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Nutrição de cães e gatos

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Curso de 
Alimentação e Nutrição de 
Cães e Gatos 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO IV 
 
 
 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para 
este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização do 
mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores 
descritos na Bibliografia Consultada.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO IV 
 
Os alimentos 
 
Nos módulos anteriores estudamos os nutrientes e as necessidades 
nutricionais dos animais de companhia. Agora, para fechar o curso é importante 
vermos a outra grande porção, a dos alimentos. Neste módulo teremos informações 
a respeito de que ingredientes são normalmente utilizados na nutrição e alimentação 
de cães e gatos, quais são os alimentos disponíveis e o processamento pelo qual 
passam. 
 
Alimentos comerciais para cães e gatos 
 
No Brasil, a produção de alimentos industrializados para animais de 
estimação iniciou-se em 1985. No entanto, apesar de ser um fenômeno recente, a 
sua participação entre os diversos setores do mercado pet (medicamentos, serviços, 
equipamentos, acessórios e logística) é expressiva, correspondendo a cerca de 75% 
do total arrecadado, conforme demonstrado na tabela 4. 
Tabela 4 – Participação do segmento de alimentos comerciais no mercado 
pet- ano de 2007, em bilhões de dólares 
Segmento 2007(U$$) % 
Alimento (Pet Food) 3.067.511.609,49 75 
Medicamentos 
Veterinários e Produtos para 
Higiene, Embelezamento, 
etc. 
272.680.639,20
 
7 
Serviços 546.080.000,00 13 
Equipamentos e 
acessórios 215.622.000,00 5 
Total 4.101.894.248,69 100,00 
Fonte: Associação Nacional dos Fabricantes de Alimentos Pet (2008) citado por Aquino et al. (2008) 
 
 
161 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
 
 
 
 
 
162 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
E há um grande potencial para crescimento da indústria pet nacional. Isto 
porque o percentual de animais que consomem alimentos industrializados no país é 
de apenas 45%. Estes valores são baixos quando comparados a países europeus 
como Reino Unido (60%) e França (80%). No entanto, a produção brasileira é a 
segunda do mundo (1,8 milhões de toneladas com um faturamento de U$$ 3,07 
bilhões) perdendo apenas para os Estados Unidos (tabela 5). A Região Sudeste é a 
maior responsável por este resultado, respondendo por 52,64% do mercado, 
seguida pela Sul (40,42%), Centro-Oeste (4,45%), Nordeste (1,94%) e Norte 
(0,55%). 
 
Tabela 5 – Produção de alimentos comerciais pela indústria brasileira - ano de 1994 
a 2007. 
Anos Toneladas 
Taxa de 
crescimento anual 
toneladas 
Valor Mercado 
Consumidor em U$$ 
1994 220.000 - 285.200.000,00 
1995 380.000 72,73% 469.400.000,00 
1996 420.000 10,53% 513.800.000,00 
1997 550.000 30,95% 444.266.666,67 
1998 750.000 36,36% 890.600.000,00 
1999 950.000 26,67% 1.106.000.000,00 
2000 1.000.000 5,26% 1.050.000.000,00 
2001 1.172.000 17,20% 957.464.000,00 
2002 1.234.000 5,29% 927.094.000,00 
2003 1.295.000 4,94% 1.200.000.000,00 
2004 1.425.878 10,11% 1.466.204.383,91 
2005 1.562.000 9,58% 1.886.400.347,52 
2006* 1.687.408 8,00% 2.037.312.374,00 
2007 1.800.000 4,26% 3.070.000.000,00 
Fonte: Associação Nacional dos Fabricantes de Alimentos Pet ANFAL PET (2006); * 2006 - 
valores estimados 
 
 
 
 
 
 
 
 
163 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
No entanto, em 2007 o crescimento foi de 4,26%, o que não correspondeu 
às expectativas iniciais de 8%. Isso poderia ter ocorrido, em parte, pelo aumento no 
custo das matérias-primas, mas especialmente devido aos altos tributos, um dos 
grandes desafios da indústria de alimentos para animais de companhia no Brasil. 
No total, os alimentos para os animais de companhia são taxados com 49,9% de 
impostos, enquanto que os insumos agropecuários com 15,25%, e a cesta básica, 
7%. Isso acontece porque estes são taxados como supérfluos, apesar desta nutrição 
substituir os alimentos de consumo humano. A reivindicação do setor é enquadrar os 
alimentos para os animais de companhia com alíquota idêntica àquela determinada 
ao alimento humano, assim como é feito nos Estados Unidos (onde têm alíquotas 
idênticas e não superiores a 7,5%) e na Europa (onde a maior taxa é a da 
Alemanha, que não ultrapassa 18%). No entanto, mesmo frente a essa dificuldade, a 
estimativa é de que o mercado reaja e cresça pelo menos 5%, o que deve 
representar um faturamento em torno de US$ 3,22 bilhões para Pet Food no ano de 
2008. 
Nos últimos anos, devido ao crescimento acelerado da indústria de 
alimentos comerciais para cães e gatos, foi possível verificar a multiplicação de 
marcas (hoje mais de 600, provenientes de aproximadamente 100 fabricantes). Com 
melhora na estética das embalagens, comunicações de vários atributos e benefícios 
de ingredientes como condroprotetores, imunomoduladores, redução do odor de 
fezes, redutores de tártaro, alta digestibilidade, melhoradores da saúde de pêlos, 
entre outros. No entanto, a ampla diversidade de alimentos gera no consumidor e 
mesmo no clínico veterinário, uma dificuldade a mais na hora de escolher qual o 
melhor alimento para o animal de companhia. 
Quanto ao teor de umidade, as rações podem ser classificadas em: secas, 
semi-úmidas ou úmidas. Os alimentos secos ou desidratados possuem entre 6-10% 
de umidade, ou seja, 90% ou mais de matéria seca. Incluem alimentos completos, 
além de snacks e biscoitos utilizados como petiscos. São obtidos a partir do 
processo de extrusão e correspondem à maioria do mercado de alimentos para cães 
e gatos (cerca de 80%). Os alimentos semi-úmidos contêm entre 15-30% de água, 
possuem uma textura mais branda do que os alimentos secos e normalmente 
 
 
 
 
 
164 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
contêm alguns antiumectantes com o objetivo de prolongar o tempo de vida de 
prateleira. Por sua vez, os alimentos úmidos ou enlatados também podem ser 
completos ou complementares. Entre os ingredientes comumente utilizados na sua 
formulação, estão as carnes, subprodutos de peixes, cereais, proteínas vegetais 
processadas, etc. Possuem uma concentração bastante elevada de gorduras o que 
lhes confere boa palatabilidade. 
Por outro lado, a classificação dos alimentos quanto à qualidade é ainda 
muito subjetiva, sendo a indústria a responsável pela segmentação atual: 
econômico, standard, premium e superpremium. Contudo, muitas empresas 
segmentam ainda mais seus produtos, denominando-os como high, plus ou 
advanced premium. Com o objetivo de uma padronização na segmentação, a 
ANFAL PET, em 2007, criou o Programa PIQ PET e nele há especificações para os 
fabricantes de como segmentá-los quanto à qualidade. Uma classificação, proposta 
por Carciofi (2007), está apresentada no quadro 22. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
165 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Quadro 22- Características nutricionais de alimentos comerciais de acordo 
com a segmentação comercial. 
 Formulação Ingredientes Digestibilidade 
e 
Palatabilidade 
Concentrações 
Nutricionais 
Relação entre 
Nutrientes 
 
Super 
Premium 
Fixa De elevado valor 
nutricional, com 
ingredientes 
especiais. 
Benefícios 
diferenciados aos 
animais. 
Alta Visam otimização 
da saúde. 
Estrito controle 
de desbalanços e 
interações. 
Premium Normalmente 
apresentam 
formulação 
fixa.Médio a Alto Média a Alta Visam melhor 
atendimento das 
necessidades 
nutricionais. 
Controla 
excessos e 
desbalanços. 
Standard Variável Dependente de 
preço e 
disponibilidade no 
mercado. 
Melhores que os 
econômicos 
Melhores que 
os 
econômicos. 
Alta Matéria 
Mineral. 
Econômic
o 
Variável De baixo Custo Baixa Aproximam-se 
dos limites 
mínimos ou 
máximos 
permitidos. 
As proteínas são 
basicamente de 
origem vegetal, 
os teores de fibra 
e matéria mineral 
são elevados, 
enquanto que o 
Extrato Etéreo é 
reduzido. 
Fonte: Carciofi (2007) 
 
 
Dentre os parâmetros propostos para a avaliação da qualidade dos 
alimentos, estão a digestibilidade dos nutrientes, o conteúdo de energia 
metabolizável obtido a partir de estudos in vivo, a palatabilidade, a adequação 
nutricional para a espécie a qual se destina, formulação fixa, qualidade 
microbiológica, ausência de micotoxinas, presença de alimentos funcionais que 
tenham comprovação científica dos efeitos benéficos que possam produzir. 
A digestibilidade é importante porque alimentos com os mesmos níveis de 
garantia podem ter aproveitamento de nutrientes totalmente distintos, dependendo 
da qualidade de ingredientes utilizados e do processamento pelo qual a ração 
passou. A ANFAL-PET (2007) em seu guia nutricional propõe digestibilidade mínima 
 
 
 
 
 
166 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
da matéria seca e da proteína bruta de 75% e 80% para rações premium e 
superpremium, destinadas a cães e de 60,65,70 e 75% para alimentos das classes 
econômica, standard, premium e superpremium destinados a gatos. Já para o 
extrato etéreo em hidrólise ácida, os valores mínimos de digestibilidade para cães 
são 85-90% para as rações premium e superpremium e em gatos de 70,75,80 e 85% 
para alimentos das classes econômica, standard, premium e superpremium. Por fim, 
a digestibilidade mínima do extrativo não nitrogenado (carboidrato) é de 80 e 85% 
para cães em alimentos premium e superpremium e de 65,70,80, 85% para 
alimentos das linhas econômica, standard, premium e superpremium formulados 
para felinos. 
A digestibilidade influencia também o volume e a forma das fezes, assim 
como a freqüência das defecações. À medida que aumenta a capacidade de 
digestão da dieta, o volume fecal diminui de forma considerável. Alimentos altamente 
digestíveis produzem fezes sólidas e bem formadas. Alimentos de baixa 
digestibilidade atravessam o intestino grosso, onde são parcial ou totalmente 
fermentados pelas bactérias do cólon, produzindo gases e fezes moles (diarréia 
osmótica). 
Em relação à concentração de energia metabolizável, pode-se dizer que ela 
está diretamente relacionada à quantidade de alimento que o animal vai ingerir. 
Portanto, se for muito reduzida, pode não ser suficiente para atender as exigências 
energéticas e nutricionais em fases exigentes como o crescimento e a reprodução. 
Os teores mínimos propostos pela ANFAL são de 3400 kcal/kg para cães e gatos em 
fase de crescimento e reprodução e de 3100 kcal/kg para cães e 3250 kcal/kg para 
gatos adultos em manutenção. 
Por sua vez, a palatabilidade é definida como a somatória dos aspectos 
sensoriais envolvidos no interesse em ingerir determinado alimento: paladar, cheiro, 
textura, forma, tamanho, sensação de mastigação e deglutição. A palatabilidade 
apresenta grande influência sobre o consumo alimentar, podendo sobrepor-se à 
regulação pela concentração energética. Alimentos com baixa palatabilidade, 
mesmo que contenham todos os nutrientes, serão rejeitados pelo animal. Por outro 
lado, um alimento pode ser extremamente palatável, mas não estar balanceado. 
 
 
 
 
 
167 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Assim, embora a palatabilidade seja um fator importante na avaliação, nunca deve 
ser utilizada como critério único de análise. 
A formulação fixa se refere a uma listagem de ingredientes que não deve se 
alterar, independentemente da época do ano, e permanece constante durante os 
sucessivos lotes do alimento, assegurando-se que a composição da dieta será a 
mesma. Esta condição é, segundo a ANFAL, obrigatória para os alimentos da 
categoria superpremium. 
Deve-se garantir a qualidade microbiológica do alimento de forma que estes 
estejam ausentes de fungos e salmonela. Além disso, as rações da categoria 
superpremium não podem conter mais que 10ppb de aflatoxinas B1 e 5000 ppb de 
fumonisina B1+B2. 
Em gatos, devido à maior probabilidade de desenvolverem urólitos por 
estruvita, o controle do pH da dieta é extremamente importante, com a finalidade de 
evitar que isso aconteça. 
Finalizando, os ingredientes funcionais estão sendo amplamente utilizados, 
especialmente nas dietas pertencentes à categoria superpremium, com o objetivo de 
promover a saúde animal e aumentar a longevidade. Um alimento funcional é 
definido como aquele que contém um componente, nutriente ou não, com atividade 
seletiva relacionada a uma ou várias funções do organismo. 
Atualmente, nos alimentos para os animais de companhia, podemos citar o 
uso de prebióticos, de fosfatos (para evitar o acúmulo de cálculo dentário), de Yucca 
schidigera, de zeolitas, sulfato de condroitina e glucosamina, de ácidos graxos 
poliinsaturados, antioxidantes naturais (vitaminas C, E, beta caroteno, taurina e 
polifenóis e flavonóides), L-carnitina e minerais quelatados como estratégias para 
melhorar a qualidade do alimento. 
Prebióticos: Gibson e Roberfroid (1995) foram os responsáveis pela 
introdução do conceito de prebiótico como ingredientes nutricionais não digeríveis 
que afetam beneficamente o hospedeiro, estimulando seletivamente o crescimento e 
atividade de uma ou mais bactérias benéficas intestinais, melhorando a saúde do 
animal. 
 
 
 
 
 
168 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Para uma substância ser classificada como prebiótico, ela não pode ser 
hidrolisada ou absorvida na parte superior do trato gastrintestinal, e deve ser um 
substrato seletivo para um limitado número de bactérias comensais benéficas do 
cólon, as quais terão crescimento e/ou metabolismo estimulados, sendo capaz de 
alterar a microflora intestinal favorável e induzir efeitos benéficos intestinais ou 
sistêmicos ao hospedeiro. 
Dentre os prebióticos podemos citar os mananoligossacarídeos (MOS), 
frutoligossacarídeos (FOS), xiloligossacarídeos (XOS), galactooligosacarídeos 
(GOS), Lactosacarose e a Lactulose. 
Os frutoligossacarídeos são os mais comumente utilizados com função 
prebiótica. Embora eles normalmente sejam usados com o intuito de definir todos os 
oligossacarídeos não digestíveis compostos por unidades de glicose e frutose, eles 
se referem especificamente aos de cadeia curta, com aproximadamente 3-6 
unidades de frutose unidas por ligação beta resistentes às enzimas dos mamíferos. 
São obtidos a partir da hidrólise da inulina. Assim, os frutanos alcançam o cólon e 
servem como substrato altamente digestível para bactérias do cólon. As bactérias 
produtoras de lactato, como os Lactobacillus e Bifidobacterium, são então 
selecionadas,diminuindo o pH e exercendo os efeitos benéficos sobre a saúde do 
hospedeiro. 
Os MOS são derivados das paredes de leveduras, constituindo-se do extrato 
seco de fermentação do Saccharomyces cerevisiae e apresentam a capacidade de 
modular o sistema imunológico e a microflora intestinal, ligar-se a uma ampla 
variedade de micotoxinas e preservar a integridade da superfície de absorção 
intestinal, ao bloquear a aderência das bactérias às células epiteliais da mucosa do 
intestino. Além disto, é capaz de induzir a ativação dos macrófagossaturando os 
receptores de manose das glicoproteínas da superfície celular, que se projetam da 
superfície da membrana celular dos macrófagos. Uma vez que três ou mais lugares 
tenham sido saturados, inicia-se uma reação em cadeia que dá origem à ativação 
dos macrófagos e à liberação de citoquinas, com a instalação de uma resposta 
imunológica adquirida. Também tem sido relatado que o MOS aumenta a 
imunoglobulina G e de IgA. 
 
 
 
 
 
 
Figura 22 – Mananoligossacarídeo (MOS) 
 
 
Os galactoligossacarídeos consistem de unidades de beta 1,6 
galactopiranosil ligadas e de uma ligação alfa-glicosídica ao resíduo glicopiranosil 
terminal e que mostra ser fermentável. Os transgalactoligossacarídeos (TOS) são 
produzidos pela beta galactosidase do Aspergillus oryzae. 
A lactulose é uma forma isomérica da lactose, com uma molécula desta 
unida a uma frutose pela ligação beta 1,4. Os xilo-oligossacarídeos (XOS) são 
oligômeros de açúcar formados de unidades de xilose, que estão naturalmente 
presentes em frutas, vegetais, leites e mel. Sua produção industrial é realizada a 
partir de materiais lignino celulósicos. Matérias primas típicas para a sua produção 
incluem madeiras duras, bagaços, espiga de milho, entre outros. A lactosucrose é 
produzida da mistura de lactose e sucrose, a partir da ação de uma enzima, a 
fructofuranosidase. Os isomalto-oligossacarídeos (IMO) são produzidos a partir do 
amido que é hidrolisado pela combinação da amilase e pululanase e os malto-
oligossacarídeos resultantes sofrem a ação da alfa-glucosidase. A alfa-glucosidase 
catalisa uma reação de transferência convertendo a ligação alfa 1,4 dos malto-
oligossacarídeos para alfa-1,6 dos isomalto-oligossacarídeos. Os comerciais 
consistem de uma mistura de oligossacarídeos de diferentes massas moleculares. 
Os oligossacarídeos da soja são derivados da alfa-galactosil sucrose (rafinose, 
estaquiose). Eles são isolados dos grãos de soja e concentrados para formação dos 
produtos comerciais.Os gluco-oligossacarídeos são sintetizados pela ação da 
169 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
 
 
 
 
 
170 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
enzima dextrano-sucrase sobre a sucrose na presença de maltose. Os 
oligossacarídeos resultantes contêm ligações alfa 1,2 tal como o oligossacarídeo 
seguinte: glucosil (alfa 1,2), glucosil (alfa 1,6), glucosil (alfa 1,4), glicose. Podem ser 
produzidos via fermentação do Leuconostoc mesenteroides. 
Embora existam todas essas substâncias ditas como prebióticos, o autor 
responsável pelo conceito de prebióticos que avaliou todas elas (com exceção do 
MOS) diz que somente a lactosucrose, a inulina e o TOS podem ser seguramente 
classificados como tal, conforme demonstra a tabela 6. 
 
 
Tabela 6- Potencial prebiótico de vários oligossacarídeos 
 Carboidrato 
Não 
degradabilidade Fermentação Seletividade 
Potencial 
Prebiótico 
Inulina Sim sim sim sim 
TOS Provável ? sim sim 
Lactulose Provável ? sim sim 
IMO Parcial sim promissora não 
Lactosucrose sem dados sem dados promissora não 
XOS sem dados sem dados promissora não 
Oligossacarídeos 
da soja sem dados sem dados sem dados não 
GOS sem dados sem dados sem dados não 
 Fonte: Adaptado de Gibson et al (2004) 
 
 
No entanto, de todos os citados, apenas FOS e MOS são usados em 
alimentos comerciais para cães e gatos. 
 
Fosfatos: Com a evolução da medicina veterinária e, conseqüentemente, de 
seu segmento odontológico, maior atenção passou a ser dada à saúde bucal dos 
animais de estimação, uma vez que sua importância sobre o estado geral da saúde 
foi reconhecida. A relevância dos cuidados odontológicos sustenta-se no fator 
primário de comprometimento da capacidade de alimentação dos animais, o que 
concorre diretamente com o ganho de peso, além de predispor o animal a doenças 
sistêmicas graves. Há estudos mostrando que a média de vida dos animais vem 
 
 
 
 
 
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aumentando desde as últimas três décadas, em parte, pelo maior cuidado com a 
saúde bucal. 
Com etiologia multifatorial, a doença periodontal tem como fator 
determinante o acúmulo de placa bacteriana sobre os dentes e tecidos adjacentes 
com posterior calcificação da mesma, formando, então, o cálculo dentário. O 
acúmulo de placa e cálculo leva ao quadro de gengivite e periodontite, 
caracterizando a periodontopatia ou doença periodontal. 
Vários estudos têm sido conduzidos a fim de avaliar a influência nutricional 
sobre a saúde bucal. Os meios dietéticos citados com maior freqüência para prevenir 
ou retardar o surgimento da doença periodontal são o conteúdo nutricional, a textura 
e forma do alimento, exercícios de mastigação e alimentos ou brinquedos tratados 
com produtos químicos. 
A estratégia padrão para evitar o acúmulo de cálculo dentário envolve o 
emprego de raspagem mecânica. Isso foi alcançado, basicamente, alterando-se a 
textura e o tamanho do grânulo da ração, porém, exerce efeito apenas nos dentes 
utilizados para mastigar. Uma nova abordagem utiliza a inclusão de fontes minerais 
nutricionais nos alimentos de maneira que possam proporcionar benefícios em todas 
as superfícies dentárias. Os fosfatos formam complexos solúveis com o cálcio 
presente na saliva, ajudando a prevenir a mineralização da placa em cálculo. Dessa 
forma, agem em toda cavidade bucal, inclusive nas superfícies não envolvidas na 
mastigação. 
Yucca schidigera e zeólita: A Yucca schidigera é uma planta extensamente 
utilizada em nutrição de cães e gatos devido ao seu efeito sobre o metabolismo do 
nitrogênio, que possibilita a redução no odor das fezes dos animais. Pertence à 
família Agavaceae e cresce em desertos, mais especificamente na região sudoeste 
dos Estados Unidos (sudoeste de Nevada e Arizona, além do centro-sul da 
Califórnia) e no México (deserto da Baixa Califórnia). Eram extensivamente 
utilizadas pelos índios nativos que a definiam como “árvore da vida” devido às 
propriedades benéficas que possuem. Eles comiam os frutos frescos e secavam as 
sobras para se alimentarem durante as épocas de escassez no inverno. Essa planta 
é rica em vitaminas (A, complexo B, C) e minerais (cálcio, ferro, magnésio, 
 
 
 
 
 
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manganês, fósforo, selênio e silício), mas o princípio ativo responsável por grande 
parte de suas ações biológicas é a saponina esteroidal que possui mecanismo de 
ação semelhante ao dos corticóides. As saponinas estão presentes em vegetais e 
em alguns animais marinhos e apresentam funções antimicrobianas, hipoglicêmicas, 
imunogênicas, anticarcinogênicas, entre outras. 
A descoberta dos efeitos benéficos dessas substâncias é um dos 
acontecimentos recentes mais importantes da Nutrição Animal e Humana, já que 
anteriormente acreditava-se que as saponinas eram responsáveis apenas por efeitos 
maléficos sobre os sistemas biológicos. A redução do consumo, a diminuição da 
taxa de fertilidade e da digestibilidade das proteínas são algumas das atividades não 
desejáveis atribuídas às saponinas. 
A maioria dos produtos comerciais à base de Yucca, são fabricados no 
México. Geralmente, as plantas são colhidas nas fazendas mexicanas e levadas até 
às áreas de processamento. Normalmente é aproveitada sendo mecanicamente 
macerada e seca para a produção do pó ou então, o macerado sofre pressão 
mecânica para a obtenção do suco. A concentração do suco pela evaporação dá 
origem ao extrato de Yucca, amplamente utilizado emnutrição animal. Os produtos 
comumente disponíveis para uso possuem o GRAS (Generally Recognized As Safe) 
concedido pelo FDA (Food and Drug Administration) americano que garante a 
seguridade, permitindo também a sua utilização na indústria farmacêutica, 
alimentícia, de cosméticos e bebidas. Tem sido largamente utilizada na indústria de 
rações para animais de companhia, especialmente para a redução de odor de fezes 
devido à sua ação no metabolismo do nitrogênio. Diversos mecanismos foram 
propostos com destaque para o seu potente efeito inibidor sobre urease in vitro, 
inibição da urease gastrointestinal in vivo, a ligação direta com a amônia, o estímulo 
do crescimento da microflora e a inibição de microorganismos selecionados. Quanto 
à redução no odor das fezes, Lowe et al. (1997) observaram a diminuição de 
diversas substâncias como aminas, sulfitos, ácidos graxos, ésteres, aldeídos e 
cetonas quando a Yucca schidgera foi oferecida a cães da raça Beagle. Essas 
substâncias são importantes, pois estão envolvidas com a caracterização e a 
intensidade do odor das fezes. 
 
 
 
 
 
Adicionalmente, Giffard et al.(2001) ao avaliarem o efeito de três fontes 
sobre a redução da ocorrência e do odor de flatus, observaram que a 
suplementação com extrato da planta reduziu em 38% o mau cheiro, especialmente 
devido à diminuição da produção ou da disponibilidade de sulfeto de hidrogênio no 
intestino grosso. 
Já a zeólita, é um produto composto por alumínio silicato hidratado que 
possui uma estrutura cristalina e uma alta capacidade de intercâmbio catiônico, 
aumentando a densidade do bolo alimentar, diminuindo a velocidade de trânsito do 
alimento através do aparelho digestivo, refletindo em uma melhor digestão e 
absorção de nutrientes. Além disso, esta capacidade de troca iônica reduz o efeito 
tóxico de altas concentrações de amônio, capta o amoníaco, dióxido de carbono, 
ácido sulfídrico e água presente em excesso nos processos digestivos. Também 
estaria associado à adsorção de uma gama de micotoxinas e à redução de odores 
dos dejetos. Além de retenção de 65% de aflatoxinas (B1, B2, G1 e G2), estaria 
associada à redução de diarréia e apoio ao metabolismo energético. A estrutura da 
zeólita está demonstrada na figura 23. 
 
Figura 23- Estrutura da zeólita. Fonte: Luz et. al. (1995) apud Maia e Assis (2008) 
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Sulfato de condroitina e glucosamina: A condroitina consiste num 
mucopolissacarídeo, que atualmente é denominado como glicosaminoglicanas, que 
corresponde a um grupo que possui estrutura polissacarídica rica em aminoaçúcares 
e ácido urônico. As condroitinas 4 e 6-sulfato estão presentes no tecido cartilaginoso 
de várias espécies e passaram a despertar interesse em biologia e medicina, 
passaram a ser hidrolisadas e a fornecer monômeros para a síntese dos demais 
polissacarídeos, todos de grande importância para os tecidos de sustentação, nas 
doenças articulares e no tecido ósseo. Já a glicosamina é um açúcar, um 
aminomonossacarídeo sulfatado, constituinte das unidades dissacarídicas presentes 
nos proteoglicanos das cartilagens articulares. Ela pode alterar o metabolismo dos 
condrócitos e por esse motivo tem sido amplamente utilizada no tratamento de 
osteoartrites. Como o peso corporal das raças grandes e gigantes é elevado e há 
muita pressão mecânica exercida sobre tendões, ossos e articulações, as doenças 
ósteo-articulares são freqüentes. Segundo a raça e a idade do cão, a partir dos 7 
anos de idade, quase 40% dos cães de porte gigante apresentam doenças ósteo-
articulares. A incorporação desses aditivos visa estimular a regeneração da 
cartilagem articular, diminuir a velocidade de degeneração da cartilagem e, portanto, 
prevenir ou diminuir a incidência de doenças ósteo-articulares. 
As fontes de minerais quelatados têm sido utilizadas por sua maior 
absorção, favorecimento de alguns processos metabólicos, alta estabilidade e 
disponibilidade, ausência de interações com outros macros ou microminerais da 
dieta, bem como com outros nutrientes, como fibras e lipídeos. 
A β-oxidação de ácidos graxos necessita que eles sejam transportados do 
citossol para o interior da mitocôndria. A carnitina desempenha um papel como 
carreador no transporte, pela aceitação de ácidos graxos ativados no lado mais 
externo da membrana da mitocôndria. Quantidades adequadas de carnitina são 
sintetizadas a partir da peptidilisina, que é metilada a trimetilisina, aceitando uma 
hidroxilação ácido ascórbico-dependente, com posterior clivagem a partir dos 
peptídeos. Algumas raças de cães têm um defeito autossômico recessivo na síntese 
de carnitina, que leva à deficiência. Estes cães apresentam lipofuscinose serosa 
(acúmulo de lipofuscina, um pigmento característico de alteração na atividade de 
 
 
 
 
 
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lisossomos) e cardiomiopatia dilatada. A suplementação com carnitina em alguns 
casos leva à redução nos sinais clínicos da doença. Por sua ação no metabolismo 
de lipídeos tem sido amplamente utilizada em dietas light. 
A utilização de antioxidantes naturais tem como objetivo proteger contra a 
peroxidação lipídica e prevenir a oxidação em tecidos animais, aumentando a 
longevidade dos animais de companhia. Além das já conhecidas ações de beta 
caroteno, vitaminas C e E, atualmente descobriu-se o potencial antioxidante dos 
polifenóis (substâncias presentes em diversos alimentos de origem vegetal, como 
maçã, uva, cebola, repolho, brócolis, chicória e alho, mas geralmente extraídos da 
uva e do chá mate-verde). Sua ação como captador de radicais livres e quelante de 
ferro é cerca de 20-50 vezes superior a da vitamina E. São utilizados em alguns 
alimentos comerciais para cães e gatos. 
As vantagens da utilização de alimentos comerciais incluem: custo variável, 
de acordo com a classificação do produto, estar pronto para o consumo, 
dispensando maiores preparos, produzir fezes mais consistentes e em menor 
volume, prevenção de placas bacterianas com uso de alimentos secos, fórmulas 
diferenciadas para cada fase de vida do animal, fórmulas balanceadas. Dentre as 
desvantagens podemos citar: difícil aceitação por alguns animais acostumados com 
dietas caseiras ou com apetite melindroso, diarréias quando a mudança de 
alimentação é brusca. Perda de nutrientes dependendo do tempo de conservação, 
rações que trabalham com eventuais substitutivos podem apresentar digestibilidades 
diferentes de partida para partida, apresentação de aditivos não nutrientes como 
corantes, conservantes e antioxidantes sintéticos, ainda pouco estudados. 
 
 
Ingredientes utilizados na formulação de rações comerciais 
Dentre as fontes protéicas de origem vegetal normalmente utilizadas em 
alimentos comerciais, estão os produtos originários da soja e do milho. 
Em relação à soja, durante muito tempo e até hoje há preconceito quanto à 
utilização dela e de seus subprodutos na formulação de dietas comerciais para 
cães. Essa postura muitas vezes é oriunda da falta de conhecimento e de 
 
 
 
 
 
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informação sobre as principais características nutricionais do ingrediente para a 
espécie e os fatores nutricionais são apontados como a principal causa de não 
utilização. A soja integral possui alguns fatores antinutricionais, como inibidores de 
proteases (que podem levar à hiperplasia pancreática,devido à secreção 
enzimática compensatória que o pâncreas realiza no sentido de suprir a falta de 
tripsina e quimotripsina; diminuir a digestibilidade protéica e causar uma deficiência 
maior de aminoácidos sulfurados, já que estes são a base da estrutura das 
proteases do suco pancreático), hemaglutina (como a lectina, que causa ruptura 
das células do epitélio intestinal, levando à diminuição da altura de vilosidades e 
reduzindo a absorção), lipoxigenases (que causam peroxidação de ácidos graxos, 
formando radicais livres de oxigênio), ácido fítico (que indisponibiliza minerais, como 
o cálcio e o fósforo) e polissacarídeos não amiláceos (como os alfa-galactosídeos 
rafinose e estaquiose que podem levar à flatulência, diarréia, problemas estomacais 
e diminuição da digestibilidade dos nutrientes). 
No entanto, o processamento térmico utilizado na fabricação de 
subprodutos (como a soja extrusada, a soja micronizada e o farelo de soja) e para a 
fabricação dos alimentos comerciais para cães e gatos (extrusão ou autoclavagem) 
seriam suficientes para a inativação de todos esses fatores. Em um experimento 
realizado por Sá-Fortes, com fontes protéicas, verificou-se que a digestibilidade da 
matéria seca e até da proteína bruta de fontes de soja como farelo de soja (74% de 
coeficiente de digestibilidade da matéria seca-CDMS- e 84% de digestibilidade da 
proteína bruta-CDPB) e soja micronizada (88% de CDMS e 89% de CDPB) podem 
ser maiores do que ingredientes protéicos de origem animal como farinha de 
vísceras de frango.Outra fonte protéica de origem vegetal é o farelo de glúten de 
milho 60. É obtido após a remoção de parte do amido, gérmen e porções fibrosas, 
pelo método de processamento úmido. Caracteriza-se por alta concentração 
protéica, mas é deficiente em triptofano, lisina e arginina. 
Quanto aos ingredientes protéicos de origem animal podem ser citados a 
carne, frango, ovos, peixe e seus subprodutos. Normalmente são de composição 
variada e a qualidade está relacionada com a origem das matérias-primas e do 
processamento utilizado. A qualidade da matéria-prima pode ser avaliada a partir de 
 
 
 
 
 
algumas análises, tais como composição bromatológica, presença de salmonela, 
peroxidação de gorduras, presença de poliaminas, identificação de príons 
causadores de encefalopatias, etc. Dentre as farinhas utilizadas encontram-se a de 
carne e ossos, a de peixe, a de penas e penas hidrolisadas, a de vísceras e a de 
carne de frango. A farinha de carne e ossos é produzida em graxarias e frigoríficos 
a partir de ossos e tecidos animais, após a desossa completa da carcaça de 
bovinos e suínos. Seu teor de proteína varia de 35-55% e a recomendação da 
relação cálcio: fósforo, máxima, é de 2,15:1. Por exemplo, para se acrescentar 10% 
de proteína à dieta por meio da farinha de carne e ossos, adiciona-se em torno de 
2,5% de Ca. Em relação à farinha de peixe (figura 24), existem dois tipos: a integral 
e a residual. A residual é obtida a partir de resíduos de partes não comestíveis. No 
Brasil, é produzida a partir da inclusão de peixes inteiros ou cortes rejeitados para o 
consumo humano. Sua proteína varia de 52-55%. No mercado ainda existe a 
farinha de peixes importada do Peru ou Chile, que são produtos integrais 
produzidos especificamente para a produção animal com proteína em torno de 62%. 
A farinha de penas tem baixa digestibilidade e baixo valor biológico. 
 
 
Figura 24 – Farinha de peixe 
 
 
Na tabela 7, estão demonstrados os coeficientes de digestibilidade de 
algumas fontes protéicas, segundo estudos realizados por Sá-Fortes (2005). 
 
 
 
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Tabela 7- Coeficientes de digestibilidade aparente da matéria seca (CDMS), 
da proteína (CDPB), extrato etéreo ácido (CDEEA) e de metabolização da energia 
bruta (CMEB) de ingredientes protéicos para cães1
Ingredientes CDMS CDPB CDEEA CMEB
 
Glúten de milho 60 90,5a 92,1a 67,7d 80,6b
Farelo de soja 74,3b 83,9b 70,1d 72,8c
Soja Micronizada* 87,9a 88,7a 95,1a 95,7a
Farinha de carne e ossos 57,0d 80,1b 94,0a 77,7b
Farinha de penas hidrolizadas 64,9c 60,9c 79,6c 49,5e
Farinha de peixes 55,9d 80,4b 82,0c 72,8c
 
Farinha de vísceras de frango 69,0c 81,7b 89,6b 69,6d
1- Valores expressos em % da matéria seca; Médias nas colunas seguidas de letras diferentes 
diferem no teste de Student Newman Kewls (5%). 
* Micronização é o processamento da soja que utiliza raios infravermelhos que provocam uma 
agitação de partículas dentro do próprio grão, com posterior laminação e moagem. 
 
 
Pelos resultados observados acima se verifica que o glúten de milho e a soja 
micronizada tiveram melhor digestibilidade da matéria seca e da proteína bruta, mas 
o glúten apresentou o pior desempenho quanto à digestibilidade da gordura. No 
geral, a soja micronizada foi o ingrediente que teve melhor aproveitamento pelo 
animal com relação à digestibilidade de nutrientes. 
É importante considerar que nem sempre as fontes protéicas de origem 
animal são as que levam ao melhor desempenho de cães e gatos. Fontes vegetais 
podem ser bem utilizadas, desde que adequadamente processadas e que sejam de 
boa qualidade. 
Em relação aos ingredientes energéticos, os principais são o arroz e o milho. 
No entanto, em algumas situações como formulação de dietas para cães e gatos 
obesos ou com diabetes melittus, o sorgo e a lentilha podem ser boas alternativas 
devido ao índice glicêmico mais baixo. Além disso, os óleos e gorduras são fontes 
de energia no alimento. 
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O farelo integral de arroz consiste do pericarpo e/ou película que cobre o 
grão (Oryza sativa), estando presentes gérmen e pequena quantidade de 
fragmentos de cascas, provenientes exclusivamente do processo normal de 
obtenção. Poderão ainda estar presentes, em pequena participação, quirera ou arroz 
quebrado e, em certos casos, onde o polimento é mais acentuado, o próprio grão de 
arroz finamente moído. É resultante do polimento durante o beneficiamento do grão 
de arroz sem casca. 
O farelo de arroz representa aproximadamente 12% do grão de arroz com 
casca, porém pode variar de 5 até 14%, esse rendimento, sendo variável conforme o 
tipo de processamento a que o grão é submetido e às características intrínsecas do 
grão tais como variedade e tratos culturais. Possui aproximadamente 74% dos 
ácidos graxos insaturados, sendo facilmente peroxidados, o que faz com que o 
farelo de arroz não possa ser armazenado por longos períodos O processo de 
rancificação pode ser evitado pela desengorduração. Possuem 13% de PB, 10 a 
15% de gordura e 12% de FB; tem como inconveniente elevado teor de gordura 
(mais ou menos 13 %), sendo facilmente peroxidável. A peroxidação desta gordura 
leva a distúrbios intestinais, além de provocar a destruição da vitamina E, da 
vitamina A, biotina, metionina, etc. Em dietas para cães é recomendável que a 
utilização não ultrapasse 10 da ração (farelos com baixo teor de casca). O sorgo 
possui em média 90 a 95% do valor nutritivo do milho quando utilizado na 
alimentação de aves e suínos,. Possui menor percentagem de óleo e o teor de 
proteína bruta é 1 a 2% superior ao do Milho. O revestimento externo do grão é 
fibroso e isto, juntamente com a camada de aleurona, dificulta o cozimento. A 
digestão de seu amido ocorre de forma mais lenta que a do amido do milho, o que 
levou algumas empresas a pesquisar e patentear a utilização destas fontes em 
rações para cães. 
A digestão lenta dos carboidratos,tanto do sorgo quanto da cevada, 
resultaria em moderados níveis de glicose após as refeições. Estes níveis 
moderados de glicose poderiam ser interessantes em algumas condições especiais, 
como no controle da diabetes ou em dietas para o controle da obesidade, onde 
níveis moderados e persistentes de glicose ajudariam a inibir o consumo e controlar 
 
 
 
 
 
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a fome destes animais. O milho (Zea mays) é um dos cereais mais importantes 
produzidos no mundo. Sua composição varia bastante, mas na média apresenta 
8,5% de proteína, 1 a 1,5% de matéria mineral, 3,2 a 3,8% de extrato etéreo 
(gordura), de 1,9 a 2,5% de fibra bruta e 3933 de energia bruta. Apresenta 62% de 
amido, sendo 27% amilose e 73% de amilopectina, o que confere a esse ingrediente 
alto valor energético de forma altamente digestível. A ervilha forrageira (Pisum 
sativum) é uma leguminosa não oleaginosa que apresenta níveis de proteína bruta 
ao redor de 20%, além de apresentar baixos níveis de fatores antinutricionais 
comparada à soja. A atividade antitripsina é de 13% do valor encontrado na soja. As 
variedades de ervilha mais utilizadas na alimentação de animais não-ruminantes 
pertencem à subespécie hortense, possuindo flores brancas que produzem grãos 
redondos, livres de tanino, com alto teor de amido e baixa gordura e fibra. 
 Dentro da subespécie hortense, existem muitas variedades que apresentam 
variações nas suas características nutricionais, com níveis protéicos na matéria 
seca, entre 18 e 28% e nos teores e tipo de amido, apresentando alta digestibilidade 
da proteína e energia. Contudo, as cultivares da subespécie arvense, de flores 
coloridas, possuem tanino em concentrações capazes de reduzir a sua 
digestibilidade. A digestibilidade da proteína bruta de cultivares de flores brancas 
apresenta valores em torno de 90%, enquanto que para as de flores coloridas os 
valores médios são de 70%. 
 
Processamento dos alimentos comerciais 
 
O processamento para a produção de alimentos secos (figura 25) para cães 
e gatos é a extrusão. O fluxograma de produção inclui a recepção da amostra, a sua 
armazenagem, a moagem, dosagem e mistura, secagem, engorduramento, 
resfriamento e ensaque. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 25 – Ração seca 
 
 
Na recepção das matérias-primas, devem-se fazer testes para averiguar a 
qualidade dos ingredientes e decidir pelo seu aceite ou rejeição. Retiram-se 
amostras para realização de testes qualitativos rápidos. Cuidados com a 
amostragem são fundamentais, devendo-se realizá-la em vários pontos da carga do 
caminhão, com o objetivo de conseguir uma amostra representativa. Metodologias 
como a do NIRS (Near infrared spectroscopy), que com base em uma calibração 
prévia, auxiliam na determinação do conteúdo de nutrientes de uma amostra, sem 
deteriorá-la, têm sido utilizadas pelas indústrias de alimentos comerciais para 
analisar a matéria-prima que recebem de fornecedores. 
Posteriormente, essas amostras serão armazenadas até irem para os silos, 
onde serão utilizadas. Deve-se garantir que nesta etapa o controle de 
umidade/temperatura, o controle de pragas e fungos, qualidade das sacarias, 
estabilidade das pilhas de sacarias, controle do tempo de armazenamento e do 
sistema FIFO (first in, first out), ou seja, o primeiro produto que entra na área de 
armazenamento deverá ser necessariamente o primeiro a ser utilizado na área de 
produção. 
Na moagem, é importante que as partículas sejam reduzidas a ponto de 
garantirem uma extrusão adequada, com gelatinização eficiente do amido. Para que 
isso ocorra sugere-se que a granulometria seja inferior a 600 micras e há 
ingredientes que precisam de remoagem, ou seja, duas moagens para atingir o 
diâmetro ideal de partículas. 
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Posteriormente, os ingredientes devem ser pesados de acordo com a 
formulação e misturados, havendo mecanismos adequados nos silos de dosagem 
(para que não aconteçam quedas da uniformidade do produto), dimensões corretas 
de elementos dosadores (roscas ou válvulas), faixas de precisão e aferição periódica 
e misturador adequado. 
O alimento então é submetido à extrusão. O verbo extrusar, deriva do latim 
ex (fora) e trudere (forçar) e significa forçar através de um orifício pequeno. À 
medida que o alimento se move através da extrusora, sofre a ação de alta 
temperatura (até 90-150 ºC) e pressão (que varia de 30-60 atm) por pouco tempo 
(15-20segundos), posteriormente causando uma queda brusca de ambos que leva a 
uma pressão negativa e a expansão da matéria (Harper, 1979). Esse processo leva 
à alteração das características nutricionais do alimento, melhorando a 
digestibilidade, textura, palatabilidade e valor nutritivo destes; o amido sofre a perda 
de estrutura cristalina e a gelatinização, com conseqüente melhora de 
digestibilidade; a ruptura da parede celular pode facilitar o acesso de enzimas 
digestivas a conteúdos anteriormente inacessíveis, o que pode incrementar a 
digestibilidade da proteína, mas alguma porção de aminoácido pode sofrer reação 
de Maillard (reação do grupamento amina de aminoácido lisina com açúcares 
redutores, como glicose, frutose) indisponibilizando parte dele e as fibras sofrem 
alteração em sua solubilidade, podendo tornar-se mais solúveis. No entanto, há 
perda de vitaminas, e deve-se ajustar a fórmula para compensar essas perdas. 
Após a extrusão ocorre a secagem que tem como função reduzir o teor de 
umidade do alimento que sai da extrusora com 20% de água aproximadamente. O 
objetivo é fazer com que a umidade seja reduzida a menos que 10%; o 
engorduramento (banho de óleo que aumenta a palatabilidade do produto e onde 
alguns aditivos são incorporados ao alimento); e o resfriamento que objetiva a 
redução na temperatura para evitar a condensação de alimento na parede dos silos. 
Após todos estes procedimentos o ensaque é realizado em embalagens adequadas. 
Na figura 26, está demonstrado o fluxograma de produção de alimento 
comercial seco para animais de companhia. 
 
 
 
 
 
 
Figura 26- Fluxograma do processo de produção de alimentos para cães e gatos. 
Fonte: Oliveira e Oliveira (2007). 
 
 
O processamento de alimento úmido (figura 27) é feito de maneira 
totalmente distinta. São preparados cozinhando e misturando todos os ingredientes 
úmidos conjuntamente: enlata-se e cozinha-se a mistura, ela-se e esteriliza-se a lata. 
A sua preparação passa por duas etapas. Para começar, se injeta vapor durante a 
mistura da fórmula, seguindo-se uma fase de cozimento sobre pressão. A 
temperatura e duração desta fase variam segundo o produto e o tamanho da lata, 
mas normalmente as latas são submetidas a 250ºC durante sessenta minutos, 
aproximadamente. 
 
 
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 Figura 27- Ração úmida 
 
 
No ponto de vista do processamento, existem três tipos de alimentos: em 
pasta, em pedaços ou pedaços com molho e também uma combinação de pasta 
feita à base de pedaços. Segundo os ingredientes utilizados, estes produtos 
apresentam grande variação no seu conteúdo de nutrientes, no seu grau de 
digestibilidade e de disponibilidade. No entanto, geralmente, os alimentos enlatados 
são palatáveis, têm grande digestibilidade e contêm uma proporção maior de matéria 
seca gordurosa e protéica. A temperatura e pressão elevadas eliminam bactérias 
nocivase originam algumas perdas de nutrientes. Deve-se ajustar a fórmula para 
compensá-las. 
 
Dietas caseiras para cães e gatos 
 
Antes de falarmos sobre dieta caseira é fundamental considerar que seu 
conceito é totalmente distinto de resto de comida. Neste caso, estamos nos referindo 
a formulações balanceadas, que têm como objetivo atender as necessidades 
nutricionais destes animais. Elas podem ser utilizadas em diversos tipos de casos 
como por exemplo, alergias nutricionais, obesidade, síndrome da má absorção, 
oncologia, problemas renais, ou mesmo quando o animal é saudável mas seu 
proprietário quer uma alimentação personalizada e diversificada. Assim, é importante 
lembrar que estas dietas devem ser elaboradas de maneira balanceada, 
respeitando-se os requisitos dos animais e os objetivos a que elas se destinam. 
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As dietas caseiras apresentam vantagens e desvantagens quando 
comparadas aos alimentos comerciais: palatabilidade e aceitabilidade elevadas, 
maior variedade, ingredientes frescos e de alta qualidade, são melhores aceitas por 
cães de apetite melindroso, podem ser preparadas visando objetivos específicos, 
como dietas hipoalergênicas (baseadas em testes de sensibilidade alérgica e 
eliminando todos os alimentos alergênicos). 
 Dentre as principais desvantagens estão o custo elevado, quando 
comparado às rações comerciais padrão, entretanto se assemelham ao custo dos 
alimentos comerciais premium e superpremium; maior tempo gasto com o preparo; 
grandes variações dos teores vitamínicos, protéicos, minerais e das gorduras, 
quando utilizadas fórmulas padrão ou resto de comidas para humanos; as fórmulas 
aleatórias apresentam digestibilidade incerta, normalmente utilizam-se conceitos de 
palatabilidade humana; as fezes são menos consistentes e em grande volume; a 
consistência pastosa da comida favorece o acúmulo de resíduos nos sulcos 
dentários e gengivas, resultando em placas bacterianas (tártaro); por serem mais 
apetecíveis podem levar a um super consumo, causando a obesidade, tempo de 
conservação curto. O alimento pode ser conservado sob refrigeração no máximo 
por 1 - 2 dias. Se conservado congelado (2 meses) exige grandes espaços, 
principalmente dietas elaboradas para cães de raças grandes. 
Em nutrição animal, deve ser aplicado o princípio da toxicologia: tudo é 
tóxico, até mesmo água ou oxigênio, depende apenas da dose e via de 
administração. Assim, podemos lançar mão de uma série de ingredientes na 
elaboração das dietas caseiras, mas é preciso atentar para os seus limites de 
inclusão. Além disso, devem-se conhecer os fatores antinutricionais que limitam o 
uso de alguns, como cebola, espinafre, chocolate, etc. 
Nas tabelas 8, 9 e 10 estão demonstradas as composições de alguns 
ingredientes pertencentes aos principais grupos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Tabela 8 - Porcentagem de nutrientes em frutas* 
 Matéria Seca 
 U 
% 
MS 
% 
EM 1
Kcal 
EM1 
Kcal/g B% 
Cz% FDN
% 
EE% Ca% P% Vit A 2
IU/kg 
Vit E 
mg/kg
Maça 84,8 15,2 58 3,68 1,2 1,6 12,7 2,2 0,05 0,04 5636 54,6 
Banana 74,0 26,0 92 3,54 4,0 3,1 6,6 0,7 0,02 0,08 7485 10,5 
Uva 81,1 18,9 68 3,60 3,6 2,5 - 1,5 0,10 0,11 7937 - 
Goiaba 86,1 13,9 50 3,60 5,9 4,3 - 5,9 0,14 0,18 20160 - 
Manga 81,6 78,4 65 3,55 2,8 2,7 5,9 1,5 0,06 0,06 261500 65,3 
Laranja 85,7 13,3 47 3,36 7,2 3,4 20,1 0,9 0,31 0,11 - 18,5 
Mamão 87,9 12,1 40 3,31 4,3 4,5 - 0,7 0,17 0,14 144600 - 
Pêssego 87,7 12,3 43 3,46 5,7 3,7 5,0 0,8 0,05 0,10 108100 - 
Pêra 84,3 15,7 61 3,89 3,0 2,1 15,5 1,9 0,06 0,10 1274 27,4 
Abacaxi 86,5 13,5 49 3,63 8,9 2,1 11,4 3,2 0,05 0,05 5185 7,4 
Melancia 91,5 8,5 32 3,77 7,3 3,1 2,4 5,1 0,09 0,11 69410 - 
(-) Falta de dados confiáveis 
1 Valores de EM para humanos 
2 Vit A = atividade da Vitamina A calculada a partir da composição de carotenóides 
U = umidade; EM=Energia Metabolizável; MS= matéria seca; PB = proteína bruta; FDN + 
:Fibra Detergente Neutra, EE = extrato etéreo; Ca + cálcio e P = fósforo. 
Fonte: Software Animal Nutritionist apud Dierenfeld et al. (1996) apud Saad et al. (2004). 
 
Tabela 9 - Porcentagem de nutrientes em vegetais talo/polpa e raízes 
/tubérculos* 
 
 Matéria Seca 
 U% MS 
% 
EM 1
Kcal 
EM1 
Kcal/g B%
Cz% FDN
% 
EE% Ca
% 
P% Vit A 2
IU/kg 
Vit E 
mg/kg 
Talos e 
polpas 
 
Couve flor 92,3 7,7 24 3,12 25,8 8,6 16,0 2,3 0,38 0,60 30 3,9 
Aipo 94,7 5,3 16 3,01 12,5 16,8 17,0 2,3 0,70 0,49 45280 67,9 
Acelga 78,8 21,2 81 3,81 25,5 4,1 16,0 1,9 0,12 0,51 70 6,1 
Berinjela 91,6 8,4 27 3,21 16,6 8,1 13,1 3,1 0,61 0,50 4760 0,3 
Pimentão 
verde 
96,0 4,0 13 3,25 13,6 9,5 12,6 3,3 0,35 0,43 20830 37,7 
Pimentão 
vermelho 
94,0 6,0 15 2,50 15,0 - 15,0 6,7 0,15 0,42 3667 133,3 
 
 
 
 
 
187 
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Tomate 94,2 5,8 14 2,41 16,4 10,5 31,6 3,6 0,24 0,45 155200 146,6 
Raízes/tub. 
Beterraba 87,3 12,7 44 3,47 11,7 8,4 11,8 1,1 0,13 0,38 1580 0,8 
Cenoura 88,0 12,0 43 3,58 10,0 8,3 8,3 8,3 0,42 0,33 550000 58,3 
Batata 77,0 23,0 80 3,48 9,6 4,8 2,4 0,4 0,04 0,26 - 173,9 
Rabanete 94,8 5,2 17 3,27 19,2 15,4 14,3 1,9 0,58 0,60 1920 - 
Batata doce 69,6 30,4 125 4,11 5,8 2,7 13,5 0,7 0,06 0,18 8800 131,6 
Mandioca 68,5 31,5 120 3,81 9,8 3,4 - 1,2 0,29 0,22 320 - 
Folhas 
Repolho 96,5 7,5 3 3,16 16,2 9,6 14,7 2,4 0,62 0,31 146900 223,5 
Alface 94,9 5,1 3 3,14 25,5 15,0 17,0 3,9 0,71 0,88 372500 58,8 
Espinafre 91,6 8,4 3 2,62 30,0 15,0 21,0 3,6 1,50 0,66 785700 297,6 
Brotos de alfafa 70,0 30,0 2 1,87 6,7 - - - 0,48 0,21 - - 
(-) Falta de dados confiáveis 
1 Valores de EM para humanos 
2 Vit A = atividade da Vitamina A calculada a partir da composição de carotenóides 
U = umidade; EM=Energia Metabolizável; MS= matéria seca; PB = proteína bruta; FDN + 
:Fibra Detergente Neutra, EE = extrato etéreo; Ca + cálcio e P = fósforo. 
Fonte: Software Animal Nutritionist apud Dierenfeld et al. (1996) apud Saad et al. (2004). 
 
 
Tabela 10- Porcentagem de nutrientes em produtos de origem animal 
 
 Matéria Seca 
 U% MS 
% 
EM 1
Kcal 
EM1 
Kcal/g 
PB% Cz% FD
N%
EE
% 
Ca% P% Vit A 2
IU/kg 
Vit E 
mg/kg 
Carne bovina 75,0 25,0 130 5,00 70,0 3,5 
2,0 
0,05 1,09 2000 25,0 
Coração bovino 75,6 26,4 135 5,11 68,6 3,2 
5,3 
0,03 0,71 1136 - 
Pulmão bovino 79,0 21,0 100 4,76 79,1 3,8 
6,7 
0,05 0,71 3333 14,3 
Rins bovino 77,7 22,3 113 5,07 75,3 5,4 
7,9 
0,06 0,98 31390 29,2 
Fígado bovino 73,6 26,4 130 4,92 75,8 4,4 
7,1 
0,04 10,3 778400 37,9 
Frango 
(completo) 
73,3 26,7 140 5,23 47,4 - 
9,8 
1,75 - 23700 30,4 
Ovos com 
casca 
67,0 33,0 142 4,30 33,03 4,5 
0,3 
13,80 1,8 14200 33,3 
 
 
 
 
 
188 
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Ovos sem 
casca 
74,8 25,2 147 5,83 48,8 0 
3,3 
0,22 0,80 20500 63,5 
Peixe alta 
gordura 
(sardinha) 
71-73 27-29 119-
174 
4,4-6,0 46-69 6,2-
10 0-46
1,0-
2,0 
1,4-
2,0 
1650-
2160 
67-129 
Peixe baixa 
gordura 
(pescado) 
75-80 20-25 86-
115 
4,3-4,6 68-70 8,5-
10,5 8-20
1,3-
2,9 
2-
2,5 
2100-
3300 
94-200 
Carne de 
cavalo 
70,7 29,3 145 4,95 64,5 3,3 
3,0 
0,07 1,06 2048 23,9 
(-) Falta de dados confiáveis 
1 Valores de EM para humanos 
U = umidade; EM=Energia Metabolizável; MS= matéria seca; PB = proteína bruta; FDN + :Fibra 
Detergente Neutra, EE = extrato etéreo;Ca + cálcio e P = fósforo. 
st apud Dierenfeld et al. (1996) apud Saad et al. (2004). 
 
 
A formulação de dietas caseiras exige a participação de um nutricionista 
para a obtenção de fórmulas que sejam balanceadas e adequadas aos animais. 
Normalmente, a suplementação vitamínica e mineral faz-se necessária e as 
proporções adequadas devem ser definidas pelo profissional. 
Em relação aos alimentos utilizados em nutrição de cães e gatos pode-se 
dizer que tanto as dietas caseiras quanto as comerciais têm vantagens e 
desvantagens. A escolha de qual a melhor opção depende do animal e também do 
proprietário. Questões como aceitabilidade por parte do cão ou gato e 
disponibilidade do proprietário são alguns dos fatores que precisamos considerar ao 
fazermos a escolha. O conceito de que a ração é a única opção para cães e gatos 
foi muito difundida com o crescimento da indústria de alimentos para animais de 
companhia, mas não corresponde à realidade. Em algumas situações, como nas 
hipersensibilidades alimentares ou apetite caprichoso, a dieta caseira pode ser a 
melhor opção. Mas, ela exige tempo e dedicação por parte do proprietário que 
necessitará cozinhar para o seu animal de companhia, já que as dietas caseiras são 
formuladas exclusivamente para ele. 
Com este módulo, concluímos o estudo dos princípios básicos de nutrição e 
alimentação de cães e gatos, tendo estudado as exigências desses animais e os 
principais alimentos destinados a eles. Este curso é a base para o entendimento de 
 
 
 
 
 
189 
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como a nutrição pode afetar diretamente a saúde dos animais e como podemos usá-
la para evitar doenças, bem como no tratamento de suporte de patologias crônicas. 
A mensagem mais importante é que a nutrição deve funcionar como medida 
de saúde preventiva, ou seja, assim como nós, os animais são aquilo que comem e 
uma nutrição adequada, desde as fases iniciais, pode evitar o retardar o 
aparecimento de doenças. Bem como garantir maior longevidade e qualidade de 
vida aos cães e gatos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
----------------FIM DO MÓDULO IV--------------- 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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