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1 SITUAÇÃO-PROBLEMA Nos últimos anos, a Argo Menthor tem acompanhando de perto o crescimento dos seus clientes que atuam no segmento de alimentação. De acordo com dados da Euromonitor, houve: crescimento médio de mercado de 12,3% até 2018 e previsão de alta de 4% ao ano até 2021. Nesse contexto, a empresa vem reforçando o seu posicionamento de mercado a partir de ações que destaquem o vínculo com essas empresas parceiras, de forma a evidenciar a importância dos compostos fornecidos pela Argo Menthor para o desenvolvimento do setor. Um exemplo da estratégia de mercado adotada é o plano de marketing da Argo Menthor, implementado com o objetivo de reforçar o posicionamento da empresa a partir do slogan “Quando tem Argo, tem inovação”, uma clara referências à importância dos compostos fornecidos pela Argo Menthor para os processos de produção das empresas parceiras. Recentemente, o seu principal cliente se envolveu em um escândalo ao ser mencionado em uma reportagem veiculada no principal telejornal do País que denunciou abatedouros por maus tratos a animais e péssimas condições sanitárias. A exibição da reportagem mobilizou as organizações de proteção aos animais, pesquisadores da área e consumidores em geral. As redes sociais e os jornais foram invadidos pela divulgação de relatórios sobre os impactos ambientais causados pela produção de carne, incluindo os malefícios para a saúde humana e a crueldade com os bichos. Nesse contexto, um novo player entrou no mercado oferecendo uma variedade enorme de produtos feitos à base de proteína vegetal, sem composição animal. Já nos primeiros meses após o lançamento, os investidores fizeram aportes de mais de R$ 100 milhões e os consumidores da marca passaram a publicar memes nas redes sociais com a frase: “Quando não tem Argo, tem inovação”. Esse movimento é parte de uma tendência percebida no mercado de alimentação brasileiro, que tem apresentado um aumento considerável no número de startups do segmento de alimentação que investem em inovação e tecnologia nas suas produções, as chamadas food techs1. A estratégia de posicionamento de mercado adotada pela Argo Menthor vinculou a sua marca ao processo produtivo de uma indústria que teve importante crescimento, mas não estava alinhada com os valores do negócio da empresa, que tem como propósito: “Gerar benefícios para a humanidade de maneira socialmente sustentável, visando à sustentabilidade e o respeito à vida”. Em meio à crise de imagem, o CEO da Argo Menthor, Sr. Jason Higgins, convocou o conselho de administração da empresa para uma reunião extraordinária, para debater a estratégia de 1 De acordo com o relatório do Liga Insights Food Techs – Panorama das startups brasileiras na cadeia da Alimentação, feito pelo Liga Insights, com a parceria de Derraik & Menezes, IGC Partners, Ambev e Cargill –, o Brasil conta com 332 startups que estão entregando valor para a cadeia de alimentação, em 16 categorias de aplicação. Estima-se que o mercado de Food Techs deve atingir um valor global de R$ 980 bilhões em 2022. 2 posicionamento da empresa à luz dos últimos acontecimentos. Clique nos números a seguir para ver o que foi discutido pelo conselho. A empresa vem sofrendo pressão constante da grande mídia e de influenciadores digitais que militam em prol da causa animal. A necessidade de um posicionamento claro e efetivo da Argo é urgente, haja vista a queda já percebida nas vendas da última quinzena. Johannes Klaus, diretor de Marketing e Vendas da Argo Menthor – e responsável pelo posicionamento de mercado adotado até então pela empresa – convocou a sua equipe para uma reunião de brainstorming. A ideia é se antecipar às críticas e levar para a reunião do conselho uma proposta de solução efetiva e sustentável para o problema. A Argo Menthor está fortemente presente em redes sociais e mantém uma estratégia de conteúdo relacionada com as empresas parceiras e com publicações de dados do setor. Apesar do grande número de seguidores já conquistados, nas semanas após as denúncias feitas contra o seu principal cliente, a empresa registrou um aumento considerável no número de comentários negativos dirigidos à empresa. Um verdadeiro massacre virtual! Do outro lado, a recém-chegada foodtech está ganhando cada vez mais mercado com a produção de proteína sem o uso de carne animal. As estratégias de conteúdo para as redes sociais incluem: 1. trabalho de positivação de marca a partir da criação de memes com animais, da publicação de dados; 2. pesquisas sobre alimentação vegana e sobre os impactos da produção de carne no Brasil e no mundo e 3. lançamento regular de novas linhas de produtos.
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