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Direitos das Obrigações - Artigos 233 a 237 do CC

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ARTIGOS - DIREITOS DAS OBRIGAÇÕES
	ART 233 CC - A obrigação de dar coisa certa abrange os acessórios dela embora não mencionados, salvo se o contrário resultar do título ou das circunstâncias do caso.
Coisa certa é a coisa determinada, a coisa que esta especificada pelo gênero, quantidade, quantidade.. 
O Art 233 quer dizer que se o devedor tem a obrigação de dar a coisa certa para o credor, essa obrigação compreende também a obrigação de dar os acessórios dessa coisa certa, ou seja, o devedor tem a obrigação de entregar a coisa certa e todos os acessórios dessa coisa certa. 
EX: vendi meu carro, e junto com o carro, terei que entregar junto os acessórios deste carro.
Essa obrigação de entregar os acessórios juntamente com a coisa certa, decorrem do principio da gravitação jurídica determina que os acessórios sigam o bem principal.
A obrigação de dar os acessórios juntamente com o bem principal diz respeito apenas aos acessórios propriamente ditos (aqueles que são partes integrantes do bem principal), e não as pertenças. 
	ART 234 CC - Se, no caso do artigo antecedente, a coisa se perder, sem culpa do devedor, antes da tradição, ou pendente a condição suspensiva, fica resolvida a obrigação para ambas as partes; se a perda resultar de culpa do devedor, responderá este pelo equivalente e mais perdas e danos.
Se a coisa se perdeu sem culpa do devedor, o devedor não tem responsabilidade, então extingue – se a obrigação para ambas as partes. (não serei obrigada a entregar a coisa e o outro não será obrigada a me pagar pela coisa)
Se a coisa se perdeu por culpa do devedor, o devedor tem responsabilidade, e terá que ressarcir e indenizar o credor. 
Ex: Fulano doou seu carro para fulana, mas um dia antes da tradição ele estava dirigindo bêbado e jogou seu carro no rio, neste caso por ter culpa, fulano será obrigado a dar o valor de veiculo para fulana e, se for o caso, mais perdas e danos sofridos por fulana.. 
EX CONDIÇÃO SUSPENSIVA: Fulano obrigou-se a doar seu carro para fulana, caso fulana terminasse seu mestrado., mas no meio do mestrado, fulano jogou o carro no rio por estar dirigindo bêbado. Neste caso, fulana poderá exigir o valor do carro, assim que terminar o mestrado, e mais perdas e danos se for o caso. 
	ART 235 CC - Deteriorada a coisa, não sendo o devedor culpado, poderá o credor resolver a obrigação, ou aceitar a coisa, abatido de seu preço o valor que perdeu.. ( sem culpa)
O artigo oferece duas opções ao credo, que seria, não aceitar a coisa deteriorada e considerar extinta a obrigação, ou, aceitar a coisa deteriorada, abatido ( ou receber) o valor que perdeu com a depreciação do bem.. ( caso não tenha pago pelo bem, ele terá o direito de receber do bem o valor que perdeu com a deterioração, ou se já pagou o valor do bem, ele terá direito a receber de volta o valor referente a deterioração do bem. 
	ART 236 CC- Sendo culpado o devedor, poderá o credor exigir o equivalente, ou aceitar a coisa no estado em que se acha, com direito a reclamar, em um ou em outro caso, indenização das perdas e danos. ( com culpa) 
O artigo trás duas opções ao credor, que seria não aceitar a coisa deteriorada e pretender receber o equivalente + perdas e danos, ou, aceitar a coisa deteriorada + o valor da depreciação + perdas e danos. 
EX: (não quis ficar com a coisa) – fulano comprou e pagou avista um caminhão na loja, e essa loja ficou de fazer uma revisão no caminhão e entregar no prazo de 48 horas, fulano marcou de fazer vários fretes com o caminhão, acontece que o caminhão sofreu um acidente dentro da loja por descuido do funcionário. Nesse caso fulano optou por não ficar com o caminhão, então ele terá o valor corrigido que pagou pelo caminhão + perdas e danos que sofreu por virtude de não poder realizar os fretes que havia comprometido. 
Ex (quis ficar com a coisa) no mesmo exemplo citado acima, mas fulano optou ficar com o caminhão, nesse caso, ele recebe o caminhão (mesmo deteriorado) + o valor da depreciação do bem + as perdas e danos que sofreu em virtude de não poder realizar os fretes que havia se comprometido.
	ART 237 CC - Até a tradição pertence ao devedor a coisa, com os seus melhoramentos e acrescidos, pelos quais poderá exigir aumento no preço; se o credor não anuir, poderá o devedor resolver a obrigação.
	Parágrafo único. Os frutos percebidos são do devedor, cabendo ao credor os pendentes.
Este artigo trata-se dos cômodos, sendo assim as vantagens, os melhoramentos, as benfeitorias, os acréscimos, que se somam ao bem principal. 
Se antes da entrega do bem, esse bem sofrer um acréscimo ou melhoramento, o devedor será obrigada a entregar o bem com o acréscimo ou melhoramento sem poder exigir aumento no preço? O devedor poderá exigir sim um aumento no preço, caso o comprador não aceite, o devedor poderá dar como extinto a obrigação. 
Ex: fulano assinou um contrato de promessa de compra e venda comprometendo – se a transferir sua fazenda para fulana no prazo de 1 ano, quando fulana pagará pelo imóvel a quantia de 5000 mil reais. Nesse meio tempo, formou – se uma ilha no rio que passa em frente a fazenda de fulano. Fulano entendeu que houve um acréscimo em seu móvel, tendo em vista que a ilha passou a pertencer a fazenda.. Diante do acréscimo no bem, fulano pretende exigir um aumento no preço, para que fulana pague pela fazenda a quantia de 6000 mil reais. Se fulana não aceitar ( anuir) pagar o acréscimo, fulano poderá dar por extinta a obrigação. 
Sobre o paragrafo único: frutos percebidos são aqueles que já foram colhidos, separados do bem principal. Frutos pendentes são aqueles que ainda estão ligados ao bem principal. 
Até a entrega do bem, os frutos percebidos pertencem ao devedor. Após a entrega do bem, os frutos pendentes pertencem ao credor. 
	ART 238 CC - Se a obrigação for de restituir coisa certa, e esta, sem culpa do devedor, se perder antes da tradição, sofrerá o credor a perda, e a obrigação se resolverá, ressalvados os seus direitos até o dia da perda.
Este artigo trata-se da obrigação de restituir, ou seja, a obrigação de devolver, o devedor deve devolver uma coisa que pertence ao credor. 
Se o devedor tiver a obrigação de devolver uma coisa ao credor, e essa coisa se perder (perda total) antes de ser devolvida, como ficará a obrigação do devedor? Vai depender se a coisa se perdeu por culpa do devedor ou sem culpa do devedor. 
Logo se a perda da coisa ser restituída ao credor, sem culpa do devedor, o credo sofrerá a perda e resolve-se a obrigação. Dessa forma o devedor não tem mais a obrigação de devolver a coisa ao credor. 
Ex: X aluga o carro a Y por 10 dias. Ao término do prazo de 10 dias, Y terá a obrigação de devolver o carro a X.
De acordo com o final do artigo, caso o carro fosse furtado dentro da garagem da casa de Y no 5 dia. Y não seria obrigado a entregar o carro, MAS seria obrigado a pagar pelos 5 dias de alugueis. 
	ART 239 CC - Se a coisa se perder por culpa do devedor, responderá este pelo equivalente, mais perdas e danos.
EX: X aluga o carro a Y por 10 dias. No quinto dia Y perdeu a direção do veiculo e colidiu contra um poste, vindo causar a perda total do veiculo de X.. nesse caso Y foi culpado, então será obrigado a pagar a X o valor equivalente ao bem, e mais perdas e danos caso houver. 
	ART 240 CC - Se a coisa restituível se deteriorar sem culpa do devedor, recebê-la-á o credor, tal qual se ache, sem direito a indenização; se por culpa do devedor, observar-se-á o disposto no art. 239.
Se o devedor tiver a obrigação de devolver uma coisa ao credor e essa coisa se deteriorar antes de ser devolvida, como ficará a obrigação do devedor? Deve-se observar se foi por culpa do devedor ou sem culpa do devedor. 
Se a coisa se deteriorou sem culpa do devedor, o credor deverá receber a coisa deteriorada no estado em que se encontra, sem direito a indenização. 
Se a coisa se deteriorou por culpa do devedor, o credor poderá escolher entre: receber o equivalente em dinheiro e mais perdas e danos, ou receber a coisa deteriorada no estado em que se encontra mais perdas e danos.ART 241 CC- Se, no caso do art. 238, sobrevier melhoramento ou acréscimo à coisa, sem despesa ou trabalho do devedor, lucrará o credor, desobrigado de indenização.
EX: A emprestou ( comodato) sua fazenda a B para cultivo de milho pelo prazo de 2 anos. Durante esse período o rio que margeava a fazenda de A secou, aumentando em 10% a área da fazenda. A fazenda sofreu um acréscimo de 10% em sua área, mas B não contribuiu para o acréscimo, pois se tratou de uma acessão natural (acréscimo da natureza). Assim considerando que B não teve participação para o acréscimo do bem, no momento de devolver a fazenda para A, Não terá direito a indenização. E A, que é o proprietário da terra, terá o direito de receber a fazenda com o acréscimo de 10%. 
	ART 242 CC - Se para o melhoramento, ou aumento, empregou o devedor trabalho ou dispêndio, o caso se regulará pelas normas deste Código atinentes às benfeitorias realizadas pelo possuidor de boa-fé ou de má-fé.
Trata-se de quando o devedor contribuiu com seu trabalho, ou mediante despesas, para os melhoramentos ou acréscimos que ocorreram no bem a ser restituído ao credor. 
Quando o devedor faz uma benfeitoria de boa fé (art 1.219) o devedor tem direito a indenização e o devedor tem direito de retenção do bem enquanto não receber a indenização. 
Quanto as benfeitorias voluptuárias: se elas poderem ser levantadas sem detrimento do bem principal, o credor poderá optar por ficar com benfeitorias e indenizar o devedor pelo o que ele gastou, ou, permitir que o devedor levante as benfeitorias,. sem direito a indenização.. 
\caso as benfeitorias não poderem ser levantas sem detrimento do bem principal, o devedor não terá direito a levantar benfeitorias. O devedor não terá direito a indenização. 
	ART 243 CC - A coisa incerta será indicada, ao menos, pelo gênero e pela quantidade. Para que as obrigações de dar coisa incerta sejam possíveis, deverão estar, cumulativamente, indicados, no título correspondente, o gênero e a quantidade do bem objeto da obrigação.
A obrigação de dar coisa incerta compreende um objeto determinável. 
	ART 244 CC - Nas coisas determinadas pelo gênero e pela quantidade, a escolha pertence ao devedor, se o contrário não resultar do título da obrigação; mas não poderá dar a coisa pior, nem será obrigado a prestar a melhor.
EX: A comprou 200kg de arroz do produtor da fazenda. 200kg de arroz é uma coisa incerta, pois não se sabe qual a qualidade do arroz... Digamos que exista três qualidades de Arroz, tipo A, tipo B, e tipo C. 
Qual tipo de arroz devera ser entregue, já que o contrato não prevê nada nesse sentido? 
Quem escolhera o tipo de arroz a ser entregue é o devedor ( produtor), Mas ele não será obrigado a entregar o melhor tipo do arroz ( tipo A) e nem poderá entregar o pior tipo ( tipo C).
	ART 245 CC - Cientificado da escolha o credor, vigorará o disposto na Seção antecedente.
Ex: (ex acima) assim que o produtor da fazenda cientificar A de que vai entregar 200kg de arroz tipo B, a obrigação que antes era dar a coisa incerta passará a ser uma obrigação de dar coisa certa. ( 200kg de feijão tipo B). 
	ART 246 - Antes da escolha, não poderá o devedor alegar perda ou deterioração da coisa, ainda que por força maior ou caso fortuito.
O gênero não perece – Genus nunquam perit
No caso de obrigação de dar a coisa incerta, antes da escolha, não poderá o devedor alegar perda ou deterioração da coisa, ainda que por forca maior ou caso fortuito.
	ART 315 CC- As dívidas em dinheiro deverão ser pagas no vencimento, em moeda corrente e pelo valor nominal, salvo o disposto nos artigos subsequentes.
Adota o principio do nominalismo que se considera como valor da moeda o valor nominal que lhe atribuiu o Estado, o ato da emissão ou cunhagem. 
	ART 316 CC - É lícito convencionar o aumento progressivo de prestações sucessivas. .
Permite a atualização monetária. 
	ART 317 CC – Quando, por motivos imprevisíveis, sobrevier desproporção manifesta entre o valor da prestação devida e o do momento de sua execução, poderá o juiz corrigi-lo, a pedido da parte, de modo que assegure, quanto possível, o valor real da prestação.
	ART 318 CC - São nulas as convenções de pagamento em ouro ou em moeda estrangeira, bem como para compensar a diferença entre o valor desta e o da moeda nacional, excetuados os casos previstos na legislação especial..
Não posso pagar com dólar, euro? Não, somente com real, moeda nacional. 
Exceto um contrato de compra e venda de cambio, contrato de exportação e importação em geral, bem como os acordos resultantes de sua rescisão, ou contratos celebrados por pessoas que tem residência ou domicilio no exterior.

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