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0 Abdul Razack Abdul Gafar Agostinho Braimo Assane Ussene Assane Ancha Carlos de Castro José Guião de Práticas Laboratoriais (Licenciatura em Ensino de Química com Habilitação em Ensino de Biologia) Universidade Rovuma Nampula 2021 1 Abdul Razack Abdul Gafar Agostinho Braimo Assane Ussene Assane Ancha Carlos de Castro José Guião de Práticas Laboratoriais Trabalho de caracter avaliativo da cadeira de Didáctica de Química III, 3 ano Licenciatura em Ensino de química com Habilitação em ensino de biologia, lecionada por: MSc: Caltône Camilo. Universidade Rovuma Nampula 2021 2 Índice Introdução ....................................................................................................................................... 3 Experiência I (8ª Classe) ................................................................................................................. 4 Separação de Mistura Heterogénea (agua e Óleo) por meio de Decantação .................................. 4 Objectivos ....................................................................................................................................... 4 Fundamentação teórica.................................................................................................................... 4 Materiais e substância ..................................................................................................................... 5 Procedimentos ................................................................................................................................. 5 Bibliografia ..................................................................................................................................... 6 Experiência II (9ª Classe) ................................................................................................................ 7 Identificação de Iões Halogenetos (Cl - , Br - e I - ) ............................................................................. 7 Objectivos ....................................................................................................................................... 7 Fundamentação teórica.................................................................................................................... 7 Materiais e Substâncias ................................................................................................................... 9 Procedimentos ................................................................................................................................. 9 Bibliografia ..................................................................................................................................... 9 Experiência III (10ª Classe) .......................................................................................................... 10 Identificação de Aldeídos e Cetonas com reativo de Fehling e Torrens ....................................... 10 Objectivos ..................................................................................................................................... 10 Fundamentação teórica.................................................................................................................. 10 Materiais e Substâncias ................................................................................................................. 12 Procedimentos: .............................................................................................................................. 12 Bibliografia: .................................................................................................................................. 13 3 Introdução O presente Guião de prática laboratorial, aborda sobre as experiencia que podem ser feitas para 1º Ciclo do Ensino Secundário Geral, com vista a conciliar a teoria e prática, despertando no aluno o interesse pela química e facilitando-o no processo de assimilação das matérias. Por isso é imperioso que no processo de ensino e aprendizagem da química, coloquemos o aluno da realidade em que ele vive, dai que é importante que sempre que possível realizar uma prática laboratorial. 4 Experiência I (8ª Classe) Separação de Mistura Heterogénea (agua e Óleo) por meio de Decantação Objectivos Separar a mistura de Óleo e Agua usando o método de separação de misturas homogénea (Decantação) Demostrar o esquema de Montagem para facilitar a separação. Identificar o líquido mais denso. Fundamentação teórica Os métodos de separação de mistura são procedimentos que servem para separar componentes de uma mistura, seja essa mistura sólida, líquida ou gasosa. Os métodos de separação de misturas baseiam-se em conhecimentos fundamentais, como as propriedades da matéria, o número de fases (aspectos visuais), o coeficiente de solubilidade, o tamanho das partículas dos sólidos presentes, a miscibilidade (capacidade de dissolver) entre os componentes, a classificação das misturas (se homogêneas ou heterogêneas), a cor dos materiais etc. Misturas Heterogêneas: são aquelas que apresentam duas ou mais fases. Seus componentes podem ser distinguidos através da observação visual, olho nu ou através de um microscópio. De acordo com o número de fases, a mistura heterogênea pode ser classificada em: bifásica, quando apresenta duas fases; trifásica, quando apresenta três fases; polifásicas, quando apresenta a partir de quatro fases. Água e areia ou água e azeite são alguns exemplos de misturas heterogêneas. Decantação é processo utilizado quando o componente sólido for mais denso que o líquido da mistura. Essa diferença de densidade faz com que o sólido se deposite no fundo do recipiente, e, após a deposição, inclina-se o recipiente para escoar o líquido. A Decantação também, separa líquidos imiscíveis com a utilização de um funil de decantação. Após a decantação, abre-se a torneira, deixando passar o líquido mais denso. https://www.manualdaquimica.com/fisico-quimica/solubilidade.htm 5 Materiais e substância Materiais Substâncias Suporte universal Óleo da cozinha Argolas e garras Agua 3 Bequeres Funil de decantação/Bromo Procedimentos 1. Montar o aparelho de separação como ilustra o esquema de montagemr; 2. Colocar a mistura a ser separada no funil de bromo e esperar ate que os líquidos estejam separados por si, através da diferença de densidade; 3. Abrir a torneira do funil de bromo lentamente, deixar que o líquido mais denso gotejar no bequer; 4. Esperar ate que toda água (liquido mais denso que o óleo) acabar e fechar a torneira; 5. Colocar um outro recipiente e abrir a torneira para deixar passar o óleo. Esquema de Montagem 6 Bibliografia 1. AFONSO, Amadeu. SILVA, Filomena Neves. Química 8ª Classe, texto Editoras, Lda, Moçambique.2009. 2. FELTER, Ricardo. Química Geral, Vol-1, 6ª ed, São Paulo, 2004. 3. RUSSELL, Jonh B. Química Geral, vol-2. 1994. 7 Experiência II (9ª Classe) Identificação de Iões Halogenetos (Cl - , Br - e I - ) Objectivos Identificar os iões Halogenetos Efectuar a reacção de precipitação e de complexação Fundamentação teórica A identificação dos iões Cl - ; Br - e I - , pode ser feita com base em reacções de precipitarão, complexação e reacção redox. Reacções de precipitação e complexação Reacções de precipitação são aquelas em que ocorre a formação de sais pouco solúveis (precipitados) a partir da mistura de sais solúveis (soluções aquosas de sais). Os iões de Cl - , Br - e I - formam com iões de prata poucos solúveis em agua. Ag + (aq) + I - (aq) → AgI(s)↓ (amarelo). Ag + (aq) + Br - (aq) → AgBr(s)↓ (Branco-amarelado)Ag + (aq) + Cl - (aq) → AgCl(s)↓ (branco) Complexação A reacção de complexação é aquela que ocorre com formação de um ião complexo, que significa em agregado formado quando um ião metálico (ou, algumas vezes, em átomo) se liga a vários iões ou moléculas que se aglomeram ao seu redor. RUSSELL (1994, p. 556). O AgCl(s) é solúvel em solução de amoníaco (NH3), o AgBr(s) é solúvel em iões tiossulfato (S2O3 2- ) e o AgI(s) em iões cianeto (CN - ). AgCl(s) + NH3(aq) → [Ag ( NH3 )2 ] + + Cl - (aq) AgBr(s) + S2O3 2- (aq) → [Ag (S2O3 2- )2 ] 3- + Br - (aq) AgI(s) + CN - (aq) → [Ag (CN - )2] - + I - (aq) 8 Reacções redox Reacções redox são aquelas que ocorrem quando há transferência de electrões. FELTRE (2004, p283). Para a identificação dos iões brometos e iodetos usa-se amostra contendo os respectivos iões e agua de cloro ( H2O.Cl2) na presença de CCl4 ou CHCl3. O cloro contido na água de cloro oxida os iões Br - e I - : Cl2 (aq) + 2Br - (aq) CCl4/ (CHCl3) 2Cl - (aq) + Br2 (aq) (castanho) Cl2 (aq) + 2I - (aq) CCl4/ (CHCl3) 2Cl - (aq) + I2 (aq) ( violeta) São encontrados em temperatura ambiente, em sua forma sólida (solido negro e brilhante). Possui ação bactericida, sendo muito empregado na indústria alimentícia e de desinfetantes, medicina nuclear, fotografia (iodeto de potássio), dentre outros. Além disso, a carência desse elemento para o ser humano, pode gerar uma doença denominada bócio. Por esse motivo, o iodo é acrescentado no cloreto de sódio (sal de cozinha iodado). Nas condições normais, o flúor (F2) é um gás amarelo; o cloro (Cl2) é um gás amarelo- esverdeado; o bromo (Br2) é um líquido castanho que passa facilmente a vapor; o iodo (I2) é uma substância sólida cor vileta-escuro e com brilho metálico. As soluções aquosas de iôdo apresentam uma coloração parda. O iodo é bastante solúvel em álcool, apresentando coloração semelhante a da solução aquosa. Em solventes não polares ou pouco polar, o iodo dissolve-se conservando a cor violeta própria das moléculas de I2. Em presença de amido, o iôdo dá uma coloração azul. O bromo forma soluções cuja cor varia de dourada a marrom, dependendo da sua concentração. A solução aquosa de bromo é chamada água de bromo. 9 Materiais e Substâncias Materiais Substâncias 3 Tubos de Ensaio NH4OH á 20% (Hidróxido de Amónio) Suporte para tubo de ensaio AgNO3 (Nitrato de Prata) Pinça NaCl(s) (Cloreto de Sódio) 4 pipetas NaI(aq) (Iodeto de Potássio) KCN(aq) (Cianeto de potássio) Procedimentos 1. Identificar 3 tubos de ensaio com auxílio de rotulantes enumerados em 1 e 2; 2. Medir cerca de 3ml de solução NaCl e KI com auxilio de pipitas e introduzir cada solução para um tubo de ensaio identificado (NaCl para 1º tubo de ensaio, e NaI para o 2º Tubo e de ensaio; 3. Adicionar em todos os tubos de ensaio 3ml de AgNO3 e observar o que acontece; 4. Adicione cerca de 1 a 2ml de solução aquosa de NH4OH para o tubo contento NaCl e KCN para o tubo contento NaI e observar; Bibliografia 1. AFONSO, Amadeu. SILVA, Filomena Neves. Química 9ª Classe, texto Editoras, Lda, Moçambique.2009. 2. FELTER, Ricardo. Química Geral, Vol-1, 6ª ed, São Paulo, 2004. 3. RUSSELL, Jonh B. Química Geral, vol-2. 1994. 10 Experiência III (10ª Classe) Identificação de Aldeídos e Cetonas com reativo de Fehling e Torrens Objectivos Identificar Aldeídos e Cetonas atras de reagentes de Fehling e de Tollens Diferenciar aldeídos e cetonas Fundamentação teórica Os aldeídos e as cetonas são funções orgânicas muito parecidas. Ambos possuem em sua estrutura o grupo funcional carbonila (C = O), com a única diferença de que, no caso dos aldeídos, ela sempre aparece na extremidade da cadeia carbônica, ou seja, um dos ligantes do carbono da carbonila é o hidrogênio; já as cetonas possuem a carbonila entre dois outros átomos de carbono. Por essa razão, ocorrem casos de isomeria de função entre aldeídos e cetonas. Por exemplo, a seguir apresentamos dois isômeros funcionais que possuem a mesma fórmula molecular (C3H6O), mas um é um aldeído (propanal) e o outro é uma cetona (propanona). Existem métodos de diferenciação de aldeídos e cetonas que se baseiam na reação desses compostos diante de agentes oxidantes fracos. Conforme mostrado a seguir, diante de oxidantes fracos, os aldeídos reagem sendo oxidados, enquanto as cetonas não reagem. Dizemos assim que os aldeídos atuam como agentes redutores, mas as cetonas não, elas apenas reagem como redutoras em contato com oxidantes energéticos. Aldeídos + Oxidantes fracos → ácido carboxílico Cetonas + Oxidantes fracos → Não reagem Além disso, os produtos formados nessas reações de oxidação dos aldeídos são bastante visíveis, ocorrendo mudanças de cores. Reativo de Tollens: Esse reativo é uma solução amoniacal de nitrato de prata, ou seja, contém nitrato de prata (AgNO3) e excesso de hidróxido de amônio (NH4OH): AgNO3 + 3 NH4OH → Ag(NH3)OH + NH4NO3 + 2 H2O https://brasilescola.uol.com.br/quimica/aldeidos.htm https://brasilescola.uol.com.br/quimica/cetonas.htm 11 Quando um aldeído é colocado em contacto com o reativo de Tollens, ele é oxidado ao ácido carboxílico correspondente, enquanto os iões prata são reduzidos a Ag 0 (prata metálica). Se essa reação for realizada, por exemplo, em um tubo de ensaio, essa prata metálica depositar-se-á nas paredes do tubo, resultando na formação de uma película chamada de espelho de prata. Esse resultado observado é muito bonito e é usado no processo de fabricação industrial de espelhos. A reação que ocorre pode ser representada da seguinte maneira: O O ║ ║ R ─ C ─ H + H2O → R ─ C ─ OH + 2e- + 2 H + 2 Ag + + 2e- → 2 Ag 0 2 NH3 + 2 H + → 2 NH4 + O O ║ ║ R ─ C ─ H + 2 Ag + + 2 NH3 +H2O → R ─ C ─ OH + 2 Ag 0 + 2 NH4 + aldeído reativo de Tollens ácido carboxílico prata metálica (espelho de prata) Por outro lado, se colocarmos a cetona para reagir com o reativo de Tollens, não ocorrerá a formação da prata metálica, porque as cetonas não conseguem reduzir os iões Ag + . Reativo de Fehling: Esse reativo é uma solução azul de sulfato de cobre II (CuSO4) em meio básico, pois está misturado com outra solução formada por hidróxido de sódio (NaOH) e tartarato de sódio e potássio (NaOOC-CHOH-CHOH-COOK). O tartarato é adicionado à solução de sulfato de cobre II para estabilizá-lo e evitar sua precipitação. CuSO4 + 2 NaOH → Na2SO4 + Cu(OH)2 Reativo de Fehling (em homenagem ao químico alemão Hermann von Fehling (1812-1885) Em contacto com o reactivo de Fehling, um aldeído forma o ácido carboxílico pela sua oxidação, enquanto os iões cobre (Cu 2+ ) presentes no meio são reduzidos, formando um precipitado castanho-avermelhado (mais parecido com a cor de tijolo), que é o óxido cuproso. Já as cetonas não reagem -porque não conseguem reduzir os iões Cu 2+ . 12 O O ║ ║ R ─ C ─ H + 2 Cu(OH)2 → R ─ C ─ OH + Cu2O + 2 H2O aldeído precipitado castanho-avermelhado Materiais e Substâncias Materiais Substâncias 4 Tubo de Ensaios Reagente de Fehling 2 Conta gotas Reagente de Tollens 4 Pipetas Agua destilada Suporte de Tubos de Ensaio Aldeídos (Metanal) Pinça Cetonas (Propanona) Banho maria ou placa de aquecimento Pinça de madeira Procedimentos: 1. Medir 5ml de Cetona colocar em um tubo de ensaio; 2. Adicionar 6 a 8 gotas de reagente de Tollens no tubo de ensaio contento cetona e aquecerem um banho maria e observe. 3. Adicionar 6 a 8 gotas de reagente de Tollens no tubo de ensaio contento cetona e aquecer em um banho maria e observe. 4. Medir 5ml de Cetona para um tubo de ensaio; 5. Adicionar 6 a 8 gotas de reagente de Fehling no tubo de ensaio contento cetona e aquecer em um banho maria e observe. 6. Medir 5ml de Aldeido para um tubo de ensaio; 7. Adicionar 6 a 8 gotas de reagente de Fehling no tubo de ensaio contento cetona e aquecer em um banho maria e observe. 13 Bibliografia: 1. FELTRE, Ricardo; Fundamentos da Química, vol. Único, Ed. Moderna, São Paulo/SP,1990. 2. FOGAÇA, Jennifer Rocha Vargas. "Diferenciação de aldeídos e cetonas" ; Brasil Escola Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/quimica/diferenciacao-aldeidos- cetonas.htm. Acesso em 27 de março de 2021. 3. RUSSELL, John B.; Química Geral vol.1, São Paulo: Pearson Education do Brasil, Makron Books,1994.
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