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Aula 7 - Minerais vitaminas e aditivos

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Serviço Nacional de Aprendizagem Rural
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
MINERAIS, VITAMINAS E ADITIVOS 
NA BOVINOS DE CORTE
Sergio Raposo de Medeiros
Pesquisador Embrapa Gado de Corte
Campo Grande - MS
INTRODUÇÃO
Ao final desta aula, o aluno saberá mineralizar um rebanho de
gado de corte, suplementá-lo com vitamina e usar aditivos.
MINERAIS POTENCIALIZAM O DESEMPENHO
• Pequena participação estrutural, mas fundamentais para a 
produção
– Exemplo: Animal com energia e proteína para ganhar 1 kg/dia, mas 
se tiver P para apenas 0,6 kg/dia Esse será o ganho !
LEI DO MÍNIMO
1,0 kg/cab.dia
0,6 kg/cab.dia
MINERAIS: IMPORTANTES EM VÁRIAS FUNÇÕES 
• Constituinte das estruturas esqueléticas;
• Componente de enzimas ou ativador destas;
• Componente ou regulador de processos codificação genética;
• Deficiência de alguns elementos (P, K, Zn, Mg...) pode ingestão de
MS.
MINERAIS: IMPORTANTES EM VÁRIAS FUNÇÕES
• Vários minerais têm efeito sobre o sistema imune.
– Exemplo: Cu tem exigências quando sistema imune é desafiado.
– Portanto, animal melhor nutrido em Cu pode ter desempenho melhor que
outro, mal nutrido.
• Para muitas outras funções no organismo, isso se repete.
MINERALIZAR O RUMINANTE E SEUS HÓSPEDES
• Nutrição mineral de ruminantes  Primeiramente  atendimento às
exigências dos microrganismos ruminais.
• Exigência da maioria dos minerais  quantidades 
Hospedeiro > Microrganismos (hóspede).
Protozoário
Fungo
Bactérias
EFEITO DE FÓSFORO NO CONSUMO
IMS
5.56
5.28
3.69
2.0
2.5
3.0
3.5
4.0
4.5
5.0
5.5
6.0
k
g
 M
S
/
ca
b
.d
ia
125% P
90% P
42% P
Nicodemo et al., 2000
MINERAIS MAIS DEFICIENTES NO BRASIL
• Há deficiências regionais específicas.
• No Cerrado:
• Sódio (Na), Zinco (Zn), Cobre (Cu), Fósforo (P) e Cálcio (Ca)
• Iodo (I), Se (Se) e Cobalto (Co)
Ocorrência de forragens com níveis baixos 
de minerais no Brasil no Cerrado
100
95.6
82
72
37.6
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
Na (%) < 0.10
Zn (ppm) < 20
Cu (ppm) < 4
P (%) < 0.12
Ca (%) < 0.2
Rosa; 1994
Entre 1500 a mais de 2000 análises por nutriente
Laboratório de Nutrição Animal – Embrapa Gado de Corte
MINERAIS MAIS DEFICIENTES NO BRASIL
Ocorrência de forragem deficiente em países tropicais
75
73
60
47
43
35
0
20
40
60
80
100
%
Zn P Na Cu Co Mg
Porcentagem de valores em nível crítico ou insuficientes
MINERAIS MAIS DEFICIENTES NO BRASIL
RESPOSTA BIOLÓGICA AUMENTO NUTRIENTE 
ESSENCIAL 
Deficiências
MorteMorte
ÓTIMO
Marginal Marginal
Toxidez
A B C
Função
100%
Ingestão do Nutriente
As faixas marginais (A e C) podem ser consideradas deficientes e tóxicas, 
respectivamente, mas com efeitos ainda brandos.
Ideal
0
5
10
15
20
25
20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 260 280 300 320 340 360
Dias pós parto
E
xi
gê
nc
ia
 ( 
g 
P
/c
ab
.d
ia
)
0
5
10
15
20
25
In
ge
st
ão
 ( 
g 
P
/c
ab
.d
ia
)
Me Gest
Lac P
FÓSFORO: EXIGÊNCIA DE VACA DE CRIA
DesmamaParto Prenhez
MINERALIZAÇÃO ESTÁ OK?
• Na prática, o melhor indicador da ausência de deficiências marginais
de minerais é o desempenho animal.
• Controle dos resultados ajuda a observar precocemente
inadequações.
CONSUMO: UM GRANDE DESAFIO
• O adequado consumo de cada nutriente nem sempre é
fácilmente obtido:
– Muitas variáveis influenciam a ingestão de minerais.
– Problemas operacionais (distância dos pastos, clima,etc).
– Importante: Diferenciar “%” de “g/cab.dia !”
CONCENTRAÇÃO DO ELEMENTO (g/kg):
Sal A Sal B
Elemento g/kg g/kg
 Ca 120 130
 P 81 90
 S 15 17
 Na 140 200
 Cu 1235 1500
 Zn 5000 6000
 I 130 150
 Co 150 160
 Se 15 18
CONCENTRAÇÃO: CONSUMO MAIS IMPORTANTE
 Sal A Sal B
Consumo 70 g/cab.dia 50 g/cab.dia
Elemento g/kg g/cab.dia g/kg g/cab.dia
 Ca 120 8.4 130 6.5
 P 81 5.67 90 4.5
 S 15 1.05 17 0.85
 Na 140 9.8 200 10
 Cu 1235 86 1500 75
 Zn 5000 350 6000 300
 I 130 9 150 7.5
 Co 150 11 160 8
 Se 15 1 18 0.9
RELAÇÃO Ca:P
• A relação mineral mais recomendada é a relação Ca:P
• Recomendada entre 1:1 a 2:1.
• Todavia, relações entre 1:1 até 7:1 resultaram em desempenhos
semelhantes !
– Obviamente, níveis adequados de P !
MINERAIS QUELATADOS OU COMPLEXADOS
• São mais biodisponíveis (sofrem menos interações com outros materiais).
• Vantagens também pós-absortivas.
• Desempenho: Faltam dados seguros.
• Empresas usam teores iguais aos das fontes convencionais (<
benefício:custo).
• Podem ter aplicações específicas.
MINERAIS DE INGESTÃO FREQUENTE MAIS CRÍTICA
• Mg: Mecanismo homeostático não mantém níveis de Mg no sangue;
Dificuldade dos animais adultos em mobilizarem grandes quantidades do
osso.
• Zn: Pequenas reservas disponíveis.
• Na: Ausência de reservas.
• Por causa da nutrição dos microrganismos do rúmen:P, S e Co .
...mas animais tem mecanismos de salvaguarda para esses pequenos períodos
de privação, havendo pequeno prejuízo !
SAL MINERAL CONVENCIONAL
• Manejo do fornecimento
À vontade = na recarga há sempre sobra.
Não garante atendimento das exigências que depende:
• Formulação adequada
• Consumo médio ~ planejado
• Mistura mineral  30-40% NaCl  consumo suficiente para ingestão
satisfatória dos demais minerais
SÓDIO COMO REFERÊNCIA
Produto
Teor de Na
g /kg
Consumo
Estimado 
(g/cab.dia)
Consumo de Na 
(g/cab.dia)*
A 200 50 10
B 165 60 10
C 145 70 10
* 10g ~ 0,10% MS para 1 UA
CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES 
DOS INGREDIENTES
• Disponibilidade variável do nutriente proveniente de diferentes fontes.
– Sulfato Cobre > Óxido de Cobre
– Óxido de Zinco vs. Óxido de Zinco Preto
• Ausência de contaminantes indesejáveis
FONTES DE P E ABSORÇÃO REAL
Variável ud.
Fosfato 
Bicálcico
Fosfato 
de 
Rocha, 
Patos
Fosfato 
de 
Rocha, 
Tapira
Fosfato 
de 
Rocha, 
Finos de 
Tapira
Fósforo 
consumido
g/dia 6,19 6,09 6,46 5,62
Absorção 
real
% 58,9 42,7 48.0 50,8
Absorção 
relativa
% 100,0 72,5 81,4 86,2
V
itt
i e
l a
l.;
 1
99
1
+ 37%
VITAMINAS
• Exigências em quantidades muito pequenas;
• Vitais para o bom funcionamento do organismo;
• Quando respostas imunológicas são utilizadas para verificar o efeito das
vitaminas, as exigências são superiores às recomendadas para produção
ou reprodução.
CLASSES DE VITAMINAS
• Hidrossolúveis: Vitaminas do complexo B (B12, Tiamina, Niacina e Colina),
vitamina C.
– Produzidas pela flora ruminal ou tecidos do animal.
• Lipossolúveis: A, D, E e K
– A Vit. D é produzida na pele, pela radiação solar, e a Vit. K pelos
microrganismos ruminais.
FORMA, FONTES E DEPÓSITOS DE VITAMINAS
LIPOSSOLÚVEIS
Vitamina Forma Fontes Depósitos
A Pró-vitamina A
(carotenos,
criptoxantina)
Forragens verdes, milho
amarelo, silagens e fenos
(mas com mais baixa
disponibilidade). Beta-
caroteno é a forma mais
comum.
Fígado, duração de 2 a 4
meses.
D Ergocalciferol (D2) e
Colecalciferol (D3)
D2 provém de plantas Pequena reserva no
fígado
E Alfa-tocoferol Gérmen de trigo, sementes
de oleaginosas, forragens
verdes e conservadas (mas
decai com o processamento
e o tempo de
armazenamento)
Fígado e tecido adiposo,
principalmente, mas
muitos outros tecidos
K K1 e K 2 K1, forragens verdes e K 2,
bactérias ruminais
_
VITAMINA A
Condições predisponentes à suplementação de Vitamina A:
1) Dietas com baixo teor de volumosos (maior destruição ruminal e menor 
ingestão de beta-caroteno)
2) Dietas com maiores concentrações de silagem (teores mais baixos de beta-
caroteno e mais baixa biodisponibilidade potencial de beta-caroteno na dieta 
basal)
3) Dietas com forragens de baixa qualidade (teores basais mais baixos de beta-
caroteno)
4) Maior exposição a patógenos infecciosos (maior demanda do sistema imune)
5) Períodos quando a resposta imune possa estar reduzida (período pré-parto).
VITAMINA D
Condições predisponentes à suplementação de Vitamina D:
• Dietas com elevados teores de concentrado;
• Manutençãode animais em locais protegidos da radiação solar podem
aumentar a chance de necessidade de suplementação de vitamina D.
VITAMINA E
Condições predisponentes à suplementação de Vitamina E:
1) Dietas com forragem conservada exigiriam 67% a mais de vitamina do 
que uma dieta semelhante em que fosse usada forragem in natura (cm 
50% como volumoso) ou consumo de pastagem.
2) Animais com níveis sub-ótimos de Se
3) Ingestão de ácidos graxos poliinsaturados podem aumentar o 
requerimento se adicionados na forma protegida para ruminantes.
4) Períodos quando a resposta imune possa estar reduzida (período pré-
parto)
ADITIVO: PARA ADICIONAR EFICIÊNCIA
• Características:
– Uso Oral
– Não nutriente
– Quantidades reduzidas
Melhoram aproveitamento da dieta
PROBIÓTICOS:
• Culturas de Organismos  alterariam população do Trato 
gastrintestinal.
• Diminuição bactérias patogênicas por:
– Competição por nutrientes;
– Por espaço;
– Ação direta/indireta metabólitos.
PROBIÓTICOS MAIS RECONHECIDOS:
• Fungo: 
– Aspergillus orizae
• Aumento de Celulolíticas in vitro;
• Composto termolábil;
• Produto comercial ?
PROBIÓTICOS MAIS RECONHECIDOS:
• Levedura: Saccharomices cerevisae
– Efeito de diminuir acidose.
• Resultados em dietas desafiadoras
– Ajudam a reduzir oxigênio no rúmen;
– Cepa pode ser um dos motivos de resultados inconsistentes;
– Necessidade de garantia de células viáveis.
INOCULANTES RUMINAIS:
• Várias opções no mercado.
• Maior parte de baixa tecnologia Não acrescentam nada.
• Adiantar colonização ruminal ?
– Naturalmente eficiente;
– Sem vantagem.
TAMPONANTES
• Evitam grande abaixamento no pH ruminal.
• Mais uma vez...resultados inconsistentes
• Situações específicas:
– Início de Confinamento;
– Altos teores de concentrado;
– Concentrado oferecido separadamente;
– Trocas abruptas de dieta;
– Dietas com bagaço tratado à pressão e vapor.
TAMPONANTES
• BICARBONATO DE SÓDIO
– Mais comum (1-3 %)
• CALCITA (Filler, PRNT 100%)
– Alternativa mais barata. (1%)
• ÓXIDO DE MAGNÉSIO
– Uso combinado com o Bicarbonato (À terça parte de 1,25%)
IONÓFOROS
• Monensina; Lasalocida; Salinomicina e outros.
• Aumento de 6-8% na concentração de energia líquida de mantença por kg 
de matéria seca.
• Requerem adaptação.
– Exceto Salinomicina.
DESEMPENHO DE BOVINOS RECEBENDO MONENSINA NA 
ALIMENTAÇÃO
Controle Monensina Alteração DP1
Confinamento
Monensina, mg/dia 246
Ganho de Peso,
kg/dia
1,09 1,10 + 1,6 % 8,5
Consumo, kg MS 8,27 7,73 - 6,4 % 5,0
Kg MS/ kg ganho 8,09 7,43 - 7,5 % 6,5
Pastagem
Monensina, mg/dia 154
Ganho de Peso,
kg/dia
0,609 0,691b +13% 0,009
Fonte: Goodrich, et al (1984); 1 Desvio Padrão ; b P <0.01; 
EFEITO IONÓFORO DEPENDE DA DENSIDADE ENERGÉTICA DA 
DIETA
%NDT 
(Energia)
Ingestão
IMS  ou =
GDP 
CA = ou 
IMS 
GDP =
CA 
UTILIZAÇÃO IONÓFORO: PASTAGEM
• Resultados são bons
– Aumento de GDP ~ 80-100 g/cab.dia
• Peculiaridades:
– Pode dificultar consumo:
• Salinomicina e Lasalocida: menor depressão
– Pode ser suplementado em dias alternados.
EFEITO DE LASALOCIDA E MONENSINA EM PASTEJO
0,601
0,524
0,673
0,599
0,400
0,500
0,600
0,700
0,800
0,900
Lasalocida Monensina
kg
/c
ab
.d
ia
Sem 
Com
A
d
a
p
ta
d
o
 d
e
 H
u
n
ti
n
g
to
n
 (
1
9
9
6
)
+ 14%
+ 12%
VIRGINIAMICINA
• Reduz produção de ácido lático no rúmen:
– Menor queda pH  Menos problemas metabólicos
• Aumenta aproveitamento da dieta:
– Rúmen;
– Pós-rúmen: Intestinos.
• Ajuda na adaptação e em dietas de risco.
RESULTADOS IONÓFORO + VIRGINIAMICINA
• Confinamento 87 dias, PV Inicial = 443 kg ; PV Final = 606 kg
• Ionóforo + Virginiamicina vs Ionóforo
+ 11,21 % de eficiência alimentar
+6,83 do GDP
RESULTADOS IONÓFORO + VIRGINIAMICINA
• Confinamento 69 dias,
200 machos, ~ 80% concentrado
• Salinomicina (13 ppm) vs Salinomicina + Virginiamicina (15 ppm)
• Ganho semelhante
Redução de 3,4 % de consumo
Melhora de 2,9% na conversão alimentar
- Maior parte efeito no primeiro período.
Obrigado.
Sergio Raposo de Medeiros
Pesquisador Embrapa Gado de Corte

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