serviram de inspiração ao modelo brasileiro Histórico década de 1990: Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) e o Programa Saúde da Família (PSF) em 2006, tornou Estratégia Saúde da Família (ESF) ⤷ marco de nova proposta de APS, a fim de reestruturar o sistema de saúde Política Nacional de Atenção Básica - PNAB ● criada em 2006 ● a fim de agrupar distintas iniciativas e revisá-las para definir prioridades e otimizar os gastos -> no processo de implementação do SUS, as práticas da APS foram implementadas como política de Estado e denominadas de Atenção Básica ● por meio da portaria 648 as diretrizes da AB foram alteradas para 1. território definido, facilitando o planejamento e programação, 2. universalidade, porta de entrada preferencial e resolutividade, 3. desenvolvimento de vínculo, 4. integralidade e ambiente cooperativo e 5. estímulo à participação social divisão de responsabilidades: - todas as esferas do governo devem incentivar o programa, ter infraestrutura e financiamento, estabelecer prioridades e metas, planeja, apoiar, monitorar e avaliar, realizar intercâmbio de experiências e promover participação popular e controle social - o Ministério da Saúde deve definir as diretrizes (pela CIT), restar apoio à qualificação de gestores, ter estratégia de articulação de gestões, articular com o MEC na definição de mudanças curriculares que privilegiam AB e manter educação permanente - a Secretaria Estadual da Saúde deve definir diretrizes estaduais que respeitem as gerais, fazer financiamentos, analisar dados e utilizá-los para planejar, apoiar os municípios e manter educação permanente - a Secretaria Municipal de Saúde deve fazer financiamentos, ter a ESF como tática prioritária, organizar e executar os serviços da AB, apoiar as equipes, contratar e remunerar os profissionais e manter os sistemas de dados alimentados o processo de trabalho engloba definir território, programar e planejar ações de acordo com o fator de risco na população, acolhimento e escuta qualificada, atenção integral, ações em unidade e em município, educação da população e implementar estratégias e diretrizes as atribuições para cada integrante: - comum a todos os membros: territorialização e mapeamento de atuação, cadastros atualizados, participação no acolhimento, busca ativa e notificação de doenças e agravos, cuidado familiar, educação à população e mobilização social - enfermeiro: consultas de enfermagem, planejar, gerenciar e avaliar ações dos ACS (agentes comunitários), educação e gerenciar de insumos - técnico de enfermagem: participar de ações de saúde, gerenciar insumos e educação - médico: consultas clínicas e pequenas intervenções cirúrgicas, encaminhar para a referência, educação e gerenciar insumos - ACS: cadastro de pessoas dentro da microárea, orientar famílias quanto à utilização dos serviços, acompanhar famílias por visita domiciliar e ações educativas - cirurgião-dentista: diagnóstico em saúde bucal, pequenas cirurgias, supervisão de técnico e auxiliar e gerenciar insumos Revisão da PNAB ● em 2011 na portaria 2.488 ● essência de 2006 + ampliação do acesso, cobertura e resolubilidade da AB -> flexibilização da carga horária médica, novos arranjos de equipes e o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade na AB (PMAQ-AB) ⤷ houve ações e programas modificados e instituídos como o Programa Mais Médicos e a regulação vinculada ao Telessaúde Brasil Redes ⤷ houve em 2015 uma nova revisão (segunda revisão) ↓ ⬐ encerrou em 2017 na portaria 2.436 ⬎ Contexto atual da AB estudos se preocupam com a medida anterior causar retrocesso na organização da AB e com uma possível perda de recursos para outras configurações, uma vez que há retração do financiamento da saúde Expectativas para a AB efetivar uma APS acessível e resolutiva, fortalecendo o SUS todo -> depende da participação e protagonismo da sociedade na luta pelo direito à saúde, tal como dos interesses corporativos, políticos e econômicos Mas por que a AB? ● consenso pela OMS de 2008 que os sistemas nacionais de saúde devem ser baseados nela ● é uma proposta estruturante de organização que comprovadamente apresenta melhores resultados ⤷ evidências de resultados: 34% menos crianças com baixo peso e cobertura vacinal 2x melhor, desnutrição infantil crônica foi reduzida em 50%, 69% menos gestantes sem pré natal a importância da AB é, em menor grau, reduzir mortalidade infantil, precoce e por doenças cardiovasculares e diminuir as internações, e, em maior grau, aumentar a expectativa de vida, fornecer precisão aos diagnósticos, aderir aos tratamentos indicados e satisfazer os usuários do sistema; tal como, maior chance de reduzir as desigualdades sociais e melhor reconhecimento dos problemas e necessidades de saúde Incluído na AB ● Unidade Básica Fluvial: existem 48 UBS nesse formato entre Acre, Amazonas, Amapá, Pará e Tocantins ● Academia de Saúde: existem 77 polos com 2.245 obras concluídas ● Práticas Integrativas e Complementares: tem 29 práticas como geoterapia, cromoterapia, acupuntura, constelação familiar ● Mais Médicos ● Programa Nacional Telessaúde: iniciativa do Ministério da Saúde para proporcionar interação à distância entre profissionais, trabalhadores e estudantes da saúde ou entre usuários, com integração de ensino e serviço e foco na AB do SUS ⤷ resultados almejados: aumentar a resolubilidade clínica, melhoria na regulação de acesso à atenção especializada, uso racional dos recursos em saúde e qualificação dos profissionais ⤷ modalidades de telessaúde: ❖ tele-educação: serviço voltado à qualificação de profissionais trabalhadores e estudantes por difusão de conhecimentos relevantes, da indução à atitudes e do desenvolvimento de habilidades; existe a assíncronas (cursos) e a síncronas (webpalestras, webaulas, fóruns) ❖ teleconsultoria: atendimento bidirecional para profissionais que procuram soluções e esclarecimentos devido problemas técnicos relacionados a procedimentos clínicos ou de processo de trabalho ❖ teleconsultoria sistematizada: disponibilização de perguntas e respostas sistematizadas com base na organização das recorrências e com base na revisão bibliográfica e nas evidências científicas e clínicas ❖ teleconsultoria em regulação: atendimento bidirecional voltado ao auxílio ao processo regulatório por atenção especializada que realiza triagem e qualificação de encaminhamentos, padronização de condutas clínicas, maximização do potencial de cuidado na AB e esclarecimento sobre critérios de funcionamento da regulação ❖ telediagnóstico: apoio ao diagnóstico no qual é realizado num estabelecimento de saúde do SUS e enviado para o Núcleo do Programa para emissão de laudo ❖ tele-usuário: pré-clínico de informação ao usuário voltado 1á elucidação de dúvidas de saúde por meio da oferta de orientação e acolhimento remoto Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade na AB (PMAQ-AB) elaborado na revisão da PNAB que iniciou em 2011 objetivos e características do programa: 1. definir de forma tripartite (e universidades) atividades que as EAB devem desenvolver, além da infraestrutura, insumos e equipamentos esperados para as UBS 2. avaliar cada equipe participante do programa e usar essas info para aprimorar as ações da AB 3. aumentar o financiamento das equipes SF e AB a fim de desempenho de trabalho, garantindo um padrão de qualidade 4. realizar ações como autoavaliação, apoio institucional, educação permanente, monitoramento de indicadorese cooperação horizontal Ensino na Rede Básica é recomendação curricular, para a formação médica, a variação de cenários para o ensino prático, tal como a inserção desde o início do curso às atividades práticas ⤷ por que na rede básica? - formar um profissional competente para intervir na realidade de AB em que 80% dos problemas de saúde são resolvidos, em que intervêm no território e tem contato com população que vive na pobreza (grande parte dela) - valorizar uma demanda social inelutável - ampliar os cenários de prática tanto de clínica como de saúde coletiva - experiências que ensinam e não se encontra em livros - capacitar para trabalho em equipe, exercício de clínica ampliada, participação de projetos coletivos e torná-los abertos para continuar aprendendo necessidades pedagógicas: estrutura de estágio que facilite o trânsito entre teoria e prática, docentes capacitados para esse ensino e vínculo entre docente e o alunos. além disso, deve ser estruturado de forma ordenada, em pequenos grupos de alunos com supervisão e acompanhamento de professores, e ser voltado para o campo da saúde coletiva operacionalização: - contratação clara de responsabilidades com a rede pública, de modo que tenha projetos de integração docente-assistencial, definição de distritos para cada grupo e assegurar o compromisso dos alunos e docentes com respeito às diretrizes políticas sanitárias e mantendo a qualidade da atenção - investimento da universidade para assegurar a infraestrutura básica, elaborando, por exemplo, projetos de adaptação - parceria estreita entre a gerência local e o docente com reuniões e discussões que explicitem o projeto de ensino - projetar de modo a valorizar contato horizontal, propiciando construção de vínculos tanto com usuários como com a equipe - elaborar rede de cooperação entre rede básica e o hospital universitário - montar dispositivos de desenvolvimento docente com apoio da instituição, a fim da educação continuada dos docentes - definição de corpo docente para cada módulo - apoiar docentes e alunas para que a rede básica constitua um campo de investigação e produção de conhecimento, envolvendo, quando possível, os parceiros do sistema de saúde (não li todos os artigos sobre isso) ⬐ Saúde Pública x Saúde Coletiva ⬎ para a associação brasileira de saúde coletiva (ABRASCO), a saúde pública tem como objeto de trabalho os problemas de saúde, definidos em termo de mortes, doenças, agravos e riscos em suas ocorrências no nível da coletividade; o conceito de saúde adotado é o de ausência de doenças. como instrumento ou meio de trabalho, mobiliza a epidemiologia tradicional, o planejamento normativo e a concepção biologicista de saúde. o trabalho do agente é de desempenhar as atividades das vigilâncias tradicionais (epidemiológica e sanitária), aplicar modelos de transmissão de doença (controle de riscos), realizar ações de educação sanitária e fiscalizar a produção e a distribuição de bens e serviços definidos como de interesse da saúde na perspectiva reducionista do risco sanitário, definido pela clínica biomédica. a mudança a ser promovida é localizada e gradual de acordo com as possibilidades do Estado para a ABRASCO, a saúde coletiva toma como objeto as necessidades de saúde, ou seja, todas as condições não só para evitar a doença e prolongar a vida, mas também para melhorar a qualidade de vida e permitir o exercício da liberdade humana na busca da felicidade. como instrumento de trabalho tem a epidemiologia social ou crítica, a qual prioriza o estudo da determinação social e das desigualdades em saúde, o planejamento estratégico e comunicativo e a gestão democrática. o trabalho do agente é analisar o processo saúde-doença, considerando o contexto social histórico determinado em que ela se insere, o que o dará condições de intervir na realidade e promover mudanças na comunidade. a mudança a ser promovida é radical de acordo com a necessidade da comunidade e resultante de um embate entre o Estado e a comunidade TABELA RESUMITIVA objeto focado instrumento de trabalho trabalho do agente mudança provocada Saúde Pública ausência da doença epidemiologia tradicional, planejamento normativo e a concepção biologicista de saúde atv de vigilância tradicional, aplicar modelo de controle de riscos, realizar educação sanitária, fiscalizar bens de interesse da saúde para reduzir risco sanitário gradual, pela disponibilida de do Estado Saúde Coletiva necessidades de saúde epidemiologia social/crítica, planejamento estratégico e comunicativo e gestão democrática analisar processo saúde-doença, considerar contexto histórico e avaliar condições para intervir na realidade radical, pela necessidade da comunidade
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