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=E!#TQYUWM2 $H*RD)+0987 Resumo Parte 1 Metrologia MEPASSAAI.COM.BR www.mepassaai.com.br 2 Conteúdo do ebook Capitulo 1 - Sistemas de medidas. capitulo 2 - Erros de medição. capitulo 3 - Sistemas de medição. capitulo 4.1 - Instrumentos de medição . 1 Sistemas de Medidas www.mepassaai.com.br 4 1. SISTEMAS DE MEDIDAS O que é Metrologia? Metrologia é definida como a ciência da medição. As medições são feitas de maneira natural em praticamente todos os ramos da atividade humana. O principal foco dessa ciência está em prover confiabilidade, credibilidade, universalidade e qualidade às medidas. 1. Sistemas de Medidas Para que se possa interpretar as medições em qualquer lugar do mundo e seus significados sejam duráveis ao longo dos séculos, é de fundamental importância que as medições sejam expressas em unidades de medidas muito bem estabelecidas. O Sistema Internacional de Unidades (SI) é um sistema de unidades coerente, bem definido, reconhecido e adotado por todos os países, que nos permite entender medições feitas ao redor do mundo. O SI é usado internacionalmente por acordos legais. Mesmo países que possuem sistema próprio têm suas unidades definidas a partir das unidades bases do SI. Unidades do Sistema Internacional de Unidades No SI estão presentes três classes de unidades: as unidades bases, as unidades suplementares e as unidades derivadas. www.mepassaai.com.br 5 Unidades do Sistema Internacional de Unidades No SI estão presentes três classes de unidades: as unidades bases, as unidades suplementares e as unidades derivadas. As unidades base são: • Metro (m): para medir comprimento; • Quilograma (kg): para medir massa; • Segundo (s): para tempo; • Ampère (A): para corrente elétrica; • Kelvin (K): temperatura termodinâmica; • Mol (mol): quantidade de matéria; • Candela (cd): intensidade luminosa. As unidades suplementares são usadas para medições de ângulos planos e ângulo sólidos e possuem definições puramente matemáticas. São usadas em conjunto com as unidades de base, para compor as unidades derivadas. As unidades suplementares são: • Radiano (rad): ângulo plano; • Esterradiano (sr): ângulo sólido. 1. SISTEMAS DE MEDIDAS www.mepassaai.com.br 6 A união das sete unidades base com as duas unidades suplementares, forma um conjunto suficientemente completo para, por meio de combinações, descrever todas as demais grandezas existentes. São elas: • Metro quadrado (m²): para medir área; • Metro cúbico (m³): para medir volume; • Metro por segundo (m/s): velocidade; • Metro por segundo ao quadrado (m/s²): aceleração; • Radiano por segundo (rad/s): velocidade angular; • Radiano por segundo ao quadrado (rad/s²): aceleração angular; • Quilogramas por metro cúbico (kg/m³): massa específica; • Ampère por metro (A/m): intensidade de campo magnético; • Ampère por metro cúbico (A/m³): densidade de corrente; • Mol por metro cúbico (mol/m³): concentração de substância; • Candela por metro quadrado (cd/m²): luminância. Algumas unidades derivadas possuem nomes especiais aprovados pelo SI. Muitas vezes esses nomes são de pessoas que se destacaram nas ciências. Em todos os casos, essas unidades equivalentes a combinações das unidades bases. A tabela 1 demonstra algumas unidades. 1. SISTEMAS DE MEDIDAS www.mepassaai.com.br 7 Grandeza derivada Frequência Hertz Hz S-1 Newton N Kg.m/s² Kg.m²/s² Kg.m²/s³ Kg/m.s²Pascal Pa N/m² N.m J/s Joule J Força Pressão e tensão Energia trabalho e quantidade de calor Potência e fluxo radiante Watt W Unidade derivada Símbolo Em unidades do S.I Em termos das unidades de base Diversas outras unidades derivadas são obtidas por combinações entre as unidades de base e as unidades derivadas. A tabela 2 ilustra algumas dessas unidades. Tabela 1 – Unidades derivadas 1. SISTEMAS DE MEDIDAS www.mepassaai.com.br 8 Tabela 2 – Unidades derivadas formadas pela combinação das unidades de base e outras unidades derivadas. 1. SISTEMAS DE MEDIDAS Grandeza derivada Unidade derivada Simbolo Em termos das unidades de base Viscosidade dinâmica Pascal-segundo Pa. s Kg / m . s Momento Newton - metro N . m Kg . m² / s² s-¹Velocidadeangular Radiano por segundo Rads . s Condutividade Térmica Watt por metro kelvin W / m . K Kg . m / s³ . K www.mepassaai.com.br 9 Múltiplos e Submúltiplos Muitas vezes é preciso expressar quantidades muito grandes ou muito pequenas. Para evitar que a grandeza seja escrita com muitos algarismos, o que a tornaria muito complicada de se ler, usa-se os prefixos. Esses prefixos englobam potências de 10 para as quais são estabelecidos nomes e símbolos. A Tabela 3, ao lado, demonstra os prefixos usados no Sistema Internacional de Unidades. SISTEMAS DE MEDIDAS Nome do prefixo Simbolo Exemplo Exa 1,5 . m = 1,5 EmE Pepta 1,5 . m = 1,5 PmP Tetra 1,5 . m = 1,5 TmT Giga 1,5 . m = 1,5 GmG Mega 1,5 . m = 1,5 MmM Quilo 1,5 . m = 1,5 KmK Hecto 1,5 . m = 1,5 hmH Deca 1,5 . m = 1,5 damDa Deci 1,5 . m = 1,5 dmD Centi 1,5 . m = 1,5 cmC Mili 1,5 . m = 1,5 mmM Micro 1,5 . m = 1,5 m Nano 1,5 . m = 1,5 nmN Pico 1,5 . m = 1,5 pmP Fento 1,5 . m = 1,5 fmF www.mepassaai.com.br 10 Sistema Inglês de Unidades Apesar da padronização das unidades, ainda hoje é possível encontrar unidades de medidas diferentes daquelas do Sistema Internacional. Algumas dessas são as unidades do Sistema Inglês, usadas na Inglaterra e nos países dominados por ela, para facilitar transações comerciais ou outras atividades entre eles. Esse sistema difere totalmente do sistema métrico (SI). Para conversão das principais unidades desse sistema pode-se usar: 1 polegada = 25,4 mm 1 pé = 304,8 mm 1 jarda = 914,4 mm Um modo muito utilizado para se expressar valores no Sistema Inglês é a polegada fracionária. Para se efetuar a conversão de milímetro para polegada fracionária, o valor em milímetros é dividido por 25,4 e multiplicado por 128. Depois escreve-se o resultado como numerador de uma fração com o número 128 como denominador. Se o numerador não for um número inteiro, o procedimento é arredondá-lo para o inteiro mais próximo. Exemplo: 19,8 mm = 19,8 99,7 100”25,4 128 128 ( )x 128 128 = = SISTEMAS DE MEDIDAS 2 Erros de Medição www.mepassaai.com.br 12 Tipos de Erros Toda vez que o comportamento real de um sistema se afastar do ideal, ocorre um erro. Essa diferença de comportamento pode ser um pequeno ou grande erro. Existem três tipos de erros principais: erro sistemático, erro aleatório e erro grosseiro. • Erro sistemático: é a diferença entre a média do número de medições feitas do mesmo objeto a ser mensurado e o valor real deste, quando se obedece às condições de repetitividade. O valor obtido após uma medição deve corresponder ao valor verdadeiro do objeto a ser medido. Porém, devido às imperfeições do aparelho de medição, às limitações do operador e às influências das condições ambientais, não é isso o que se obtém na maioria das vezes, ocorrendo os erros de medição. Mesmo que o sistema de medição seja de excelente qualidade, o operador seja cuidadoso e habilidoso e que haja controle das condições ambientais, ocorrem erros de medições, em maior ou menor grau. Esses erros não podem ser ignorados. Se suas causas e naturezas forem entendidas, torna-se possível conviver com ele e ainda a obtenção de informações confiáveis de uma medição. 2. ERROS DE MEDIÇÃO www.mepassaai.com.br 13 Condições de repetitividade: mesmo operador, mesmo local, mesmo instrumento, tomada de leituras com intervalo de tempo curso, mesmo método de medição e mesma condição ambiental. Exemplo: numa série de 10 medições de um bloco padrão com dimensão de 25 mm, utilizando um micrômetro com resolução de 0,001 mm, foram obtidas as seguintes leituras: Fazendo a média das medidas obtém-se 25,003 mm. Portanto, o erro é 25,003 - 25 = 0,003 mm. • Erro aleatório: é a diferença entre o resultado de uma medição e a média do número de medições feitas do mesmo objeto a ser mensurado,também em condições de repetitividade. É considerado como uma parcela do erro do instrumento, levando-o a uma imprevisibilidade nos seus resultados. Alguns fatores contribuem para esse erro, como: atrito, vibrações, folgas e condições ambientais. • Erro grosseiro: ocorre devido a fatores externos, e não devido aos instrumentos. Pode ser originado por leitura errônea, manipulação indevida, anotação errada ou ajuste incorreto. 25,003 25,003 25,003 25,003 25,003 25,003 25,00025,004 25,004 25,004 2. ERROS DE MEDIÇÃO 3 Sistemas de Medição www.mepassaai.com.br 15 Na metrologia, os termos sistemas de medição e instrumento de medição são equivalentes. Em algumas literaturas é usado o termo instrumento de medição para denominar aparelhos de medição de pequeno porte, como paquímetros, micrômetros, termômetros e voltímetros portáteis. Enquanto isso, a expressão sistema de medição pode ser usada para descrever todos os aparelhos de medição, desde os mais simples até os mais complexos, como máquinas de ensaio de tração e máquinas de medir coordenadas. Métodos Básicos de Medição Para se efetuar a medição de algum material podem ser utilizados dois caminhos: comparação do material com algum valor de referência ou obtenção de um efeito mensurável proporcional ao valor do material. Esses são os princípios dos principais métodos de medição: comparação (ou zeragem) e indicação (ou deflexão). Tem-se ainda o método diferencial, um caminho híbrido, no qual se combinam elementos dos dois métodos anteriores. 3. SISTEMAS DE MEDIÇÃO 1. MÉTODO DA COMPARAÇÃO Por esse método é determinado o valor do objeto a ser medito comparando-o com outro objeto cujo seu valor é conhecido. Essa medição é feita de modo que a diferença entre os dois valores seja zero, por isso esse método é conhecido como método da zeragem. www.mepassaai.com.br 16 Figura 1 – Medição com balança de prato (método da comparação) 3. SISTEMAS DE MEDIÇÃO 0 A figura 1, a seguir, ilustra esse método de medidas através da utilização de uma balança de pratos. Nesse sistema, a massa desconhecida é colocada em um dos pratos da balança. No outro prato são colocadas massas-padrão, até que se atinja o equilíbrio, que ocorre quando a diferença entre os dois lados da balança é zero. Assim, é possível atribuir à massa mensurada o mesmo valor da soma das massas-padrão. www.mepassaai.com.br 17 2. MÉTODO DA INDICAÇÃO Sistemas que utilizam esse método são feitos de forma que tornem perceptíveis para o operador um efeito proporcional ao valor do mesurado. Normalmente produzem a deflexão de um ponteiro, ou incrementam um valor em um mostrador digital, que é percebido pelo operador. Devido a isso, esse método também pode ser chamado como método da deflexão. A figura 2, apresentada a seguir, ilustra um termômetro de bulbo. Nesse termômetro, a temperatura provoca uma dilatação volumétrica proporcional no fluido contido no interior do bulbo, que se expande através do tudo capilar.O nível do fluido no capilar fornece a indicação da temperatura medida. 3. MÉTODO DIFERENCIAL Pode ser entendido como uma combinação dos métodos da comparação e indicação. O mensurando é comparado a uma medida materializada, que possui valor aproximado ao do mensurando, e a diferença entre ambos é medida por um instrumento que opera pelo método da indicação. Figura2 - Termômetro de bulbo (método da indicação) 3. SISTEMAS DE MEDIÇÃO www.mepassaai.com.br 18 A figura 3, mostrada a seguir, mostra um exemplo de medição do comprimento de uma peça pelo método diferencial. Nela, faz-se a medição de um dispositivo composto de uma base e uma coluna, na qual encontra-se fixado um relógio comparador. proporcional, transmitido a um ponteiro. A medição é feita em das etapas. Primeiro, um bloco-padrão com dimensão semelhante à do mensurando é inserido no sistema. Ao inserir o bloco-padrão, a haste do relógio comparador movimenta-se e o ponteiro mostra outra indicação. A escala do relógio comparador gira, trazendo o zero para a posição mostrada pelo ponteiro. O bloco padrão é removido e a peça a ser medida é posicionada no sistema. O ponteiro passa a mostrar outra indicação. A diferença entre as indicações representa o quanto a peça mensurada difere do valor do bloco-padrão. Assim, quando é efetuada a soma da diferença medida ao valor do bloco-padrão, obtém-se o valor do comprimento da peça. Esse método combina partes das medições por comparação e por indicação. Figura 3 – Medição pelo método diferencial A B C D O deslocamento vertical da haste do relógio comparador é mecanicamente amplificado e convertido em um deslocamento rotativo 3. SISTEMAS DE MEDIÇÃO 0 0 0 d Relógio comparador Coluna Base 0 4 Instrumentos de Medição www.mepassaai.com.br 20 Os instrumentos de medição são os dispositivos utilizados para realizar as medições. São instrumentos utilizados no comércio, nas áreas da saúde, segurança e meio ambiente. Neste tópico iremos falar sobre alguns instrumentos de medição. • RÉGUA GRADUADA É o instrumento de medição utilizado em medições que possuem “erro admissível” superior à menor graduação. Normalmente essa graduação equivale a 0,5 mm ou . Podem apresentar dimensões de 150, 200, 250, 300, 500, 600, 1000, 1500, 2000 e 3000 mm. Essas réguas possuem forma de lâmina, feitas em aço-carbono ou aço inoxidável. Nelas são gravadas as medidas em centímetros e milímetros, ou em polegadas e suas frações. Uma régua de qualidade deve apresentar bom acabamento, bordas retas e bem definidas e faces polidas. Devem ser de aço inoxidável ou de metais tratados termicamente, quando destinadas a manuseio constante. É necessário que possua traços de escala bem gravados e bem definidos, uniformes, equidistantes e finos. 4. INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO www.mepassaai.com.br 21 TIPOS E USOS Régua de encosto interno Usadas em medições que possuem faces internas de referência. Régua sem encosto Para utilizar esse tipo de régua deve-se subtrair do resultado obtido o valor do ponto de referência. Régua com encosto Utiliza uma face externa como encosto para medição de comprimento. 4. INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO www.mepassaai.com.br 22 Régua de profundidade Utilizada para medições de canais ou rebaixos internos. Régua de dois encostos Muito utilizada por ferreiros, possui uma escala com referência interna e uma com referência externa. Régua rígida de aço-carbono com seção retangular Esse tipo de régua é utilizada para medição de deslocamentos em máquinas-ferramenta, controle de dimensões lineares, traçagem, etc. 4. INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO www.mepassaai.com.br 23 Leitura no sistema métrico Cada centímetro na escala é dividido em partes iguais e cada parte equivale a 1 mm. Desse modo, pode-se fazer a leitura em milímetro. A figura 4 ilustra como é efetuada a medição. Leitura no sistema inglês de polegada fracionária Nesse sistema, a polegada é dividida em 2, 4, 8, 16... partes iguais. As escalas de precisão chegam a apresentar 32 divisões por polegada, enquanto as demais só apresentam frações de 1”/16. A figura 5, a seguir, ilustra essa divisão, com a polegada em tamanho ampliado. Figura 4 – Medição com régua graduada em milímetros Figura 5– Régua com polegada fracionária 4. INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO www.mepassaai.com.br 24 A leitura na escala é feita observando qual traço coincide com a extremidade do objeto. Deve-se observar sempre a altura do traço, porque assim é facilitada a identificação das partes em que a polegada foi dividida. Para garantir a confiabilidade das medições, é necessário que a régua de medição seja muito bem conservada. Abaixo seguem algumas dicas para essa conservação. • Evitar que ela caia; • Evitar o contato da escala com ferramentas comuns de trabalho; • Evitar riscos ou entalhes que possam prejudicar a leitura da graduação; • Não flexionar a régua; • Não a utilizar para bater em outros objetos; • Limpar após o uso e aplicar uma leve camada de óleo fino, antes de guardara régua graduada. 4. INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO www.mepassaai.com.br 25 METRO ARTICULADO Esse é um instrumento de medição linear, feito de madeira, alumínio ou fibra. Pode ser encontrado em versões de 1 m ou 2m. A figura 6, a seguir, mostra um metro articulado. Nessa imagem pode-se observar que existem no sistema métrico e no sistema inglês. Figura 6 – Metro articulado O comprimento da rosca, segundo a ilustração, mede 2 cm, ou seja, 0,02 m. O diâmetro do parafuso, segundo a ilustração, é de 1”/2. Exemplo: 4. INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO www.mepassaai.com.br 26 Conservação • Abrir o metro articulado da maneira correta; • Evitar que ele sofra choques; • Lubrificar suas articulações. • TRENA É um instrumento de medição em forma de fita feito de aço, fibra ou tecido. Pode ser graduada em uma ou ambas as faces, no sistema métrico e/ou no sistema inglês. A figura 7, apresentada a seguir, mostra um exemplo de trena. As trenas podem ter superfícies planas ou curvas. As de geometria planas podem ser usadas para medir o perímetro de superfícies cilíndricas. Porém, não se recomenda medir perímetros de superfícies cilíndricas com trenas de fita curva. Esses equipamentos possuem, na extremidade livre, uma chapa metálica dobrada 90º, chamada de encosto de referência ou zero absoluto. 4. INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO www.mepassaai.com.br 27 Instrumento de medição usado para a medição de dimensões lineares internas, externas e de profundidade de uma peça. É formado por uma régua graduada, com encosto fixo, sobre a qual desliza um cursor. 1. orelha fixa 2. orelha móvel 3. nônio ou vernier (polegada) 4. parafuso de trava 5. cursor 6. escala fixa de polegadas 7. bico fixo 8. encosto fixo 9. encosto móvel 10. bico móvel 11. nônio ou vernier(milímetro) 12. impulsor 13. escala fixa de milímetros 14. haste de profundidade O cursor permite a livre movimentação da régua, com o mínimo de folga. O cursor possui uma escala auxiliar, chamada de nônio ou vernier, que permite a leitura de frações da menor divisão da escala fixa. Este instrumento é usado quando se deseja medir poucas peças. Os paquímetros mais utilizados apresentam uma resolução de 0,05 mm, 0,02 mm, ou 0,001”. O paquímetro geralmente é feito de aço inoxidável e suas superfícies são planas e polidas. Sua calibração é feita a 20ºC. 4. INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO • PAQUÍMETRO www.mepassaai.com.br 28 Tipos e usos Paquímetro universal É o tipo mais usado. Utilizado para medições internas, externas, de profundidade e de ressaltos. Paquímetro universal com relógio Possui um relógio acoplado ao cursor, o que facilita a leitura, agilizando a medição. Paquímetro de bico móvel (basculante) Usado para medição de peças cônicas ou com rebaixos de diâmetros diferentes. 4. INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO www.mepassaai.com.br 29 Paquímetro de profundidade Serve para medir a profundidade de furos não vazados, rasgos, rebaixos, etc. Pode apresentar haste simples ou haste com gancho. A figura 8, a seguir, ilustra as duas situações de uso do paquímetro de profundidade. Paquímetro duplo Usado para medir dentes de engrenagens. 4. INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO www.mepassaai.com.br 30 Princípio do Nônio A escala do cursor é chamada de nônio ou vernier, em homenagem aos seus inventores. O nônio possui uma divisão a mais que a unidade usada na escalafixa. No sistema métrico, existem paquímetros em que o nônio possui dez divisões equivalentes a nove milímetros (9mm). Há, portanto, uma diferença de 0,1 mm entre o primeiro traço da escala fixa e o primeiro traço da escala móvel.A figura 9, abaixo, ilustra um paquímetro com destaque para o nônio. Essa diferença é de 0,2 mm entre o segundo traço de cada escala; de 0,3 mm entre o terceiro traço e assim por diante. 4. INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO www.mepassaai.com.br 31 Cálculo de Resolução A resolução é a menor medida que o instrumento oferece. Ela é calculada utilizando a seguinte fórmula: Resolução = EUF/ NDN UEF: unidade da escala fixa NDN: número de divisões do nônio Exemplo: Nônio com 50 divisões: Resolução = 1mm/10 divisões = 0,1mm Paquímetro: Sistema Métrico A leitura feita antes do zero do nônio, na escala fixa ou principal do paquímetro, corresponde à leitura em milímetro. Em seguida, conta-se os traços do nônio até o primeiro que coincidir com um traço na escala fixa. Depois disso, soma-se o número na escala fixa ao lido no nônio. Exemplo: Escala em milímetro e nônio com 10 divisões Resolução: UEF/ NDN = 1mm/10 divisões = 0,1mm Leitura: 1,0 mm +0,3 mm 1,3 mm escala fixa nônio (traço coincidente: 3º) total (leitura final) 4. INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO www.mepassaai.com.br 32 Leitura: 103,0 mm +0,5 mm 103,5 mm escala fixa nônio (traço coincidente: 5º) total (leitura final) Escala em milímitros e nônio com 50 divisões Resolução: 1mm/50 = 0,02 mm Leitura: 68,0 mm +0,32 mm 68,32 mm escala fixa nônio total (leitura final) Paquímetro: Sistema Inglês Polegada Milesimal Em paquímetros no sistema inglês, cada polegada é dividida em 40 partes iguais, de modo que cada divisão corresponde a: 1”/40 = 0,025” O nônio possui 25 divisões, de modo que a resolução é: R = 0,025/25 = 0,001” 4. INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO www.mepassaai.com.br 33 1,700” mm +0,021” mm 0,050” mm +0,014” mm 0,064” mm 1,721” mm escala fixa nônio total Para leitura, utiliza-se o mesmo procedimento usado para escala em milímetro. É preciso contar as unidades 0,025” à direita do zero (0) do nônio, depois soma-se os milésimos de polegada que são indicados pelo ponto coincidente entreos traços do nônio e da escala fixa. Exemplo: 4. INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO www.mepassaai.com.br 34 Polegada Fracionária A escala fixa do paquímetro é graduada em polegadas e em frações de polegadas. Os valores fracionários são completados com o uso do nônio. Para cálculo de resolução: Exemplo 2: Escala fixa: Observação: Deve-se sempre simplificar as frações. Desse modo, cada divisão do nônio equivale a 1”/ 128” Duas divisões correspondem a 2”/128 ou 1”/64 e assim por diante. R= 1”/16 8 16 8 128 1” x 1 = 1”= Após isso, a leitura é feita igual ao item anterior. Exemplo 1: Na figura, temos 3"/ 4 na escala fixa e 3" /128 no nônio. A medida total corresponde ao somatório dessas leituras. 3” 16 29” 128 3” 1 1 1 1+ =16 5” 128 5” 128Portanto: Nônio: Total: 4. INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO www.mepassaai.com.br 35 2º passo: 3º passo: 4º passo: 5º passo: Passos para medição em polegada fracionária: 1º - verificar se o zero do nônio coincide com um dos traços da escala fixa. Caso coincida, fazer a leitura somente da escala fixa. 1” 47Leitura = 4 64 3” 64 7” 64 7” 64 3” 64 3” 64 4” 64 4º - como cada divisão da escala fixa corresponde a e, baseado na leitura do nônio, escolhe-se uma fração da escala fixa de mesmo denominador. Por exemplo: 2º - caso o zero do nônio não coincida, verificar qual traço do nônio coincide e fazer a leitura do nônio. 3º - verificar quantas divisões existem na escala fixa antes do zero do nônio. Leitura do nônio Leitura do nônio 5º - Multiplicar o número de divisões da escala fixa (3º passo) pelo numerador da fração escolhida (4º passo). Somar o resultado com a fração do nônio (2º passo) e fazer a leitura final. Exemplo: 3” 64 7” 128 fração escolhida da escala fixa 4” 64 fração escolhida da escala fixa 8” 128 ; fração escolhida: 1 divisão 1x + = Leitura final: 4. INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO www.mepassaai.com.br 36 Erros de Leitura Os erros de leitura podem ser provocados por diversos fatores, além da falta de experiência, como a paralaxe e a pressão de medição. Pressão de Medição Este erro é originado no jogo do cursor, o qual é controlado por mola. Se o cursor estiver inclinado em relação à régua, ocorre alteração na medida. Paralaxe O erro de paralaxe provém do ângulo de visão do operador, pois, dependendo desse ângulo, pode haver coincidência de um traçoda escala fixa com outro traço da escala móvel. Ocorre quando o instrumento de medição é colocado em posição errada durante a medição. Para que não seja cometido o erro de paralaxe, é preciso que a leitura seja efetuada com o paquímetro emposição perpendicular aos olhos do operador. 4. INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO www.mepassaai.com.br 37 É preciso que o cursor esteja na regulagem correta para que ele possa se deslocar com facilidade sobre a régua. Portanto, deve haver a regulagem, por parte do operador, adaptando o instrumento à sua mão, para que este não fique nem muito preso, nem muito solto. Se existir uma folga anormal, deve-se ajustar os parafusos de regulagem da mola, girando-os até encostar no fundo e, depois, retornar 1/8 de volta, aproximadamente. Após isso, o cursor deve se movimentar suavemente, porém sem folga. Técnica de Utilização do Paquímetro Para que haja a correta utilização do paquímetro, é preciso que: • Seus encostos estejam limpos; • A peça a ser medida esteja na posição correta entre os encostos. É importante que o paquímetro seja aberto com uma distância maior que a dimensão do objeto a ser mensurado. Deve-se encostar o centro do encosto fixo em uma das extremidades da peça. Depois disso, deve-se fechar suavemente o paquímetro até que o encosto móvel toque a outra extremidade. 4. INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO www.mepassaai.com.br 38 Após efetuar a medida, deve-se abrir o paquímetro de retirar a peça, sem que toque os encostos. As próximas recomendações são para utilização de paquímetros para determinar medidas externas, internas, de profundidade e de ressaltos. Para a medição externa,deve-se colocar a peça o mais profundamente possível entre os bicos de medição, para que seja evitado o desgaste na ponta dos bicos, como mostrado na figura 9, a seguir. Figura 9 – Medidas externas É preciso apoiar corretamente as superfícies de medição dos bicos e da peça, para que seja garantida uma maior confiabilidade nas medições. 4. INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO www.mepassaai.com.br 39 Para medições internas, deve-se colocar o paquímetro paralelo à peça medida, com as orelhas o mais profundo possível. O correto jeito de se efetuar esse tipo de medição é representado na figura 10, abaixo. Figura 10 – Medidas Internas Para a medição de diâmetros internos, as orelhas do paquímetro devem coincidir com a linha de centro do furo. Desse modo, são usadas as maiores medidas para diâmetros internos e a menor medida para faces planas internas. 4. INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO www.mepassaai.com.br 40 Para a medição de profundidade, o paquímetro é apoiado sobre a peça, de modo que não fique inclinado. Nas medições de ressaltos, a parte do paquímetro apropriada para esta medição é apoiada perpendicularmente à superfície de referência da peça, como mostrado abaixo, na figura 11. CONSERVAÇÃO 1. Manejar o paquímetro com cuidado, evitando choques; 2. Não o deixar em contato com outras ferramentas; 3. Evitar arranhões ou entalhes, para que a graduação não seja prejudicada; 4. Não pressionar o cursor além do necessário durante as medições; 5. Após a utilização, limpar e guardar o paquímetro em local adequado. 4. INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO MEPASSAAI.COM.BR | BLOG.MEPASSAAI.COM.BR $H*RD)+0987 Resumo Salva-vidas Metrologia