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Resfriado comum

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ANNA LILLIAN CANUTO BITTENCOURT 
 
 
 
• O resfriado comum também é 
conhecido como rinofaringite viral ou 
rinossinusite; 
• É uma doença viral em que os sintomas 
de rinorreia e obstrução nasal são 
proeminentes; 
• É a desordem infecciosa mais comum 
da infância, de natureza benigna e 
autolimitada; 
• É uma rinofaringite de etiologia viral 
que leva à inflamação da mucosa do 
nariz, faringe e seios paranasais; 
• Predispões a criança a complicações 
bacterianas, como a otite média aguda e a 
sinusite bacteriana; 
• Sinais sintomas como mialgia ou febre 
estão ausentes ou leves (quando estão 
presentes e intensos, suspeitar de uma 
infecção bacteriana). 
 
 Etiologia e epidemiologia 
• O agente etiológico mais comum é o 
rinovírus; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Pode ser causado por vários vírus 
diferentes; 
• Incidência maior no início do outono até 
o final da primavera; 
• Lactentes apresentam uma média de 
seis a oito resfriados por ano; 
• 10-15% das crianças têm pelo menos 12 
infecções por ano; 
• A incidência diminui com a idade, 
principalmente após os 03 anos de idade; 
• Crianças que frequentam creches 
durante o primeiro ano de vida 
apresentam 50% mais resfriados que as 
crianças que são criadas somente em 
casa; 
• Crianças do grupo de alto risco de 
IVAS: 
 - Irmão mais velho que frequenta 
escola; 
 - Convivência em creche; 
 - Pais fumantes. 
• A principal forma de transmissão dos 
vírus causadores do resfriado comum é o 
contato direto. 
 
 Patogênese 
• Os vírus possuem diferentes 
mecanismos para evitar a defesa do 
hospedeiro: 
Resfriado comum 
ANNA LILLIAN CANUTO BITTENCOURT 
 - Rinovírus e adenovírus: apresentam 
imunidade permanente sorotipo-
específica; 
 >> Porém como possuem 
inúmeros sorotipos diferentes, o 
indivíduo pode ter várias infecções na 
vida. 
 - Vírus influenza: apresenta alta 
capacidade mutagênica, ou seja, ele 
consegue alterar o antígeno presente na 
superfície do vírus e se comportar como 
se houvesse vários sorotipos dele; 
 - Parainfluenza e Vírus Sincicial 
Respiratório (VSR): apesar de possuírem 
um pequeno número de sorotipos 
distintos, esses vírus não conferem 
imunidade duradora, o que predispõe a 
reinfecção. 
• Os vírus invadem as células epiteliais 
colunares ciliadas das vias aéreas 
superiores, promovendo uma resposta 
inflamatória local; 
• A bradicinina é um importante 
mediador, ao contrário da histamina; 
• A mucosa torna-se congesta 
(edemaciada, eritematosa) por 
vasodilatação, enquanto a produção do 
muco exacerba-se; 
• As citocinas atraem neutrófilos para o 
local, explicando a coriza purulenta, 
mesmo na ausência de superinfecção 
bacteriana; 
• A inflamação pode obstruir o óstio do 
seio ou a tuba auditiva e predispor à 
sinusite bacteriana ou otite média. 
 Manifestações clínicas 
• Período de incubação: 1-3 dias; 
• O primeiro sintoma frequentemente é 
uma garganta irritada ou “arranhando” 
que melhora rapidamente; 
• Evolui com espirros, obstrução nasal e 
rinorreia; 
• A coriza é abundante, sendo clara nos 
primeiros três dias, mas frequentemente 
se torna purulenta nos últimos dias; 
 - Essa modificação da cor da secreção 
não deve ser interpretada como resultado 
de uma infecção bacteriana secundária, 
refletindo apenas a descamação epitelial 
e a presença de polimorfonucleares. 
• A duração média dos sintomas é de 1 
semana; 
 - Em 10% dos casos, os sintomas 
podem persistir por até duas semanas. 
• Ao exame físico, os cornetos estão 
edemaciados e eritematosos, mas esse 
achado não é específico e nem tem 
utilidade diagnóstica; 
• Também pode ser observado hiperemia 
da orofaringe. 
 
 Diagnóstico 
• O diagnóstico é clínico; 
• A avaliação laboratorial com 
hemograma, VHS, cultura e isolamento 
de vírus de secreção da orofaringe ou 
nasais não é necessária; 
ANNA LILLIAN CANUTO BITTENCOURT 
• É preciso estar a atento aos diagnósticos 
diferenciais: 
• A gripe cursa com febre e sintomas 
sistêmicos, como uma mialgia. 
 
 Tratamento 
• O tratamento para resfriado comum 
consistem em um tratamento 
sintomático; 
• Como a febre não é frequentemente 
associada a um resfriado comum, o 
tratamento antipirético em geral não é 
indicado; 
 - Porém, na presença de febre, é 
indicado o uso de antipiréticos quando a 
temperatura axilar for superior a 38°C; 
 - Antitérmicos mais indicados: 
paracetamol e ibuprofeno. 
• Para a obstrução nasal, a indicação é 
fazer lavagem nasal com soluções salinas 
isotônicas; 
• Hidratação; 
• O Ministério da Saúde não recomenda 
o uso de anti-histamínicos e 
descongestionantes nasais de 
administração tópica e/ou oral para 
crianças menores de dois anos. 
 Complicações 
• A complicação mais comum é a otite 
média aguda; 
 - O tratamento sintomático não tem 
efeito sobre o desenvolvimento da OMA. 
• A sinusite também é uma complicação, 
já que há uma inflamação autolimitada 
dos seios nasais dentro da fisiopatologia 
do resfriado; 
• Ainda pode acontecer uma exacerbação 
da asma, porém é uma complicação 
relativamente incomum. 
 
 Prevenção 
• Não existe vacina para resfriado 
comum; 
• A vitamina C não é eficaz na prevenção 
de resfriados; 
• Existe a vacina contra o vírus influenza, 
que faz parte do calendário vacinal do 
Ministério da Saúde de forma anual, 
porém como ele é responsável por 
pequena parte dos resfriados comuns, a 
vacina é mais eficaz contra a gripe. 
 
 
Referências: 
• VAUGHAN, Victor C.; MCKAY, R. James; 
BEHRMAN, Richard E. Nelson: tratado de pediatria. 
In: Nelson: tratado de pediatria. 1983. p. 2028-
2028.

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