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Estresse e o Cortisol.

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THALIA SIQUEIRA
MEDICINA
@thaliasiqueira_
Definir estresse e explicar a sua fisiopatologia
O que é:
Segundo o Ministério da Saúde, o estresse é Reação natural do organismo que ocorre quando vivenciamos situações de perigo ou ameaça. Esse mecanismo nos coloca em estado de alerta ou alarme, provocando alterações físicas e emocionais. A reação ao estresse é uma atitude biológica necessária para a adaptação às situações novas.
Fisiopatologia do Estresse
Quando acontece alguma situação ameaçadora, tensa ou preocupante, o nosso cérebro passa a desenvolver alterações que em conjunto é chamada de Síndrome Geral da adaptação ou estresse. E, assim, há 3 fases.
Fase de Alerta: ocorre quando o indivíduo entra em contato com o agente estressor.
Então, A Reação de Alarme subdivide-se em dois estados, a fase de choque e a fase de contrachoque. As alterações fisiológicas na fase de choque, momento em que o indivíduo experimenta o estímulo estressor, são muito exuberantes.
Durante a Reação de Alarme o chamado Sistema Nervos Autônomo (SNA) participa ativamente do conjunto das alterações fisiológicas. O SNA é um complexo conjunto neurológico que controla autonomamente todo o meio interno do organismo através da ativação e inibição dos diversos sistemas, vísceras e glândulas.
Ainda durante o momento em que está havendo estimulação estressante aguda (Fase de Choque da Reação de Alarme), uma área do Sistema Nervoso Central denominado Hipotálamo promove a liberação de um neuro-hormônio, o qual, por sua vez, estimula a hipófise (glândula que faz parte do Hipotálamo) a liberar um outro hormônio, o ACTH. Este último ganha a corrente sanguínea e estimula as glândulas suprarrenais para a secreção de cortisol. 
Inicialmente há envolvimento do hipotálamo, que ativa todo o Sistema Nervoso Autônomo em sua porção Simpática, ativando assim as respostas físicas, mentais e psicológicas ao estresse.
É também no hipotálamo que se localiza a hipófise, a glândula mestre do sistema endócrino. Para que a hipófise comece suas respostas ao Estresse, o próprio hipotálamo secreta algumas substâncias, como é o caso, entre outros, da dopamina, da noradrenalina e do fator liberador da corticotrofina (CRF).
Em resposta ao aumento da produção de dopamina, noradrenalina e do fator liberador da corticotrofina pelo hipotálamo, a hipófise aumenta a produção de seus hormônios, tais como a vasopressina, a prolactina, o hormônio somatotrófico (ou hormônio do crescimento – GH), o hormônio estimulador da tireoide (TSH).
Alguns estudos sugerem que a emoção da raiva, quando dirigida para fora, está associada mais à secreção de noradrenalina. Entretanto, na depressão e a na ansiedade, onde os sentimentos estão dirigidos mais para si próprio, a secreção de adrenalina predomina.
Pode ocorrer, no Estresse, tanto uma inibição quanto um aumento desmedido do hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH), produzido no hipotálamo e capaz de estimular a hipófise para a liberação dos hormônios gonadotróficos,.
Por causa de tudo isso, o hipotálamo é considerado o principal sítio cerebral responsável pela constelação das respostas orgânicas aos agentes estressores. A hipófise, por sua vez, tem como uma das principais ações estimular o sistema endócrino, notadamente as glândulas suprarrenais.
A expressão “eixo hipotálamo-hipófise-suprarrenal” se refere exatamente à essa conexão tríplice, considerada o pontapé inicial de todo mecanismo de Estresse.
A partir da produção do fator liberador da corticotrofina o hipotálamo estimula a hipófise a aumentar a produção da corticotrofina, chamada também de hormônio adreno-córticotrófico (ACTH), o qual, por sua vez, agirá nas glândulas suprarrenais. Nas glândulas suprarrenais ocorrerá um aumento na liberação de seus hormônios; o cortisol e as catecolaminas. Esses últimos são de fundamental importância na resposta fisiológica ao estresse por tratar-se da adrenalina e noradrenalina.
O aumento na produção destes hormônios pelas suprarrenais são os principais indicadores biológicos da resposta ao estresse. Isso quer dizer que dosando-se, por exemplo, o cortisol saberemos indiretamente como está funcionando as glândulas suprarrenais e, consequentemente, como está o nível de estresse.
Com o mesmo raciocínio algumas pesquisas confirmaram o aumento da secreção de catecolaminas suprarrenais durante o Estresse. Sabe-se indiretamente desse aumento através da presença de metabólitos dessas substâncias na urina.
Os níveis aumentados de cortisol influenciam o sistema imunológico inibindo a resposta inflamatória, afetando essencialmente a função das células T. Temporariamente esta inibição imunológica parece ser benéfica, tendo em vista diminuir a intensidade das reações inflamatórias aos agentes de estresse.
Resumindo, durante a Fase de Choque predomina a atuação de uma parte do Sistema Nervos Autônomo chamado de Sistema Simpático, o qual proporciona descargas de adrenalina da medula da glândula suprarrenal e de noradrenalina das fibras pós-ganglionares para a corrente sanguínea.
Sintomas da fase de alerta:
Mãos e/ou pés frios; boca seca; dor no estômago; suor; tensão e dor muscular, por exemplo, na região dos ombros; aperto na mandíbula/ranger os dentes ou roer unhas/ponta da caneta; diarréia passageira; insônia; batimentos cardíacos acelerados; respiração ofegante; aumento súbito e passageiro da pressão sanguínea; agitação.
Fase de Resistência: 
A Fase de Resistência se caracteriza, basicamente, pela hiperatividade da glândula suprarrenal sob influência do hipotálamo, particularmente da hipófise. Nesta fase, mais crônica, há aumento no volume da suprarrenal concomitante a uma atrofia do baço e das estruturas linfáticas, assim como um aumento dos glóbulos brancos do sangue (leucocitose).
A ação da hipófise ao ativar todo o Sistema Endócrino ocorre porque o organismo necessita concentrar maior quantidade de energia para se defender. As descargas simpáticas na camada medular das glândulas suprarrenais provocam a liberação de catecolaminas nas situações emergenciais do estresse, e simultaneamente é ativada a glicogênese no fígado com o propósito de aumentar a glicose no sangue, inibindo a insulina e estimulando o glucagon, estes dois últimos hormônios pancreáticos.
Durante essa fase de adaptação prossegue o aumento de atividade do Sistema Simpático e a liberação de catecolaminas. Esse mecanismo hormonal permite maior aporte de glicose às células em geral, seguido pela liberação de glicocorticóides, os quais são fundamentais para a excitação de atividades cerebrais durante a Síndrome Geral de Adaptação ou Estresse.
Os glicocorticóides (GC) regulam também as catecolaminas, pois a síntese das catecolaminas também necessita de glicose. Os GC são corticosteróides capazes de estimular a síntese de RNA, formadora de proteína e de glicogênio e suprime a síntese de DNA.
A taxa de glicose precisa ser elevada no sangue para que haja energia disponível ao longo do Estresse. Mas, se o estresse continua por muito tempo, os glicocorticóides são destrutivos para os tecidos, inibindo o crescimento somático e ósseo.
Assim, se os estímulos estressores continuam e se tornam crônicos, a resposta começa a diminuir de intensidade, podendo haver uma antecipação das respostas. É como se a pessoa começasse a se acostumar com os estressores mas, não obstante, pudesse também desenvolver a reação de Estresse diante da simples perspectiva ou expectativa do estímulo.
Vamos imaginar, hipoteticamente, uma pessoa que se deparasse com uma cobra no meio de sua sala, quase todas as vezes que entrasse em casa. Com o tempo sua reação ao ver a cobra tende a diminuir, embora ainda continue tomando muito cuidado. Vai chegar um momento em que, ainda que não veja cobra ao chegar em casa, antes de entrar na sala ficará estressado.
Talvez, neste exemplo, a ansiedade aumente significativamente apenas ao imaginar onde poderia estar hoje a tal cobra. Diz um ditado que a diferença entre medo e ansiedade é exatamente essa; medo é ver uma cobra dentro do quarto e ansiedade é saber que tem uma cobradentro do quarto, mas não se sabe onde. Se o agente ou estímulo estressor continua, o organismo vai à terceira fase da SGA, a Fase de Exaustão.
Sintomas da fase de resistência:
Problemas com a memória; mal-estar generalizado; formigamento nas extremidades (mãos e/ou pés); sensação de desgaste físico constante; mudança no apetite; aparecimento de problemas de pele; hipertensão arterial; cansaço constante; gastrite prolongada; tontura; sensibilidade emotiva excessiva; obsessão com o agente estressor; irritabilidade excessiva; desejo sexual diminuído.
Fase de Exaustão
É quando começam a falhar os mecanismos de adaptação e haver déficit das reservas de energia. Essa fase é grave, levando à morte alguns organismos. A maioria dos sintomas somáticos e psicossomáticos ficam mais exuberantes nessa fase.
Como se supõe, a resistência do organismo não é ilimitada. O estado de Resistência é o conjunto das reações gerais que se desenvolvem com a exposição prolongada aos agentes estressores, diante dos quais desenvolveu-se adaptação e que, posteriormente, o organismo não foi capaz de mantê-la.
As modificações biológicas que aparecem nessa fase de esgotamento se assemelham aquelas da Reação de Alarme, mais precisamente às da fase de choque. Mas, nesta fase o organismo já não é capaz de equilibrar-se por si só e sobrevém a falência adaptativa.
Através da fisiologia do estresse fica claro que o ser humano e outros animais foram dotados de um complexo mecanismo fisiológico à disposição da adaptação, mecanismo esse capaz de promover transformações diante de circunstâncias novas e às quais o indivíduo deve adaptar-se.
Na realidade, toda revolução fisiológica produzida pelo estresse visa colocar o organismo à disposição da adaptação. Não se trata apenas da adequação paulatina do desempenho físico e visceral às solicitações, mas, sobretudo, fornecer uma quantidade suficiente de ansiedade para a manutenção do estado de alerta. Dessa forma melhoram as possibilidades de ataque ou de fuga.
Enfim, a Síndrome Geral de Adaptação viabiliza as atitudes adaptativas necessárias para a manutenção da vida diante de um mundo dinâmico e altamente solicitante. É curioso que esta maravilhosa característica adaptativa proporcionada pela Síndrome Geral de Adaptação, possa estar relacionada com o desenvolvimento de transtornos emocionais, físicos e psicossomáticos
Sintomas da fase de exaustão:
Diarréias freqüentes; dificuldades sexuais; formigamento nas extremidades; insônia; tiques nervosos; hipertensão arterial confirmada; problemas de pele prolongados; mudança extrema de apetite; batimentos cardíacos acelerados; tontura frequente; úlcera; impossibilidade de trabalhar; pesadelos; apatia; cansaço excessivo; irritabilidade; angústia; hipersensibilidade emotiva; perda do senso de humor.
2- Compreender o estresse como agente adaptativo mediante agressões externas. (agentes estressores interpessoais).
Estímulos de diversas fontes podem desencadear respostas fisiológicas que culminam no estresse, esses estímulos são denominados agentes estressores, os quais podem ser classificados em: físicos, sensoriais, psicológicos e patológicos. Atividades físicas extenuantes e irregulares, mudanças de temperatura, desafios diversos do dia a dia são considerados agentes estressores físicos. Já os psicológicos acontecem por mecanismos cognitivos e se caracterizam por fortes emoções como: medos, revoltas, situações ameaçadoras ou de pressão, perdas, inseguranças e tensões. Agentes estressores patológicos são aqueles relacionados à microrganismos, sejam eles bactérias, fungos, vírus ou parasitas. Eles induzem a liberação de proteínas reguladoras (citocinas) pelo sistema imune, gerando um processo inflamatório onde há ativação do sistema imune, ativação do sistema endócrino e liberação de hormônios relacionados ao estresse. Em situação de exposição a estressores, há uma percepção desses pelos sentidos: tato, audição, visão e olfato. Nesse momento, são emitidos sinais através do sistema nervoso para o Sistema Límbico que é responsável pelas emoções e comportamentos sociais sendo composto pelo tálamo e hipotálamo, que por consequência ativa o Sistema Nervoso Autônomo Simpático (SNAS) e o Eixo HHA, ativando e desencadeando respostas gerais e especificas ao estressor.
Tipos de estresse
ESTRESSE AGUDO
Esse é o tipo de estresse mais comum, ele é caracterizado pelo estresse de curto prazo ou momentâneo que geralmente ocorre por causa de situações desagradáveis que acontecem rapidamente e podem gerar desconforto ou até mesmo medo como por exemplo falar em público, ficar muito tempo em uma fila, etc.
Fisicamente, conseguimos observar que tal sensação pode nos levar a ficar com os músculos tensos, frequência cardíaca elevada, respiração mais acelerada ou mal-estar. Mentalmente, esse estresse não causa danos tão preocupantes quanto os outros tipos a longo prazo, já que ele é visto pelo nosso corpo como um mecanismo de sobrevivência.
ESTRESSE AGUDO EPISÓDICO
Tal tipo de estresse é causado devido a situações frequentes e extremamente desgastantes, como por exemplo um problema familiar, prazos no trabalho, datas de provas, etc. Os sintomas são muitos semelhantes ao do estresse agudo, porém ele é mais persistente em sua duração e tem efeitos a longo prazo mais intensos.
ESTRESSE CRÔNICO
Ele surge de fatores estressantes constantes e é caracterizado por ser um estresse contínuo durante um período muito longo (em torno de mais de um mês). Ele geralmente se origina de situações como problemas financeiros, relacionamentos abusivos, traumas, etc. Quando o corpo humano entra nesse estado, os hormônios gerados pelo estresse podem até mesmo gerar outros problemas de saúde como depressão, ansiedade, etc.
ESTRESSE OXIDATIVO
O estresse oxidativo é o estado que o nosso corpo fica quando os níveis de antioxidantes não são altos o suficiente para compensar os efeitos nocivos dos radicais livres. O stress oxidativo tem sido associado a mais de 200 doenças diferentes. Tomar um suplemento antioxidante aumenta a nossa própria fonte de antioxidantes e reduz os danos dos radicais livres, reduzindo o estresse oxidativo.
Os radicais livres são um subproduto de quase todas as reações bioquímicas. Normalmente, nosso corpo mantém esses átomos ladrões de elétrons sob controle com antioxidantes produzidos endogenamente, como a coenzima Q10 (Co Q10); no entanto o envelhecimento, dano mitocondrial e exposição a toxinas ambientais reduzem a nossa própria fonte de antioxidantes e aumentam a produção de radicais livres. Os radicais livres infligem danos severos a qualquer componente celular que entrem em contato, sejam células de gordura, proteína, DNA ou RNA, provocando até a morte das mesmas e, finalmente, colocando o nosso corpo em um estado conhecido como estresse oxidativo.
O stress oxidativo é conhecido por ser um precursor de mais de 200 diferentes estados de doença. Além disso, ele contribui para o envelhecimento, infertilidade masculina e para afetar a aparência e cicatrizes da pele. 
 Relacionar o estresse com o Sistema Imune e o Sistema Nervoso.
Diversos são os fatores que podem influenciar as ações do sistema imune além da autorregulação realizada pelas citocinas, os fatores hormonais, como o cortisol, hormônio do crescimento, prolactina; neurotransmissores e neuropeptídeos como a noradrenalina, serotonina, acetilcolina, dopamina,e encefalinas. Isso ocorre, pois, receptores para essas substâncias estão presentes nos leucócitos, interferindo diretamente sobre a atuação dos mesmos. A interleucina-1 (IL-1), o Fator de Necrose Tumoral α (TNF-α), o interferon-α (IFN-α) e o interferon- γ (IFN-γ), secretados pelos linfócitos, alteram a função do eixo HHA24, induzindo a liberação de catecolaminas. A IL-1, também produzidas pelas células glia, os astrócitos, exercem funções semelhantes aos neurotransmissores. Uma elevação das citocinas inflamatórias como é o caso dos TNF-α, IFN-α e IFN-γ, leva ao aumento de CRH, desencadeando maior excreção de ACTH e consequentemente alteração dos níveis de cortisol.Emoções e estresse podem influenciar uma resposta imune, do mesmo modo a ativação do sistema imune pode gerar estresse. Isso pode ser observado quando um indivíduo entra em contato com patógenos ou toxinas capazes de causar lesões teciduais. Estudos mostram que as catecolaminas reagem sobre linfócitos e monócitos, sendo que a adrenalina e a noradrenalina estimulam a síntese de mediadores de resposta imune (citocinas), aumentam as proteínas de fase aguda e a proliferação linfocitária. Algumas pesquisas sugerem que os glicocorticoides encontrados em elevada concentração sérica exercem efeito supressor sobre linfócitos e macrófagos, reduzindo a produção de citocinas, o número de linfócitos e diminuindo a migração de granulócitos. No início do estresse há um aumento expressivo do número de neutrófilos na corrente sanguínea, das células NK (Natural Killer), e posteriormente, acontece uma redução na contagem de linfócitos em função do aumento de cortisol. Partindo desse ponto de vista, no estresse crônico, os níveis de cortisol permanecem elevados, o potencial de defesa do organismo se torna mais instável e mais suscetível a infecções, disseminação do câncer e até mesmo doenças autoimune. O cortisol induz a síntese de lipocortina, que inibe a enzima fosfolipase A2. A fosfolipase A2 é necessária para liberação do ácido aracdônicoo dos fosfolipídios e, fornecimento dos precursores dos leucotrienos e prostaglandinas, os quais são mediadores das respostas inflamatórias. O cortisol reduz a produção de interleucina-2 (IL-2), a proliferação dos linfócitos T e a liberação pelos mastócitos e plaquetas de histamina e de serotonina. O sistema imunológico reage ao estresse, através de componentes da imunidade inata pelos monócitos e macrófagos, e componentes da imunidade adaptativa através dos linfócitos T help. Os linfócitos T help, se dividem em classes, Th1 e Th2, as duas classes possuem a mesma origem (Th0), e sua diferenciação acontece por ação de citocinas. Estas são responsáveis pela emissão de sinais e comunicação entre as células durante uma resposta imunológica. As citocinas são liberadas por várias células como linfócitos e macrófagos. Os linfócitos Th1 se diferem dos linfócitos Th2 a partir da produção de interleucina-12 (IL12) por ativação de macrófagos e monócitos e linfócitos B. Os linfócitos Th1 produzem as citocinas: TNF-α, o IFNγ e IL-2. Essas atuam como mediadores de respostas imune celular, na ativação de linfócitos T citotóxicos, células NK, macrófagos e Th1. Os Th2 produzem várias Interleucinas: IL-4, IL-5, IL-6, IL9, IL-10, e IL-13,e está envolvido na resposta humoral, por mediação dos anticorpos 1,23,24,25 Em uma resposta imune, deve haver um equilíbrio complementar entre os linfócitos Th1 e Th2, do contrário, pode acontecer falha ou supressão no sistema de defesa, por disfunção linfocitária. A IL-4 e a IL-10 liberadas pelos Th2 tem efeito anti-inflamatório, são supressoras da ativação dos Th1 e estimulam os Th2. A IL-10 inibe a liberação de IL-12 sintetizada pelos monócitos, macrófagos, linfócitos B como também o IFN-γ dos Th1 .O estresse é, portanto um potencial supressor da proliferação e das respostas imune celular pelos linfócitos Th1, principalmente pela supressão da IL-2, reduzindo a produção de TNFα, o IFN-γ, de células natural killers (NK) e macrófagos. O estresse também suprime as respostas imunes humorais mediada por anticorpos, inibe a produção de linfócitos Th2 e as citocinas IL-4, IL-5, IL-6, IL-10. A IL-10 suprime a síntese de IL-12 pelos monócitos, macrófagos e linfócitos B. Os glicocorticoides, a adrenalina e noradrenalina, portanto, inibem a produção da IL - 12 e IL-2. Sendo que a IL-12 é responsável pela diferenciação dos linfócitos Th1, e a IL-2 responsável pela proliferação dos mesmos. A supressão desses dois fatores é suficientemente capaz de suprimir, fragilizar e reduzir a capacidade do sistema imune responder a estímulos, dificultando assim, uma resposta inflamatória e desestabilizando as atividades do sistema imunológico.
ESTRESSE E O SISTEMA NERVOSO
Quando o corpo está estressado, o hipotálamo sinaliza ao sistema nervoso autônomo e à glândula pituitária e inicia-se um processo para produzir adrenalina e cortisol, os chamados de “hormônios do estresse”.
O sistema nervoso autônomo (SNA) tem um papel importante na mediação das alterações cardiovasculares provocadas pelo estresse. O estresse se faz presente em todas as reações do organismo desencadeadas por agressões de ordem física, infecciosa  e emocional.
O estresse também pode ser visto como algo saudável e necessário, por exemplo, se tem um leão solto à sua frente, sua frequência cardíaca irá aumentar, pupila dilatar e seu organismo liberará uma enorme quantidade de adrenalina, sendo assim, o mais provável é que você tenha medo do leão e corra para não virar a próxima refeição da fera. Numa situação como essa, o sistema nervoso autônomo simpático entra em ação. A principal função do sistema nervoso autônomo é manter a homeostase no repouso e em situações de estresse. O Sistema Nervoso Autônomo se subdivide em dois: sistema simpático e o sistema parassimpático, que em geral atuam de forma antagônica, mas não independente, colaborando e trabalhando harmonicamente na coordenação da atividade visceral. O sistema simpático mobiliza energia para atividades repentinas e o sistema parassimpático contribui mais para restabelecer as reservas.
O Sistema Nervoso parassimpático estimula atividades relaxantes como a diminuição da frequência cardíaca, pressão arterial, contração das pupilas etc. Já o Sistema Nervoso simpático atua instintivamente com funções inconscientes como a produção de saliva, batimentos cardíacos, concentração de glicose no sangue etc.
Resumo do sistema nervoso com estrese
O sistema nervoso tem várias divisões: a divisão central que envolve o cérebro e a medula espinal e a divisão periférica constituída pelos sistemas nervosos autônomo e somático. O sistema nervoso autônomo (ANS) tem um papel direto na resposta ao estresse físico e é dividido no sistema nervoso simpático (SNS), e o sistema nervoso parassimpático (SNP).
Quando o corpo está estressado, o SNS gera o que é conhecido como resposta “luta ou fuga”. O corpo muda todos os seus recursos de energia para lutar contra uma ameaça à vida, ou fugir de um inimigo. O SNS sinaliza às glândulas adrenais para liberarem hormônios chamados de adrenalina e cortisol. Esses hormônios fazem o coração bater mais rápido, a respiração aumentar, os vasos sanguíneos nas pernas e braços se dilatarem, o sistema digestivo muda e os níveis de glicose (energia do açúcar) no sangue aumentam para lidar com a emergência. A ativação contínua que o sistema nervoso faz para os outros sistemas do corpo tornam-se problemáticos em casos do estresse crônico.
Citar as funções do Cortisol e sua regulação/eixo de controle (hipotálamo, hipófise e Adrenal). 
O que é o cortisol?
O cortisol é um hormônio produzido no córtex supra renal e é de extrema importância para os seres humanos considerando que ele é responsável por recrutar energia durante situações de estresse.
Ou seja, o cortisol adapta o corpo humano ao estresse e permite com que ele responda de forma bem sucedida a qualquer situação que provoque ameaça a sua integridade.
FUNÇOES
Ajuda o organismo a controlar o stress.
Converte a proteína em glicose para aumentar os níveis de açúcar no sangue.
Mantem os níveis de açúcar no sangue constantes.
Reduz a inflamação.
Contribui para a manutenção da pressão arterial.
Contribui para o funcionamento do sistema imunológico.
REGULAÇÃO DO CORTISOL
O aspecto central desse controle consiste na excitação do hipotálamo por diferentes tipos de estresse. Esses estímulos ativam todo o eixo HHA (hipotálamo-hipófise-adrenal), causando a rápida liberação de cortisol. O cortisol, por sua vez, inicia uma série de efeitos metabólicos no sentido de aliviar a natureza deletéria do estado estressante.  Esse controle também é feito pelo ritmo circadiano de secreção e por feedback negativo.
O cortisol é estimuladopelo ACTH (adrenocorticotropic hormone), secretado pela adenohipófise. O ACTH, por sua vez, é controlado pelo CRH (corticotropin releasing hormone), produzido nos núcleos paraventriculares do hipotálamo e secretado no sistema porta-hipofisário.  O ACTH ativa a produção de esteróides pelas células do córtex supra-renal através de um receptor de membrana específico acoplado à uma proteína G. A subunidade alfa da proteína G ativa a adenil-ciclase, responsável por converter ATP em AMPc. O AMPc atua como segundo mensageiro, responsável pela cascata de sinalização até a formação dos hormônios do córtex supra renal. A etapa mais importante de todas as etapas estimuladas pelo ACTH é a síntese de cortisol através da ativação da enzima desmolase, enzima essa responsável pela conversão inicial do colesterol em pregnenolona. Essa conversão inicial é a etapa que limita a velocidade para todos os hormônios do córtex supra renal, explicando assim, a razão pela qual o ACTH é normalmente necessário para a síntese de qualquer hormônio córtico supra-renal. A estimulação prolongada do córtex supra-renal pelo ACTH não só aumenta a atividade secretora, como também provoca hipertrofia e proliferação dessas células, sobretudo na zona fasciculada e na zona reticular, onde são secretados o cortisol e os androgênios. O ACTH exerce pouco, ou nenhum efeito sobre a zona glomerulosa, dessa forma não tendo influência sobre a produção de mineralocorticóides.
O estresse fisiológico exerce efeitos sobre a secreção de ACTH. Estímulos estressantes causados pela dor (trauma ou intervenção cirúrgica) são inicialmente transmitidos por meio do tronco cerebral até a área perifornical do hipotálamo e daí, até o núcleo paraventricular do hipotálamo e, em seguida, à eminência média, onde o CRH é secretado no sistema porta hipofisário. Em alguns minutos, é visto um aumento considerável de cortisol sérico.
O estresse psicológico também pode ocasionar aumento igualmente rápido da secreção de ACTH. Acredita-se que tal efeito decorra da maior atividade do sistema límbico, em particular na região da amígdala e do hipocampo, que transmitem os sinais para o hipotálamo medial posterior.
REPORT THIS AD
Com relação ao ritmo circadiano, durante o dia existem cerca de 10 pulsos de secreção hipofisária de ACTH (com conseqüentes pulsos de cortisol), sendo o pico das 6 às 8h da manhã. As velocidades de secreção do CRH, ACTH e cortisol estão todas elevadas pela manhã, e baixas à noite. Mudanças nos hábitos de sono levam a alteração do ciclo circadiano, com conseqüente mudança do horário de pico do cortisol.
Por último, o cortisol exerce efeitos diretos por feedback negativo sobre o hipotálamo, diminuindo a formação de CRH, e sobre a adeno-hipófise, diminuindo a síntese de ACTH. Esses mecanismos de feedback ajudam a regular a concentração plasmática de cortisol, mantendo em níveis normais as concentrações séricas de CHR, ACTH e cortisol.
O defeito em algum desses mecanismos regulatórios acarreta o desenvolvimento de algumas doenças relacionadas à anormalidades nas secreções do córtex da supra-renal, como são os casos da doença de Addison e da síndrome de Cushing.
Como o cortisol pode levar à Imunodepressão e Imunossupressão.
Efeito imunossupressor
O efeito imunossupressor do cortisol se dá por conta de sua composição Lipossolúvel (provinda através do colesterol utilizado como base para sua formação) que facilita e permite sua entrada do interior de células imunológicas.
As Células imunitárias têm, dentro de si, um complexo proteico que desempenha funções como fator de transcrição, chamado de NF-κB. Ele está envolvido na resposta celular a estímulos como o estresse, citocinas, radicais livres, radiação ultravioleta, oxidação de LDL e antigénios virais e bacterianos. NF-κB desempenha um papel fundamental na regulação da resposta imunitária à infecção pois ele é o principal responsável pela transcrição de citocinas próinflamatórias como IL 4, IL 6, IL 12 e TNFa.
O Cortisol age justamente ocupando os receptores de NF-κB e impedindo a transcrição inflamatória.
De maneira complementar, o estímulo de cortisol a longo prazo gera uma ativação dos estímulos b-adrenérgicos vindos das catecolaminas. Ambos os mecanismos atuam em conjunto reduzindo a produção de ILs inflamatórias e derivando a resposta imune para th-2, que é extracelular.
Nota: o cortisol atua reduzindo IL-2, que tem como principal função a expansão clonal.
Ao final de tudo, tem-se tanto th-1 quanto th-2 suprimidas, e o organismo imunológico falho.
EFEITO IMUNODEPRESSOR DO CORTISOL
O indivíduo imunodeprimido já tem o sistema imunológico afetado por patologias. A imunodepressão é definida como uma baixa produção do cortisol endógeno associada à interrupção abrupta da administração dos corticoides em usuários crônicos desses medicamentos. Tem como consequência a incapacidade relativa das adrenais na produção de seus hormônios em quantidade suficiente, cuja relatividade depende da dose utilizada e/ou da duração do tratamento instituído.
Os anti-inflamatórios esteroidais são denominados "corticoides" ou "corticosteroides", sendo a dexametasona, betametasona, hidrocortisona e prednisolona os principais representantes desse grupo. Esses medicamentos são amplamente utilizados na medicina em virtude da sua ótima capacidade antiinflamatória e imunodepressora.
Os corticoides são os fármacos de escolha no tratamento de doenças sistêmicas como artrite reumatoide, lúpus eritematoso sistêmico, arterite temporal, alterações vasculares colágenas, síndrome nefrótica, doença intestinal inflamatória, asma e uma variedade de doenças dermatológicas, incluindo as reações alérgicas e doenças autoimunes. Além do tratamento das patologias supracitadas, a terapia com corticoides se faz necessária para o tratamento das disfunções da glândula adrenal, especialmente decorrentes da supressão dos glicocorticoides e mineralocorticoides.
Na odontologia, os corticoides são indicados, geralmente, no controle de processos inflamatórios agudos, tais como traumas pós-cirúrgicos, ulcerações bucais autoimunes, entre outros.
Os hormônios naturais, provenientes do córtex adrenal e sob o comando adeno-hipofisário do ACTH, como os glicocorticoides, são responsáveis pelo controle do metabolismo dos carboidratos, proteínas e gorduras, sendo importantes na supressão da inflamação. Os mineralocorticoides, especialmente a aldosterona, controlam a concentração de sódio e potássio no organismo. Tais hormônios proporcionam equilíbrio orgânico diante das diversas situações de estresse diárias.
O cortisol endógeno exerce um papel regulador sobre a glândula suprarrenal por um mecanismo de feedback negativo e propicia condições para que o organismo responda a estímulos diferentes, como infecções, lesões traumáticas, queimaduras, hemorragia, dor, entre outras situações. Sua ausência pode levar a um colapso circulatório, endocrinometabólico e morte subsequente.
A terapia crônica com corticoides em determinadas condições médicas pode causar efeitos colaterais, cujas respostas orgânicas são proporcionais à dose diária, à frequência e à forma de administração das drogas. O potencial diabetogênico, a deposição de glicogênio, a obesidade centrípeta, a perda da massa óssea e o aumento do nível de hemoglobina ou da hemácia circulante são os efeitos colaterais mais comumente encontrados.
A imunodepressão ocasionada pela falta de produção do cortisol durante a corticoterapia, associada à interrupção abrupta da administração dos corticoides em usuários crônicos desses medicamentos, tem como consequência a incapacidade relativa das adrenais na produção de seus hormônios em quantidade suficiente, cuja relatividade depende da dose utilizada e/ou da duração do tratamento instituído.
Muitos problemas podem surgir em decorrência da imunodepressão, alguns deles culminando em situações emergenciais, como é o caso da excreção aumentada de sódio, maior retenção de potássio, gerando poliúria, desidratação e até mesmo choque. Outra complicação, de importância considerável, é oantagonismo de várias ações periféricas da insulina, tendo potencial diabetogênico. Situações de imunodepressão aumentam a resistência à insulina, o que diminui a utilização periférica de glicose e promove a neoglicogênese, isto é, produção de glicose a partir de substratos como aminoácidos, implicando um importante efeito catabólico.
Sinais e sintomas como fraqueza, cansaço, hipotensão postural, escurecimento de pele ou sardas na testa, face ou ombros, perda de peso, inapetência, desidratação, dores musculares, náuseas, vômito e diarreia podem ser indicativos da imunodepressão, alguns dos quais podem ser acentuados em situações de tensão, como é caso dos traumatismos, cirurgias e infecções.
Conceituar e exemplificar infecções oportunistas. 
Infecções oportunistas são infecções causadas por microrganismos que comumente estão presentes no corpo sem causar problemas, mas que se aproveitam da debilidade ocasional das defesas do organismo para causar dano.
Quais são as causas das infecções oportunistas?
As infecções oportunistas ocorrem principalmente em pessoas com sistemas imunológicos comprometidos, permitindo que microrganismos que vivem normalmente no corpo sem causar doenças causem uma infecção generalizada.
O sistema imunológico de uma pessoa pode estar debilitado por várias razões. As duas principais e mais incisivas são a contaminação pelo HIV e pessoas recebendo quimioterapia. Outras razões podem ser um estado de debilidade física, ansiedade, depressão e uso de certos medicamentos.
Qual é o mecanismo fisiológico das infecções oportunistas?
Normalmente todas as pessoas carregam no corpo muitas bactérias, protozoários, fungos e vírus patógenos, mas que não causam doenças porque esses germes são controlados pelo sistema imunológico. No entanto, se a infecção for muito massiva ou o sistema imune estiver enfraquecido pelo HIV ou por outra condição qualquer, esses germes podem ficar fora de controle e causar doenças, chamadas de infecções oportunistas. Essas infecções costumam ser muito graves e de difícil tratamento, e podem mesmo ser letais.
Quais são as principais características clínicas das infecções oportunistas?
As principais infecções oportunistas são:
Infecções causadas por vírus Herpes simplex: uma infecção viral que pode causar lesões nos lábios, boca, face e órgãos genitais. Em pessoas saudáveis, essas infecções são bastante comuns e sem gravidade, mas se a pessoa estiver contaminada pelo HIV, podem ser muito mais frequentes e graves.
Infecções causadas por Salmonella: infecção bacteriana que afeta os intestinos e causa, entre outros sintomas, diarreia grave.
Infecções por Cândida albicans (candidíase): pode atingir a boca, a garganta, esôfago e órgãos genitais.
Infecções pelo Toxoplasma gondii (toxoplasmose): infecção protozoária que, no paciente imunodeprimido, pode ocorrer principalmente no cérebro e, menos frequentemente, na retina, miocárdio e pulmões. As lesões podem ser fatais.
Infecções pelo Citomegalovírus (CMV): infecção viral que causa doença ocular e pode levar à cegueira.
Infecção pelo Plasmodium (malária): sem complicações já é uma infecção grave, mas torna-se muito mais comum e mais grave em pessoas com infecção pelo HIV.
Infecções pelo Mycobacterium avium: infecção bacteriana que pode causar febres recorrentes, problemas intestinais, problemas com a digestão e grave perda de peso.
Infecção pelo Pneumocystis (pneumonia): é uma infecção fúngica que pode causar uma pneumonia fatal.
Infecção pelo Mycobacterium tuberculosis (tuberculose): infecção bacteriana que ataca os pulmões e pode causar meningite.
O HIV (AIDS) e as infecções oportunistas
Pela sua frequência e gravidade, as infecções oportunistas nos portadores do HIV têm uma importância especial. Quando uma pessoa é infectada pelo HIV, o vírus começa a se multiplicar e a danificar o sistema imunológico. Se a pessoa portadora de HIV não for adequadamente tratada (medicamentos anti-HIV), a infecção pode gradualmente destruir o sistema imunológico e avançar para a AIDS.
Antes de termos disponíveis os medicamentos para manter sob controle a infecção pelo HIV, as infecções oportunistas eram a principal causa de morte em pessoas com HIV. Atualmente, os medicamentos conseguem reduzir o risco de infecções oportunistas.
Caracterizar morfologicamente e fisiologicamente os fungos.
Os fungos fazem parte do Reino fungi. Esse reino reúne, além dos fungos, liquens e algas do gênero Prototheca. As características comuns que reúnem esses seres em um mesmo grupo são: não formação de tecido verdadeiro; parede celular fundamentalmente composta por quitina; armazenamento de glicogênio no lugar do amido; estágio diploide pouco comum e quando ocorre é de curta duração, sendo seguido prontamente por meiose; e presença de micélio. Em linhas gerais, os fungos são organismos eucariotos, aclorofilados, apresentando nutrição absortiva, reprodução sexuada ou assexuada, estruturas somáticas (vegetativas filamentosas e ramificadas), com parede celular. Esse grupo de microrganismo tem relevante importância em nossas vidas, e são conhecidos desde a antiguidade, através dos processos de fermentação. Os fungos são ubíquos e sua dispersão na natureza pode ocorrer por animais, homens, insetos, água e, principalmente, pelo vento. Já foram descritas aproximadamente 80.000 espécies de fungos, sendo a maioria benéfica ao homem (menos de 50 espécies causam 90% das infecções fúngicas em seres humanos e animais). Os fungos encontrados na natureza são essenciais aos processos de degradação e reciclagem de matéria orgânica. Alguns têm participação na produção de alimentos e bebidas alcoólicas, outros têm importância na medicina, não só causando doenças, mas na produção de medicamentos, como antibióticos (penicilinas) e imunossupressores (ciclosporina). No ambiente, os fungos são os principais agentes de decomposição em florestas (fungos celulolíticos e ligninolíticos) e liberam nutrientes para as plantas. Podem atuar com organismos simbiontes (micorrizas, liquens, endófitos). Podem também causar danos econômicos, agindo na destruição de madeira em postes, estradas de ferro, navios e casas e de outros materiais, com tecidos, lentes e discos, provocando doenças em plantas, chegando a causar, em alguns casos, extinção de espécies em escala regional. Algumas espécies de fungos são usadas no controle biológico de pragas, parasitando nematoides.
Macroscopicamente, os fungos são divididos em filamentosos (bolores ou fungos multicelulares) e em leveduriformes (leveduras, levedos ou fungos unicelulares). No estudo macroscópico, é importante a análise das características das colônias, como verso e reverso (alterado, inalterado), pigmentação (presença ou ausência, cor do pigmento, difuso, restrito à colônia), bordas (regulares, irregulares, radiadas), superfície (lisa, fissurada, rugosa), textura ou consistência, velocidade de crescimento, topografia (plana, convexa, umbilicada, pregueada, cerebriforme), aspecto (brilhante, opaco, seco, úmido), diâmetro da colônia. Nas leveduras, as colônias se apresentam esféricas ou ovais e de consistência pastosa ou cremosa, apresentando crescimento limitado. Nos fungos filamentosos há uma maior variedade de formas de colônias, por exemplo, quanto à textura podem ser aveludadas, cremosas, butirosas ou mucóides; cotonosas, serosas, camurças, granulosas, membranosas ou coriáceas, verrucosas ou pulverulentas, e apresentarem crescimento invasor (Fig. 1). Alguns fungos podem, ao longo de sua vida, apresentar mudanças morfológicas e passarem de uma forma para outra. Por exemplo, a espécie Paracoccidioides brasiliensis, que provoca micose pulmonar em agricultores (paracoccidioidomicose), tem a sua forma sexuada multicelular, mas quando infecta o homem adquire a forma de levedura e se reproduz assexuadamente. Outro exemplo é o Penicillium marneffei, causa mais freqüente das peniciloses, que na temperatura ambiente é um bolor e na temperatura corporal é uma levedura. Além da temperatura, outros fatores que regulam o dimorfismo em fungos são: a concentraçãode CO2 e o pH do meio.
corpo dos fungos multicelulares apresenta uma organização formando longos filamentos de células conectadas, chamadas de hifas, essas podem apresentar septos ou serem asseptadas ou cenocíticas (Fig. 2). O conjunto de hifas recebe o nome de micélio e pode ser dividido em micélio vegetativo, aquele que cresce para dentro do substrato e tem a função de sustentação e de absorção de nutrientes, e em micélio aéreo, que se projeta na superfície. Alguns pontos do micélio aéreo podem se diferenciar e formar o micélio reprodutivo, formando esporos ou propágulos sexuada ou assexuadamente. As leveduras são células isoladas, que ao se reproduzirem por brotamento, produzem uma cadeia alongada de células unidas, formando pseudo-hifas. Sua morfologia microscópica é semelhante nas diferentes espécies de fungos leveduriformes.
 Tipo de esporos: Os fungos apresentam diferentes tipos de propágulos, sendo classificados como assexuados ou sexuados, internos ou externos. Os blastoconídios (Figs. 3 e 4a) são típicos de fungos leveduriformes. Nos fungos filamentosos, os conídios (Figs. 4b e 4c) são os esporos mais comuns, eles são assexuados e formados no exterior das hifas reprodutivas, tendo relevante papel na dispersão. Outro exemplo de propágulos assexuais são os esporangiósporos (Fig. 4d), que se formam internamente na hifa. Os esporos sexuados são os basidiósporos, que são externos, e os ascósporos, que são internos. Artroconídios (Fig. 4e) e clamidoconídios são comuns em fungos filamentosos e leveduriformes.
Ciclo assexuado 
a)Brotamento do blatoconídio-mãe, produzindo novos blastoconídios. A célula parental forma um broto na sua superfície externa. À medida que o broto se desenvolve, o núcleo da célula parental se divide e um dos núcleos migra para o broto. O material da parede celular é então sintetizado entre o broto e a célula parental, separando-os. 
b)Fragmentação do astroconídio. As hifas crescem por alongamento das extremidades. Um fragmento quebrado pode se alongar para formar uma nova hifa. c)Fissão das células somáticas em células-filhas. d)Produção de esporos assexuais, através da germinação das hifas, formando um tubo germinativo que se desenvolve formando o micélio. Esse é o tipo mais comum de reprodução assexuada em fungos. 2.Ciclo sexuado Em fungos, a reprodução sexuada envolve a união de dois núcleos compatíveis, e é dividida em três fases: a)Plasmogamia: Fase caracterizada pela união de dois protoplastos. Os núcleos haplóides, da célula doadora (+) e o da receptora (-), permanecem juntos na célula receptora. Nesta fase, os fungos superiores são chamados de dicários ou dicarióticos.
 b) Cariogamia: Os núcleos se fundem para formar um zigoto diplóide.
c)Meiose: O núcleo diplóide origina um núcleo haplóide (esporos sexuais), dos quais alguns podem ser recombinantes genéticos. Os gametângios, que são os órgãos sexuais, podem formar gametas ou conter núcleos gaméticos. O gametângio masculino se chama anterídio, e o feminino, oogônio. Estes podem ser heterogametângios, quando são morfologicamente diferentes, ou isogametângios, quando são idênticos. As espécies heterotálicas são aquelas que apresentam gametas da célula doadora e da receptora localizadas em talos separados ou quando apresentam ambos os sexos, mas os gametas não são compatíveis. Espécies homotálicas ou hermafroditas são aquelas que produzem gametas (+) e (-) autocompatíveis no mesmo talo. 
Ciclo parassexual: Consiste na fusão de hifas e na formação de heterocarion, contendo núcleos haplóides. Quando estes núcleos se fundem, ocorre a recombinação de cromossomos homólogos na mitose, através de um “crossing-over” mitótico, sem ser observado o processo de meiose.
FISIOLOGIA
Os fungos são organismos heterotróficos, ou quimiorganotróficos, incapazes de assimilar o carbono inorgânico, exigindo carbono orgânico que será utilizado como material plástico ou energético. Os processos de obtenção de energia é a respiração e a fermentação. Esses microrganismos são em sua maioria aeróbios obrigatórios, com exceção de algumas leveduras que são fermentadoras anaeróbias facultativas. Na respiração ocorre a oxidação da glicose. Em condições aeróbias, 30% da glicólise ocorre pela via de hexose monofosfato, em anaerobiose, a via clássica usada pelas leveduras é a EmbdenMeyerhof, formando piruvato. Os fungos para se nutrirem precisam viver em estado de saprofitismo, parasitismos ou simbiose. Sua nutrição na maioria das vezes ocorre por absorção (enzimas hidrolíticas degradam macromoléculas e essas são assimiladas por mecanismos de transporte). Para seu desenvolvimento, os fungos são capazes de utilizar diferentes fontes de carbono, incluindo carboidratos complexos como a lignina (componente da madeira), lipídeos, ácidos nucléicos e proteínas, mas, preferencialmente, utilizam carboidratos simples como a D-glicose. Fontes de nitrogênio também são necessárias, podendo ser inorgânica (amônias ou nitratos) ou orgânica (peptona, sulfatos e fosfatos). Alguns oligoelementos (ferro, zinco, manganês, cobre, cálcio, por exemplo) são exigidos em pequenas quantidades. Fatores de crescimento, como as vitaminas, também são essenciais. A maioria dos fungos cresce em atividade de água na faixa de 0,8 (os valores oscilam entre 0 e 1). Algumas espécies são halófilicas (crescem em elevada concentração de sal). Há uma ampla faixa de temperatura, podendo ser encontrados fungos psicrófilos, mesófilos e termófilos. O pH ótimo para crescimento fica em torno de cinco. A forma e a esporulação em fungos podem ser influenciadas por estes fatores e pelas condições nutricionais, apresentando algumas espécies dimorfismos, variando sua forma morfológica, ou pleomorfismo, em dermatófitos, que é expresso pela perda de estruturas de reprodução e mudanças na morfologia das colônias. As estruturas vegetativas dos fungos crescem preferencialmente em ambientes com pouca luz, enquanto a parte reprodutiva procura a luz para se desenvolver.
Citar patologias fúngicas com seus respectivos agentes etiológicos com suas profilaxias (as mais prevalentes e as consideradas oportunistas).
PANO BRANCO
Também conhecida como micose de praia, esta infecção tem o nome científico de Ptiríase versicolor, e é provocada pelo fungo Malassezia furfur, que provoca manchas arredondadas na pele. Geralmente, as manchas são de cor branca, pois o fungo impede a produção de melanina quando a pele é exposta ao sol, e são mais comuns no tronco, abdômen, face, pescoço ou braços. O tratamento costuma ser feito com cremes ou loções a base de antifúngicos, como Clotrimazol ou Miconazol, indicados pelo dermatologista. No caso de lesões muito grandes, pode ser indicado o uso de comprimidos, como Fluconazol.
TINHA
Cientificamente chamada de dermatofitose, esta infecção fúngica também é conhecida como tínea, e pode atingir diversos locais do corpo, como pele, cabelos e unhas, e é provocada por fungos como Trichophyton, Microsporum ou Epidermophyton, que são transmitidos de uma pessoa para outra através do contato, ou também pelo solo e animais contaminados.
Algumas das principais lesões provocadas são:
Tinha corpórea, também chamada de impingem e surge em qualquer área da pele
Tinha dos pés, também chamada de frieira ou pé-de-atleta, que é localizada entre os dedos dos pés;
Tinha cruris, que se desenvolve na virilha;
Tinha capitis, ou do couro cabeludo, que é mais comum em crianças e pode provocar a queda do cabelo no local;
Tinha das unhas, que torna a unha espessa e sem brilho.
A lesão que surge na tinha costuma ser descamativa, avermelhada e com muita coceira. Geralmente, sem o tratamento adequado, a lesão se espalha aos poucos, e é muito contagiosa.
Como tratar: O tratamento é feito com pomadas antifúngicas, como Miconazol, Clotrimazol ou Itraconazol, e pode durar semanas a meses. Quando há uma infecção grave, ou quando as unhas estão muito afetadas, pode ser necessário o uso de medicamentos em comprimido, como Fluconazol, Itraconazol ou Terbinafina. Durante o tratamento é essencial secar bem os pés após obanho e evitar sapatos fechados por muito tempo.
CANDIDÍASE
Existem várias espécies de fungos que fazem parte da família Candida, sendo a mais comum a Candida albicans que apesar de habitar naturalmente o organismo, principalmente a mucosa da boca e da região íntima, pode causar diversos tipos de infecção no organismo, sobretudo quando as defesas imunes estão prejudicadas.
As regiões do corpo mais afetadas são dobras da pele, como virilhas, axilas e entre os dedos das mãos e dos pés, as unhas, e também pode atingir mucosas, como boca, esôfago, vagina e reto. Além disso, a infecção pode ser grave a ponto de se disseminar pela corrente sanguínea a atingir órgãos como pulmões, coração ou rins, por exemplo. Conheça as principais micoses de pele.
Como tratar: O tratamento para candidíase é feito principalmente com pomadas antifúngicas como Fluconazol, Clotrimazol, Nistatina ou Cetoconazol. No entanto, nos casos mais graves ou na infecção no sangue e órgãos do corpo, podem ser necessário antifúngicos em comprimido ou na veia.
Entender o estresse como promotor de infecções oportunistas (como o cortisol vai afetar o sistema imune de forma aguda ou crônica- imunodeficiência, imunodepressão e imunossupressão).
Há uma importante relação entre o sistema imune e o sistema endócrino, sendo que um interfere no outro. O principal exemplo dessa interação é a ação imunossupressora do cortisol. Isso quer dizer que o cortisol “trava” o sistema imune, ou seja, torna-o menos eficiente.
Basicamente, essa repressão do sistema imune ocorre pela influência do cortisol em dois fatores:
Células do sistema imune:
O cortisol tem a propriedade de interferir em mecanismos de produção de leucócitos. Portanto, esse hormônio pode agir diminuindo a produção dessas células e reduzindo o número de leucócitos circulantes na corrente sanguínea. Esse já é um importante fator imunossupressor, pois uma menor quantidade de células imunes enfraquece todo o sistema imunitário. Além disso, o cortisol pode atuar diminuindo a ação fagocitária e bactericida dos neutrófilos.
· mediadores intercelulares:
Em uma resposta imune, os mediadores intercelulares são substâncias de grande importância para a “comunicação” celular. Eles influenciam na sinalização e na migração dos leucocitos. O cortisol atua inibindo tais mediadores, o que diminui a eficiência da resposta imunológica.
Doenças auto imunes
Os epítopos são as regiões do antígeno ao qual os leucócitos se ligam e então, a partir dessas regiões, será formulada uma resposta imunológica. Em nosso organismo, há uma espécie de sistema que regula a tolerância dos leucócitos aos epítopos do próprios organismos. Esse “sistema de tolerância” impede que as células do sistema imune combatam as células do próprio corpo. No entanto, esse sistema de controle pode falhar e ser ineficiente. Nesses casos, o sistema imune começa a combater as estruturas constituintes do organismo, trazendo uma série de complicações. Esses casos são conhecidos como doenças auto imunes.
Como o cortisol tem ação imunossupressora, ele pode ser utilizado para combater doenças auto imunes. Isso porque uma diminuição da eficiência do sistema imune irá atenuar os efeitos negativos do combate dos leucócitos contra as células do próprio organismo.
Alguns exemplos de doenças auto imunes tratadas com corticóides são:
– Diabetes tipo 1
– Lúpus
– Artrite reumatoide
– Vitiligo
– Hepatite autoimune
– Anemia hemolítica
Diferenciar imunossupressão, imunodepressão e imunodeficiência. 
Imunodepressão é um estado de deficiência do sistema imunitário para, normalmente, responder aos agentes agressores. A imunodepressão pode ser primária e secundária ou adquirida. É primária quando é dependente de fatores genéticos hereditários que afetam o processo de defesa imunológica, causando maior susceptibilidade às infecções, geralmente por germes de baixa patogenicidade, bem como às doenças autoimunes e às neoplasias. Na maior parte das vezes, manifesta-se na infância. A forma adquirida, como o próprio nome indica, deve-se a um fator externo que afeta o sistema imunológico e é exemplificada pela Síndrome de Imunodeficiência Adquirida causada pelo vírus HIV-1; apresenta igualmente grande susceptibilidade às infecções por germes oportunistas e ao aparecimento de neoplasias. Já a Imunossupressão é o ato de reduzir deliberadamente a atividade ou eficiência do sistema imunológico. A imunossupressão é feita, usualmente, para coibir a rejeição em transplantes de órgãos ou para o tratamento de doenças autoimunes como lúpus, artrite reumatóide, esclerose sistêmica, doença inflamatória intestinal, entre outras. Para fazê-la, recorre-se normalmente a medicamentos, mas também podem ser utilizados outros métodos, como plasmaferese ou radiação. Com o sistema imunológico praticamente desativado, o indivíduo imunossuprimido fica vulnerável a infecções oportunistas.
A Imunodeficiência pode ocorrer em qualquer um dos 4 componentes principais do sistema imune: células B(anticorpos), Células T, complemento e fagócitos. Essas deficiências podem ser congênitas ou Aquiridas.
Imunodeficiência Congênita: Deficiência de células B.
Hipogamaglobulinemia ligada ao x (agamaglobulinemia de Bruton)
Níveis muito baixos de todas as imunoglobulinas (IgA, IgG, IgM, IgD e IgE) e possível ausência de células B são encontrados em meninos jovens e carregadoras do sexo feminino são imunologicamente normais. Células pré-B estão presentes mas elas falham em se diferenciar em células B. Essa falha é causada por uma mutação no gene que codifica a Tirosina-Cinase, uma importante proteína transdutora de sinal. A imunidade mediada por células é relativamente normal.
Deficiència Seletiva de Imunoglobulinas: A deficiência de IgA é a mais comum entre as deficiências seletivas e as mais raras são as deficiências IgG e IgM. Pacientes com uma deficiência de IgA apresentam infecções recorrentes sinusais e nos pulmões. Todavia, pacientes com deficiência de IgA também podem não apresentar infecções recorrentes, pois os níveis de IgG e IgM conferem proteção. A causa da deficiência de IgA ocorre pois há uma falha nos genes que coordenam a troca de cadeia pesada, já que as quantidades de IgM e IgG são normais.
Deficiências das células T
Exemplo: Aplasia tímica (Síndrome de George).
Infecçoes graves causadas por vírus, fungos e protozoários ocorre em crianças afetadas precocemente em suas vidas, em razão de deficiência profunda de células T. Por exemplo o fungo Candida albicans é uma infecção comum e a pneumônica são comuns nesses pacientes. Então, tanto o timo quanto as glândulas paratireoides deixam de se desenvolver normalmente como resultado de um defeito da 3 e 4 bolsas faríngeas.
Deficiência combinadas de células T e B.
Doença da Imunodeficiência grave (SCID): Em algumas crianças as células B e T estão ausentes e em outras estão presentes mas não funcionam adequadamente. Os níveis de Imunoglobulinas estão muito baixos e os linfonodos e tonsilas estão ausentes. A pneumonia Pneumocystis é a infecção mais comum nessas crianças.
Deficiências de complemento 
Angiedema Hereditário: é uma doença autossômica incomum causada por uma deficiência do inibidor de C1. Na ausência desse inibidor C1 continua agir em C4, gerando c4a e componentes vasoativos adicionais subsequentes, como c3a e c5a. Isso leva ao aumento da permeabilidade capilar e edema em diversos órgãos.
Deficiência de Fagócitos
Doença granulomatosa crônica (DGC): Ocorre em razão de um defeito da atividade microbicida intracelular de neutrófilos e resulta da falta de atividade da enzima NADPH oxidase. Assim, o peróxido de hidrogênio ou superóxidos não são produzidos de forma que os microrganismos, embora fagocitados, não são mortos. As funções das células B e T são normais. E, o nome da doença originou-se em razão dos vários granulomas dispersos encontrados nos pacientes, mesmo na ausência da doença clínica aparente.
Imunodeficiências Adquiridas
Deficiência das células B
Ex: Desnutrição que grave pode reduzir o suplemento de aminoácidos para as célulase assim, reduzir a síntese de IgG.
Deficiência das células T
Ex: Síndrome da Imunodeficiência adquirida (AIDS): Os pacientes são afetados por infecções oportunistas, causadas por vírus, fungos, bactérias ou protozoários. O quadro ocorre a uma grande redução de células T auxiliares causada pela infecção pelo retrovírus denominado de vírus da imunodeficiência Humana(HIV). Então, esse vírus infecta e mata especificamente as células que apresentam a proteína CD4 em sua superfície. A resposta a imunização específica é reduzida, o que é atribuído a perda das atividades das células T auxiliares. Pacientes com essa síndrome apresentam uma alta incidência de tumores, como linfomas o que pode ser resultante da perda da vigilância imunológica.
O sarampo também é um exemplo de deficiência de células T.
Deficiências de complemento
Ex: Insuficiência hepática que é causada pela cirrose alcoólica ou hepatite B e C crônicas podendo reduzir a síntese de complemento pelo fígado ate o nível em que as infecções piogênicas graves passam a ocorrer.
Deficiência de fagócitos
Ex: Neutropenia que corresponde à diminuição da quantidade de neutrófilos, que são as células do sangue responsáveis pelo combate de infecções.
Explicar a resposta imune inata e adaptativa contra fungos.
Inata
O principal mecanismo de defesa contra fungos é desenvolvido pelos fagócitos, que os destroem por meio da produção de NO e de outros componentes secretados por essas células. Adicionalmente, há participação de IFN-g, aumentando a função de neutrófilos e macrófagos, não havendo evidências de atividade citotóxica por células T CD8+. Portanto, pacientes que apresentam neutropenia (menos de 500 neutrófilos/mm3) ou que tenham deficiência da imunidade celular cursam com frequência com micoses recorrentes e ocasionalmente desenvolvem formas graves e profundas.
Embora um grande número de espécie de fungos possa causar doenças no homem, a maioria deles causa doença limitada, sem maiores repercussões clínicas. Destacam-se entre os fungos que estão associados com morbidade no Brasil a Candida albicans, o Criptococcus neoformans e o Paracoccidiodis braziliensis. Apesar de a infecção por C. albicans causar habitualmente infecções leves e sem maiores conseqüências, pacientes infectados com HIV não apresentam apenas alta prevalência da infecção por C. albicans, mas também envolvimento de esôfago, estômago e intestino, sendo comuns infecções recorrentes. Em crianças que apresentam alteração na resposta imune celular e distúrbios endócrinos múltiplos, o quadro raro de candidíase mucocutânea crônica é descrito. Nessas crianças observam-se uma diminuição da resposta Th1 e lesões cutâneas, mucosas e ungueais graves.
A despeito de a candidíase vaginal ser extremamente freqüente e sem maiores conseqüências, cerca de 5% das mulheres em idade reprodutiva apresentam um quadro de candidíase vaginal recorrente devido à ausência ou a baixos níveis de IFN-g, que pode ser restaurada in vitro pela neutralização da IL-10. Embora não seja documentada uma resposta Th2 contra antígenos de C. albicans, a elevada freqüência de atopia nessas pacientes sugere que uma reação de hipersensibilidade imediata a diversos antígenos pode participar da patogênese da doença, com alguns casos se beneficiando de imunoterapia. Então os macrófagos é comprou uma doença através da eliminação do fundo induzindo o desenvolvimento da resposta do tipo Th1 um ontem seguida na cripto cocô que sim os macrófagos parecem desempenhar um papel deletério visto que embora sejam capazes de fagocitar o fundo este é por sua vez capaz de sair das células é desta forma se disseminar.
O Criptococcus neoformans pode causar doenças pulmonares e comprometer o sistema nervoso central em pacientes imunossuprimidos, e o P. braziliensis é o agente causal da blastomicose sul-americana. A blastomicose sul-americana caracteriza-se por envolvimento de gânglios, mucosa bucal e do aparelho respiratório. Na maioria das pessoas infectadas o agente é controlado, e o indivíduo fica completamente assintomático. Quando não se desenvolve uma resposta Th1 há disseminação do fungo com envolvimento de órgãos do sistema reticuloendotelial e do pulmão; nesse contexto o papel da IL-4 parece importante, já que em modelo experimental a ausência dessa citocina protege contra doença pulmonar grave.
A resposta para infecções causadas por muitos fungos é a formulação é a formação de granulomas granulomas são produzidos nas principais micoses sistêmicas a resposta imune celular está envolvida na formação de granulomas ponto em seguida a supuração aguda, caracterizada pela presença de neutrófilos em exsutados, também ocorre em certas micoses como aspergilose e esporotricose.os fungos não possui endotoxinas em suas paredes celulares e não produzem em exotoxina similares das bactérias ponto parágrafo ativação do sistema imune celular resulta em uma resposta de hipersensibilidade tardia cutânea para certos antígenos fúngicos.
ADQUIRIDA
Muitos fungos extracelulares induzem Fortes respostas Th 17, que são conduzidas em parte pela ativação de células de críticas através da ligação de glicanos fúngicas AD Tina um que é o receptor pra esse polissacarídeo hoje, resultando na produção de situa-se nas indutoras de respostas Th 17, como a IL 6 e a IL 23 em células de dendríticas. As células Th 17 estímulam a inflamação e os neutrófilos e os monócitos recrutados destroem os fundos. As respostas Th um são protetoras nas infecções por fungos entre os celulares como a Histoplasmose mas as respostas podem induzir inflamação granulomatosa, que é a causa importante da lesão tecidual do hospedeiro nessas infecções .

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