Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Curso de Alimentação e Nutrição de Cães e Gatos MÓDULO IV Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização do mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos na Bibliografia Consultada. MÓDULO IV Os alimentos Nos módulos anteriores estudamos os nutrientes e as necessidades nutricionais dos animais de companhia. Agora, para fechar o curso é importante vermos a outra grande porção, a dos alimentos. Neste módulo teremos informações a respeito de que ingredientes são normalmente utilizados na nutrição e alimentação de cães e gatos, quais são os alimentos disponíveis e o processamento pelo qual passam. Alimentos comerciais para cães e gatos No Brasil, a produção de alimentos industrializados para animais de estimação iniciou-se em 1985. No entanto, apesar de ser um fenômeno recente, a sua participação entre os diversos setores do mercado pet (medicamentos, serviços, equipamentos, acessórios e logística) é expressiva, correspondendo a cerca de 75% do total arrecadado, conforme demonstrado na tabela 4. Tabela 4 – Participação do segmento de alimentos comerciais no mercado pet- ano de 2007, em bilhões de dólares Segmento 2007(U$$) % Alimento (Pet Food) 3.067.511.609,49 75 Medicamentos Veterinários e Produtos para Higiene, Embelezamento, etc. 272.680.639,20 7 Serviços 546.080.000,00 13 Equipamentos e acessórios 215.622.000,00 5 Total 4.101.894.248,69 100,00 Fonte: Associação Nacional dos Fabricantes de Alimentos Pet (2008) citado por Aquino et al. (2008) 161 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 162 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores E há um grande potencial para crescimento da indústria pet nacional. Isto porque o percentual de animais que consomem alimentos industrializados no país é de apenas 45%. Estes valores são baixos quando comparados a países europeus como Reino Unido (60%) e França (80%). No entanto, a produção brasileira é a segunda do mundo (1,8 milhões de toneladas com um faturamento de U$$ 3,07 bilhões) perdendo apenas para os Estados Unidos (tabela 5). A Região Sudeste é a maior responsável por este resultado, respondendo por 52,64% do mercado, seguida pela Sul (40,42%), Centro-Oeste (4,45%), Nordeste (1,94%) e Norte (0,55%). Tabela 5 – Produção de alimentos comerciais pela indústria brasileira - ano de 1994 a 2007. Anos Toneladas Taxa de crescimento anual toneladas Valor Mercado Consumidor em U$$ 1994 220.000 - 285.200.000,00 1995 380.000 72,73% 469.400.000,00 1996 420.000 10,53% 513.800.000,00 1997 550.000 30,95% 444.266.666,67 1998 750.000 36,36% 890.600.000,00 1999 950.000 26,67% 1.106.000.000,00 2000 1.000.000 5,26% 1.050.000.000,00 2001 1.172.000 17,20% 957.464.000,00 2002 1.234.000 5,29% 927.094.000,00 2003 1.295.000 4,94% 1.200.000.000,00 2004 1.425.878 10,11% 1.466.204.383,91 2005 1.562.000 9,58% 1.886.400.347,52 2006* 1.687.408 8,00% 2.037.312.374,00 2007 1.800.000 4,26% 3.070.000.000,00 Fonte: Associação Nacional dos Fabricantes de Alimentos Pet ANFAL PET (2006); * 2006 - valores estimados 163 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores No entanto, em 2007 o crescimento foi de 4,26%, o que não correspondeu às expectativas iniciais de 8%. Isso poderia ter ocorrido, em parte, pelo aumento no custo das matérias-primas, mas especialmente devido aos altos tributos, um dos grandes desafios da indústria de alimentos para animais de companhia no Brasil. No total, os alimentos para os animais de companhia são taxados com 49,9% de impostos, enquanto que os insumos agropecuários com 15,25%, e a cesta básica, 7%. Isso acontece porque estes são taxados como supérfluos, apesar desta nutrição substituir os alimentos de consumo humano. A reivindicação do setor é enquadrar os alimentos para os animais de companhia com alíquota idêntica àquela determinada ao alimento humano, assim como é feito nos Estados Unidos (onde têm alíquotas idênticas e não superiores a 7,5%) e na Europa (onde a maior taxa é a da Alemanha, que não ultrapassa 18%). No entanto, mesmo frente a essa dificuldade, a estimativa é de que o mercado reaja e cresça pelo menos 5%, o que deve representar um faturamento em torno de US$ 3,22 bilhões para Pet Food no ano de 2008. Nos últimos anos, devido ao crescimento acelerado da indústria de alimentos comerciais para cães e gatos, foi possível verificar a multiplicação de marcas (hoje mais de 600, provenientes de aproximadamente 100 fabricantes). Com melhora na estética das embalagens, comunicações de vários atributos e benefícios de ingredientes como condroprotetores, imunomoduladores, redução do odor de fezes, redutores de tártaro, alta digestibilidade, melhoradores da saúde de pêlos, entre outros. No entanto, a ampla diversidade de alimentos gera no consumidor e mesmo no clínico veterinário, uma dificuldade a mais na hora de escolher qual o melhor alimento para o animal de companhia. Quanto ao teor de umidade, as rações podem ser classificadas em: secas, semi-úmidas ou úmidas. Os alimentos secos ou desidratados possuem entre 6-10% de umidade, ou seja, 90% ou mais de matéria seca. Incluem alimentos completos, além de snacks e biscoitos utilizados como petiscos. São obtidos a partir do processo de extrusão e correspondem à maioria do mercado de alimentos para cães e gatos (cerca de 80%). Os alimentos semi-úmidos contêm entre 15-30% de água, possuem uma textura mais branda do que os alimentos secos e normalmente 164 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores contêm alguns antiumectantes com o objetivo de prolongar o tempo de vida de prateleira. Por sua vez, os alimentos úmidos ou enlatados também podem ser completos ou complementares. Entre os ingredientes comumente utilizados na sua formulação, estão as carnes, subprodutos de peixes, cereais, proteínas vegetais processadas, etc. Possuem uma concentração bastante elevada de gorduras o que lhes confere boa palatabilidade. Por outro lado, a classificação dos alimentos quanto à qualidade é ainda muito subjetiva, sendo a indústria a responsável pela segmentação atual: econômico, standard, premium e superpremium. Contudo, muitas empresas segmentam ainda mais seus produtos, denominando-os como high, plus ou advanced premium. Com o objetivo de uma padronização na segmentação, a ANFAL PET, em 2007, criou o Programa PIQ PET e nele há especificações para os fabricantes de como segmentá-los quanto à qualidade. Uma classificação, proposta por Carciofi (2007), está apresentada no quadro 22. 165 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Quadro 22- Características nutricionais de alimentos comerciais de acordo com a segmentação comercial. Formulação Ingredientes Digestibilidade e Palatabilidade Concentrações Nutricionais Relação entre Nutrientes Super Premium Fixa De elevado valor nutricional, com ingredientes especiais. Benefícios diferenciados aos animais. Alta Visam otimização da saúde. Estrito controle de desbalanços e interações. Premium Normalmente apresentam formulação fixa.Médio a Alto Média a Alta Visam melhor atendimento das necessidades nutricionais. Controla excessos e desbalanços. Standard Variável Dependente de preço e disponibilidade no mercado. Melhores que os econômicos Melhores que os econômicos. Alta Matéria Mineral. Econômic o Variável De baixo Custo Baixa Aproximam-se dos limites mínimos ou máximos permitidos. As proteínas são basicamente de origem vegetal, os teores de fibra e matéria mineral são elevados, enquanto que o Extrato Etéreo é reduzido. Fonte: Carciofi (2007) Dentre os parâmetros propostos para a avaliação da qualidade dos alimentos, estão a digestibilidade dos nutrientes, o conteúdo de energia metabolizável obtido a partir de estudos in vivo, a palatabilidade, a adequação nutricional para a espécie a qual se destina, formulação fixa, qualidade microbiológica, ausência de micotoxinas, presença de alimentos funcionais que tenham comprovação científica dos efeitos benéficos que possam produzir. A digestibilidade é importante porque alimentos com os mesmos níveis de garantia podem ter aproveitamento de nutrientes totalmente distintos, dependendo da qualidade de ingredientes utilizados e do processamento pelo qual a ração passou. A ANFAL-PET (2007) em seu guia nutricional propõe digestibilidade mínima 166 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores da matéria seca e da proteína bruta de 75% e 80% para rações premium e superpremium, destinadas a cães e de 60,65,70 e 75% para alimentos das classes econômica, standard, premium e superpremium destinados a gatos. Já para o extrato etéreo em hidrólise ácida, os valores mínimos de digestibilidade para cães são 85-90% para as rações premium e superpremium e em gatos de 70,75,80 e 85% para alimentos das classes econômica, standard, premium e superpremium. Por fim, a digestibilidade mínima do extrativo não nitrogenado (carboidrato) é de 80 e 85% para cães em alimentos premium e superpremium e de 65,70,80, 85% para alimentos das linhas econômica, standard, premium e superpremium formulados para felinos. A digestibilidade influencia também o volume e a forma das fezes, assim como a freqüência das defecações. À medida que aumenta a capacidade de digestão da dieta, o volume fecal diminui de forma considerável. Alimentos altamente digestíveis produzem fezes sólidas e bem formadas. Alimentos de baixa digestibilidade atravessam o intestino grosso, onde são parcial ou totalmente fermentados pelas bactérias do cólon, produzindo gases e fezes moles (diarréia osmótica). Em relação à concentração de energia metabolizável, pode-se dizer que ela está diretamente relacionada à quantidade de alimento que o animal vai ingerir. Portanto, se for muito reduzida, pode não ser suficiente para atender as exigências energéticas e nutricionais em fases exigentes como o crescimento e a reprodução. Os teores mínimos propostos pela ANFAL são de 3400 kcal/kg para cães e gatos em fase de crescimento e reprodução e de 3100 kcal/kg para cães e 3250 kcal/kg para gatos adultos em manutenção. Por sua vez, a palatabilidade é definida como a somatória dos aspectos sensoriais envolvidos no interesse em ingerir determinado alimento: paladar, cheiro, textura, forma, tamanho, sensação de mastigação e deglutição. A palatabilidade apresenta grande influência sobre o consumo alimentar, podendo sobrepor-se à regulação pela concentração energética. Alimentos com baixa palatabilidade, mesmo que contenham todos os nutrientes, serão rejeitados pelo animal. Por outro lado, um alimento pode ser extremamente palatável, mas não estar balanceado. 167 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Assim, embora a palatabilidade seja um fator importante na avaliação, nunca deve ser utilizada como critério único de análise. A formulação fixa se refere a uma listagem de ingredientes que não deve se alterar, independentemente da época do ano, e permanece constante durante os sucessivos lotes do alimento, assegurando-se que a composição da dieta será a mesma. Esta condição é, segundo a ANFAL, obrigatória para os alimentos da categoria superpremium. Deve-se garantir a qualidade microbiológica do alimento de forma que estes estejam ausentes de fungos e salmonela. Além disso, as rações da categoria superpremium não podem conter mais que 10ppb de aflatoxinas B1 e 5000 ppb de fumonisina B1+B2. Em gatos, devido à maior probabilidade de desenvolverem urólitos por estruvita, o controle do pH da dieta é extremamente importante, com a finalidade de evitar que isso aconteça. Finalizando, os ingredientes funcionais estão sendo amplamente utilizados, especialmente nas dietas pertencentes à categoria superpremium, com o objetivo de promover a saúde animal e aumentar a longevidade. Um alimento funcional é definido como aquele que contém um componente, nutriente ou não, com atividade seletiva relacionada a uma ou várias funções do organismo. Atualmente, nos alimentos para os animais de companhia, podemos citar o uso de prebióticos, de fosfatos (para evitar o acúmulo de cálculo dentário), de Yucca schidigera, de zeolitas, sulfato de condroitina e glucosamina, de ácidos graxos poliinsaturados, antioxidantes naturais (vitaminas C, E, beta caroteno, taurina e polifenóis e flavonóides), L-carnitina e minerais quelatados como estratégias para melhorar a qualidade do alimento. Prebióticos: Gibson e Roberfroid (1995) foram os responsáveis pela introdução do conceito de prebiótico como ingredientes nutricionais não digeríveis que afetam beneficamente o hospedeiro, estimulando seletivamente o crescimento e atividade de uma ou mais bactérias benéficas intestinais, melhorando a saúde do animal. 168 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Para uma substância ser classificada como prebiótico, ela não pode ser hidrolisada ou absorvida na parte superior do trato gastrintestinal, e deve ser um substrato seletivo para um limitado número de bactérias comensais benéficas do cólon, as quais terão crescimento e/ou metabolismo estimulados, sendo capaz de alterar a microflora intestinal favorável e induzir efeitos benéficos intestinais ou sistêmicos ao hospedeiro. Dentre os prebióticos podemos citar os mananoligossacarídeos (MOS), frutoligossacarídeos (FOS), xiloligossacarídeos (XOS), galactooligosacarídeos (GOS), Lactosacarose e a Lactulose. Os frutoligossacarídeos são os mais comumente utilizados com função prebiótica. Embora eles normalmente sejam usados com o intuito de definir todos os oligossacarídeos não digestíveis compostos por unidades de glicose e frutose, eles se referem especificamente aos de cadeia curta, com aproximadamente 3-6 unidades de frutose unidas por ligação beta resistentes às enzimas dos mamíferos. São obtidos a partir da hidrólise da inulina. Assim, os frutanos alcançam o cólon e servem como substrato altamente digestível para bactérias do cólon. As bactérias produtoras de lactato, como os Lactobacillus e Bifidobacterium, são então selecionadas,diminuindo o pH e exercendo os efeitos benéficos sobre a saúde do hospedeiro. Os MOS são derivados das paredes de leveduras, constituindo-se do extrato seco de fermentação do Saccharomyces cerevisiae e apresentam a capacidade de modular o sistema imunológico e a microflora intestinal, ligar-se a uma ampla variedade de micotoxinas e preservar a integridade da superfície de absorção intestinal, ao bloquear a aderência das bactérias às células epiteliais da mucosa do intestino. Além disto, é capaz de induzir a ativação dos macrófagossaturando os receptores de manose das glicoproteínas da superfície celular, que se projetam da superfície da membrana celular dos macrófagos. Uma vez que três ou mais lugares tenham sido saturados, inicia-se uma reação em cadeia que dá origem à ativação dos macrófagos e à liberação de citoquinas, com a instalação de uma resposta imunológica adquirida. Também tem sido relatado que o MOS aumenta a imunoglobulina G e de IgA. Figura 22 – Mananoligossacarídeo (MOS) Os galactoligossacarídeos consistem de unidades de beta 1,6 galactopiranosil ligadas e de uma ligação alfa-glicosídica ao resíduo glicopiranosil terminal e que mostra ser fermentável. Os transgalactoligossacarídeos (TOS) são produzidos pela beta galactosidase do Aspergillus oryzae. A lactulose é uma forma isomérica da lactose, com uma molécula desta unida a uma frutose pela ligação beta 1,4. Os xilo-oligossacarídeos (XOS) são oligômeros de açúcar formados de unidades de xilose, que estão naturalmente presentes em frutas, vegetais, leites e mel. Sua produção industrial é realizada a partir de materiais lignino celulósicos. Matérias primas típicas para a sua produção incluem madeiras duras, bagaços, espiga de milho, entre outros. A lactosucrose é produzida da mistura de lactose e sucrose, a partir da ação de uma enzima, a fructofuranosidase. Os isomalto-oligossacarídeos (IMO) são produzidos a partir do amido que é hidrolisado pela combinação da amilase e pululanase e os malto- oligossacarídeos resultantes sofrem a ação da alfa-glucosidase. A alfa-glucosidase catalisa uma reação de transferência convertendo a ligação alfa 1,4 dos malto- oligossacarídeos para alfa-1,6 dos isomalto-oligossacarídeos. Os comerciais consistem de uma mistura de oligossacarídeos de diferentes massas moleculares. Os oligossacarídeos da soja são derivados da alfa-galactosil sucrose (rafinose, estaquiose). Eles são isolados dos grãos de soja e concentrados para formação dos produtos comerciais.Os gluco-oligossacarídeos são sintetizados pela ação da 169 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 170 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores enzima dextrano-sucrase sobre a sucrose na presença de maltose. Os oligossacarídeos resultantes contêm ligações alfa 1,2 tal como o oligossacarídeo seguinte: glucosil (alfa 1,2), glucosil (alfa 1,6), glucosil (alfa 1,4), glicose. Podem ser produzidos via fermentação do Leuconostoc mesenteroides. Embora existam todas essas substâncias ditas como prebióticos, o autor responsável pelo conceito de prebióticos que avaliou todas elas (com exceção do MOS) diz que somente a lactosucrose, a inulina e o TOS podem ser seguramente classificados como tal, conforme demonstra a tabela 6. Tabela 6- Potencial prebiótico de vários oligossacarídeos Carboidrato Não degradabilidade Fermentação Seletividade Potencial Prebiótico Inulina Sim sim sim sim TOS Provável ? sim sim Lactulose Provável ? sim sim IMO Parcial sim promissora não Lactosucrose sem dados sem dados promissora não XOS sem dados sem dados promissora não Oligossacarídeos da soja sem dados sem dados sem dados não GOS sem dados sem dados sem dados não Fonte: Adaptado de Gibson et al (2004) No entanto, de todos os citados, apenas FOS e MOS são usados em alimentos comerciais para cães e gatos. Fosfatos: Com a evolução da medicina veterinária e, conseqüentemente, de seu segmento odontológico, maior atenção passou a ser dada à saúde bucal dos animais de estimação, uma vez que sua importância sobre o estado geral da saúde foi reconhecida. A relevância dos cuidados odontológicos sustenta-se no fator primário de comprometimento da capacidade de alimentação dos animais, o que concorre diretamente com o ganho de peso, além de predispor o animal a doenças sistêmicas graves. Há estudos mostrando que a média de vida dos animais vem 171 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores aumentando desde as últimas três décadas, em parte, pelo maior cuidado com a saúde bucal. Com etiologia multifatorial, a doença periodontal tem como fator determinante o acúmulo de placa bacteriana sobre os dentes e tecidos adjacentes com posterior calcificação da mesma, formando, então, o cálculo dentário. O acúmulo de placa e cálculo leva ao quadro de gengivite e periodontite, caracterizando a periodontopatia ou doença periodontal. Vários estudos têm sido conduzidos a fim de avaliar a influência nutricional sobre a saúde bucal. Os meios dietéticos citados com maior freqüência para prevenir ou retardar o surgimento da doença periodontal são o conteúdo nutricional, a textura e forma do alimento, exercícios de mastigação e alimentos ou brinquedos tratados com produtos químicos. A estratégia padrão para evitar o acúmulo de cálculo dentário envolve o emprego de raspagem mecânica. Isso foi alcançado, basicamente, alterando-se a textura e o tamanho do grânulo da ração, porém, exerce efeito apenas nos dentes utilizados para mastigar. Uma nova abordagem utiliza a inclusão de fontes minerais nutricionais nos alimentos de maneira que possam proporcionar benefícios em todas as superfícies dentárias. Os fosfatos formam complexos solúveis com o cálcio presente na saliva, ajudando a prevenir a mineralização da placa em cálculo. Dessa forma, agem em toda cavidade bucal, inclusive nas superfícies não envolvidas na mastigação. Yucca schidigera e zeólita: A Yucca schidigera é uma planta extensamente utilizada em nutrição de cães e gatos devido ao seu efeito sobre o metabolismo do nitrogênio, que possibilita a redução no odor das fezes dos animais. Pertence à família Agavaceae e cresce em desertos, mais especificamente na região sudoeste dos Estados Unidos (sudoeste de Nevada e Arizona, além do centro-sul da Califórnia) e no México (deserto da Baixa Califórnia). Eram extensivamente utilizadas pelos índios nativos que a definiam como “árvore da vida” devido às propriedades benéficas que possuem. Eles comiam os frutos frescos e secavam as sobras para se alimentarem durante as épocas de escassez no inverno. Essa planta é rica em vitaminas (A, complexo B, C) e minerais (cálcio, ferro, magnésio, 172 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores manganês, fósforo, selênio e silício), mas o princípio ativo responsável por grande parte de suas ações biológicas é a saponina esteroidal que possui mecanismo de ação semelhante ao dos corticóides. As saponinas estão presentes em vegetais e em alguns animais marinhos e apresentam funções antimicrobianas, hipoglicêmicas, imunogênicas, anticarcinogênicas, entre outras. A descoberta dos efeitos benéficos dessas substâncias é um dos acontecimentos recentes mais importantes da Nutrição Animal e Humana, já que anteriormente acreditava-se que as saponinas eram responsáveis apenas por efeitos maléficos sobre os sistemas biológicos. A redução do consumo, a diminuição da taxa de fertilidade e da digestibilidade das proteínas são algumas das atividades não desejáveis atribuídas às saponinas. A maioria dos produtos comerciais à base de Yucca, são fabricados no México. Geralmente, as plantas são colhidas nas fazendas mexicanas e levadas até às áreas de processamento. Normalmente é aproveitada sendo mecanicamente macerada e seca para a produção do pó ou então, o macerado sofre pressão mecânica para a obtenção do suco. A concentração do suco pela evaporação dá origem ao extrato de Yucca, amplamente utilizado emnutrição animal. Os produtos comumente disponíveis para uso possuem o GRAS (Generally Recognized As Safe) concedido pelo FDA (Food and Drug Administration) americano que garante a seguridade, permitindo também a sua utilização na indústria farmacêutica, alimentícia, de cosméticos e bebidas. Tem sido largamente utilizada na indústria de rações para animais de companhia, especialmente para a redução de odor de fezes devido à sua ação no metabolismo do nitrogênio. Diversos mecanismos foram propostos com destaque para o seu potente efeito inibidor sobre urease in vitro, inibição da urease gastrointestinal in vivo, a ligação direta com a amônia, o estímulo do crescimento da microflora e a inibição de microorganismos selecionados. Quanto à redução no odor das fezes, Lowe et al. (1997) observaram a diminuição de diversas substâncias como aminas, sulfitos, ácidos graxos, ésteres, aldeídos e cetonas quando a Yucca schidgera foi oferecida a cães da raça Beagle. Essas substâncias são importantes, pois estão envolvidas com a caracterização e a intensidade do odor das fezes. Adicionalmente, Giffard et al.(2001) ao avaliarem o efeito de três fontes sobre a redução da ocorrência e do odor de flatus, observaram que a suplementação com extrato da planta reduziu em 38% o mau cheiro, especialmente devido à diminuição da produção ou da disponibilidade de sulfeto de hidrogênio no intestino grosso. Já a zeólita, é um produto composto por alumínio silicato hidratado que possui uma estrutura cristalina e uma alta capacidade de intercâmbio catiônico, aumentando a densidade do bolo alimentar, diminuindo a velocidade de trânsito do alimento através do aparelho digestivo, refletindo em uma melhor digestão e absorção de nutrientes. Além disso, esta capacidade de troca iônica reduz o efeito tóxico de altas concentrações de amônio, capta o amoníaco, dióxido de carbono, ácido sulfídrico e água presente em excesso nos processos digestivos. Também estaria associado à adsorção de uma gama de micotoxinas e à redução de odores dos dejetos. Além de retenção de 65% de aflatoxinas (B1, B2, G1 e G2), estaria associada à redução de diarréia e apoio ao metabolismo energético. A estrutura da zeólita está demonstrada na figura 23. Figura 23- Estrutura da zeólita. Fonte: Luz et. al. (1995) apud Maia e Assis (2008) 173 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 174 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Sulfato de condroitina e glucosamina: A condroitina consiste num mucopolissacarídeo, que atualmente é denominado como glicosaminoglicanas, que corresponde a um grupo que possui estrutura polissacarídica rica em aminoaçúcares e ácido urônico. As condroitinas 4 e 6-sulfato estão presentes no tecido cartilaginoso de várias espécies e passaram a despertar interesse em biologia e medicina, passaram a ser hidrolisadas e a fornecer monômeros para a síntese dos demais polissacarídeos, todos de grande importância para os tecidos de sustentação, nas doenças articulares e no tecido ósseo. Já a glicosamina é um açúcar, um aminomonossacarídeo sulfatado, constituinte das unidades dissacarídicas presentes nos proteoglicanos das cartilagens articulares. Ela pode alterar o metabolismo dos condrócitos e por esse motivo tem sido amplamente utilizada no tratamento de osteoartrites. Como o peso corporal das raças grandes e gigantes é elevado e há muita pressão mecânica exercida sobre tendões, ossos e articulações, as doenças ósteo-articulares são freqüentes. Segundo a raça e a idade do cão, a partir dos 7 anos de idade, quase 40% dos cães de porte gigante apresentam doenças ósteo- articulares. A incorporação desses aditivos visa estimular a regeneração da cartilagem articular, diminuir a velocidade de degeneração da cartilagem e, portanto, prevenir ou diminuir a incidência de doenças ósteo-articulares. As fontes de minerais quelatados têm sido utilizadas por sua maior absorção, favorecimento de alguns processos metabólicos, alta estabilidade e disponibilidade, ausência de interações com outros macros ou microminerais da dieta, bem como com outros nutrientes, como fibras e lipídeos. A β-oxidação de ácidos graxos necessita que eles sejam transportados do citossol para o interior da mitocôndria. A carnitina desempenha um papel como carreador no transporte, pela aceitação de ácidos graxos ativados no lado mais externo da membrana da mitocôndria. Quantidades adequadas de carnitina são sintetizadas a partir da peptidilisina, que é metilada a trimetilisina, aceitando uma hidroxilação ácido ascórbico-dependente, com posterior clivagem a partir dos peptídeos. Algumas raças de cães têm um defeito autossômico recessivo na síntese de carnitina, que leva à deficiência. Estes cães apresentam lipofuscinose serosa (acúmulo de lipofuscina, um pigmento característico de alteração na atividade de 175 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores lisossomos) e cardiomiopatia dilatada. A suplementação com carnitina em alguns casos leva à redução nos sinais clínicos da doença. Por sua ação no metabolismo de lipídeos tem sido amplamente utilizada em dietas light. A utilização de antioxidantes naturais tem como objetivo proteger contra a peroxidação lipídica e prevenir a oxidação em tecidos animais, aumentando a longevidade dos animais de companhia. Além das já conhecidas ações de beta caroteno, vitaminas C e E, atualmente descobriu-se o potencial antioxidante dos polifenóis (substâncias presentes em diversos alimentos de origem vegetal, como maçã, uva, cebola, repolho, brócolis, chicória e alho, mas geralmente extraídos da uva e do chá mate-verde). Sua ação como captador de radicais livres e quelante de ferro é cerca de 20-50 vezes superior a da vitamina E. São utilizados em alguns alimentos comerciais para cães e gatos. As vantagens da utilização de alimentos comerciais incluem: custo variável, de acordo com a classificação do produto, estar pronto para o consumo, dispensando maiores preparos, produzir fezes mais consistentes e em menor volume, prevenção de placas bacterianas com uso de alimentos secos, fórmulas diferenciadas para cada fase de vida do animal, fórmulas balanceadas. Dentre as desvantagens podemos citar: difícil aceitação por alguns animais acostumados com dietas caseiras ou com apetite melindroso, diarréias quando a mudança de alimentação é brusca. Perda de nutrientes dependendo do tempo de conservação, rações que trabalham com eventuais substitutivos podem apresentar digestibilidades diferentes de partida para partida, apresentação de aditivos não nutrientes como corantes, conservantes e antioxidantes sintéticos, ainda pouco estudados. Ingredientes utilizados na formulação de rações comerciais Dentre as fontes protéicas de origem vegetal normalmente utilizadas em alimentos comerciais, estão os produtos originários da soja e do milho. Em relação à soja, durante muito tempo e até hoje há preconceito quanto à utilização dela e de seus subprodutos na formulação de dietas comerciais para cães. Essa postura muitas vezes é oriunda da falta de conhecimento e de 176 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores informação sobre as principais características nutricionais do ingrediente para a espécie e os fatores nutricionais são apontados como a principal causa de não utilização. A soja integral possui alguns fatores antinutricionais, como inibidores de proteases (que podem levar à hiperplasia pancreática,devido à secreção enzimática compensatória que o pâncreas realiza no sentido de suprir a falta de tripsina e quimotripsina; diminuir a digestibilidade protéica e causar uma deficiência maior de aminoácidos sulfurados, já que estes são a base da estrutura das proteases do suco pancreático), hemaglutina (como a lectina, que causa ruptura das células do epitélio intestinal, levando à diminuição da altura de vilosidades e reduzindo a absorção), lipoxigenases (que causam peroxidação de ácidos graxos, formando radicais livres de oxigênio), ácido fítico (que indisponibiliza minerais, como o cálcio e o fósforo) e polissacarídeos não amiláceos (como os alfa-galactosídeos rafinose e estaquiose que podem levar à flatulência, diarréia, problemas estomacais e diminuição da digestibilidade dos nutrientes). No entanto, o processamento térmico utilizado na fabricação de subprodutos (como a soja extrusada, a soja micronizada e o farelo de soja) e para a fabricação dos alimentos comerciais para cães e gatos (extrusão ou autoclavagem) seriam suficientes para a inativação de todos esses fatores. Em um experimento realizado por Sá-Fortes, com fontes protéicas, verificou-se que a digestibilidade da matéria seca e até da proteína bruta de fontes de soja como farelo de soja (74% de coeficiente de digestibilidade da matéria seca-CDMS- e 84% de digestibilidade da proteína bruta-CDPB) e soja micronizada (88% de CDMS e 89% de CDPB) podem ser maiores do que ingredientes protéicos de origem animal como farinha de vísceras de frango.Outra fonte protéica de origem vegetal é o farelo de glúten de milho 60. É obtido após a remoção de parte do amido, gérmen e porções fibrosas, pelo método de processamento úmido. Caracteriza-se por alta concentração protéica, mas é deficiente em triptofano, lisina e arginina. Quanto aos ingredientes protéicos de origem animal podem ser citados a carne, frango, ovos, peixe e seus subprodutos. Normalmente são de composição variada e a qualidade está relacionada com a origem das matérias-primas e do processamento utilizado. A qualidade da matéria-prima pode ser avaliada a partir de algumas análises, tais como composição bromatológica, presença de salmonela, peroxidação de gorduras, presença de poliaminas, identificação de príons causadores de encefalopatias, etc. Dentre as farinhas utilizadas encontram-se a de carne e ossos, a de peixe, a de penas e penas hidrolisadas, a de vísceras e a de carne de frango. A farinha de carne e ossos é produzida em graxarias e frigoríficos a partir de ossos e tecidos animais, após a desossa completa da carcaça de bovinos e suínos. Seu teor de proteína varia de 35-55% e a recomendação da relação cálcio: fósforo, máxima, é de 2,15:1. Por exemplo, para se acrescentar 10% de proteína à dieta por meio da farinha de carne e ossos, adiciona-se em torno de 2,5% de Ca. Em relação à farinha de peixe (figura 24), existem dois tipos: a integral e a residual. A residual é obtida a partir de resíduos de partes não comestíveis. No Brasil, é produzida a partir da inclusão de peixes inteiros ou cortes rejeitados para o consumo humano. Sua proteína varia de 52-55%. No mercado ainda existe a farinha de peixes importada do Peru ou Chile, que são produtos integrais produzidos especificamente para a produção animal com proteína em torno de 62%. A farinha de penas tem baixa digestibilidade e baixo valor biológico. Figura 24 – Farinha de peixe Na tabela 7, estão demonstrados os coeficientes de digestibilidade de algumas fontes protéicas, segundo estudos realizados por Sá-Fortes (2005). 177 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Tabela 7- Coeficientes de digestibilidade aparente da matéria seca (CDMS), da proteína (CDPB), extrato etéreo ácido (CDEEA) e de metabolização da energia bruta (CMEB) de ingredientes protéicos para cães1 Ingredientes CDMS CDPB CDEEA CMEB Glúten de milho 60 90,5a 92,1a 67,7d 80,6b Farelo de soja 74,3b 83,9b 70,1d 72,8c Soja Micronizada* 87,9a 88,7a 95,1a 95,7a Farinha de carne e ossos 57,0d 80,1b 94,0a 77,7b Farinha de penas hidrolizadas 64,9c 60,9c 79,6c 49,5e Farinha de peixes 55,9d 80,4b 82,0c 72,8c Farinha de vísceras de frango 69,0c 81,7b 89,6b 69,6d 1- Valores expressos em % da matéria seca; Médias nas colunas seguidas de letras diferentes diferem no teste de Student Newman Kewls (5%). * Micronização é o processamento da soja que utiliza raios infravermelhos que provocam uma agitação de partículas dentro do próprio grão, com posterior laminação e moagem. Pelos resultados observados acima se verifica que o glúten de milho e a soja micronizada tiveram melhor digestibilidade da matéria seca e da proteína bruta, mas o glúten apresentou o pior desempenho quanto à digestibilidade da gordura. No geral, a soja micronizada foi o ingrediente que teve melhor aproveitamento pelo animal com relação à digestibilidade de nutrientes. É importante considerar que nem sempre as fontes protéicas de origem animal são as que levam ao melhor desempenho de cães e gatos. Fontes vegetais podem ser bem utilizadas, desde que adequadamente processadas e que sejam de boa qualidade. Em relação aos ingredientes energéticos, os principais são o arroz e o milho. No entanto, em algumas situações como formulação de dietas para cães e gatos obesos ou com diabetes melittus, o sorgo e a lentilha podem ser boas alternativas devido ao índice glicêmico mais baixo. Além disso, os óleos e gorduras são fontes de energia no alimento. 178 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 179 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores O farelo integral de arroz consiste do pericarpo e/ou película que cobre o grão (Oryza sativa), estando presentes gérmen e pequena quantidade de fragmentos de cascas, provenientes exclusivamente do processo normal de obtenção. Poderão ainda estar presentes, em pequena participação, quirera ou arroz quebrado e, em certos casos, onde o polimento é mais acentuado, o próprio grão de arroz finamente moído. É resultante do polimento durante o beneficiamento do grão de arroz sem casca. O farelo de arroz representa aproximadamente 12% do grão de arroz com casca, porém pode variar de 5 até 14%, esse rendimento, sendo variável conforme o tipo de processamento a que o grão é submetido e às características intrínsecas do grão tais como variedade e tratos culturais. Possui aproximadamente 74% dos ácidos graxos insaturados, sendo facilmente peroxidados, o que faz com que o farelo de arroz não possa ser armazenado por longos períodos O processo de rancificação pode ser evitado pela desengorduração. Possuem 13% de PB, 10 a 15% de gordura e 12% de FB; tem como inconveniente elevado teor de gordura (mais ou menos 13 %), sendo facilmente peroxidável. A peroxidação desta gordura leva a distúrbios intestinais, além de provocar a destruição da vitamina E, da vitamina A, biotina, metionina, etc. Em dietas para cães é recomendável que a utilização não ultrapasse 10 da ração (farelos com baixo teor de casca). O sorgo possui em média 90 a 95% do valor nutritivo do milho quando utilizado na alimentação de aves e suínos,. Possui menor percentagem de óleo e o teor de proteína bruta é 1 a 2% superior ao do Milho. O revestimento externo do grão é fibroso e isto, juntamente com a camada de aleurona, dificulta o cozimento. A digestão de seu amido ocorre de forma mais lenta que a do amido do milho, o que levou algumas empresas a pesquisar e patentear a utilização destas fontes em rações para cães. A digestão lenta dos carboidratos,tanto do sorgo quanto da cevada, resultaria em moderados níveis de glicose após as refeições. Estes níveis moderados de glicose poderiam ser interessantes em algumas condições especiais, como no controle da diabetes ou em dietas para o controle da obesidade, onde níveis moderados e persistentes de glicose ajudariam a inibir o consumo e controlar 180 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores a fome destes animais. O milho (Zea mays) é um dos cereais mais importantes produzidos no mundo. Sua composição varia bastante, mas na média apresenta 8,5% de proteína, 1 a 1,5% de matéria mineral, 3,2 a 3,8% de extrato etéreo (gordura), de 1,9 a 2,5% de fibra bruta e 3933 de energia bruta. Apresenta 62% de amido, sendo 27% amilose e 73% de amilopectina, o que confere a esse ingrediente alto valor energético de forma altamente digestível. A ervilha forrageira (Pisum sativum) é uma leguminosa não oleaginosa que apresenta níveis de proteína bruta ao redor de 20%, além de apresentar baixos níveis de fatores antinutricionais comparada à soja. A atividade antitripsina é de 13% do valor encontrado na soja. As variedades de ervilha mais utilizadas na alimentação de animais não-ruminantes pertencem à subespécie hortense, possuindo flores brancas que produzem grãos redondos, livres de tanino, com alto teor de amido e baixa gordura e fibra. Dentro da subespécie hortense, existem muitas variedades que apresentam variações nas suas características nutricionais, com níveis protéicos na matéria seca, entre 18 e 28% e nos teores e tipo de amido, apresentando alta digestibilidade da proteína e energia. Contudo, as cultivares da subespécie arvense, de flores coloridas, possuem tanino em concentrações capazes de reduzir a sua digestibilidade. A digestibilidade da proteína bruta de cultivares de flores brancas apresenta valores em torno de 90%, enquanto que para as de flores coloridas os valores médios são de 70%. Processamento dos alimentos comerciais O processamento para a produção de alimentos secos (figura 25) para cães e gatos é a extrusão. O fluxograma de produção inclui a recepção da amostra, a sua armazenagem, a moagem, dosagem e mistura, secagem, engorduramento, resfriamento e ensaque. Figura 25 – Ração seca Na recepção das matérias-primas, devem-se fazer testes para averiguar a qualidade dos ingredientes e decidir pelo seu aceite ou rejeição. Retiram-se amostras para realização de testes qualitativos rápidos. Cuidados com a amostragem são fundamentais, devendo-se realizá-la em vários pontos da carga do caminhão, com o objetivo de conseguir uma amostra representativa. Metodologias como a do NIRS (Near infrared spectroscopy), que com base em uma calibração prévia, auxiliam na determinação do conteúdo de nutrientes de uma amostra, sem deteriorá-la, têm sido utilizadas pelas indústrias de alimentos comerciais para analisar a matéria-prima que recebem de fornecedores. Posteriormente, essas amostras serão armazenadas até irem para os silos, onde serão utilizadas. Deve-se garantir que nesta etapa o controle de umidade/temperatura, o controle de pragas e fungos, qualidade das sacarias, estabilidade das pilhas de sacarias, controle do tempo de armazenamento e do sistema FIFO (first in, first out), ou seja, o primeiro produto que entra na área de armazenamento deverá ser necessariamente o primeiro a ser utilizado na área de produção. Na moagem, é importante que as partículas sejam reduzidas a ponto de garantirem uma extrusão adequada, com gelatinização eficiente do amido. Para que isso ocorra sugere-se que a granulometria seja inferior a 600 micras e há ingredientes que precisam de remoagem, ou seja, duas moagens para atingir o diâmetro ideal de partículas. 181 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 182 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Posteriormente, os ingredientes devem ser pesados de acordo com a formulação e misturados, havendo mecanismos adequados nos silos de dosagem (para que não aconteçam quedas da uniformidade do produto), dimensões corretas de elementos dosadores (roscas ou válvulas), faixas de precisão e aferição periódica e misturador adequado. O alimento então é submetido à extrusão. O verbo extrusar, deriva do latim ex (fora) e trudere (forçar) e significa forçar através de um orifício pequeno. À medida que o alimento se move através da extrusora, sofre a ação de alta temperatura (até 90-150 ºC) e pressão (que varia de 30-60 atm) por pouco tempo (15-20segundos), posteriormente causando uma queda brusca de ambos que leva a uma pressão negativa e a expansão da matéria (Harper, 1979). Esse processo leva à alteração das características nutricionais do alimento, melhorando a digestibilidade, textura, palatabilidade e valor nutritivo destes; o amido sofre a perda de estrutura cristalina e a gelatinização, com conseqüente melhora de digestibilidade; a ruptura da parede celular pode facilitar o acesso de enzimas digestivas a conteúdos anteriormente inacessíveis, o que pode incrementar a digestibilidade da proteína, mas alguma porção de aminoácido pode sofrer reação de Maillard (reação do grupamento amina de aminoácido lisina com açúcares redutores, como glicose, frutose) indisponibilizando parte dele e as fibras sofrem alteração em sua solubilidade, podendo tornar-se mais solúveis. No entanto, há perda de vitaminas, e deve-se ajustar a fórmula para compensar essas perdas. Após a extrusão ocorre a secagem que tem como função reduzir o teor de umidade do alimento que sai da extrusora com 20% de água aproximadamente. O objetivo é fazer com que a umidade seja reduzida a menos que 10%; o engorduramento (banho de óleo que aumenta a palatabilidade do produto e onde alguns aditivos são incorporados ao alimento); e o resfriamento que objetiva a redução na temperatura para evitar a condensação de alimento na parede dos silos. Após todos estes procedimentos o ensaque é realizado em embalagens adequadas. Na figura 26, está demonstrado o fluxograma de produção de alimento comercial seco para animais de companhia. Figura 26- Fluxograma do processo de produção de alimentos para cães e gatos. Fonte: Oliveira e Oliveira (2007). O processamento de alimento úmido (figura 27) é feito de maneira totalmente distinta. São preparados cozinhando e misturando todos os ingredientes úmidos conjuntamente: enlata-se e cozinha-se a mistura, ela-se e esteriliza-se a lata. A sua preparação passa por duas etapas. Para começar, se injeta vapor durante a mistura da fórmula, seguindo-se uma fase de cozimento sobre pressão. A temperatura e duração desta fase variam segundo o produto e o tamanho da lata, mas normalmente as latas são submetidas a 250ºC durante sessenta minutos, aproximadamente. 183 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Figura 27- Ração úmida No ponto de vista do processamento, existem três tipos de alimentos: em pasta, em pedaços ou pedaços com molho e também uma combinação de pasta feita à base de pedaços. Segundo os ingredientes utilizados, estes produtos apresentam grande variação no seu conteúdo de nutrientes, no seu grau de digestibilidade e de disponibilidade. No entanto, geralmente, os alimentos enlatados são palatáveis, têm grande digestibilidade e contêm uma proporção maior de matéria seca gordurosa e protéica. A temperatura e pressão elevadas eliminam bactérias nocivase originam algumas perdas de nutrientes. Deve-se ajustar a fórmula para compensá-las. Dietas caseiras para cães e gatos Antes de falarmos sobre dieta caseira é fundamental considerar que seu conceito é totalmente distinto de resto de comida. Neste caso, estamos nos referindo a formulações balanceadas, que têm como objetivo atender as necessidades nutricionais destes animais. Elas podem ser utilizadas em diversos tipos de casos como por exemplo, alergias nutricionais, obesidade, síndrome da má absorção, oncologia, problemas renais, ou mesmo quando o animal é saudável mas seu proprietário quer uma alimentação personalizada e diversificada. Assim, é importante lembrar que estas dietas devem ser elaboradas de maneira balanceada, respeitando-se os requisitos dos animais e os objetivos a que elas se destinam. 184 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 185 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores As dietas caseiras apresentam vantagens e desvantagens quando comparadas aos alimentos comerciais: palatabilidade e aceitabilidade elevadas, maior variedade, ingredientes frescos e de alta qualidade, são melhores aceitas por cães de apetite melindroso, podem ser preparadas visando objetivos específicos, como dietas hipoalergênicas (baseadas em testes de sensibilidade alérgica e eliminando todos os alimentos alergênicos). Dentre as principais desvantagens estão o custo elevado, quando comparado às rações comerciais padrão, entretanto se assemelham ao custo dos alimentos comerciais premium e superpremium; maior tempo gasto com o preparo; grandes variações dos teores vitamínicos, protéicos, minerais e das gorduras, quando utilizadas fórmulas padrão ou resto de comidas para humanos; as fórmulas aleatórias apresentam digestibilidade incerta, normalmente utilizam-se conceitos de palatabilidade humana; as fezes são menos consistentes e em grande volume; a consistência pastosa da comida favorece o acúmulo de resíduos nos sulcos dentários e gengivas, resultando em placas bacterianas (tártaro); por serem mais apetecíveis podem levar a um super consumo, causando a obesidade, tempo de conservação curto. O alimento pode ser conservado sob refrigeração no máximo por 1 - 2 dias. Se conservado congelado (2 meses) exige grandes espaços, principalmente dietas elaboradas para cães de raças grandes. Em nutrição animal, deve ser aplicado o princípio da toxicologia: tudo é tóxico, até mesmo água ou oxigênio, depende apenas da dose e via de administração. Assim, podemos lançar mão de uma série de ingredientes na elaboração das dietas caseiras, mas é preciso atentar para os seus limites de inclusão. Além disso, devem-se conhecer os fatores antinutricionais que limitam o uso de alguns, como cebola, espinafre, chocolate, etc. Nas tabelas 8, 9 e 10 estão demonstradas as composições de alguns ingredientes pertencentes aos principais grupos. 186 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Tabela 8 - Porcentagem de nutrientes em frutas* Matéria Seca U % MS % EM 1 Kcal EM1 Kcal/g B% Cz% FDN % EE% Ca% P% Vit A 2 IU/kg Vit E mg/kg Maça 84,8 15,2 58 3,68 1,2 1,6 12,7 2,2 0,05 0,04 5636 54,6 Banana 74,0 26,0 92 3,54 4,0 3,1 6,6 0,7 0,02 0,08 7485 10,5 Uva 81,1 18,9 68 3,60 3,6 2,5 - 1,5 0,10 0,11 7937 - Goiaba 86,1 13,9 50 3,60 5,9 4,3 - 5,9 0,14 0,18 20160 - Manga 81,6 78,4 65 3,55 2,8 2,7 5,9 1,5 0,06 0,06 261500 65,3 Laranja 85,7 13,3 47 3,36 7,2 3,4 20,1 0,9 0,31 0,11 - 18,5 Mamão 87,9 12,1 40 3,31 4,3 4,5 - 0,7 0,17 0,14 144600 - Pêssego 87,7 12,3 43 3,46 5,7 3,7 5,0 0,8 0,05 0,10 108100 - Pêra 84,3 15,7 61 3,89 3,0 2,1 15,5 1,9 0,06 0,10 1274 27,4 Abacaxi 86,5 13,5 49 3,63 8,9 2,1 11,4 3,2 0,05 0,05 5185 7,4 Melancia 91,5 8,5 32 3,77 7,3 3,1 2,4 5,1 0,09 0,11 69410 - (-) Falta de dados confiáveis 1 Valores de EM para humanos 2 Vit A = atividade da Vitamina A calculada a partir da composição de carotenóides U = umidade; EM=Energia Metabolizável; MS= matéria seca; PB = proteína bruta; FDN + :Fibra Detergente Neutra, EE = extrato etéreo; Ca + cálcio e P = fósforo. Fonte: Software Animal Nutritionist apud Dierenfeld et al. (1996) apud Saad et al. (2004). Tabela 9 - Porcentagem de nutrientes em vegetais talo/polpa e raízes /tubérculos* Matéria Seca U% MS % EM 1 Kcal EM1 Kcal/g B% Cz% FDN % EE% Ca % P% Vit A 2 IU/kg Vit E mg/kg Talos e polpas Couve flor 92,3 7,7 24 3,12 25,8 8,6 16,0 2,3 0,38 0,60 30 3,9 Aipo 94,7 5,3 16 3,01 12,5 16,8 17,0 2,3 0,70 0,49 45280 67,9 Acelga 78,8 21,2 81 3,81 25,5 4,1 16,0 1,9 0,12 0,51 70 6,1 Berinjela 91,6 8,4 27 3,21 16,6 8,1 13,1 3,1 0,61 0,50 4760 0,3 Pimentão verde 96,0 4,0 13 3,25 13,6 9,5 12,6 3,3 0,35 0,43 20830 37,7 Pimentão vermelho 94,0 6,0 15 2,50 15,0 - 15,0 6,7 0,15 0,42 3667 133,3 187 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Tomate 94,2 5,8 14 2,41 16,4 10,5 31,6 3,6 0,24 0,45 155200 146,6 Raízes/tub. Beterraba 87,3 12,7 44 3,47 11,7 8,4 11,8 1,1 0,13 0,38 1580 0,8 Cenoura 88,0 12,0 43 3,58 10,0 8,3 8,3 8,3 0,42 0,33 550000 58,3 Batata 77,0 23,0 80 3,48 9,6 4,8 2,4 0,4 0,04 0,26 - 173,9 Rabanete 94,8 5,2 17 3,27 19,2 15,4 14,3 1,9 0,58 0,60 1920 - Batata doce 69,6 30,4 125 4,11 5,8 2,7 13,5 0,7 0,06 0,18 8800 131,6 Mandioca 68,5 31,5 120 3,81 9,8 3,4 - 1,2 0,29 0,22 320 - Folhas Repolho 96,5 7,5 3 3,16 16,2 9,6 14,7 2,4 0,62 0,31 146900 223,5 Alface 94,9 5,1 3 3,14 25,5 15,0 17,0 3,9 0,71 0,88 372500 58,8 Espinafre 91,6 8,4 3 2,62 30,0 15,0 21,0 3,6 1,50 0,66 785700 297,6 Brotos de alfafa 70,0 30,0 2 1,87 6,7 - - - 0,48 0,21 - - (-) Falta de dados confiáveis 1 Valores de EM para humanos 2 Vit A = atividade da Vitamina A calculada a partir da composição de carotenóides U = umidade; EM=Energia Metabolizável; MS= matéria seca; PB = proteína bruta; FDN + :Fibra Detergente Neutra, EE = extrato etéreo; Ca + cálcio e P = fósforo. Fonte: Software Animal Nutritionist apud Dierenfeld et al. (1996) apud Saad et al. (2004). Tabela 10- Porcentagem de nutrientes em produtos de origem animal Matéria Seca U% MS % EM 1 Kcal EM1 Kcal/g PB% Cz% FD N% EE % Ca% P% Vit A 2 IU/kg Vit E mg/kg Carne bovina 75,0 25,0 130 5,00 70,0 3,5 2,0 0,05 1,09 2000 25,0 Coração bovino 75,6 26,4 135 5,11 68,6 3,2 5,3 0,03 0,71 1136 - Pulmão bovino 79,0 21,0 100 4,76 79,1 3,8 6,7 0,05 0,71 3333 14,3 Rins bovino 77,7 22,3 113 5,07 75,3 5,4 7,9 0,06 0,98 31390 29,2 Fígado bovino 73,6 26,4 130 4,92 75,8 4,4 7,1 0,04 10,3 778400 37,9 Frango (completo) 73,3 26,7 140 5,23 47,4 - 9,8 1,75 - 23700 30,4 Ovos com casca 67,0 33,0 142 4,30 33,03 4,5 0,3 13,80 1,8 14200 33,3 188 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Ovos sem casca 74,8 25,2 147 5,83 48,8 0 3,3 0,22 0,80 20500 63,5 Peixe alta gordura (sardinha) 71-73 27-29 119- 174 4,4-6,0 46-69 6,2- 10 0-46 1,0- 2,0 1,4- 2,0 1650- 2160 67-129 Peixe baixa gordura (pescado) 75-80 20-25 86- 115 4,3-4,6 68-70 8,5- 10,5 8-20 1,3- 2,9 2- 2,5 2100- 3300 94-200 Carne de cavalo 70,7 29,3 145 4,95 64,5 3,3 3,0 0,07 1,06 2048 23,9 (-) Falta de dados confiáveis 1 Valores de EM para humanos U = umidade; EM=Energia Metabolizável; MS= matéria seca; PB = proteína bruta; FDN + :Fibra Detergente Neutra, EE = extrato etéreo;Ca + cálcio e P = fósforo. st apud Dierenfeld et al. (1996) apud Saad et al. (2004). A formulação de dietas caseiras exige a participação de um nutricionista para a obtenção de fórmulas que sejam balanceadas e adequadas aos animais. Normalmente, a suplementação vitamínica e mineral faz-se necessária e as proporções adequadas devem ser definidas pelo profissional. Em relação aos alimentos utilizados em nutrição de cães e gatos pode-se dizer que tanto as dietas caseiras quanto as comerciais têm vantagens e desvantagens. A escolha de qual a melhor opção depende do animal e também do proprietário. Questões como aceitabilidade por parte do cão ou gato e disponibilidade do proprietário são alguns dos fatores que precisamos considerar ao fazermos a escolha. O conceito de que a ração é a única opção para cães e gatos foi muito difundida com o crescimento da indústria de alimentos para animais de companhia, mas não corresponde à realidade. Em algumas situações, como nas hipersensibilidades alimentares ou apetite caprichoso, a dieta caseira pode ser a melhor opção. Mas, ela exige tempo e dedicação por parte do proprietário que necessitará cozinhar para o seu animal de companhia, já que as dietas caseiras são formuladas exclusivamente para ele. Com este módulo, concluímos o estudo dos princípios básicos de nutrição e alimentação de cães e gatos, tendo estudado as exigências desses animais e os principais alimentos destinados a eles. Este curso é a base para o entendimento de 189 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores como a nutrição pode afetar diretamente a saúde dos animais e como podemos usá- la para evitar doenças, bem como no tratamento de suporte de patologias crônicas. A mensagem mais importante é que a nutrição deve funcionar como medida de saúde preventiva, ou seja, assim como nós, os animais são aquilo que comem e uma nutrição adequada, desde as fases iniciais, pode evitar o retardar o aparecimento de doenças. Bem como garantir maior longevidade e qualidade de vida aos cães e gatos. ----------------FIM DO MÓDULO IV--------------- 190 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores BIBLIOGRAFIA CONSULTADA AAFCO - Association of American Feed Control Officials Incorporated – AFFCO- Official Publication, 2007. AQUINO, A.A; BENITEZ, B.C; FRANÇA, J; FELICIANO, M.A.R. Normas nutricionais da Association of American Feed Control Officials (AAFCO) para cães e gatos. In: III Simpósio de Nutrição e Alimentação de Cães e Gatos- “Padrões Nutricionais e de Qualidade”, Lavras: UFLA, NENAC, PET/Zootecnia, 2007. p. 107- 130. AQUINO, A.A; SAAD, F.M.O.B; ALVES, M.P; SANTOS, J.P.F. Ensino, Pesquisa e Mercado de Nutrição Pet no Brasil – Atualidades e Perspectivas. In: I Simpósio de Nutrição, Reprodução e Bem Estar Animal. São Paulo: Editora dos Editores. Anais... São Paulo, 2008. ASPUND, R.O. Urease inhibition by extracts and extract fractions from species of the plants genus Yucca. Journal of Animal Science, v. 69, p. 113, 1991. Supplement. ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS FABRICANTES DE ALIMENTOS PET. Dados do mercado. Disponível em www.anfalpet.org.br. Acesso em: 21/04/2008. BRANDT, K.G; SAMPAIO, M.M.S.C; MIUKI, C.J. Importância da microflora intestinal. Pediatria. v.28, p.117-127, 2006. BRASIL. Ministério da Agricultura do Abastecimento e da Reforma agrária. Gabinete do ministro. Estabelece os procedimentos e responsabilidades relativos ao controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade. Portaria nº 1469 de 29/12/2000, 2000. 191 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores BERTECHINI, A.G. Nutrição de Monogástricos. 1. ed. Lavras: Editora UFLA, 1998. 273 p. BOARI, C.A. Formação de biofilme em aço inoxidável por Aeromonas hydrophila e Staphylococcus aureus sob diferentes condições de cultivo. Tese (Doutorado). Universidade Federal de Lavras. Lavras, 80 p. 2008. BORGES, F.M.O.; SALGARELLO, R.M.; GURIAN, T.M. Recentes avanços na nutrição de cães e gatos. IN: III Simpósio sobre nutrição de animais de estimação. CBNA: Campinas, 2003. p. 21-60 BRANDI, R.A. Nutrição de cães atletas e em serviço. In: II Simpósio de Nutrição e Alimentação de Cães e Gatos, Lavras, 2005. Anais...p. 203-226. BRONNER, F. Calcium absorption- a paradigm for mineral absorption. Journal of Nutrition. v. 128, p. 917-920, 1998. BRONNER, F; PANSU, D. Nutritional aspects of calcium absorption. Journal of Nutrition. v. 129, p.9-12, 1999. CARCIOFI, A.C; OLIVEIRA, L.D; VASCONSELLOS, R.S. Apostila do curso III curso teórico-prático sobre nutrição de cães e gatos- uma visão industrial. FUNEP: Jaboticabal, 2006. 50 p. CARCIOFI, A.C. Classificação e avaliação de alimentos comerciais para cães e gatos. In: III Simpósio de Nutrição e Alimentação de Cães e Gatos- “Padrões Nutricionais e de Qualidade”, Lavras: UFLA, NENAC, PET/Zootecnia, 2007. p. 133-148. CARCIOFI, A.C; VASCONCELLOS, R.S; BORGES, N.C; MORO, J.V; PRADA, F.P; FRAGA, V.O. Composição nutricional e avaliação de rótulo de rações secas 192 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores para cães comercializadas em Jaboticabal-SP. Arquivo Brasileiro de Medicina. Veterinária e Zootecnia. v.58, n.3, p.421-426, 2006. CASE, L.P; CAREY, D.P; HIRAKAWA, D.A. Nutrição canina e feline-Manual para profissionais. 2ª edição. Lisboa: Harcourt Brace, 1998. 424 p. CHUN LI, Y; BOLT, M.J.G; CAO, L.P; SINTRIN, M.D. Effects of vitamin D receptor inativation on the expression of calbindins and calcium metabolism. American Journal of Phisiology. v. 281, p. E558-E564, 2001. COLNAGO, G.L. Perfil nutricional de alimentos para filhotes de cães de raças grandes e gigantes: o que muda? In: VII simpósio sobre nutrição de animais de companhia. Anais... Campinas:CBNA, 2008. p.19-30. DÄMMIRICH, K. Relationship between nutrition and bone growth in large and giant dogs. Journal of Nutrition. v. 121, p. 114-121, 1991. Supplement. DIONÍZIO, DIONIZIO, M.A, BERTECHINI, G.A., KANJI KATO, R. TEIXEIRA,A S. Prebióticos como promotores de crescimento para frangos de corte – desempenho e rendimento de carcaça, Ciênc. agrotec., Lavras. Edição Especial, p.1580-1587, 2002 . FAVIER, R.P; MOL, J.A; KOOISTRA; H.S; RIJNBERK, A. Large body size in the dog is associated with transient GH excess at a young age. Journal of Endocrinology. V. 170, p. 479–484,2001. FELICIANO, M. A. R; VICENTE, W.R.R ; AQUINO, A. A ; Silveira, T . Nutrição e manejo alimentar de cadelas em reprodução- revisão de literatura. Nosso clínico, p. 16, 2008. 193 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores FERNANDES, P.C.C; LADEIRA, I.Q; FERREIRA, C.L.L.F. Viabilidade do uso de probióticos na alimentação de monogástricos. Cadernos Técnicos de Veterinária e Zootecnia. N. 31, p. 53-71, 2000. FERRAZ, J.L. Redução de partículas na produção de alimentos extrusados: como e quanto. In: VII simpósio sobre nutrição de animais de companhia. Anais... Campinas:CBNA, 2008. p.117-129. FRANÇA, J. Fontes suplementares de zinco para gatos adultos. Dissertação (Mestrado). Universidade Federal de Lavras. Lavras, 90 p. 2006. FREITAS, M.B; BRILHANTE, O.M; ALMEIDA, L.M. Importância da análise de água para a saúde pública em duas regiões do Estado do Rio de Janeiro: enfoquepara coliformes fecais, nitrato e alumínio. Cadernos de Saúde Pública, v. 17, p. 651- 660, 2001. GAMA, N.M.S.Q; GUASTALLI, .A.L.; AMARAL, L.A; FREITAS, E.R; PAULILLO, A.C. Parâmetros químicos e indicadores bacteriológicos da água utilizada na dessedentação de aves nas granjas de postura comercial. Arquivos do Instituto Biológico, v.71, n.4, p.423-430, out./dez., 2004. GAMA, N.M.S.Q. Qualidade química e bacteriologica da água utilizada na dessedentação de aves. IN: Simpósio Brasil Sul de Avicultura, 8, 2007. Anais... Chapecó, Santa Catarina, p. 65-87, 2007. GIBSON G.R., ROBERFROID M. B. Dietary Modulation of the Human Colonic Microbiota: Introducing the Concept of Prebiotics. Journal of Nutrition, v. 125, p.1401-12, 1995. 194 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores GIBSON, G.R; PROBERT, H.M; VAN LOO, J; RASTALL, R.A; ROBERFROID M.B. Dietary modulation of the human colonic microbiota: updating the concept of prebiotics. Nutrition Research Reviews. v. 17, p. 259–275, 2004. GIFFARD, C.J; COLLINS S.B; STOODLEY, N.C; BUTTERWICH, R.F; BATT, R.M. Administration of charcoal, Yucca schidigera and zinc acetate to reduce malodorous flatulence in dogs. Journal of the American Veterinary Medical Association, v. 218, p. 892-896, 2001. GONZALEZ, F.H.D. Composição bioquímica do leite e hormônios da lactação. In: González, F.D; DURR, J.W; FONTANELI, R.S. Uso do leite para monitorar a nutrição e o metabolismo de vacas leiteiras. Porto Alegre: Gráfica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2001. p.5-22. HARPER, J.M. Food extrusion. Critical Reviews of Food Science Nutrition. v. 11 p. 155-215, 1979. HATAMOTO, L.K. Efeito do estresse e da suplementação oral com vitamina E sobre parâmetros seminais, peroxidação lipídica de componentes seminais e a atividade das enzimas antioxidantes presentes no plasma seminal de cães. Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo. São Paulo, 180 p. 2004. HAZEWINKEL, H.A.W; SCHOENMAKERS, I; PELLING, D; SNIJDELAAR, M; WOLFSWINKEL, J; MOL, J.A. Biological potency and radioimmunoassay of canine calcitonin. Domestic Animal Endocrinology. V. 17, p. 333-344, 1999. HAZEWINKEL, H. A.W; TRYFONIDOU, M.A. Vitamin D3 metabolism in dogs. Molecular and Cellular Endocrinology. v. 197, p. 23-33, 2002. 195 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores HAZEWINKEL, H.A.W; VAN DEN BROM, KLOOSTER, A.T.V; VOORHOUT, G; WEES, A.V. Calcium metabolism in great danes dogs fed diets with various calcium dan phosphorus levels. Journal of Nutrition. v 121, p. 99-106, 1991. Supplement. HAWTHORNE,A.J; BOOLES, D; NUGENT, P.A; GETTINBY, G; WILKINSON, J. Body-Weight Changes during Growth in Puppies of Different Breeds. Journal of Nutrition. v. 134 p. 2027S–2030S, 2004. HEADON, D.R; BUGGLE, K.A; NELSON, A.B; KILLEEN, G.F. Glycofractions of the Yucca plant and their role in ammonia control. In: LYONS, T.P. Biotechnology in Feed Industry: Proceedings of Alltech’s Seventh Annual Symposium. Nicholasville: Alltech Technical Publications, 1991. p. 95-108. HEDHAMMER, A.A. Alimentando cães em crescimento, com especial referência às doenças do esqueleto. In: EDNEY, A.T.B. Nutrição do cão e do gato - um manual para estudantes, veterinários, criadores e proprietários.São Paulo: Manole, 1987. p. 89-95. HUSSAIN, I; CHEEKE, P.R. Effects of dietary Yucca schidigera extract on rumen and blood profiles of steers fed concentrate or roughage-based diets. Animal Feed Science and Technology, v. 51, p. 231-242, 1995. KALFEZ, F. As necessidades dos filhotes de cães e gatos em cálcio e fósforo. Waltham Focus- O crescimento no cão e no gato, p. 4-9, 2004. KEALY, R.D; LAWLER, D.F: BALLAM, J.M; LUST, G; BIERI, D.N; SMITH, G.K; MANTZ, S.L. Evaluation of the effect of limited food consumption on radiographic evidence of osteoarthritis in dogs. Journal of American Veterinary Medical Association. V. 217, p. 1678-1680, 2000. 196 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores KREIDER, R.B. Dietary supplements and the promotion of muscle growth with resistance exercise. Sports Medicine, v.27, p. 97-110, 1999. LEITE, C.A.L. Nutrição e Manejo Alimentar de Cães e Gatos em Condições Patológicas Específicas - Parte 4. Lavras: Editora UFLA, 2007. v. único. LOWE, J.A; KERSHAW, S.J. The ameliorating effect of Yucca schidigera extract on canine and feline faecal aroma. Research in Veterinary Medicine, v. 63, p. 61-66, 1997. MACKIE, R.I; SGHIR A; GASKINS, H.R. Developmental microbial ecology of the neonatal gastrointestinal Tract. American Journal Clinical Nutrition. v. 69, p. 1033- 1045, 1999. Supplement. MAIA, G.V.C; ASSIS, A.P. Utilização de zeólita na produção animal. In: I Simpósio de Nutrição, Reprodução e Bem Estar Animal. São Paulo: Editora dos Editores. Anais... São Paulo, 2008. MARTIN, L. Problemas clássicos da nutrição nos filhotes. Waltham Focus- O crescimento no cão e no gato, p. 13-18, 2004. MENDES, W.S; PINTO, M.V.P. Nutrição x Reprodução. In: II Simpósio de Nutrição e Alimentação de Cães e Gatos, Lavras, 2005. Anais...p. 229-257. MERTEN, G.H; MINELLA, J.P. Qualidade da água em bacias hidrográficas rurais: um desafio atual para a sobrevivência futura. Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustententável, v.3, p. 33-38, 2002. MORGANO, M.A; SCHATTI, A.C; ENRIQUES, H.A; MANTOVANI, D.M.B. Avaliação físico-química de águas minerais comercializadas na região de Campinas, SP. Ciência e Tecnologia de Alimentos, v. 22, p. 239-243, 2002. 197 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores MUNDYA, G.R; GUISE, T. A. Hormonal controlo f calcium homeostasis. Clinical Chemistry. V. 45, p. 1347-1352, 1999. MURGAS, L. D. S; COSTA, S. F; FERREIRA, W. M; SAAD, F. M.O. B. Fisiologia Digestiva em Cães e Gatos. 1. ed. Lavras: Editora UFLA, 2004. v. único. 55 p. NELSON, D.L; COX, M.M. Leningher- Principles of Biochemistry. Wisconsin: Freeman, 2005. 4ª ed. 1119p. OLIVEIRA, L.D. Fontes de amido para cães e gatos no Brasil. In: V simpósio sobre nutrição de animais de companhia. Anais... Campinas:CBNA, 2008. p.21-54. OLIVEIRA, H.N; LOBO, R.B; PEREIRA, C.S. Comparação de modelos não-lineares para descrever o crescimento de fêmeas da raça guzerá. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v.35, n.9, p.1843-1851, 2000. OLIVEIRA, A.L.S; OLIVEIRA, J.I. O papel do MAPA na regulamentação de alimentos comerciais para animais de companhia. In: III Simpósio de Nutrição e Alimentação de Cães e Gatos- “Padrões Nutricionais e de Qualidade”, Lavras: UFLA, NENAC,PET/Zootecnia, 2007. p. 83-105. PENG, J.B; CHEN, X.Z; BERGER, U.V; VASSILEV, P.M; BROWN, E.M; HEDIGER, M.A. A rat kidney-specific calcium transporter in the distal nephron.Journal of Biological Chemistry. V. 275, p. 28186-28194, 2000. PIACENTE, S; MONTORO, P; OLESZEK, W; PIZZA, C. Yucca schidigera Bark: Phenolic Constituents and Antioxidant Activity, Journal of Natural Products, v. 67, p. 882-885, 2004. PINTO, A. B. F; SAAD, F. M. O. B; AQUINO, A. A; ALVES, M. P; França, J; FELICIANO, M. A. R. Tripolifosfato de sódio e hexametafosfato de sódio na 198 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores prevenção de odontólitos em cães. In: XXVIII Congresso Brasileiro da ANCLIVEPA, 2007, Florianópolis. XXVIII Congresso Brasileiro da ANCLIVEPA, 2007. RASTALL, R.A. Bacteria in thegut: friends and foes and how to altere the balance. Journal of Nutrition. v. 134 p. 2022S–2026S, 2004. RODRIGUEZ, M.B.S; MEGIAS, S.M; BAENA, B.M. Alimentos funcionales y nutrición óptima ¿Cerca o lejos? Revista Española de Salud Pública, v. 7, p. 317-331, 2003. ROQUE, N.C; JOSE, V.A; AQUINO, A.A; ALVES, M.P; SAAD, F.M.O.B. Utilização da fibra na nutrição de cães. Boletim Agropecuário. Nº. 70, p. 1-13, 2006. SAAD, F.M.O.B; SAAD, C.E.P. História Evolutiva na alimentação dos cães e gatos. Lavras: Editora UFLA, 2005. 44 p. SAAD, F.M.O.B; FERREIRA, W.M. Princípios Nutritivos e Exigências Nutricionais de Cães e Gatos - Parte II - Água, Minerais e Proteína. 1. ed. Lavras: Editora UFLA, 2004. v. único. 99 p. SAAD, F.M.O.B ; DUARTE, A ; SAAD, C. E. P ; SILVA JÚNIOR, J.W ; LIMA, L. M S ; LARA, L. B. . Aspectos Técnico-Comerciais dos Alimentos para Cães e Gatos. 1. ed. Lavras: Editora UFLA, 2005. v. único. 128 p. SAAD, F. M.O.B; SANTOS, W. M; AGOSTINE, L. O; BRIENZA, P. D ; SILVA, C. S.B B ; SUGUIRA, E ; TICIANELLE, J. S ; WATANUKI, M. M . Manejo Nutricional de Cães e Gatos nas Diversas Etapas Fisiológicas. 1. ed. Lavras: Editora UFLA, 2004. v. único. 128 p. 199 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores SAAD, F.M.O.B; MENDES, W.S; WATANUKI, M.M. Manejo nutricional de cães e gatos durante a fase de senectude. In: II Simpósio de Nutrição e Alimentação de Cães e Gatos, Lavras, 2005. Anais...p. 203-226. SAAD, F.M.O.B; AQUINO, A.A. In: VII simpósio sobre nutrição de animais de companhia. Anais... Campinas:CBNA, 2008. p.63-86. SÁ-FORTES, C.M.L. Ingredientes protéicos para cães. In: V simpósio sobre nutrição de animais de companhia. Anais... Campinas:CBNA, 2008. p.1-20. SCHAAFSMA,G; VISSER, R. Nutrition interrelationships between calcium. Journal of Nutrition. v. 110, p. 1101-1111, 1980. SILVA, A.M; MARTINS, C.T.B; FERRABOLI, R; JORGETTI, V; ROMÃO, J.E. Revisão/Atualização em Diálise: Água para hemodiálise. Jornal Brasileiro de Nefrolologia, v. 18; p. 180-188, 1996. SILVEIRA, T. Aspectos radiográficos das principais afecções osteoarticulares congênitas, hereditárias e do desenvolvimento em cães com esqueleto imaturo. Lavras : UFLA, 2005. 79 p. SLATER, M.R; SCARLET, J.M; DONOGHUE, S; KADERLY, R.E; BONNET, B.N; COCKSHUTT, J; ERB, H.N. Diet and exercise as potential risk factors for osteochondritis dissecans in dogs. American Journal of Veterinary Research. V. 53, p. 2119-2124, 1992. SWANSON,K.S;GRIESHOP,C.M; FLICKINGER, E.A; BAUER, L.L; HEALY, H.P; DAWSON, K.A; MERCHEN, N.R; FAHEY, G.C. Jr. Supplemental frutooligossacharides and mammamoligossaccharides influence immune function,ileal and total tract nutrients digestibilities, microbial populations and concentrations of protein catabolites in the large bowel of dogs. Journal of Nutrition. V. 132, p. 980-989, 2002. 200 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores SUTTON, A.L; GOODAL, S.R; PATTERSON, J.A; MATHEW, A.G; KELLY, D.T; MEYERHOLTZ, K.A. Effects of odour control compounds on urease activity in swine manure. Journal of Animal Science, v. 70, p. 160. Supplement 1. SWENSON, M.J; REECE, W.O- Dukes- Fisiologia dos Animais Domésticos. 11ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1996. 856p. VANNUCCHI, C.I; JORDAO, A.A; VANNUCCHI, H. Antioxidant compounds and oxidative stress in female dogs during pregnancy. Research in Veterinary Science, v. 83, p. 188–193, 2007. VÁZQUEZ, M.J; ALONSO, J.L; DOMÍNGUEZ, H; PARAJO, J.C. Xylooligosaccharides: manufacture and applications. Trends in Food Science and Technology. V. 11, p. 387–393, 2000. VERONESI, C. Efeito de dois alimentos comerciais secos no consumo energético, peso vivo e peso metabólico, escore corporal, escore e peso fecal de cães adultos em manutenção e atividade. Pirassununga: Universidade de São Paulo, 2003. 93p. Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, 2003. ZHAN, X; WANG, M; ZHAOC, R; LI, W.F; XUA, Z.R. Effects of different selenium source on selenium distribution, loin quality and antioxidant status in finishing pigs. Animal Feed Science and Technology. V. 132, p. 202-211, 2007. ZENTEK, J; MARQUART, B; PIETRZAK, T. Intestinal Effects of Mannanoligosaccharides, Transgalactooligosaccharides, Lactose and Lactulose in Dogs. Journal of Nutrition. v. 132, p. 1682–1684, 2002. Supplement. ------------------FIM DO CURSO!-------------- Maça
Compartilhar