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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA -º VARA CÍVEL DA COMARCA DE MACAÉ/RJ GERSON, brasileiro, solteiro, médico, portador da carteira de identidade nº xxxx, expedida pelo órgão xxxx, inscrito no CPF/MF sob o nº xxxx, residente e domiciliado na Avenida Marechal Mascarenhas de Moraes, nº 1927, Bento Ferreira, Vitória/ES, CEP 29.050-945, por seu advogado, com endereço profissional localizado na Rua Jony João de Deus, nº 31, Enseada do Suá, Vitória/ES, CEP 29050-350, a esse juízo propor: AÇÃO ANULATÓRIA DE NEGÓCIO JURÍDICO BERNARDO, brasileiro, viuvo, (profissão), portador da carteira de identidade nº xxxx, expedida pelo órgão xxxx, inscrito no CPF/MF sob o nº xxxx, residente e domiciliado na Rua Barro Vermelho, nº 310, Rio Vermelho, Salvador/BA, CEP 41940-340, pelos fatos e fundamentos que passa a expor. I – DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO O Autor, manifesta interesse pela realização da audiência de conciliação, ou mediação. II – DOS FATOS O Autor, Gerson, em dívida declarada pela nota promissória com vencimento para o dia 10/10/2016, no valor de 80.000,00 reais, em face do réu, Bernardo. Ocorre que, o réu, dias antes ao vencimento da nota promissória, transferiu, por meio de doação, seus dois imóveis localizado no Espírito Santo e ambos avaliado no valor de 300.000,00 reais. Tal transferência foi feita de maneira ardilosa para sua filha, Janaina, menor impúbere e residente em Macaé/RJ, com sua genitora. Entretanto, ocorre que no contrato de doação, inseriu clausula de usufruto vitalício em favor de si próprio. Além da clausula de incomunicabilidade, assim como consta na certidão de ônus reais do imóvel. No entanto, saliento que no dado momento, os imóveis encontram-se alugados a terceiros. III – DOS FUNDAMENTOS O negócio jurídico celebrado entre a PRIMEIRA e a SEGUNDA PARTE RÉ é incontestavelmente anulável, em razão de a transmissão gratuita dos bens só ter ocorrido com o intuito de lesar os interesses da PARTE AUTORA, que é credor da PRIMEIRA PARTE RÉ, com dívida já vencida, sendo perceptível as circunstâncias que caracterizam a ocorrência de lesão sofrida pelo AUTOR no negócio celebrado com o RÉU. Sendo assim, com o intuito de enfraquecer o negócio, conforme previsão contida no artigo 158 do Código Civil. A PRIMEIRA PARTE RÉ possui dívidas que totalizam o montante de R$400,000,00, sendo certo que a doação por ele efetivado com a SEGUNDA PARTE RÉ, incontestavelmente, o reduziu a insolvência. Com base no exposto, a PARTE AUTORA, como credora da PRIMEIRA PARTE RÉ, tem a plena faculdade de pleitear a anulação do negócio jurídico em questão, amparada pela previsão expressa no mencionado dispositivo legal. Portando, não há dúvida quanto ao direito da PARTE AUTORA, assim, pede-se a anulação do negócio jurídico entre a PRIMEIRA e a SEGUNDA PARTE RÉ, conforme artigo 157, 158 e 171, II do Código Civil: Art. 157. Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta. § 1 o Aprecia-se a desproporção das prestações segundo os valores vigentes ao tempo em que foi celebrado o negócio jurídico. § 2 o Não se decretará a anulação do negócio, se for oferecido suplemento suficiente, ou se a parte favorecida concordar com a redução do proveito. Art. 158. Os negócios de transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida, se os praticar o devedor já insolvente, ou por eles reduzido à insolvência, ainda quando o ignore, poderão ser anulados pelos credores quirografários, como lesivos dos seus direitos. Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico: II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores. Sendo assim, sob base legal para a anulação do respectivo negócio jurídico. IV – PEDIDO Diante do exposto, requer: 1. Designação da audiência de conciliação ou mediação e intimação do réu para seu comparecimento; 2. Citação do réu para integrar a relação processual; 3. A procedência do pedido do autor para anular o negócio jurídico; 4. E que condene o réu a arcar com as custas processuais e os honorário advocatícios oriundos desse processo. V – PROVAS Solicita a realização de depoimento pessoal, audição testemunhal, a inclusão das provas documentais, e daquelas que forem necessárias no curso do processo. VI – DO VALOR DA CAUSA Compreende-se ser o valor da causa, R$ 300.000,00 (trezentos mil reais) Pede deferimento. Macaé, 10 de outubro de 2016 Nome do Advogado OAB/xxx
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