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Patric Roberto Ferreira Barreto Teresina - PI Bacharel em Educação Física; Especialista em Treinamento Funcional e reabilitação; Especialista em Cinesiologia, Biomecânica e Treinamento Físico; TREINAMENTO DE FORÇA E SUAS MANIFESTAÇÕES QUAL CONCEITO DE FORÇA? Pode ser definida como a superação de uma dada resistência pela contração muscular, modificando o estado de um corpo, podendo causar sua deformação ou alteração do estado de movimento, tirando o corpo do repouso ou do movimento retilíneo uniforme. (PRESTES et al., 2016) CONCEITO DE FORÇA? De acordo com Komi (2006) força muscular é a força ou torque máximos que um músculo ou um grupo muscular pode gerar em velocidade específica ou determinada; Knuttgen e Kramer (1987) apresentaram um conceito duvidoso, caracteriza a força como a quantidade máxima de tensão que um músculo ou um grupamento muscular pode produzir em um padrão específico de movimento em determinada velocidade CONCEITO DE FORÇA? Knuttgen e Kramer (1987) apresentam um conceito duvidoso, caracteriza força como a quantidade máxima de tensão que um músculo ou um grupamento muscular pode produzir em um padrão específico de movimento em determinada velocidade FORÇA A força também pode causar deformação e movimento de uma só vez. F= Massa X Velocidade (Aceleração) Não se pode simplesmente transpor o conceito mecânico de força para o corpo humano pois, existem fatores anatômicos, fisiológicos e biomecânicos que influenciam na geração de força muscular. FORÇA Ex. Quando se dá um chute numa bola que se encontrava em repouso); uma alteração na direção e sentido do movimento do corpo ou pode haver uma deformação no corpo em que é aplicada a força (deformação momentânea da bola quando é chutada). FORMAS DA MANIFESTAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR A força é uma capacidade física que pode se manifestar na forma de força absoluta, força máxima, força hipertrófica, resistência de força ou força explosiva (rápida ou potência). FORMAS DA MANIFESTAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR FORMAS DA MANIFESTAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR FORMAS DA MANIFESTAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR COMPONENTES OU VARIÁVEIS DE TREINO TREINO RESISTIDO VOLUME Número de séries p/ cada exercício Número de exercícios/ grupo muscular Número total de séries Número de repetições INTENSIDADE Peso a ser levantado (percentual ou absoluto) Ordem dos exercícios Combinação dos grupos musculares na sessão DENSIDADE Tempo de descanso entre séries Número de sessões/ semana Intervalo entre sessões Neurais; Musculares; Biomecânicos; Psicológicos. Quais os FATORES QUE MODIFICAM A FORÇA? FATORES NEURAIS: Coordenação intermuscular, Melhoria na relação agonista-antagonista (co-contração), Melhoria na relação agonista-sinergistas e coordenação intramuscular. FATORES NEURAIS: A coordenação intramuscular relaciona-se ao aumento do número de unidades motoras recrutadas, tamanho das unidades motoras recrutadas (princípio do tamanho) e freqüência de contração de cada unidade motora. Wilmore e Costill (2001), quando a exigência de força for baixa, a frequência de disparo de potenciais de ação será baixa, e exclusivamente serão recrutadas unidades motoras de fibras tipo 1. Caso a exigência torne-se moderada, fibras tipo 1 e tipo 2a serão recrutadas, e, se a força for máxima, fibras tipo 1, tipo 2a e tipo 2x serão recrutadas FATORES NEURAIS: Unidade motora é definida como o axônio do neurônio motor e todas as fibras musculares por ele inervadas. Os fatores neurais são os principais responsáveis pelo aumento da força nas primeiras semanas de treinamento com pesos (Fleck e Kraemer, 1997). (SALE, 1988 apud PRESTES,2016,p.33) FATORES NEURAIS: Elevação do fluxo dos neurônios motores, aumentos rápidos e significativos na força muscular. Maior eficiência nos padrões de recrutamento neural Maior excitabilidade dos neurônios motores Maior ativação do sistema nervoso central Melhor sincronização das unidades motoras e maiores ritmos de acionamento Inibição dos órgãos tendinosos de Golgi Fatores neurais (KATCH, KATCH & McARDLE, 2008) FATORES MUSCULARES: Portanto, a hipertrofia máxima será atingida quando se equilibrar peso elevado, repetições altas e intervalos curtos a fim de proporcionar simultaneamente ou alternadamente dentro do processo de periodização do treinamento a sobrecarga tensional e metabólica. FATORES BIOMECÂNICOS: Esse conceito é definido como Momento ou Torque, que é a capacidade de forças girarem um sistema de alavancas ao redor do ponto fixo (eixo), onde T=F x d (T=torque, F=força e d=braço de alavanca). FATORES PSICOLOGICOS: Relaciona-se a uma força latente, denominada reserva de proteção, que seria mobilizada de forma involuntária, como por exemplo em situações de perigo (Força Absoluta). Geração de Força Quando o músculo se contrai, a força deve ser graduada para que as necessidades da tarefa sejam atendidas. Tamanho muscular; Unidades motoras (fibras tipo II > tipo I); 20 Recrutamento: Mais unidades motoras recrutadas para gerar mais força. Geração de Força 21 22 Wilmore e Costill (2001), quando a exigência de força for baixa, a frequência de disparo de potenciais de ação será baixa, e exclusivamente serão recrutadas unidades motoras de fibras tipo 1. Caso a exigência torne-se moderada, fibras tipo 1 e tipo 2a serão recrutadas, e, se a força for máxima, fibras tipo 1, tipo 2a e tipo 2x serão recrutadas Geração de Força Sale, DG In: Strength and Power in Sport, 1992 O Princípio do Recrutamento da Unidades Motoras 24 Frequência de disparo das UMs: Alteração dos níveis de força através do aumento na estimulação de uma unidade motora. SOMAÇÃO: Série de estímulos em rápida sequência, antes do relaxamento completo do primeiro estímulo. Aumento da força! TETANIA: Contínua estimulação em frequências maiores – Força ou Tensão de pico da UM. Geração de Força 25 26 Comprimento muscular vs produção de força 27 Comprimento muscular vs produção de força 28 Tipos de contração muscular : O músculo é composto de elementos elásticos e contráteis. Dependendo da contração muscular, pode-se contrair ou estirar os elementos envolvidos. Os tipos de contração muscular são divididos em: Contração Isométrica (Estática) - há contração dos elementos contráteis, mas os elásticos são estirados. Ainda que exteriormente seja possível constatar um encurtamento do músculo (Weineck,1989:102). Contração Isotônica (Dinâmica) - Os elementos contráteis do músculo são contraídos, mas os elásticos não modificam seu comprimento. Produzindo um encurtamento dos músculos. Contração Muscular Autotônica - combinação das solicitações isométricas com a isotônica. É a forma mais frequente no domínio esportivo. Concêntrico (Impulsor ou Positivo) - permite, através de um encurtamento muscular, mover o peso do próprio corpo ou pesos exteriores, ou superar resistências. Excêntrico (Frenador ou Negativo) - é caracterizado por um aumento longitudinal do músculo, que produz um efeito ativo contrário. Intervém no amortecimento de saltos e na preparação de movimentos. Isométrico (Estático) - é caracterizado por uma contração muscular, que exclui o encurtamento. Serve para a fixação de posições determinadas do corpo ou das extremidades. Combinado (Autotônico ou Auxotônico) - caracteriza-se por elementos do tipo impulsor, frenador ou estático. É utilizado para desenvolver a força sem aumentar o corte transversal. Isocinético (Acomodativo) - Resistência diretamente proporcional ao desenvolvimento da força por espaço de tempo. Resistência adaptada a força muscular utilizada. Pliométrico (Reativo) - Passagem do trabalho muscular excêntrico para o concêntrico. Estimula o reflexo miotático.Tipos de Trabalho Muscular : Sincronização: Mais unidades motoras recrutadas e aumento na frequência de disparo para gerar mais força. 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 020406080100 % Contração Máxima Freq. Disparo (pot/seg) I IIa IIb Gráfico1 10 10 10 40 40 40 60 60 60 80 80 80 100 100 100 I IIa IIb % Contração Máxima Freq. Disparo (pot/seg) 10 20 15 23 28 20 25 31.5 35 27 33 43 Plan1 I IIa IIb 10 10 40 20 15 60 23 28 20 80 25 31.5 35 100 27 33 43 Plan2 Plan3
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