Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Parada cardiorrespiratória Definição: cessação súbita da função mecânica cardíaca, com consequente colapso hemodinâmico. Fases da PCR Fase elétrica: período inicial, primeiros 4-5 minutos, geralmente em FV. Desfibrilação imediata e RCP de alta qualidade se fazem necessárias. Fase hemodinâmica: período de 4-10min após PCR. Representa a depleção dos substratos para um adequado metabolismo. Desfibrilação e a RCP de alta qualidade ainda são medidas críticas. Fase metabólica: período que sucede 10 min de PCR, representada por acidose e disfunção celular grave. O tto é primariamente baseado em cuidados pós-parada. Se nessa fase não ocorrer o retorno da circulação espontânea, as chances de sobrevivência caem drasticamente. Manobras e procedimentos Compressões Paciente em posição supina em superfície rígida 100-120 compressões\min com profundidade de 5-6 cm. Mínimas interrupções Ausência de via aérea avançada: 30 compressões para cada 2 ventilações ou 1 ventilação a cada 6s (escolher). Presença de via aérea avançada: compressões torácicas realizadas continuamente e simultaneamente às ventilações, 1 a cada 6 segundos. Possíveis complicações das compressões torácias Fratura de arcos costais Fratura de esterno Contusão pulmonar Pneimotórax Contusão miocárdica Derrame pericárdico Laceração esplênica Laceração hepática Desfibrilação Atendimento pré-hospitalar: realizada por desfibrilador externo automático. Analisa o ritmo automaticamente e indica se o choque é necessário sem a necessidade de o operador interpretar o ritmo. Atendimento hospitalar: No início da ressuscitação, o ritmo deve ser checado e, na presença de ritmo chocável (FV ou TVsp), deve ser realizada o mais precocemente possível e não deve ser atrasada pelas compressões torácicas. AESP pode ser observado após uma desfibrilação bem-sucedida, assim, mesmo se um ritmo organizado se apresentar no monitor, é necessária a manutenção da RCP por mais um ciclo. Posicionamento das pás Posição anteroapical: uma pá é colocada em ápice cardíaco e a outra pá é colocada em região infraclavicular direita. Posição anteroposterior: uma pá adesiva é colocada em região paraesternal esquerda e a outra pá é colocada em região infraescapular esquerda. Posição posteroapical: uma pá adesiva é colocada em região precordial e a outra pá é colocada em região infraescapular esquerda. Precauções Sempre verifique se não há ninguém em contato com o paciente no momento do choque. Se o paciente se encontrar molhado, é preciso secá-lo antes. De maneira nenhuma o paciente deve ser desfibrilado em superfície condutora de eletricidade. Sempre interromper a ventilação e o fornecimento de oxigênio e retirar todos os objetos metálicos e ''patches'' de medicações do paciente para prevenir possíveis queimaduras e incêndio. Em pacientes com grande quantidade de pelos realizar uma rápida tricotomia para garantir adequado contato entre as pás e a pele. Garantir que o gel condutor de uma pá se mantenha a mais de 5 cm de distância da outra pá. Marca-passo: manter pelo menos 12,5cm de distância entre as pás e o dispositivo. Energia necessária para desfibrilar de acordo com o aparelho Aparelho Energia Monofásico 360J Bifásico 120 a 200 J (dependendo do fabricante) Desconhecido Carga máxima Vias aéreas Abertura da via aérea Jaw trust: elevar a mandíbula para frente pelo ângulo da mandíbula. Se houver história de trauma associado head tilt-chin lift: elevação do queixo e extensão da cabeça. Avaliação da cavidade oral: presença de secreções ou de corpo estranho. Via aérea não avançada Ventilação boca a boca/boca a máscara Ventilação boca a nariz Ventilação pela traqueostomia Ventilação por bolsa-válvula-máscara Via aérea avançada IOT: indicação, ventilação ineficiente com BVM. Havendo a decisão da equipe pela IOT, esta deve ser realizada sem a interrupção das compressões torácicas. Dispositivo supraglótico Acesso venoso Acesso venoso periférico (AVP) correção de possíveis causas reversíveis dependem de medicações ou volume Após a infusão da medicação pelo AVP, realizar flush com 20mL de soro fisiológico 0,9% e elevação do membro. Acesso venoso central monitorizar pressão venosa central Acesso intraósseo rápida infusão de volume e vasopressores Acesso arterial canular uma artéria femoral com objetivo de monitoração da PAD e de titular os esforços da ressuscitação. Medicações Vasopressores Adrenalina ação em receptores alfa e beta adrenérgicos. Nos receptores alfa ela atua causando vasoconstrição da musculatura lisa vascular periférica, o que aumenta tanto a perfusão coronariana quanto a cerebral. Alguns dos EA estão relacionados à sua ação nos receptores beta, que podem causar aumento do trabalho cardíaco e consequentemente da demanda por oxigênio. 1mg, EV, a cada 3-5 minutos Antiarritmicos – ritmos chocáveis Amiodarona Age nos canais de potássio, sódio e cálcio, mas também possui propriedades de bloqueio alfa e beta. A amiodarona promove vasodilatação arterial periférica e coronariana. Está indicada em pacientes que apresentam FV ou TV sp após a desfibrilação inicial ter falhado. Deve ser usada na dose de 300 mg EV, em bolus, seguida por 150mg, se necessário Lidocaína (2º linha) age como agente disrítmico, bloqueando os canais de sódio e aumentando assim o limiar de despolarização. Magnésio vasodilatador e antiarrítmico, por regular o transporte de sódio, potássio e cálcio entre membranas celulares eficaz na resolução da TV polimórfica sustentada desfibrilação, seguida de um bolus de 1-2g IV de sulfato de magnésio em 10mL de soro glicosado 5% adm em 1 minuto. Bicarbonato de sódio PCR por hipercalemia, acidose metabólica ou intoxicação por ADTs. US Cardiac Arrest Sonographic Assessment em 3 avaliações, cada uma delas realizadas no momento da checagem de pulso, elas devem obrigatoriamente ser realizadas em <10s. 1º avaliação: visa à identificação de tamponamento cardíaco (ex. derrame pericárdico com colapso diastólico do VD). 2º avaliação: visa identificar TEP, verificando principalmente a dilatação do VD em comparação com o VE menor. 3º avaliação: visa identificar a presença ou ausência de atividade mecânica cardíaca. Causas de PCR Causas reversíveis de PCR 5Hs Conduta 5Ts Conduta Hiper\hipocale mia Hipocalemia: KCl 19,1% Hipercalemia: gluconato de cálcio 10%, bicarbonato de sódio 8,4%, glicose + insulina Tóxicos Antagonista específico Hipóxia Oferecer suporte ventilatório adequado com O2 a 100% Tamponame nto cardíaco Pericardiocent ese Hipovolemia Reposição volêmica, transfusão de hemocomponen tes Trombose coronariana Intervenção coronária percutânea (angioplastia coronária) Hipotermia Cobertores\man tas térmicas, SF 0,9% aquecido, considerar ECPR como 1º escolha. TEP Trombólise H+ (acidose) RCP de alta qualidade, bicarbonato de sódio se acidose grave Tensão pulmonar (pneumotóra x) Punção de alivio e posterior drenagem de tórax Ritmos cardíacos encontrados na PCR Ritmos chocáveis – mesma conduta RCP de alta qualidade, a adm de vasopressores e antiarrítmicos e a desfibrilação. Fibrilação ventricular Taquicardia ventricular sem pulso Ritmos não chocáveis Atividade elétrica sem pulso: ausência de pulso palpável na vigência de atividade elétrica cardíaca organizada. Avaliação do ritmo AESP QRS estreito (alteração mecânica) QRS largo (alteração metabólica) Tamponamento cardíaco Hipercalemia TEP Intoxicação por bloqueador do canal de sódio Pneumotórax IAM (falha de bomba) – parede anterior Hiperinsuflação mecânica IAM (ruptua miocárdica)– parede inferior Assistolia: completa cessação da atividade elétrica miocárdica. Geralmente, reflete o estágio final de uma PCR não tratada ou refratária. Seguir o protocolo da linha reta: Checar cabos e conexões. Aumentar o ganho. Mudar a derivação. Confirmada a assistolia, o protocolo segue com RCP de alta qualidade. Suporte básico de vida (Basíc Life Support - BLS) Reconhecimento imediato de parada cardiorrespiratória. Ativação imediata do sistema de resposta a emergências. Manuseio básico de vias aéreas. RCP precoce e de alta qualidade. Desfibrilação rápida com um desfibrilador externo automático (DEA). Suporte Avançado de Vida (Advanced Cardiac Life Support - ACLS) Envolve a RCP de alta qualidade e a desfibrilação, associadas à utilização de dispositivos de via aérea avançada, oxigênio, acesso venoso, drogas, dispositivos de compressão mecânica e de oxigenação por membrana extracorpórea. Finalização dos esforços Considerar: Tempo total de PCR Tempo de PCR sem RCP Tempo de PCR com RCP Idade Comorbidades Ritmo de parada Provável causa da parada Valores/desejo prévio do paciente/familia Hipotermia Capnografia: incapacidade de se obter valores de CO2 > 10 mmHg após 20 min de RCP. Disposição dos profissionais de saúde responsáveis pelo atendimento
Compartilhar