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EMPREENDEDORISMO
Autores - Carolina de Andrade Spinola e 
Moisés Conde Silva de Oliveira
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APRESENTAÇÃO
Prezado(a) aluno(a),
Muito se tem falado sobre empreendedorismo nos últimos tempos. A mídia nos apresenta, todos os 
dias, exemplos e mais exemplos de iniciativas empresariais de sucesso engendradas por empresários 
destemidos, criativos e endinheirados. Vendo desta maneira, o empreendedorismo é apresentado 
como um processo muito distante da realidade da maioria de nós. Consequentemente, você pode se 
perguntar: “E o que isso tem a ver comigo?”; “Eu não sou da área de negócios, ou se for, não tenho 
dinheiro sobrando para investir em um empreendimento nascente”, ou, ainda, “Não pretendo ser 
dono de uma empresa, mas tecer uma carreira sólida em alguma grande organização”, dentre outros 
questionamentos apropriados para o contexto em que o tema é apresentado.
A presente disciplina de empreendedorismo, que agora você começa a cursar, pretende, 
justamente, responder a esses questionamentos, desmitificar o entendimento sobre o assunto e 
mostrar que, independentemente da sua área de formação e projeto de vida, o tema está bem mais 
próximo dos seus interesses do que você imagina. Nós convidamos você para essa breve viagem, 
estruturada em oito aulas:
Na primeira delas, o objetivo é discutir o tema e apresentar o empreendedorismo como uma 
capacidade de ver o mundo e as oportunidades que se nos apresentam, com olhos diferentes; em 
seguida, no segundo encontro, é apresentado o referencial teórico sobre o assunto e são apresentados 
os principais autores que construíram a fundamentação para o entendimento do processo 
empreendedor, desde as suas mais remotas origens; a terceira aula trata do espírito empreendedor 
como uma capacidade que devemos desenvolver e sobre como ela pode nos render frutos, mesmo 
em nossa vida pessoal; a aula quatro aborda o empreendedorismo corporativo e como ele pode 
auxiliar as organizações e os seus membros no mundo competitivo de hoje; as aulas cinco, seis e sete 
abordam o processo empreendedor, em suas etapas, e culminam com a descoberta da oportunidade 
de um empreendimento passível de implantação; por fim, na última aula, são apresentadas algumas 
informações de natureza prática, necessárias para a transformação desta oportunidade em realidade.
O desafio proposto, sob a forma de trabalho semestral é fazê-lo(a) transpor a distância que o(a) separa 
da decisão de empreender, por meio da identificação de oportunidades interessantes em sua área de 
atuação. Esperamos que você se sinta desafiado(a) e motivado(a) a trilhar esse percurso. Boa viagem!
Carolina Spinola e Moisés Oliveira
Autor(a): Carolina de Andrade Spinola
“Alguns homens veem as coisas como são, e perguntam: por quê?
Eu sonho com as coisas que nunca existiram e pergunto: por que não?”
Bernard Shaw
O lá! Seja bem-vindo(a) ao módulo sobre empreendedorismo!Com essa aula, iniciaremos uma breve jornada pelo mundo das ideias inovadoras e pelos caminhos onde elas podem nos levar. Uma jornada de autoconhecimento e de reflexão sobre as oportunidades que se apresentam, a cada dia, em nossa trajetória profissional e o que fazer com elas.
Sempre que falamos em empreendedorismo, associamos este termo às figuras de vários empresários bem-
sucedidos, que construíram impérios organizacionais, invariavelmente, partindo do nada, ou melhor, partindo 
do principal: uma boa e inovadora ideia. Este é o caso de pessoas como Bill Gates, Henry Ford, Steve Jobs e, 
ainda, Samuel Klein, Abílio Diniz, Francesco Matarazzo, dentre muitos outros, que seria exaustivo citar. Mas o 
que estes vultos do capitalismo recente têm em comum? O que os faz serem considerados empreendedores? 
Para ser empreendedor, é necessário montar um negócio de sucesso? Este empreendimento precisa ser de 
AULA 1
Aproximação dos Conceitos de Empreendedorismo, 
Empreendedor e Empresário
EMPREENDEDORISMO
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grande porte? É preciso que ele seja baseado em uma ideia revolucionária e inédita? Bem, estas são 
algumas das questões que serão discutidas nesse nosso primeiro encontro.
Antes de começarmos, que tal combinarmos o primeiro desafio da disciplina? Você deve ter percebido 
que entre os exemplos citados, algumas linhas acima, não há sequer um único empreendedor 
baiano e isso foi proposital. Grande parte da literatura sobre empreendedorismo, inclusive algumas 
das referências que serão usadas por nós, se baseia no espírito empreendedor americano. Nossas 
referências, nesta área, estão sempre recheadas de exemplos distantes da nossa realidade, geográfica 
e profissional. Por isso, lançamos o desafio: que tal reunirmos o maior banco de dados possível sobre 
empreendedores baianos de sucesso? E, que tal, se esses exemplos forem provenientes de áreas 
profissionais diversas, mais especificamente, da sua área de atuação?
Então, comece a pensar em algumas sugestões e até o final da aula você saberá avaliar o grau de 
empreendedorismo de cada um dos indivíduos em que pensou.
ACERCANDO-SE DOS CONCEITOS PRINCIPAIS
Empreendedorismo, em linhas gerais, é uma palavra que designa o processo de empreender. A 
despeito de não constar dos dicionários mais usados da língua portuguesa, é um termo de uso 
corriqueiro e conhecido. Para Shane e Venkataraman (2000 apud BARON; SHANE, 2007, p. 6) o 
empreendedorismo é
[...] uma área de negócios que busca entender como surgem as oportunidades 
para criar algo novo (novos produtos e serviços, novos mercados, novos processos 
de produção ou matérias-primas, novas formas de organizar as tecnologias 
existentes); como são descobertas ou criadas por indivíduos específicos que, a 
seguir, usam meios diversos para explorar ou desenvolver essas coisas novas, 
produzindo, assim, uma ampla gama de efeitos. (SHANE e VENKATARAMAN, 
2000 apud BARON; SHANE, 2007, p. 6).
Mendes (2009, p. 13) segue a mesma linha de raciocínio e entende o empreen-dedorismo como o 
“processo de criação de valor e mudança de comportamento no mundo dos negócios por meio da 
inovação de serviços ou produtos oferecidos”. Para Dolabela (1999), o termo tem um entendimento 
mais abrangente:
[...] é uma tradução da palavra entrepreneurship, que tem signifi-cado amplo. 
Além do tema criação de empresas, abrange também a geração do autoemprego, 
empreendedorismo comunitário, intra-empreendedorismo e políticas públicas 
para um determinado setor. (DOLABELA, 1999, p. 7).
Portanto, se analisamos as definições que constam na bibliografia acadêmica, percebemos que o 
termo empreendedorismo pode ser abordado e estudado de, pelo menos, três óticas distintas e 
complementares:
 » Empreendedorismo como o estudo da capacidade individual das pessoas de transformar ideias 
criativas em oportunidades de negócios;
 » Empreendedorismo como o processo de constituição de novas iniciativas empresariais;
 » Empreendedorismo como um processo social capaz de desconcentrar a riqueza e de contribuir 
para o bem-estar da coletividade.
Como se pode ver, o estudo do empreendedorismo se constitui em um campo bastante amplo e 
complexo. Neste contexto, essa disciplina tentará fazer uma apro-ximação a cada uma dessas óticas, 
procurando enfatizar a importância do processo empreendedor para a sociedade e desmistificar a 
AULA 1 - APROXIMAÇÃO DOS CONCEITOS DE EMPREENDEDORISMO, EMPREENDEDOR E EMPRESÁRIO
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figura do seu principal responsável, o empreendedor, e apresentá-lo como alguém que pode estar ao 
seu lado ou até mesmo escondido dentro de você.
O empreendedorismo é a interseção entre oportunidades valiosas e indivíduos realizadores. Não 
há como falar de empreendedorismo sem entender a figura do em-preendedor. E, para fazê-lo, 
queríamos começar de uma maneira diferente, inspirada em um pequeno desafio que Baron (2007) 
sugere a seus leitores quando começa a tratar do tema. Mas, para isso, precisamos de sua participação. 
Observe as situações descritas abaixo. Em cada uma delas há a figura de um protagonista realizador. 
Tente identificar, partindo do seu entendimentopresente sobre o assunto, quais destas per-sonagens 
podem ser consideradas empreendedores. Anote em um pedaço de papel as suas respostas e depois 
compare com a análise feita no final desta seção.
Situação 1 - Regina trabalhou durante 20 anos em um escritório de contabi-lidade. Ao ser demitida, 
resolveu explorar uma habilidade que sempre havia lhe rendido muitos elogios na 
família: seu talento para a cozinha. Começou a comercializar doces e salgados caseiros 
sob encomenda e hoje possui dois dos mais renomados buffets da cidade.
Situação 2 - Frederico é um estudante de Nutrição e trabalha em uma loja de suplementos 
alimentares. Sempre ficou intrigado com a incapacidade da empresa em atrair um público 
mais diversificado além daqueles praticantes de atividades físicas que já costumavam 
frequentar a loja. Resolveu sugerir uma modificação no posicionamento do negócio. A 
proposta foi aceita, e a loja em que trabalha passou a se direcionar para o público 
sedentário, de maior faixa etária, que pode obter nos produtos vendidos uma importante 
complementação da alimentação diária. Para atrair esses consumidores, Frederico sugeriu 
uma parceria com um nutricionista que dá todo o suporte necessário à elaboração da 
nova dieta e indica os produtos mais apropriados em cada caso.
Situação 3 - Bárbara é pesquisadora de um instituto de pesquisas e atualmente desenvolve experimentos 
que buscam desenvolver um novo material sintético que possa vir a ser aplicado na 
recuperação de pacientes com queimaduras graves. Essa pesquisa foi encomendada por 
um grande laboratório farmacêutico que pretende dar um uso comercial à invenção.
Situação 4 - Fábio é um biólogo especializado em aves. Em suas viagens pelo mundo, percebeu o 
interesse crescente das pessoas por esse tipo de fauna. De volta ao Brasil, resolveu abrir 
uma empresa de ecoturismo especializada em observação de pássaros ou ornitologia.
Situação 5 - Paulo herdou o mercadinho de seu pai e, após concluir seu curso de Administração de 
Empresas, passou a administrá-lo junto com a sua esposa. É um excelente patrão e tem 
conseguido manter os negócios da família a despeito das incertezas do mercado.
E então? Você acha que todos esses indivíduos possuem perfil empreendedor? Para começar a 
responder esta pergunta é preciso, antes, diferenciar as figuras do empreendedor, do empresário, do 
gestor e do inventor.
Veja algumas definições de empreendedor listadas a seguir:
O empreendedor é aquele que destrói a ordem econômica existente através 
da introdução de novos produtos e serviços, pela criação de novas formas de 
organização, ou pela exploração de novos recursos e materiais. (SCHUMPETER, 
1949 apud DORNELAS, 2001, p. 37).
O empreendedor é aquele que faz acontecer, antecipa-se aos fatos e tem uma 
visão futura da organização. (DORNELAS, 2001, p. 35).
EMPREENDEDORISMO
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O empreendedor é alguém capaz de identificar, agarrar e aproveitar oportunidade, 
buscando e gerenciando recursos para transformar a oportunidade em negócio 
de sucesso. (TIMMONS, 1994 apud DOLABELA, 2003, p. 37).
O empreendedor imagina, desenvolve e realiza visões. (FILLION, 1999, p. 7).
O empreendedor é alguém que sonha e tenta transformar o seu sonho em 
realidade. (DOLABELA, 2003, p. 34).
De uma maneira geral, na bibliografia referenciada, entende-se o empreendedor como uma pessoa 
sonhadora, visionária, que enxerga oportunidades onde ninguém mais vê. Estas oportunidades, por 
sua vez, podem conduzir à constituição de um novo negócio, ou não.
Costuma-se considerar os termos empreendedor e empresário sinônimos. De fato, muitos empresários 
conhecidos, como os citados no início da aula, são empreendedores, mas essa não é a regra. Há 
muitos casos de empresários que apenas possuem a propriedade dos meios de produção e nem 
mesmo participam ativamente da administração de seus negócios.
A concepção do termo empreendedor é mais ampla que a do empresário1. O empreendedor é o 
realizador, quer seja em sua própria iniciativa empresarial - e nesse caso ele também poderia ser 
considerado um empresário - ou no âmbito de outras organizações, o também chamado empreendedor 
interno, que será abordado de ma-neira mais aprofundada na aula 4. A sua contribuição se estende 
à criação de novos produtos, ao desenvolvimento de novos mercados, ao aproveitamento de novos 
materiais e à criação de novas estruturas e processos organizacionais, dentre outras.
A ideia do empresário tem relação com a posse do capital. O empresário é o viabilizador da empresa 
e, em sendo assim, também requer uma dose de empreendedorismo.
A interseção entre as figuras do empreendedor e do empresário acontece em pelo menos duas 
circunstâncias: na primeira, quando o descobridor da oportunidade é a mesma pessoa responsável 
pela sua implementação e gerenciamento, tem-se a figura do empreendedor-empresário; e, na 
segunda, quando um empresário, enquanto dirigente de uma organização, desenvolve seus negócios 
de maneira arrojada e inova-dora, tem-se a figura do empresário-empreendedor.
O empreendedor sem o empresário não verá a sua oportunidade de negócios se concretizar. O 
empresário sem espírito empreendedor pode experimentar a obsolescência e ver os seus negócios 
serem suplantados pela concorrência. Em suma, em-bora distintas, as figuras do empreendedor e do 
empresário são interdependentes e precisam caminhar juntas.
Todavia, o empreendedor pode não ter nenhuma aptidão para a administração e delega esta função 
a outra pessoa, contratada para tal fim. Neste momento, surge a figura do gestor. Este, por sua 
vez, é o profissional contratado para conduzir as atividades da organização, utilizando-se de seus 
conhecimentos técnicos em administração.
E o que dizer do inventor? Como diferenciá-lo do empreendedor, já que este também se caracteriza 
pela busca da inovação? O foco do inventor está mais no objeto da sua criação do que na sua aplicação 
comercial. Em algumas ocasiões, o inventor pode ser o próprio empreendedor, mas, na maioria das 
vezes, o inventor necessita do empreendedor para dar continuidade à sua ideia, inseri-la na indústria 
e transformá-la em uma oportunidade viável de negócios.
1 Os conceitos sobre as figuras do empresário e do empreendedor sofreram mudanças significativas ao longo do tempo. Essa questão será 
abordada de maneira mais aprofundada na aula 2.
AULA 1 - APROXIMAÇÃO DOS CONCEITOS DE EMPREENDEDORISMO, EMPREENDEDOR E EMPRESÁRIO
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Em síntese, o inventor diferencia-se do gestor pela sua alta capacidade criativa e do empreendedor 
pela dificuldade que tem para concretizar as suas ideias inovado-ras, como pode ser visualizado na 
figura seguinte:
Figura 1 - Interseção entre os conceitos de inventor, empreendedor e gerente administrador. 
Fonte: (DORNELAS, 2001, p. 27)
As definições apresentadas demonstram que se trata de um campo conceitual complexo e que a 
terminologia associada ao tema empreendedorismo comporta muitas nuances e sobreposições de 
situações que aproximam as figuras descritas em muitas situações concretas, tornando-as de difícil 
compreensão. Vejamos os exemplos descritos anteriormente:
Maria - Pode ser considerada uma empreendedora empresária. Mais precisamente, ela é o que se chama 
de empreendedor por necessidade, ou seja, o que a impulsionou a montar o seu negócio foi a perda 
do emprego. No entanto, ela foi capaz de identificar uma oportunidade de negócio que, apesar de 
não ser inovadora, encontrou um segmento de consumidores dispostos a adquirir seus produtos caseiros; 
transformou essa oportunidade em uma empresa própria e assumiu a liderança de todo o processo.
Frederico - É o empreendedor interno. Ele não é o gestor e nem tampouco o empresário, mas, como 
colaborador da organização, percebeu um nicho de mercado importante e foi decisivo na determinação de 
um novo posicionamento para a empresa e de novas estratégias empresariais.
Bárbara - É a inventora. Sua ênfase é na pesquisa e no progresso da ciência. O aproveitamento 
comercialde suas invenções foi percebido pela empresa-cliente.
Fábio - Também pode ser considerado um empreendedor empresário. Ele vislumbrou uma oportunidade 
de negócios relacionada com o crescimento do ecoturismo e abriu uma empresa para aproveitá-la, 
utilizando-se de seu conhecimento técnico profissional.
EMPREENDEDORISMO
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Então, voltando às perguntas formuladas no início da aula:
 » Para ser um empreendedor, não é preciso, necessariamente, constituir um negócio de sucesso. 
Não é preciso, tampouco, constituir um negócio. Para ser empreendedor é necessário apenas 
enxergar o mundo com olhos curiosos e procurar por oportunidades. A pessoa pode ser 
empreendedora em seu emprego, como foi o caso de Frederico.
 » Também não é necessário que o negócio constituído seja de grande porte. Veja os exemplos de 
Maria e Fábio. Pequenas iniciativas podem ser muito bem-sucedidas. Nos dias de hoje, muitos 
negócios podem ser constituídos com investimentos bastantes modestos, é o caso de alguns 
tipos de serviços empresariais que requerem do seu proprietário apenas um número de telefone 
celular e um cartão de visitas.
 » As novas oportunidades não precisam ser baseadas em ideias revolucionárias. A descoberta de 
um novo nicho de mercado ou de uma nova aplicação para um produto existente se constituem 
em oportunidades válidas e importantes. Esse tópico será melhor discutido na próxima seção 
dessa aula.
Para concluirmos esta primeira seção, na qual procuramos desmistificar a figura do empreendedor, há 
mais alguns mitos que para Dornelas (2001) devem ser desfeitos:
 » O empreendedorismo não é nato. Embora muitas das qualidades requeridas pelo empreendedor2 
nasçam com as pessoas, a capacidade de identificar oportunidades é adquirida com as 
experiências de vida e aprimora-se com o tempo.
 » Os empreendedores não são “jogadores” que assumem riscos muito altos. Assumir riscos é um 
pressuposto da atividade empreendedora, mas o verdadeiro empreendedor sabe calculá-los e avaliá-los.
 » Os empreendedores não são “lobos solitários”. Eles precisam trabalhar em equipes, formar 
times e devem ser, para obter sucesso, excelentes líderes3.
O EMPREENDEDORISMO E A INOVAÇÃO
Costuma-se acreditar que as iniciativas empreendedoras residem unicamente em invenções, ou seja, 
na criação de ideias radicalmente inéditas. Este é um engano muito comum2. O empreendedorismo 
guarda uma relação muito próxima com a inovação, cuja definição semântica, presente no dicionário 
significa “o ato ou efeito de inovar” (FERREIRA, 1999, p. 1115) que, por sua vez, de acordo com a 
mesma fonte, significa “tornar novo, renovar, introduzir novidade”.
As inovações podem ser incrementais ou radicais. No primeiro caso, ela é entendida como um 
melhoramento ou releitura de algum produto ou processo já existente. No segundo caso, refere-
se ao desenvolvimento de produtos e processos cujas carac-terísticas difiram significativamente, se 
comparados aos produtos e processos existen-tes. Podem ser fruto de uma tecnologia nova ou de uma 
nova maneira de combinar tecnologias pré-existentes3.
2 O perfil do empreendedor será abordado na aula 3. 
3 O empreendedor líder será abordado na aula 3. 
Paulo - Pelo descrito no texto, se enquadraria como empresário. Ele é proprietário da empresa, mas nada 
indica que ele desenvolva alguma ação empreendedora que possa diferenciar o seu negócio.
AULA 1 - APROXIMAÇÃO DOS CONCEITOS DE EMPREENDEDORISMO, EMPREENDEDOR E EMPRESÁRIO
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Não há dúvidas de que a invenção do telefone foi revolucionária, concorda? No entanto, ela se deveu 
à combinação de elementos já existentes, a exemplo do co-nhecimento sobre baterias elétricas e o 
comportamento do som. O que Alexandre Graham Bell4 fez foi combinar esses conhecimentos de uma 
maneira nova e gerar uma inovação radical.
As inovações radicais trazem consigo uma revolução tecnológica que, muitas vezes, significa, ao 
mesmo tempo, o fim e o início de ciclos de desenvolvimento dentro de uma indústria. Isso é o que 
Schumpeter (1949) denominou de “processo de destrui-ção criativa”5, em que novos produtos e 
processos substituem produtos e processos antigos. Foi o que aconteceu com o CD e o LP, com o DVD 
e as fitas de vídeo VHS, com a lâmpada elétrica e os lampiões, dentre outros exemplos conhecidos.
A maior parte das inovações, entretanto, se localiza no primeiro grupo. Esse foi o caso de Maria e 
Fábio, em nossos exemplos da seção anterior. A primeira identificou um mercado ávido por produtos 
caseiros fornecidos em quantidade, e o segundo identificou um nicho de mercado e adaptou técnicas 
da biologia para o desenvolvimento de uma nova forma de experimentar a natureza.
O Manual de Oslo6, em sua terceira edição, define quatro tipos de inovação, a depender da sua área 
de aplicação (OECD, 2005, p.16-17; 48-49):
 » Inovações em produto - Introdução de um benefício ou serviço novo ou significativamente 
melhorado nas suas especificações técnicas, componentes e materiais, software, interface com 
usuários e outras características funcionais.
Exemplo: introdução de sistemas de navegação GPS em veículos automotivos; introdução de câmeras 
fotográficas em aparelhos celulares, etc.
 » Inovações em processo - Implementação de novos processos ou melhorias significativas nos 
processos de produção, venda e logística dos produtos e serviços.
Exemplo: introdução de softwares que permitam identificar as melhores rotas de entrega; introdução 
de códigos de barras para identificação do preço das mercadorias, etc.
 » Inovações organizacionais - mudanças em práticas de negócios, na organização do ambiente de 
trabalho, ou nas relações externas da empresa.
Exemplo: utilização, pela primeira vez, de sistemas de outsourcing (terceirização de funções) de 
atividades antes desempenhadas pelas empresas; adoção, pela primei-ra vez, da virtualização do 
trabalho mediante a descentralização dos funcionários em home-offices; etc.
 » Inovações em marketing - Mudanças na aparência do produto e sua embalagem, divulgação e 
distribuição.
Exemplo: mudanças de embalagem que confiram uma nova utilidade aos pro-dutos; utilização, pela 
primeira vez, de novas mídias de divulgação, como as mídias sociais.
Ainda que a inovação radical seja oriunda de uma ideia totalmente nova, muito dificilmente ela 
surgirá de uma inspiração súbita e divina. É muito difícil ser original, mas isso não deve nos esmorecer. 
Thomas Edison, o inventor da lâmpada, costumava dizer: “O gênio é um por cento de inspiração e 
noventa e nove por cento de transpiração”
4 Embora exista uma polêmica sobre a verdadeira paternidade dessa invenção, consideramos o grande nome associado à sua criação e 
divulgação.
5 A contribuição de Schumpeter para o estudo do empreendedorismo está no capitulo 2. 
6 Publicação da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico - OCDE - o Manual de Oslo é a principal fonte internacional de 
diretrizes para coleta e uso de dados sobre atividades inovadoras da indústria.
EMPREENDEDORISMO
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Leia o quadro abaixo e entenda o que ele quis dizer com essa frase.
O mundo moderno é um mundo eletrificado. A lâmpada elétrica, em particular, mudou profundamente a 
existência humana pela iluminação da noite, facilitando a realização de uma vasta gama de atividades 
noturnas e melhorando a segurança das cidades.
A lâmpada que usamos hoje foi inventada por Thomas Alva Edison, em 1879. Desde 1910, ela é formada 
por um bulbo de vidro contendo um gás inerte e um filamento de tungstênio por onde passa a corrente 
elétrica. A energia elétrica faz com que o filamento atinja uma alta temperatura e se torne incandescente.
Embora Edison mereça o crédito, ele não foi a primeira nem a única pessoa a trabalhar na invenção 
da lâmpada incandescente. Desde 1809, vários pesquisadores tentavam desenvolver uma lâmpada 
eficiente, durável e econômica. O grande problema a resolver era conseguir um filamento que não 
se consumisse com o calor. Os primeiros filamentos testados eram de madeira ou papelcarbonizado, 
duravam poucas horas, virando cinzas. Os de metal se derretiam rapidamente.
Entre 1878 e 1880, Edison e sua equipe testaram mais de 3.000 teorias para solucionar este problema. 
Tentaram milhares de materiais dos mais diversos tipos e origens. Ele reconheceu que o trabalho 
foi tedioso e muito exigente, especialmente para sua equipe. “Antes de chegar a uma solução,” 
ele lembrou, “eu testei nada menos de 6.000 espécies de vegetais, e revirei o mundo em busca do 
material mais apropriado”.
Em 1880, ele desenvolveu um filamento derivado de bambu carbonizado, que durou 1.200 horas e 
deu início à sua comercialização. Em 1910, Willian David Coolidge inventou um método econômico 
para a produção de filamento de tungstênio, que substituiu os outros tipos de filamentos usados até 
aquela data. (SIQUEIRA, 2007, p. 1).
Para Thomas Edison, “para termos uma grande ideia, temos que ter muitas”. (CI-TAÇÕES..., 2009). 
Alfred Nobel, aquele que teve seu nome associado ao mais famoso prêmio da genialidade humana, 
concordava com Thomas Edison. Ele dizia: “Se eu tiver mil ideias, e uma delas for uma boa ideia, já 
fico satisfeito.” (CITAÇÕES..., 2009)
Portanto, devemos ter em mente que a inovação é algo que está ao alcance de todos, desde que se 
tenha um espírito inquieto e muita determinação. Ela é a premiação ao esforço contínuo. Ou, como 
dizia Albert Einstein: “o importante é não paramos de nos interrogarmos”.
O CARÁTER MULTIDISCIPLINAR DO EMPREENDEDORISMO
Há outro mito muito difundido, não comentado anteriormente, que aborda o empreendedorismo 
como uma área de estudo exclusiva da Administração: os cursos de Administração se destacam 
na formação de empreendedores e no estudo do processo empreendedor. Este fato é facilmente 
compreensível, tendo em vista a sua natureza direcionada para o mundo dos negócios, pois eles não 
têm condições de, isoladamente, dar conta desse objeto de estudo.
Retomemos a definição de empreendedorismo de Shane e Venkataraman (2000), constante do início 
de nossa aula. Por ser bastante abrangente, ela pode nos fornecer uma ideia de como o processo 
empreende-dor é dependente de inúmeras disciplinas de formação. Veja:
1. “Uma área de negócios que busca entender como surgem oportunida-des para criar algo novo [...]”
As oportunidades são oriundas do ambiente e como tal requerem um profundo entendimento do 
comportamento de variáveis econômicas e políticas legais, ambien-tais, demográficas, tecnológicas, 
relacionadas com o comportamento do consumidor dentre outras, que, para ser obtido, além da 
AULA 1 - APROXIMAÇÃO DOS CONCEITOS DE EMPREENDEDORISMO, EMPREENDEDOR E EMPRESÁRIO
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Administração, necessita de conhecimen-tos oriundos de áreas de estudo tão diversas, como a 
Economia, o Direito, o Marketing, a Computação, a Engenharia, a Psicologia e a Demografia7.
A descoberta de oportunidades relacionadas a um ramo de negócios deter-minado requer 
conhecimentos ainda mais específicos. Este é o caso, por exemplo, da Biologia e da Química, tão 
necessárias à área de saúde no que tange ao desenvolvi-mento de novas técnicas de tratamento e 
de novas substâncias ativas que possam originar medicamentos eficientes no combate a doenças.
A necessidade do domínio de conhecimentos específicos para identificar opor-tunidades de negócios 
e fazê-los funcionar está ilustrada nos exemplos descritos nos quadros abaixo:
Miguel Krigsner, um dos fundadores da maior indústria de perfumes e cosméticos 
genuinamente brasileira, O Boticário, reconhecida internacionalmente pela 
inovação e qualidade de seus produtos, nunca abriu mão do desejo de ser 
farmacêutico, embora o pai desejasse vê-lo formado em Medicina. [...] Um 
ano depois de formado, Miguel iniciou seu pequeno grande negócio na Rua 
Saldanha Marinho - Centro Histórico de Curitiba - uma farmácia da manipulação 
de fórmulas, cuja ideia surgira ao fazer uma viagem a Porto Alegre, percebendo 
as tendências de expansão das farmácias de manipulação, segundo declarou 
posteriormente: “Achei esse ramo de atividade muito interessante, porque não 
era monótono. Permitia um alto nível de criatividade, não era nem farmácia, nem 
indústria, ficava no meio. E nasceu “O Boticário”, em março de 1977, resultado 
da sociedade entre dois farmacêuticos e dois médicos dermatologistas”.
Fonte: (Época Negócios, edição nº 4, jun. 2007, p. 109. apud MENDES, 2009, p. 17).
Penido Stahlberg Filho e seu sócio, Fredy Valente, aproveitaram a experiência 
acumulada em durante anos de ensino e a somaram a uma oportunidade de 
mercado para montar uma empresa de tecnologia. Eles se conheceram durante 
o curso de Graduação em Engenharia. Juntos, deram aulas na Universidade de 
Ribeirão Preto, onde coordenaram a criação do Departamento de Pesquisa em TI. 
O negócio começou a surgir quando Fredy voltou do exterior. Ele per-cebeu que 
havia várias iniciativas bem-sucedidas em tecnologia de uma forma geral e que 
poderiam tentar a sorte no mercado brasileiro. Só não sabiam que tipo de produto 
ou serviço oferecer. Até que a oportunidade bateu à porta deles. “Estávamos 
tomando vinho em uma noite fria de inverno com um amigo que trabalhava na 
Phillips quando descobrimos os smart cards (cartões inteligentes que carregam 
chips).” diz, “Decidimos abrir um negócio focado nisso”. Para começar e fugir da 
concorrência dos grandes do setor, apostaram em mercados de nicho, focando em 
duas oportunidades: universidades e controle de acesso físico. Assim nasceu a S&V 
Consultoria, que hoje, dez anos depois, já possui em seu portfólio, clientes de nível 
internacional, como Siemens, Grupo Gerdau, CSN, Usiminas/Cosipa, Transpetro, 
Petrobras, AmBev, dentre outras companhias relevantes. 
Fonte: (INSTITUTO EMPREENDEDOR ENDEAVOR, 2005, p.17).
Nos dois exemplos acima, fica clara a importância do conhecimento da Farmacologia e da Tecnologia da 
Informação, respectivamente, para a identificação precisa das oportunidades e para a implementação 
técnica dos negócios criados. Poderia, alguma dessas duas empresas, ter sido constituída sem a 
contribuição dessas duas áreas do conhecimento?
2. “[...] Como são descobertas ou criadas por indivíduos específicos [...]”
Entender o perfil do empreendedor e como se desenvolvem os processos mentais associados 
ao pensamento criativo são preocupações que abrem caminho para estudos no âmbito da 
7 O processo de identificação de oportunidades será estudado na aula 5.
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Psicologia, Sociologia, Antropologia e das Ciências do Comportamento. Explicar o motivo pelo 
qual algumas pessoas conseguem ter uma visão mais inovadora do que as outras ou, ainda, 
algumas sociedades são mais pródigas em exemplos de empreendedorismo bem-sucedidos são 
desafios que se situam dentro da área de interesse das ciências citadas, e de extrema importância 
para o desenvolvimento do processo empreendedor.
3. “[...] Que, a seguir, usam meios diversos para explorar ou desenvolver essas coisas novas [...]”
Esta etapa da definição se refere aos conhecimentos gerenciais que se constituem no suporte necessário 
para a implementação das oportunidades, assim como no entendimento de toda a estrutura jurídica 
existente, e dentro da qual o novo empreendimento vai funcionar.
4. “[...] Produzindo, assim, uma ampla gama de efeitos”
Por fim, a definição de empreendedorismo faz alusão ao caráter dinamizador do processo nas realidades 
socioeconômicas em que é inserido. Para entender a di-mensão e extensão de suas consequências, 
novamente são acionadas as ciências so-ciais, que além de procurar entender como o processo tem 
se efetivado, deve, também, propor medidas que potencializem as suas externalidades positivas no 
caminho da geração de riquezas e de bem-estar coletivo.
Uma vez que já discutimos a natureza do empreendedorismo, é importante ressaltar, também, a 
sua estrutura processual. Ao longo do texto dessa aula, temos nos referido, constantemente, 
ao empreendedorismo como processo empreendedor. De fato, a transformação de ideias emoportunidades viáveis e sua posterior concretização sob a forma de um produto, uma estratégia 
diferenciada, uma empresa ou tecnologia, dentre as inúmeras formas que a inovação pode assumir 
se constitui em um conjunto de etapas encadeadas e interdependentes, com início, meio e fim. O 
processo empreendedor será detalhado e aprofundado nas aulas 6,7 e 8 deste curso.
Toda a argumentação dessa seção tem como objetivo evidenciar o caráter mul-tidisciplinar de estudo 
desse objeto, o empreendedorismo, ou como diz Baron (2007, ) que “o campo do empreendedorismo 
não existe em um vácuo intelectual; pelo contrário, suas raízes estão firmemente assentadas em 
várias disciplinas mais antigas que, juntas, lhe dão sustentação”. (BARON, 2007, p. 11).
Espero que tenha gostado deste nosso primeiro encontro e que tenha sido possível perceber 
o quão instigante é o tema de nossa disciplina. Esse, aliás, foi o prin-cipal objetivo dessa aula 
introdutória: despertar o interesse para o tema e enumerar as diversas temáticas relacionadas com o 
empreendedorismo que serão abordadas durante o curso.
No nosso próximo encontro, veremos como o conhecimento a respeito do em-preendedorismo foi 
construído, as diferentes interpretações que o tema teve ao longo da história da humanidade e as 
principais contribuições dos teóricos que ajudaram a solidificar as suas raízes conceituais. Espero você lá!
SÍNTESE
Nessa aula, apresentou-se o empreendedorismo como um processo multidis-ciplinar de geração 
de inovação, com grande importância social e econômica. Procu-rou-se desmistificar a figura do 
empreendedor, diferenciando a sua figura da do em-presário, do administrador e do inventor. Por 
fim, delinearam-se os meios pelos quais o empreendedorismo e a inovação se encontram, mostrando 
que empreender e/ou inovar é uma ação que está ao alcance da maioria de nós.
AULA 1 - APROXIMAÇÃO DOS CONCEITOS DE EMPREENDEDORISMO, EMPREENDEDOR E EMPRESÁRIO
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QUESTÃO PARA REFLEXÃO
E então? Lembra-se do desafio lançado no inicio da aula? Pensou em alguns nomes para o nosso 
banco de dados? Escreva um pequeno texto com a apresentação do empreendedor escolhido por 
você, com a justificativa do motivo da escolha e poste em nosso fórum. Criamos fóruns por área 
de conhecimento. No final da disciplina, compartilharemos os resultados com todos e veremos a 
quantidade de empreende-dores locais que conseguimos catalogar.
LEITURAS INDICADAS
INSTITUTO EMPREENDER ENDEAVOR. Como fazer uma empresa dar certo em um país incerto: conselhos 
dos 51 empreendedores mais bem sucedidos do Brasil. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.
Os caminhos da inovação: versão integral do Manual de Oslo. Conceitos, legislação, fontes de recursos 
e endereços úteis. Disponível em: <http://www.finep.gov.br/dcom/ brasil_inovador/menu.html>. 
Acesso em: 3 nov. 2009.
SITES INDICADOS
Babson College. Disponível em: <www.babson.edu>
Empreendedorismo. Prof. José Dornelas. Disponível em: <www.josedornelas.com.br
Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores. Disponível em: 
<www. anprotec.org.br>
Associação Nacional de Pesquisa, Desenvolvimento e Engenharia das Empresas Inovadoras. 
Disponível em: <www.anpei.org. br>
REFERÊNCIAS
BARON, R. A.; SHAN, S. A. Empreendedorismo: uma visão do processo. São Paulo: Thomson 
Learning, 2007.
Citações sobre criatividade e inovação.. Disponível em: <http://ndsim. esec.pt/pagina/iwe2009/pag-
genericas/Citacoes.pdf>. Acesso em: 12 nov. 2009.
DOLABELA, F. O segredo de Luísa - uma ideia, uma paixão e um plano de negócios: como nasce o 
empreendedor e se cria uma empresa. São Paulo: Cultura Editores Associados, 1999.
______.. Empreendedorismo - uma forma de ser: saiba o que são empreendedores individuais e 
coletivos. Brasília: AED, 2003.
DORNELAS, J. C. A. Empreendedorismo: transformando ideias em negócios, Rio de Janeiro: Elsevier, 2001.
FILLION, L. J. Empreendedorismo: empreendedores e proprietários-gerentes de pequenos negócios. 
RAUSP – Revista de Administração da Universidade de São Paulo. São Paulo, v. 34, n. 2, p. 5-28, abr./
jun.1999. Disponível em: <www.rausp.usp.br/download.asp?file=3402005.pdf>. Acesso em 12 nov. 2009.
EMPREENDEDORISMO
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Inovar. In: FERREIRA, A. B. de H. Novo Aurélio século XXI: o dicionário da língua portuguesa. 3. ed. Rio 
de Janeiro: Nova Fronteira, 1999. p. 1115.
INSTITUTO EMPREENDER ENDEAVOR. Como fazer uma empresa dar certo em um país incerto: conselhos 
dos 51 empreendedores mais bem-sucedidos do Brasil. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.
MENDES, J. Manual o empreendedor: como construir um empreendimento de sucesso. São Paulo: 
Atlas, 2009.
Os caminhos da inovação: versão integral do Manual de Oslo. Conceitos, legislação, fontes de recursos 
e endereços úteis. Disponível em: <http://www.finep.gov.br/dcom/brasil_inovador/menu.html>. 
Acesso em: 3 nov. 2009.
SIQUEIRA, J. Anatomia das grandes invenções. 4 fev. 2007. Criatividade e inovação. Disponível em: 
<http://criatividadeaplicada.com/2007/02/04/anatomia-das-grandes-invencoes/>. Acesso em: 3 
nov. 2009.

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