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Psicologia comportamental II

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Psicologia comportamental II
Tema 1: Modo causal de seleção por consequências e a explicação do comportamento.
Objeto de estudo da análise do comportamento
comportamento -> relação ou interação entre eventos ambientais (estímulos) e atividades do organismo (respostas). O termo ambiente envolve estímulos públicos e privados, físicos e sociais, e a atividade do organismo envolve respostas manifestas e encobertas. Os conceitos que compõem o sistema explicativo da análise do comportamento descrevem relações entre eventos ambientais e atividades do organismo. 
Behavorismo e análise do comportamento
Behavorismo: filosofia radical que orienta a ciência. 
Análise do comportamento:
Modelo de causalidade e explicação do comportamento
“modo causal de seleção por consequências”
Quando fala-se em modelo de causalidade, estamos falando das possíveis respostas para a pergunta “por que o fenômeno estudado tem as características identificadas?”. 
-> No caso específico da análise do comportamento estamos falando de “onde” o analista do comportamento procura respostas para a pergunta “por que são essas as relações constitutivas do comportamento em questão?”. Ao responder por que estamos explicando o comportamento. O modelo de causalidade indica ONDE procurar respostas para a pergunta por que, fornecendo assim as bases para explicar o comportamento.
“sugestão”: história genética e ambiental da pessoa.
Origem do modelo de seleção por consequência
O modelo se baseava em dois pressupostos (já colocados por Darwin e Wallace):
· as espécies não são imutáveis
· interesse por respostas de como as espécies mudavam
-> A evolução das espécies envolve dois processos separados: 
variação: variabilidade genética.
seleção: sujeitos mais adaptados sobrevivem.
-> Lamarck e Darwin: Em ambas as teorias as informações do ambiente são transmitidas ao organismo. 
No caso do lamarckismo a transmissão é direta. O organismo se dá conta da mudança ambiental, responde a ela de maneira “correta”, passando diretamente à descendência a característica obtida. -> VARIAÇÃO DIRIGIDA (ex: se os pelos são melhores, os animais compreendem essa necessidade, desenvolvem-se e passam o potencial a descendência. Assim, a variação é dirigida automaticamente a para a adaptação.
No caso do darwinismo é um processo de duas fases. A primeira delas é a variação genética, que é aleatória, ou seja, surgem diversas características diferentes (independente do ambiente). A segunda etapa, trabalha sobre variações não orientadas e muda a população, conferindo maior êxito reprodutivo às variantes favorecidas. -> variação sem direção determinada.
Características do modelo de seleção por consequências
Para Skinner o processo de variação e seleção são determinantes para o comportamento humano. 
Determinação do comportamento: ocorrem por meio do processo de variação e seleção. Portanto o comportamento não é imutável. Dessa forma, questiona-se como ele se transforma. Segundo Skinner, o comportamento se transforma, pois o comportamento é produto (simultaneamente) de três níveis de variação e seleção.
Comportamento como produto de três tipos de seleção:
· seleção natural
· seleção do condicionamento operante
· seleção da cultura (evolução de contingências de reforçamento social).
Produto de cada seleção:
· produto da seleção natural: organismo
· produto selecionado do condicionamento operante: pessoa
· o produto selecionado pela cultura: self.
Os três níveis de variação de seleção
1) primeiro nível de variação e seleção: contingências de sobrevivência responsáveis pela seleção natural das espécies.
*como foram estabelecidas as características filogenéticas da espécie. Para entender essas características é necessário entender a história de interação entre sujeito-ambiente e também é necessário reconhecer que o produto dessa história - organismo - é mais do que um conjunto de características biológicas: entre as características filogenéticas está o comportamento.
Ao lado de padrões fixos de comportamento devem ter sido selecionados processos comportamentais “por meio dos quais organismos individuais adquiriram comportamento apropriado a ambiente novos.”
Origem e seleção do comportamento? Quais processos que possibilitam a mudança de comportamento?
Origem: Segundo Skinner, o primeiro comportamento teria sido o movimentar-se; o “simples movimento” (mero deslocamento no espaço, sem nenhuma direção) foi uma variação selecionada pois teria permitido que organismos vivos bastante simple tivessem aumentadas suas chances de encontrar alimento. Em um segundo momento de seleção teria sido o sentir (sensação). Com a seleção desta variação, os organismos, ainda que bastante simples, poderiam afastar-se de estímulos prejudiciais e aproximar-se de materiais úteis. Com essas condições, foi possível que o organismo atingisse as próximas variações e seleções. São essas: movimentos com direções específicas (tropismo) e movimentos específicos com direções específicas (reflexos). 
presença de tropismos e reflexos -> condição para o surgimento dos padrões fixos de ação (sequências comportamentais).
Processos que possibilitam a mudança de comportamento: Skinner inicia sua explicação sobre esses processos traçando uma perspectiva histórica que vai desde a imitação filogenética até o condicionamento operante.
· imitação filogenética: reprodução de um modelo previamente fornecido.
· modelação filogenética: fornecimento de modelos para que a imitação possa ocorrer.
Esses dois processos comportamentais foram os primeiro a possibilitarem mudanças no comportamento do indivíduo durante sua vida.
Limitação: esses dois processos preparam o organismo apenas para comportamento que já adquirido pelo foi adquirido pelos organismos que oferecem o modelo. Prepara o indivíduo para comportamentos já adquiridos. Se o ambiente se modificar, não há sobrevivência. 
· Condicionamento respondente (outro processo que possibilita a mudança de comportamento). exemplo: salivação. salivar diante de um alimento na boca é produto de um passo evolucionário anterior, aquele que produziu os reflexos incondicionados; entretanto, aspectos do ambiente que sistematicamente tenham precedido “alimento na boca”, como, por exemplo, o cheiro do alimento, a visão do alimento (ou até aspectos não constitutivos do alimento). 
Duas vantagens desse processo: prepara o organismo para eventos ambientais que ocorrerão e prepara um organismo para um ambiente que apenas ele está exposto.
Pode-se dizer então que com o processo de condicionamento respondente ocorrem os primeiros indícios de individualização dos membros de uma dada espécie - determinados aspectos do ambiente podem ser “significativos” apenas para certos membros daquela espécie, agora já indivíduos em construção.
LIMITAÇÃO DOS PROCESSOS DE IMITAÇÃO, MODELAÇÃO FILOGENÉTICAS E CONDICIONAMENTO RESPONDENTE: os seres só iriam sobreviver se os processos ocorrecem em um ambiente bastante semelhante ao ambiente selecionador, isto é, os organismos teriam dificuldades de sobreviver em ambientes em mudança, em ambientes que exigissem respostas diferentes daquelas que já compunham o repertório da espécie. Isso só foi possível com o surgimento e seleção de um novo processo comportamental: o condicionamento operante.
2) segundo nível de variação e seleção: ontogenética
Este novo processo - condicionamento operante - envolveu “a suscetibilidade ao reforçamento por certos tipos de consequências e uma provisão de comportamento menos especificamente comprometido com estímulos eliciadores ou liberadores.”.
Com o surgimento e seleção do processo comportamental operante os limites presentes nos processos anteriores foram superados:
· novas respostas poderiam ser produzidas. 
· estas respostas poderiam ser produzidas muito mais rapidamente.
· com isso, os organismos estavam preparados para viver em ambientes diferentes.
Em suma, com o surgimento de respostas sob controle operante (isto é, sob controle de suas consequências) os indivíduos passam a estar submetido a o segundo nível de seleção porconsequência -> variação e seleção ontogenética. - processo que descreve como indivíduos desenvolvem um conjunto específico de respostas e de relações entre respostas e mudanças ambientais. Uma das condições para isso é a sensibilidade ao reforçamento. 
Com este segundo nível de variação e seleção pode-se descrever a emergência de características que singularizam um indivíduo em uma dada espécie. Indivíduos de uma mesma espécie se diferenciam um dos outros pela relação ao seu repertório de respostas. 
Com este segundo nível:
· constrói indivíduos ainda mais singulares (iniciado anteriormente com o condicionamento respondente). - comportamentos únicos.
· indivíduos tornam-se preparados para enfrentar ambientes novos ou em mudança. 
· comportamento de outro indivíduos da espécie se tornasse fonte de reforçamento e que surgissem novas relações entre indivíduos e ambiente. 
· emergência de um comportamento verbal.
3) terceiro nível de variação e seleção: cultural.
O comportamento verbal tem papel especial no desenvolvimento do ambiente social e contribui de maneira decisiva para o estabelecimento do terceiro nível de variação de seleção. 
As práticas culturais são fonte de determinação do comportamento humano. As consequências importantes para o grupo social colocam limites e trazem possibilidades para o comportamento individual. Esse terceiro nível de seleção por consequências torna possível para os indivíduos de um grupo aprender pela experiência do outro, produzir e acumular conhecimento e experiências, organizar e difundir estilos e formas de vida. É a partir da relação com o outro que aprendemos a nos conhecer (consciência).
Dessa forma, podemos dizer que o modelo causal dá unidade ao sistema conceitual da análise do comportamento. 
-> abre a possibilidade de uma explicação para o comportamento em geral. 
-> para entender realmente o comportamento humano consideramos a ação conjunta de três histórias: história da espécie, do indivíduo e da cultura.
Algumas implicações do assumir o modelo causal de seleção por consequência.
1) a importância de identificar as histórias que constituem o comportamento. 
-> inato-aprendido
-> “A questão básica não é se o comportamento é instintivo ou aprendido como se estes adjetivos descrevessem essências, mas se identificamos corretamente as variáveis responsáveis pela origem do comportamento assim como aquelas que exercem controle no momento presente.
2) uma crítica a atribuições causais difundidas.
3) interação entre os diferentes níveis de determinação do comportamento.
->interação contínua entre os três níveis de determinação. Não significa que são compatíveis. Elas podem interagir de diferentes maneiras.
-> sobredeterminação de um nível (ontogênico) sobre outro (filogênico)?
Comportamento respondente incondicional e condicional
Como vimos, o comportamento está ligado as contingências da seleção natural: o ambiente seleciona os indivíduos, que como membros de uma determinada espécie, exibem certos padrões comportamentais que aumentaram as chances de sobrevivência e de reprodução dos membros dessa mesma espécie.
Comportamento operante: o organismo opera no seu meio, emitindo uma resposta e produzindo consequências que determinam a probabilidade futura da classe de resposta. Ou seja, a consequência da resposta do organismo retroage sobre seu responder. 
Comportamento respondente: na relação reflexa ou respondente o organismo simplesmente responde a estímulos do seu meio. Portanto, dizemos que nesse caso a resposta é eliciada pelo estímulo, uma vez que um estímulo específico produz seguramente uma resposta específica. Isso também é denominado reflexo.
Reflexo: a relação entre o estímulo e a resposta, no qual a resposta foi necessariamente eliciada pelo estímulo. ex: piscar os olhos com um sopro de ar em direção ao olho.
EMITIR E ELICIAR: EMITIR É UM TERMO QUE SE RELACIONA COM A OCORRÊNCIA DE UMA RESPOSTA OPERANTE. ELICIAR É UMA RESPOSTA “AUTOMÁTICA”.
Relação respondente e probabilidade condicional
-> Para descrever de uma maneira mais precisa a relação entre estímulos e resposta para identificar um reflexo ou uma relação respondente não basta notar que uma resposta segue regularmente um estímulo para concluir que a linguagem do reflexo é apropriada. Precisamos também saber o quanto a resposta é provável sem o estímulo. 
-> Probabilidade condicional da resposta: Uma descrição mais precisa de uma relação respondente é feita quando nos referimos à probabilidade da resposta ocorrer na presença e na ausência do estímulo. 
-> A relação respondente é aquela em que a resposta tem probabilidade próxima de 1,0 na presença do estímulo e na a ausência do estímulo tem probabilidade próxima a zero. 
Sequências comportamentais
Dois tipos de sequência de comportamento: padrões fixos e reações em cadeia. 
Padrão fixo: o organismo executa toda a sequência comportamental, mesmo quando o estímulo eliciador é removido. 
Reações em cadeia: as reações em cadeia exigem um estímulo específico para provocar o elo da cadeia: se o estímulo é retirado, a cadeia é interrompida. A resposta produz estímulos que estabelecem o próximo conjunto de respostas da cadeia. ex: amamentação do bebê. 
Propriedades do reflexo
Para que um estímulo elicie uma resposta é necessário que ele tenha uma determinada intensidade. Desta forma, ele possui certas propriedades:
limiar: há um valor mínimo necessário para que o estímulo elicie a resposta. Quando o estímulo é muito pequeno para para eliciar uma resposta, diz-se que o estímulo está abaixo do limiar. Exemplo: o ácido (vinagre) na língua elicia fidedignamente a salivação, mas com uma concentração muito baixa, ela pode não ocorrer.
latência: tempo entre a apresentação do estímulo e a emissão da resposta. Quanto mais intenso o estímulo, mais rapidamente o organismo responde.
magnitude: grandeza da resposta.
duração: quanto tempo dura a resposta.
Na relação reflexa, a magnitude e a duração da resposta variam diretamente com a intensidade de estímulo. Quanto mais forte um ESTÍMULO, mais longa (duração) e intensa (magnitude) é a resposta eliciada
-> A variação conjunta dessas propriedades caracteriza a força do reflexo.
força do reflexo: um reflexo será forte quando o responder tem uma latência curta, a magnitude da resposta é grande e a duração longa. Ao contrário, um reflexo fraco, se diante de um estímulo grande intensidade, a latência da resposta é longa, a magnitude pequena e a duração curta
-> Algumas propriedades do reflexo dependem de apresentações sucessivas de um mesmo estímulo podem ter efeitos diferentes sobre a resposta. Efeitos:
habituação: o decréscimo do responder com estímulos repetidos. No entanto, se houver a interrupção no aparecimento do estímulo por algum tempo, o responder se restabelece. Ex: ouvir um trovão. Exemplo: Uma pessoa que trabalha na cozinha tende a ficar menos sensível ao contato de objetos quentes, uma vez que isso ocorre com uma frequência maior do que alguém que não chega perto do fogão.
potenciação: quanto mais vezes os estímulos são repetidos, maior é a magnitude da resposta. Esse efeito é mais observado em estímulos aversivos (choque). Exemplo: um barulho poderia passar a ser insuportável para ela, provocando possivelmente respostas emocionais de raiva ou medo intenso, seria um caso simples de potenciação.
somação: apresentação sucessiva de um estímulo que apresentado somente uma vez está abaixo do limiar, mas se for repetidamente apresentado pode eliciar uma resposta, como se suas apresentações se somassem. 
Respondente incondicional e Condicionamento respondente.
-> Respondente incondicional: responder de determinada maneira diante de certa estimulação está na história de nossa espécie. Diante de uma relação, estímulo-resposta de origem filogenética, dizemos que a resposta e o estímulo são incondicionais. OU SEJA, É UMA RELAÇÃO DE ORIGEM FILOGENÉTICA.
Estímulo incondicional: US
Resposta incondicional: UR
-> Condicionamento respondente: descrever como respostas selecionadas pela história da seleção naturalpodem ocorrer em novas situações, a depender a história individual. O condicionamento respondente é responsável pela criação de respondentes condicionais (reflexos condicionais).
· Pavlov observou que o animal salivava com a comida na boca. Mas o animal também salivava quando a comida ainda não lhe tinha chegado à boca: a comida vista ou a comida cheirada também eliciava a mesma resposta. Até mesmo a presença do homem que o alimentava. De algum modo, o estímulo antes ineficaz para a resposta salivar devia ter adquirido uma significação nova para o animal; devia ter chegado a constituir um sinal da aproximação da comida. 
· Outro experimento: expor o animal a associação de estímulos (som e comida).
	S1 (som) -> R1 (levantar as orelhas)
	S2 (comida na boca) -> R2 (salivação)
	Depois de alguns pareamento S1 e S2
	S1 (som) -> CR (salivação condicional)
	S2 (salivação) -> R2 (salivação incondicional)
· O termo condicional significa que a nova relação depende da relação entre dois estímulos e, portanto, que a função eliciadora adquirida depende das relações sistemáticas entre um estímulo eliciador incondicional e outro, que de início era neutro para a resposta condicional. - pensar no exemplo acima
 -> RESPOSTAS E ESTÍMULOS CONDICIONAIS: QUANDO UM ESTÍMULO NEUTRO PASSA POR UM PROCESSO DE “ASSOCIAÇÃO” (e uma relação sistemática)) E SE TORNA CAPAZ DE ELICIAR A MESMA RESPOSTA QUE O ESTÍMULO INCONDICIONAL PROVOCOU. 
Estímulo condicional: CS
Resposta condicional: CR
-> o estímulo condicional (som) prepara o organismo para o estímulo incondicional (alimento).
Tipos de condicionamento
simultâneo: o estímulo a ser condicionado antecede por um curto período de tempo o incondicional e esta relação deve ser sistemática para que ocorra o condicionamento
traço: intervalo grande entre o estímulo a ser condicionado e a apresentação do estímulo incondicional.
temporal: apresentações sucessivas do estímulo incondicional em intervalos regulares de tempo podem gerar respostas condicionais. O tempo entre as apresentações repetidas do estímulo incondicional passa a ser um estímulo condicional que elicia a resposta condicional. 
reverso: os estímulos são apresentados em ordem invertida, ou seja, o estímulo incondicional é apresentado antes do condicional. ?
Condicionamento respondente e probabilidade condicional entre estímulos
O termo associação ou pareamento é inapropriado, pois não é uma condição suficiente para que haja condicionamento.
-> O condicionamento respondente depende de relações de contingências entre o estímulo condicional e o estímulo incondicional. Além disso, é necessário identificar as probabilidades condicionais entre dois estímulos: dada a presença de S1 qual a probabilidade de ocorrer S2 e na ausência de S1 qual a probabilidade de ocorrer S2. 
-> Exemplo do animal/alimento/som: para que o som passe a funcionar como CS para a resposta de salivação condicional precisa-se criar uma história na qual o som tenha uma relação sistemática com o alimento na boca.
-> O som não pode se tornar um CS efetivo em eliciar a salivação se:
· o mesmo som for apresentado em alguns momentos seguido do alimento e em outros após o alimento.
· o alimento for apresentado sem que o som tenha precedido.
-> Para que haja condicionamento respondente é necessário: história de contingência entre o estímulo incondicional e estímulo condicionado, portanto uma relação sistemática entre os dois estímulos e as probabilidades condicionais dessa relação. 
Extinção respondente
Uma relação de condicionamento respondente depende de uma determinada história de contingência entre o estímulo incondicional e o estímulo condicional. Assim a resposta condicional depende do número de vezes em que ocorreu a relação sistemática entre o estímulo condicional e estímulo incondicional e também das probabilidades condicionais dessas relações. Esses mesmos fatores interferem na manutenção da resposta condicional.
-> Desta forma, se depois de uma história de condicionamento, o estímulo condicional for apresentado sem o estímulo incondicional logo em seguida, a relação condicional se enfraquece e se isso acontecer sistematicamente o estímulo condiconal pode perder completamente sua função de estímulo eliciador condicional. 
Discriminação e controle de estímulos
-> Usualmente, a situação favorável é marcada de alguma maneira e o organismo faz uma discriminação (. .. ). Ele passa a responder sempre que estiver presente o estímulo que estava presente na ocasião do reforçamento anterior e a não responder em outras situações. O estímulo anterior (. .. ) meramente estabelece a ocasião na qual a resposta será reforçada.
-> 3 termos devem ser considerados no comportamento operante: antecedente - resposta - consequência.
	uma resposta produzirá reforço apenas na presença de determinados estímulos, ela não será efetiva em outras situações.
-> história de reforçamento: o estabelecimento do controle dos estímulos antecedentes sobre a emissão da resposta é, por sua vez, produto de uma história específica de reforçamento. Uma história na qual a resposta foi seguida de reforço quando emitida na presença de determinados estímulos e não foi seguida de reforço quando emitida na presença de outros estímulos. Dito de outra forma, uma história de reforçamento diferencial (reforçamento de algumas respostas e de outras não) tendo como critério os estímulos na presença dos quais a resposta é emitida (a produção de reforço para determinada resposta depende não simplesmente da emissão da resposta, mas também dos estímulos presentes quando a resposta é emitida).
-> dessa forma, com a história de reforçamento + reforço diferencial é possível:
· prever quando a resposta irá ocorrer.
· aumentar a probabilidade de ocorrer certa resposta apresentando estímulos antecedentes que a controlam
-> discriminação: Uma história na qual a resposta foi seguida de reforço quando emitida na presença de determinados estímulos e não foi seguida de reforço quando emitida na presença de outros estímulos
-> estímulo discriminativo: estímulo que aumenta a probabilidade da resposta ocorrer. Portanto é o estímulo no qual a resposta foi reforçada. 
-> estímulo delta: estímulo que diminui a probabilidade da resposta ocorrer. Portanto é o estímulo no qual a resposta não foi reforçada. 
-> o processo de discriminação envolve uma classe de resposta e duas de estímulo (Sd e Sdelta). Na discriminação simples, existe dois tipos de discriminação:
· sucessiva: estímulo discriminativo e estímulo delta são apresentados em sucessão, um após o outro. Na presença do Sd a resposta é seguida de reforço e na presença de Sdelta a resposta não é reforçada. CUIDADO: tempo que é apresentado os estímulos para não achar que ele é o definidor. Ex: experimento no laboratório com os ratos
· simultânea: o estímulo discriminativo e o estímulo delta são apresentados simultaneamente, ao mesmo tempo. Ex: dois discos estão presentes em uma caixa um ao lado do outro. um está iluminado e o outro não. se o sujeito pressionar o disco iluminado, este é reforçado. caso pressione o disco não iluminado, não é seguido de reforço. CUIDADO: com a posição para não achar que é ela a definidora.
-> processo: mudança que vai acontecer por meio do procedimento.
-> procedimento: o que faz para a mudança.
Generalização
-> estímulos com propriedades comuns ao estímulo discriminativo (ou delta)
-> o teste de generalização testa se houve ou não discriminação.
-> gradiente de generalização
-> implicações dos experimentos discutidos em “Extensões”
· Guttman: o controle de estímulos estabelecido não precisa ficar restrito a um responder diferencial caracterizado pela ocorrência/ não ocorrência da resposta, de acordo o estímulo presente. Podemos colocar a freqüência e o padrão de respostas sob controle de estímulos, de forma que uma mesma resposta ocorrerá com frequência e distribuição diferentes. 
	Luz 550 mA v1: 1 minuto -> respondia mais (mais reforço, mais acesso)
	Luz 570 mA v1: 5 minutos -> respondia menos
	Houve discriminação. 
	Esquema diferente:luz e tempo; 
· Reynolds
· L. e Thompson: injeções. Controle operante de estímulos interoceptivos (estímulos internos do indivíduo). Como se o sujeito tivesse que discriminar o que há dentro dele. Vemos as respostas do sujeito, mas não “vemos” os estímulos que as controlam.
	Teste de generalização: apresentou drogas parecidas e concluiu que houve discriminação. 
-> fading: O fading se caracteriza pela transformação gradual de um estímulo em outro ou pela mudança gradual de uma dimensão do estímulo. Mudança gradual de dimensões do estímulo. Fading é a transferência gradativa do controle de um comportamento de um estímulo para outro.
-> encadeamento: sequência de respostas, no qual estímulo tem mais de uma função. 
· um estímulo discriminativo ao adquirir a função de estímulo discriminativo, esse estímulo torna-se, também, um estímulo reforçador condicionado, isto é, se apresentado como conseqüência de uma determinada resposta, aumentará a probabilidade de essa resposta voltar a ser emitida. Assim, a apresentação de um mesmo estímulo produzirá duas alterações: 
a) fortalece a resposta que o produziu (estímulo tem função de reforçador de determinada resposta) e 
b) ocasiona as respostas que foram reforçadas em sua presença. (tem função de estímulo discriminativo) 
Exemplo: a luz azul piscante foi estabelecida como estímulo discriminativo para a resposta de bicar o disco de alimento ou o de água, e, logo após, foi utilizada como estímulo reforçador condicionado para a resposta de bicar um dos três discos com letras.
-> a dupla função de um estímulo possibilita o que chamamos de encadeamento de respostas: uma seqüência de respostas operantes e estímulos discriminativos, tal que cada resposta produz o estímulo discriminativo para outra resposta.
A noção básica do encadeamento é, então, que a emissão de uma resposta altera o ambiente, produzindo as condições que evocam outras respostas. Deve ser notado que essas mesmas alterações no ambiente são as que devem estar mantendo a resposta que as produziu.
Comportamento complexo
Percepção, atenção e resposta de observação, obstração e formação de conceito
todos esses fenômenos estabelecem uma relação de, pelo menos, uma classe de respostas e duas de estímulo. (controle de estímulos: relação entre condições antecedentes e respostas operantes)
percepção: respostas operantes controlados por estímulos antecedentes. A percepção sofre influência da vida vivida pelo indivíduo que se comporta e das circunstâncias presentes no momento em que o indivíduo se comporta.
	variáveis que controlam a percepção:
· características físicas do estímulo
· presença concomitante de outros estímulos
· experiência do indivíduo em relação ao estímulo exposto
Do ponto de vista comportamental, o estudo da percepção não deve ser reduzido ao estudo das estruturas dos órgãos dos sentidos ou ao estudo da forma ou estrutura dos estímulos; nenhum desses aspectos abrange o fenômeno que chamamos tradicionalmente de percepção. -> uma vez que o comportamento operante envolve uma ação em relação ao ambiente (e percepção é um comportamento operante).
Para investigar como uma situação aparece para uma pessoa ou como ela a interpreta, ou que significado ela tem para a pessoa, devemos examinar o seu comportamento com relação a tal situação, incluindo suas descrições dessa situação, e esse exame só pode ser feito em termos de sua história genética e ambiental. (. .. ) pessoas vêem coisas diferentes quando foram expostas a contingências de reforçamento diferentes. -> exemplo do passageiro e motorista que foram expostos aos mesmos estímulos, mas com contingências diferentes. Por isso, estímulos não podem ser descritos como puramente físicos. 
atenção: inverte -> não é o estímulo que controla o comportamento do sujeito, sujeito atenta ao estímulo e assim o controla. A atenção é uma relação de controle, onde há uma relação entre a resposta e o estímulo discriminativo. Quando alguém está prestando atenção está sob controle especial de um estímulo. Um organismo está atentando para um detalhe de um estímulo se seu comportamento estiver predominantemente sob controle daquele detalhe. 
diferença entre percepção e atenção
· o sujeito e supondo que ele é o iniciador autônomo de suas atividades -> representa o recurso ao termo atenção.
· quer enfatizando ambiente e supondo que ele se impõe sobre o sujeito, que é visto, então, como receptáculo das estimulações ambientais. -> representa no recurso ao termo percepção.
um primeiro desafio,no caso da percepção e da atenção, é o de investigar a natureza operante das respostas envolvidas e a presença de controle de estímulos.
"Dificuldade em lidar com relações sujeito-ambiente, no lugar de lidar com eventos delimitados e com existência independente". Essa dificuldade faz com que lidemos isoladamente com os elementos que compõe a relação (senso comum):
• Atenção: enfatizando o sujeito e supondo que ele é o iniciador autônomo de suas
atividades (sujeito ativo);
• Percepção: enfatizando o ambiente e supondo que ele se impõe sobre o sujeito, que é
visto, então, como receptáculo das estimulações ambientais (sujeito passivo; esponja).
Atenção e percepção, de acordo com o texto, são fenômenos análogos, vistos como
sinônimos; todavia, isto é uma simplificação. A justificativa dada é que ambos envolvem uma relação operante controlada por estímulos antecedentes. Vistos como comportamentos operantes, pode-se dizer que o que percebemos irá variar de acordo com a nossa história particular, e ainda que tanto a percepção quanto a atenção mudam de acordo com as consequências das respostas.
Respostas de observação:
O texto traz 2 definições:
• (Skinner) Conjunto de respostas que nos colocam em contato com o estímulo discriminativo;
• (Holland | Schroeder) Respostas que possibilitam a detecção de um sinal — ou seja, é preciso emitir essa resposta para poder entrar em contato com um estímulo — e que são operantes — S-R-S; nesse tipo de comportamento, as consequências retroagem sobre o responder, alterando a probabilidade de respostas da mesma classe
Ex.: É preciso olhar para cima para saber se o céu está nublado ou ensolarado.
Uma resposta de observação de percorrer a sala com os olhos procurando um objeto
é reforçada ao encontrar o objeto. Na próxima vez que esta pessoa perder algo, a probabilidade da emissão dessa mesma classe de respostas será maior.
FORMAÇÃO DE CONCEITOS
“CONCEITO" é apenas um nome para uma determinada espécie de comportamento. Não
se pode dizer que “temos um conceito”, uma vez que este revela-se através do comportamento ao invés de algo já presente em nós.
• A essência dos conceitos está na generalização intra classe e na discriminação inter classes
• O pensamento e a linguagem requerem a capacidade de agrupar os estímulos em classes
• Discriminação inter-classe: não é incluído nesta classe nenhum estímulo que “não pode”
pertencer a ela
• Generalização intra-classe: não fica fora da classe nenhum estímulo que “deve” pertencer a ela
Quando falamos em FORMAÇÃO DE CONCEITOS falamos na formação de classes de
estímulos (estímulos com uma mesma função). Um indivíduo forma um conceito quando há uma generalização (intra-classe) e uma discriminação (inter-classe).
Ex.: cadeira. Cadeira é diferente de mesa (discriminação inter-classe); cadeira com braço e
sem braço (generalização intra-classe).
ABSTRAÇÃO
O processo de formação de classes de estímulos (formação de conceitos) geralmente
envolve o processo de “abstração”. A diferença entre eles está no procedimento da discriminação e, como consequência, nas propriedades dos estímulos que controlam o responder. Abstração é um tipo especial de conceito, no qual o controle é exercido por apenas uma propriedade, ou apenas uma “combinação especial de propriedades”; uma ou pouquíssimas propriedades combinantes.
Ex.: Experimento de Reynolds (1966). Um dos pombos bicava sempre na presença do
triângulo (independentemente da cor do fundo), ao passo que o outro pombo bicava sempre na cor vermelha (independentemente da formageométrica); logo, ambos estavam sob controle de uma única propriedade do estímulo.
Tema 5: Discriminação condicional
-> história de Victor, o menino selvagem.
	-> primeiro exercício realizado: desenhou uma chave, uma tesoura e um martelo. Dispunha os três objetos para o garoto. Apontava o dedo para algumas das figuras com o intuito que Victor trouxesse o objeto respectivo a figura apontada. Não obteve nada.
	-> em um segundo momento, os objetos foram pendurados abaixo da figura correspondente (pelo médico). Quando retirou-os e deu para Victor, foram imediatamente colocados em sua ordem convencional. 
	-> em um terceiro momento mudou a ordem das figuras e Victor colocou os objetos na mesma posição de antes.
 Itard interpretou esse fracasso como produto do recurso de sua memória.
	-> segundo exercício realizado: tentou resolver o problema acima aumentando o número de desenhos e objetos correspondentes e alternando suas posições várias vezes.
	-> com esse processo obtém sucesso e descreve: “a mente teve de recorrer a comparação do desenho com a coisa (...). Fiquei certo disso quando vi Victor dirigir seus olhares, sucessivamente, a cada um dos objetos, escolher um e procurar em seguida a figura a qual queria reportá-lo; e logo tive a prova material disso com experiência da inversão das figuras, que foi seguida, de sua parte, da inversão metódica dos objetos.”.
	-> terceiro exercício realizado: Victor tinha dificuldade nas comparações das figuras com as palavras. Itard procurou desenvolver um programa de leitura para ensinar Victor.
	-> preparou um painel com todas as letras do alfabeto, letras impressas e letras moldadas em metal.
	-> dessa forma, Victor deveria encaixar a letra de metal no respectivo compartimento indicada pela letra impressa mostrada por Itard.Isso era feito alternando sistematicamente as ordens das letras.
	-> experiência relatada por Itard: Apresentou ao Victor o painel com as letras L A I T ao lado da xícara com leite. Itard entrega as letras ao Victor junto com a xícara. As letras foram recolocadas, mas em ordem totalmente inversa.
	-> após várias correções, onde Itard demonstrava as mudanças necessárias nas ordens das letras e Victor as executava, recebendo uma xícara com leite. Depois de alguns dias, Victor passou a ter ideia da relação entre palavra e coisa. Isso porque dias depois pega quatro letras e dispõem em uma mesa os caracteres de maneira que formassem a palavra lait, com o intuito de ganhar lait em troca.
Parte do que Victor realizou envolve a relação de controle de estímulos descrita pelo conceito de discriminação (identificados da distinção de objetos diferentes e letras diferentes). Contudo, há mais relações do que o controle exercido por um estímulo sobre uma resposta. 
-> Por exemplo: diante de uma chave, tesoura ou martelo (estímulos), Victor escolhe um deles (resposta) e produz uma consequência (correção ou não da resposta emitida), dependendo de qual desenho tivesse sido apontado por Itard.
	Assim as consequências diferenciais para o responder dependiam da relação entre esse estímulo (objeto) e de outro (figura). O valor do estímulo antecedente (objeto) depende do estímulo (figura apontada). 
O estímulo pode ter função discriminativa ou delta. (estímulo discriminativo ou estímulo delta)
-> Dessa forma, é possível dizer que as atividades planejadas por Itard envolvem uma discriminação condicional. 
-> Discriminação condicional: discriminação em que o reforço (consequência) do responder na presença de um estímulo depende de outro estímulo.
-> Skinner distingue discriminação simples e discriminação condicional. Ele faz essa distinção uma vez que a discriminação condicional trata de processos denominados “aprendizagem complexa”.
	Skinner utiliza a expressão “matching to sample” (emparelhamento com o modelo) para se referir ao processo envolvido na discriminação condicional.
estímulo condicional = estímulo modelo (ou amostra)
estímulo discriminativo e estímulo delta = estímulo comparação ou escolha
-> experimento com o pombos.
· desempenho diferente na fase cinco, no qual é mudada a cor da luz. - Ele aprendeu a bicar na esquerda dadas as configurações vermelho-vermelho-verde e verde-verde-vermelho, e à direita dadas as configurações verde-vermelho-vermelho e vermelho-verde-verde? Ou ele aprendeu a emparelhar de modo geral, isto é, aprendeu a relação de identidade? Ele aprendeu qual disco é igual?
Se agora apresentarmos a cor azul, ou a cor amarela e o pombo fizer o emparelhamento com as novas cores modelo, teremos mais confiança em falar de emparelhamento mais generalizado ( ... ) Mesmo se víssemos o emparelhamento com as novas cores, o que dizer se não obtivéssemos o emparelhamento com figuras geométricas? Poderíamos dizer apenas que o pombo aprendeu o emparelhamento de cor, mas não o de forma ( ... ) devemos reservar o termo [emparelhamento por identidade) para os casos em que o emparelhamento se generaliza para novos estímulos-modelo e comparação, como o emparelhamento de forma, depois do treino com cores.
A discriminação condicional, quando ocorre emparelhamento generalizado, podemos chamar de matching por identidade.
Dois outros processos de discriminação condicional:
emparelhamento por singularidade: O estímulo-modelo é apresentado e uma resposta a esse estímulo, produz estímulo-comparação. O que distingue esse emparelhamento ao emparelhamento modelo, é que a resposta ao estímulo-comparação diferente do estímulo-modelo produz estímulo reforçador, enquanto a resposta ao estímulo-comparação for igual o estímulo modelo não. Nesse modelo, o esperado é que a frequência de respostas aumente ao estímulo comparação distinto ao estímulo modelo.
Tanto no emparelhamento por singularidade ou do modelo o estímulo-modelo deve variar e a posição do estímulo comparação também durante o procedimento.
emparelhamento arbitrário: não se pode comparar os estímulos fisicamente, assim como fazemos no emparelhamento modelo e por singularidade. 
-> Tendo em vista o experimento com pombos na caixa, no caso do emparelhamento arbitrário, na fase quatro, ao bicar o disco central que apresentava uma das cores, os discos não apareciam com cores. Cada um apresentava a figura de uma forma (círculo, triângulo e quadrado). Dependendo da cor inicialmente apresentada no disco central e, depois, a resposta ao estímulo das formas, o pombo poderia ou não receber reforço. Por exemplo: se o estímulo modelo for a cor vermelha e uma resposta ao disco lateral com a figura de um quadrado, o pombo receberia 3 segundos de acesso a alimento. Caso contrário, a caixa ficaria toda escura por 3 segundos. 
Portanto, no emparelhamento arbitrário, todos os estímulos comparação são diferentes do estímulo modelo. 
A partir do procedimento de emparelhamento arbitrário, duas questões são colocadas:
1) o que aconteceria se o estímulo-modelo e o estímulo-comparação fossem invertidos?
-> por exemplo: uma criança aprendeu a apontar para a figura de um carro ao ver a palavra carro e apontar para a palavra se ver a figura de um carro. - essa propriedade não pode ser dita como certa.
2) conceito de classe de estímulos.
Os estímulos que formavam uma classe tinha até então propriedades em comum, mesmo não sendo verbalizadas pelo sujeito. Dessa forma, os estímulos condicionalmente relacionados podem constituir uma classe de estímulos?
O trabalho de Sidman dá origem a formação de classes de estímulos equivalentes. 
-> “Assume-se freqüentemente que uma discriminação condicional bem estabelecida demonstra não apenas relações condicionais entre os estímulos, mas também relações de equivalência.”. Para isso é necessário testes adicionais. Testes que derivam de três propriedades que especificam como definição da relação de equivalência: simetria, reflexividade e transitividade.
-> reflexiva: cada estímulo mantém uma relação com ele mesmo. Portanto, reflexividade pode ser testada por um procedimento de emparelhamento por identidade (com o modelo), que exige que o sujeito emparelhe a com ele mesmo. A prova da reflexividadeé emparelhamento de identidade generalizado 
 -> simetria: é necessário demonstrar que aRb e bRa são verdadeiros. Um sujeito que emparelha o modelo a com a comparação b, deve então, sem mais treino, o modelo b com a comparação a. 
-> transitiva: para determinar que a relação é transitiva um terceiro estímulo c é necessário. Uma vez que se a, então b e se b, então c tenham sido estabelecidos, a transitividade exige que se a, então c emerja sem reforçamento diferencial ou outros instrumentos.
A prova da transitividade é a emergência de uma terceira relação condicional aRc, na qual o sujeito emparelha o modelo da primeira relação com o comparação da segunda.
-> equivalência: relação emergente cRa é testada.
Resumindo, o estabelecimento de duas discriminações condicionais relacionadas, envolvendo três grupos de estímulos, poderá gerar uma classe de estímulos equivalente se, entre os estímulos, demostrar-se a existência de relações emergentes de reflexividade, simetria, transitividade e equivalência.

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