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Pamella Jillyan Miranda de Oliveira, RA: 8104668 Bacharelado em Biomedicina INFECÇÃO MOLECULAR E BIOQUÍMICA POR SARS- COV2 Orientadora: Prof. Katia Cristina Franco Tomaz Claretiano – Centro Universitário SÃO MIGUEL DO GUAPORÉ 2020 Pamella Jillyan Miranda de Oliveira, RA: 8104668 Bacharelado em Biomedicina INFECÇÃO MOLECULAR E BIOQUÍMICA POR SARS- COV2 Trabalho apresentado a disciplina de Bioquímica e Farmacologia com requisito de nota semestral, sob a orientação da profª:Kátia Cristina Franco Tomaz. SÃO MIGUEL DO GUAPORÉ 2020 1. Objetivos Desenvolver tratamentos com ação em duas fases da COVID-19. No estágio inicial, quando ocorre a infecção do vírus nas células humanas, e na fase mais avançada, na síndrome respiratória aguda severa (SARS) e/ou síndrome do desconforto respiratório agudo (ARDS), que costuma ser fatal. Identificar fármacos já aprovados que possam ser reposicionados como inibidores do macrodominio viral, um importante mediador da virulência de coronavírus. compreender os mecanismos moleculares e bioquímicos da infecção por SARS-COV2, relacionando o uso do fármaco cloroquina para tratamento da infecção, correlacionando os benefícios, malefícios e contraindicações que o fármaco poderá desenvolver, e mostrar como está sendo realizado a introdução do fármaco cloroquina no tratamento da SARS- COV2. 2. Introdução Em dezembro de 2019, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) detectou uma nova variedade de coronavírus, identificado como SARS-CoV-2, em um mercado de alimentos em Wuhan, na China, que desencadeou um surto de doença respiratória. A subsequente epidemia mundial trouxe consequências econômicas e sociais. Em poucos meses após os primeiros casos, a disseminação geográfica da doença atingiu mais de 100 países, envolvendo todos os continentes, recebendo a classificação de “pandemia” pela Organização Mundial da Saúde (OMS). E em novembro de 2020 a doença continua se espalhando, produzindo números altamente preocupantes de indivíduos infectados e óbitos no mundo. A COVID-19, é um assunto altamente discutido em todos os países, pois não se tem ainda cura para a mesma, pesquisas vem sendo desenvolvidas para que descubram a cura. Os sintomas mais comuns da covid-19 são febre, tosse e dificuldade em respirar. A forma de transmissão ocorre no contato com pessoas infectadas, por meio de gotículas de saliva ou contato indireto, como superfícies contaminadas. Entre os fatores de risco estão a idade avançada e doenças crónicas graves como doenças cardiovasculares, diabetes ou doenças pulmonares. 3. Desenvolvimento COVID-19 é uma doença altamente contagiosa provocada pelo coronavírus da síndrome respiratória aguda grave 2 (SARS-CoV-2). Os sintomas da COVID-19 se assemelham a um resfriado, podendo variar até ao quadro de uma pneumonia, seu período de incubação pode ser de 2 a 14 dias. O coronavírus utiliza a máquina celular para produzir novas partículas virais, assim seu genoma se integra ao genoma celular e faz com que a célula humana passe a produzir novas partículas virais, isso irá provocar a lise celular, e novos vírus vão ser liberados no organismo, quando isso ocorre os primeiros sintomas da doença surgem. O diagnóstico laboratorial do coronavírus (SARS-CoV-2) causador da COVID-19 depende essencialmente do conhecimento da estrutura viral bem como de seu material genético. No caso do SARS-CoV-19, o material genético é RNA+, a estrutura viral que protege o ácido nucleico viral está bem estabelecida graças a genética reversa. Como ainda não há um estudo sobre o tempo da replicação do coronavirus desde a entrada do vírus na célula até a saída da nova partícula viral, o aparecimento de IgM e IgG ainda não está bem definido. Importante lembrar que o teste avalia a presença de RNA viral na amostra. A persistência do exame positivo não significa necessariamente que o paciente ainda está infectado. O período que os pacientes permanecem infectantes ainda não está totalmente esclarecido e a utilização dos testes para liberação do paciente do isolamento respiratório deve ser avaliada criteriosamente Esse vírus possui um material genômica de RNA fita simples, sentido positivo, ou seja, serve diretamente para a síntese proteica, fazendo com que ocorra maior velocidade na geração de novas cópias de vírus na célula infectada. O vírus é envolvido por uma capa de gordura e proteína, seu tamanho é de aproximadamente cem nanômetros, apresentam também várias proteínas em sua superfície, uma delas é a proteína Spike, a mesma é uma espícula glicoproteica, presente em nossas células, tornando assim a infecção mais fácil. Quando o vírus penetra a célula humana, os ribossomos da célula que hospeda o vírus traduzem as informações contidas neste material genético, assim produzem proteína. A enzima formada replicará o material genético do vírus dentro da célula hospedeira, ela produz primeiramente uma fita intermediária de RNA de sentido negativo, após isso produz novas fitas de sentido positivo. As últimas fitas compõem novas partículas virais, depois de serem associadas a proteínas virais, sendo receptores de superfície. Após isso no retículo endoplasmático e no complexo de golgi da célula hospedeira, ocorrerá a montagem final dos vírus. Montadas, as partículas saem da célula e estão prontas para uma nova infecção em outras células Com o crescente aumento dos números de indivíduos infectados e de óbitos causados pela COVID-19, estudos dirigidos ao tratamento da doença se intensificaram. 3.1. Uso da cloroquina Uma das estratégias terapêuticas que tem sido testada para a COVID-19 está baseada na utilização da cloroquina ou de seu análogo farmacológico hidroxicloroquina. Esses dois fármacos fazem parte de uma classe de medicamentos denominada aminoquinolinas. Esses fármacos têm indicação terapêuticas em algumas doenças, principalmente em malária e doenças reumáticas, como lupus eritomatoso sistêmico e artrite reumatoide. Ambos os fármacos têm descrição de efeitos adversos como retinopatias, hipoglicemia grave, prolongamento QT (que se relaciona com alteração da frequência cardíaca) e toxidade cardíaca, sendo exigido contínuo monitoramento médico dos indivíduos em uso da cloroquina ou hidroxicloroquina. É um assunto polêmico que divide muitas opiniões pelo mundo todo. Pois A cloroquina possui alta toxidade, devido a isso a mesma tem efeitos colaterais que preocupam, como, arritmia cardíaca, complicações renais e comprometimento na saúde dos olhos. Médicos e cientistas ressaltam problemas cardíacos graves que devem ser devidamente observados. Para o uso da cloroquina em pacientes com precocidade na doença, criou-se um termo de ciência e consentimento para que o paciente e o médico assinem. No termo de ciência o paciente tem a opção de não assinar, sabendo das condições em que as pesquisas quanto ao fármaco encontram-se sem evidências significativas de eficácia contra a COVID-19. Atualmente enquanto novas pesquisas sobre o fármaco são realizadas, o mesmo não pode ser prescrito de forma generalizada nos casos leves da doença, e nos casos mais graves, podem ser prescritos com muita cautela, vale lembrar, que antes que o fármaco seja administrado ao paciente, exames devem ser realizados. 4. Conclusão Portanto, medidas urgentes devem ser tomadas, como selecionar um aptâmero ativador de ECA2 e investigar o potencial terapêutico de um peptídeo rico em resíduos de prolina isolado do veneno da serpente Bothrops jararaca, que tem ação dual nos sistemasrenina-angiotensina e nitrérgico envolvidos no processo inflamatório e pro- fibrótico que acomete pulmões de pacientes infectados com Sars-Cov2. Enquanto alternativas para o cuidado imediato dos pacientes são buscadas principalmente via realocação de fármacos, que visem um controle definitivo da COVID-19, pensando também nos estágios mais avançados da doença que poderá beneficiar pacientes com SARS. Na atualidade diferentes formas de tratamento estão sendo utilizadas no combate ao COVID-19, mesmo sem comprovação de eficácia, como a cloroquina, é com importância que o paciente saiba dos efeitos que o fármaco pode causar. Porém até que possa se encontrar uma cura para a doença é muito importante os meios de prevenção ao COVID-19, como o uso de máscaras, o uso do álcool gel, e evitar as aglomerações. 5. Referências Associação brasileira de alergia e imunologia. Uso de hidroxicloroquina na COVID-19. [s.l.] 2020. Disponível em: <https://asbai.org.br/wp- content/uploads/2020/04/Doc_Hidroxicloroquina_na_COVID-2.pdf>.Acesso em: 08 nov. 2020. Sanar. Coronavírus: características, fisiopatogenia, mapa mental e mais. [s.l.] [s.d.]. Disponível em:<https://www.sanarmed.com/resumos-a-familia-dos-coronavirus-e-o- novo-representante-abordagem-sobre-o-sars-cov-2-ligas>. Acesso em: 08 nov. 2020. ABREU, D. Coronavírus. DB molecular. [s.l.]. [s.d.]. Disponível em: <https://www.dbmolecular.com.br/artigo/coronavirus/>.Acesso em: 09 nov. 2020. https://asbai.org.br/wp-content/uploads/2020/04/Doc_Hidroxicloroquina_na_COVID-2.pdf https://asbai.org.br/wp-content/uploads/2020/04/Doc_Hidroxicloroquina_na_COVID-2.pdf https://www.sanarmed.com/resumos-a-familia-dos-coronavirus-e-o-novo-representante-abordagem-sobre-o-sars-cov-2-ligas https://www.sanarmed.com/resumos-a-familia-dos-coronavirus-e-o-novo-representante-abordagem-sobre-o-sars-cov-2-ligas https://www.dbmolecular.com.br/artigo/coronavirus/ Dasa. Cloroquina: mitos e verdades sobre os efeitos no Coronavírus. [s.l.]. 2020. Disponível em: <https://dasa.com.br/blog-coronavirus/cloroquina-para-coronavirus-e- efeitos-colaterais>.Acesso em: 10 nov. 2020 Consulta remédios. Bula do difosfato de cloroquina. [s.l.]. [s.d.]. Disponível em: <https://consultaremedios.com.br/difosfato-de-cloroquina/bula>. Acesso em: 12 nov. 2020. https://dasa.com.br/blog-coronavirus/cloroquina-para-coronavirus-e-efeitos-colaterais https://dasa.com.br/blog-coronavirus/cloroquina-para-coronavirus-e-efeitos-colaterais https://consultaremedios.com.br/difosfato-de-cloroquina/bula
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