Buscar

Simples Nacional - Resumo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Simples Nacional
O Simples Nacional é um regime tributário que foi criado pela LC 123/2006, pensado para as pequenas e médias empresas, ela foi criada com o intuito de descomplicar a vida das empresas, contendo na maioria dos casos uma carga tributária menor do que o restante dos regimes, que são o lucro real e lucro presumido, além de simplificar o pagamento dos tributos.
Porém, nem todas as empresas podem se enquadrar neste regime tributário, por motivos como o faturamento, tipo da empresa e até mesmo a atividade exercida por ela. Na questão de faturamento, o teto limite é de R$ 4.800.000,00 anuais, sendo que a partir de R$ 3.600.000,00 alguns tributos começam a ser pagos fora do Simples Nacional, que no caso são o ISS, um tributo municipal, e o ICMS, que corresponde a um tributo estadual. Portanto, a empresa paga apenas tributos federais na guia DAS, e tanto no município quanto no estado, a empresa encontra-se desenquadrada do regime simplificado.
Os únicos portes que podem se enquadrar no Simples Nacional, são a ME (Microempresa) e a EPP (Empresa de Pequeno Porte), ou seja, caso a empresa seja de Médio ou Grande porte, elas não podem optar pelo Simples. Para a ME (Microempresa) é permitido faturar no máximo R$ 360.000,00 anuais, já para a EPP (Empresa de Pequeno Porte), é permitido um faturamento máximo de R$ 4.800.000,00, que é o teto de faturamento do Simples Nacional.
Além destes portes, há o MEI (Microempreendedor Individual), que é uma espécie de modalidade do Regime do Simples Nacional. É um regime ainda mais simplificado, e ainda mais restrições. Para se enquadrar no MEI, é necessário um faturamento limite de R$ 81.000,00 anual, podendo ultrapassar até 20% do limite, porém neste caso, há incidência de multa. Pode-se contratar apenas 1 funcionário, além de ser limitada o número de atividades que podem se enquadrar neste regime.
Outro ponto que uma empresa precisa observar antes de optar pelo Simples, é sua atividade. Pois, há algumas atividades que não são permitidas, como, por exemplo, bancos no geral, holdings, comércio de bebidas, resseguradoras, bolsa de valores, fábricas de bebidas alcoólicas no geral e de cigarros, fabricação de automóveis etc. Além disso, há alguns outros pontos em que uma empresa se torna impedida de optar pelo regime, como, empresas que tem débitos em âmbito municipal, estadual e nacional, cooperativas, empresas em que um dos sócios com mais de uma empresa optante pelo Simples Nacional, que a soma dos faturamentos supere R$ 4.800.000,00, empresa que tenha uma outra pessoa jurídica como sócio etc.
Um dos principais motivos que leva uma empresa a optar pelo Simples, é pela facilidade da apuração e pagamento dos tributos, pois diferente do Lucro Presumido e Real, onde os tributos são apurados e pagos de forma individual, no Simples, todos os tributos são unificados em uma guia única chamada DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional), ou seja, a empresa faz o pagamento de uma única guia, englobando todos os tributos. A guia tem vencimento sempre no dia 20 do mês subsequente a emissão da nota fiscal. Os tributos que a empresa optante pelo Simples Nacional pagam são o IRPJ, CSLL, PIS, COFINS, IPI (caso a empresa preste serviço de indústria), ICMS (caso a empresa seja de comércio), ISS (caso seja uma prestadora de serviço), e o CPP que se trata da contribuição previdenciária.
Provavelmente o motivo mais importante de uma empresa querer se enquadrar no Simples, é sua carga tributária, que na maioria das vezes é mais benéfica a pessoa jurídica, tendo menos gastos com tributos, consequentemente, obtendo um lucro maior. Dentro do Simples, a tributação é separada por anexos que vão do I ao V, sendo cada um correlativa á atividades específicas, que é definida pelos CNAE´s que constam em seu CNPJ. Sendo o anexo I para empresas que efetuam atividades de comércio. Cada tributo tem faixas específicas de faturamento para que seja definida a alíquota incidente sobre o faturamento, no anexo I, a alíquota se inicia em 4% para empresas que faturem até R$ 180.000,00 de receita bruta dos 12 últimos meses, tendo uma alíquota máxima de 19% para as empresas que faturem entre R$ 3.600.000,00 à R$ 4.800.000,00. O anexo II são para empresas do ramo industrial, ou seja, que fabricam produtos. Sua alíquota inicia-se em 4,50% para o faturamento bruto de até R$ 180.000,00 e alíquota máxima de 30,00%.
Os anexos III à V são todos para o ramo de prestação de serviço, sendo o anexo III para empresas que prestem serviços como instalação e manutenção em geral, escritório de contabilidade, corretagem de seguros, transporte municipal de passageiros etc. A alíquota inicia-se em 6%, com o limite em 33%. O anexo IV conta com um diferencial, nele, não se paga o CPP dentro da guia DAS, devendo ser recolhida por fora. Neste anexo	 incluem-se empresas que prestam serviço de limpeza, segurança, construção de imóveis e serviços advocatícios. Caso haja cessão de mão de obra, deverá ser efetuada a retenção de INSS na nota fiscal. Já, no anexo V, há um grande benefício que se trata do Fator R, como o anexo V é o anexo em que a carga tributária se inicia com a maior alíquota (15,50%), foi criado uma ferramenta em que a empresa possa diminuir esta alíquota de 15,50% para 6,00%. Para que a empresa possa optar pelo Fator R, ela deverá efetuar uma retirada de pró-labore, que se trata da remuneração do sócio. Essa retirada deverá ser de no mínimo 28% sobre o faturamento, e a empresa pagará INSS sobre este valor, e dependendo da quantia, pagará IR sobre ela. O anexo V contém serviços que necessitam de um cunho intelecto maior, por exemplo, engenharia, medicina veterinária, auditoria, jornalismo, representação comercial etc.
O cálculo dos tributos do Simples é feita de forma progressiva. Sempre que uma empresa ultrapassa os R$ 180.000,00 da primeira faixa, ela começa a ser tributada na segunda faixa, considerando uma empresa do anexo III, ela não passará a ser tributada em 11,20%, alíquota da 2° faixa. Ela iniciará progredindo de 6,01% e conforme o faturamento aumente, consequentemente a alíquota aumentará. Suponhamos que esta empresa tem R$ 190.000,00 de faturamento bruto dos 12 últimos meses, e neste mês ela faturou R$ 20.000,00, faremos o cálculo da seguinte forma:
[(Receita bruta 12 últ. Meses X Alíquota nominal) – Parcela a deduzir] / Receita bruta 12 últ. Meses
Portanto:
[(190.000,00 X 11,20%) – 9.360,00] / 190.000 = 0,0627 ou 6,27% (esta será sua carga tributária)
20.000,00 X 6,27% = 1.254,00 (Valor do tributo a ser recolhido) 
A empresa Penso Informática LTDA, é optante pelo Simples Nacional, e contém um único CNAE, que é o 62.09-1-00 (Suporte técnico, manutenção, e outros serviços em tecnologia da informação). Este CNAE contém uma peculiaridade que poucos outros códigos tem, ele é um CNAE ambíguo, ou seja, ele pode ser tributado em 2 anexos pelo mesmo código de serviço, neste caso, pode ser tributado tanto no anexo III, quanto no V. Para definir em qual dos dois anexos ela será tributada, é necessário observar qual o serviço que será prestado. Neste CNAE, para ser tributado no anexo III, deverá ser prestado um serviço de instalação de computadores e equipamentos periféricos, já para ser tributado no anexo V, necessita-se que seja prestado um serviço de suporte técnico em informática, manutenção em tecnologia da informação etc. Ela faz a emissão de notas com o código de serviço 2919 (Suporte técnico, instalação, configuração e manutenção de programas e banco de dados), e na discriminação da nota fiscal, informa que foram prestado serviços de informática, neste caso uma descrição mais abrangente. Sendo assim, enquadra-se no anexo que tenha a menor alíquota, ou seja, no anexo III.
A Penso, está atualmente com uma receita bruta dos 12 últimos meses de R$ 3.850.000,00, ou seja, se encontra na última faixa do anexo, já recolhendo o ISS fora da guia DAS, e na competência de 02/2021 faturou o total de R$ 250.000,00, a empresa pagará de tributos:
[(3.850.000,00 X 33,00%) – 648.000,00) / 3.850.000,00
Portanto:= 0,1616 ou 16,16%
= 250.000,00 * 16,16% = 40.400,00
ISS:
250.000 X 2,90% (alíquota fixa) = 7.250,00
Ela pagará um total de tributos de: R$ 47.650
Bibliografia
https://www.contabilix.com.br/contabilidade-online/anexo-5-do-simples-nacional/
https://conube.com.br/blog/o-que-e-simples-nacional/#pode-optar
https://www.contabilizei.com.br/contabilidade-online/simples-nacional/#Afinal,_quais_sao_as_vantagens_do_Simples_Nacional
https://www.jornalcontabil.com.br/requisitos-para-se-enquadrar-no-simples-nacional-2021/
https://www.contabilizei.com.br/contabilidade-online/fator-r-simples-nacional/
https://blog.contaazul.com/o-que-e-pro-labore/
https://www.focotributario.com.br/retencao-inss-simples-nacional-2/
https://www.dicionariofinanceiro.com/calcular-simples-nacional/
https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/arquivos/secretarias/financas/legislacao/IN-SF-Surem-08-2011-Anexo-1.pdf

Continue navegando