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Quadro agudo de AVC (tomografias e pré-terapia)

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João Marcos B. Trévia
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Qual Tipo de Tomografia utilizamos na avaliação do paciente com quadro agudo de AVC?
Quais as três perguntas que devemos tem em mente antes de utilizar trombólise IV?
	O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é definido como a diminuição ou completa interrupção do aporte sanguíneo cerebral. Está dividido em dois tipos, isquêmico ou hemorrágico. Ele é descrito como um déficit neurológico de início súbito ocasionado por uma alteração vascular que promove a interrupção do fluxo sanguíneo para uma área específica.
Entre os principias fatores de risco para o AVC, estão a hipertensão arterial sistêmica (68,9%), dislipidemia (29,8%), diabetes mellitus (26,7%) e as cardiopatias (22,7%), tabagismo (62,5%).
Os principais objetivos dos métodos de imagem na avaliação da lesão isquêmica na fase aguda são: a detecção de hemorragia, a identificação da isquemia tecidual, a exclusão de outras patologias que podem mimetizar uma isquemia e a detecção de trombo vascular. Técnicas de perfusão por tomografia computadorizada ou ressonância magnética podem ser utilizadas para a pesquisa de área de penumbra.	
A tomografia computadorizada (TC) de crânio é o método diagnóstico mais utilizado na avaliação da fase aguda do AVC. É o único exame requerido para a utilização de tratamento trombolítico na fase aguda, primordialmente para excluir hemorragias ou outras lesões subjacentes. Esse fato se dá por a TC ser rápida e demonstrar as exigências primordiais clínicas, e ter sua disponibilidade muito maior do que a ressonância magnética, sendo mais barata.
Existem alguns sistemas de pontuação desenvolvidos para quantificar modificações tomográficas na fase inicial, dos quais um dos mais utilizados é o do Alberta Stroke Programme Early CT Score (ASPECTS).
Com a introdução dos tomógrafos de multidetectores nos últimos anos, houve grande avanço na avaliação por imagem da fase aguda do AVC, uma vez que se tornou possível, nesses equipamentos, a realização combinada da TC sem contraste, da angio-TC e da perfusão cerebral por TC, que, quando analisadas conjuntamente, melhoram a sensibilidade na detecção do infarto e na estimativa de sua extensão, trazendo importantes informações na decisão da conduta terapêutica imediata, num exame rápido, com cerca de 5 min de duração.
A avaliação por angio-TC, especialmente na fase aguda, possibilita estudo simultâneo do arco aórtico, dos vasos cervicais (artérias carótidas e vertebrais) e intracranianos, permitindo a identificação da oclusão arterial.
A terapia trombolítica é um tratamento iniciado na fase aguda do AVC, reconhecida pelo potencial de restaurar o fluxo sanguíneo por meio do ativador plasminogênio tecidual recombinante (RT-PA). A ideia principal da trombólise é a desobstrução da artéria antes que exista uma lesão tecidual irreversível. No protocolo de tratamento estão incluídos os pacientes acima de 18 anos, com diagnóstico de AVC isquêmico, início de sintomas há menos de 4,5 horas; estão excluídos os pacientes que contenham pelo menos uma das seguintes condições: pressão arterial sistólica após tratamento hipertensivo maior que 185 mmHg ou menor que 110 mmHg, comprometimento funcional discreto, punção lombar ou arterial, presença de hemorragias ou uso de heparina, alteração neurológica e cirurgia de grande porte recente ou convulsões no início do AVC.
Dessa forma, as três perguntas devem ser: “O paciente está com a pressão arterial alterada?”; “O paciente apresenta hemorragias ou riscos para hemorragias?”; “O paciente apresentou alterações neurológicas e/ou convulsões no início do AVC?”.
Referências bibliográficas
1. LEITE, C. C. Neurorradiologia: diagnóstico por imagem das alterações encefálicas. 2.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011;
2. Roxa GN, Amorim ARV, Caldas GRF, Ferreira ASH, Rodrigues FEA, Gonçalves MOSS, et al. Perfil epidemiológico dos pacientes acometidos com AVC isquêmico submetidos a terapia trombolítica: uma revisão integrativa. Braz. J. of Develop. 2021; 7(1): 7341-7351.

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