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REVISAO Dentigio decidua - Evolugio e caracteristicas de normalidade Primary dentition - Evolution and normal characteristics Teresa Cristina Moreira j Cdtia Cardoso Abdo Quintao'? Luciane Macedo de Menezesl Maria Evan8elina Monneraf RESUMO O objetivo das autoras foi reunir os conhecimentos bdsicos relacionados ao desenvolvimento da dentigio decidua a fim de servir como material diddtico para os alunos do curso de graduagio em OdontoloSia. Este artigo apresenta as fases evolutivas, a cronologia e a seqii6ncia da erup- eao dentdria e as caracteristicas de normalidade desta dentigao. Unitermos - Dentiqao decidua, desenvolvimento, oclusao normal. SUMMARY The purpose of the authors was to compile the basic knowledge on the development of the p mary dentition to be used as pedagogical material fot undergraduation studenx of dental school. This article apprcaches the evolutive stages, sequence and timing of dental eruption and also brings information about the normal chatacteistics of this dentitpn. Key words - Primary dentition, clevelopment, normal occlusion Diante do conjunto estrutural que conpoe a cavidade oral, a dentiqio apresenta peculiaridades de relevanre imponan- cia na educaeao odonrol6grca A biogCnese da dentiQeo humana e da oclusao dentiria, juntamente com o cresclmento e desenvol- vimento craniofacial sao processos cujo conhecimento d obrlga- t6rio pelos profissionais relacionados ) Odontologla. A oclusao dentiria humana esti em constante mudan- ea, especialmente, durante a infancia e mostra muitas variaqdes entre os individuos Quando exan'inada clinicamente pode pare cer anormal no arranjo, mas deve ser considerado que o normal depende da idade do individuor6. Toma-se imporiante o conheci mento dos parAmetros de normaldade pefiinentes is diferentes faixas etirias para que, na avaliagao da oclusao dentiria, o cirur giao-dentista possa atuar corretamente, quer mantendo as condi- gdes normais, quer conigindo as anormalidades. TNTRODUCAO A cavidade oral corresponde ao espaeo delimirado pe- los ldbios, bochechas, assoalho bucal e palator', que cont6m o sistema mastigador, o qual forma uma unidade funcional consti- tuida da dentiEao, do periodonto, dos maxilares, das articulae6es tCmporo-mandibulares, dos mrjsculos envolvidos na movimenta- gio da mandibula, do sistema ldbios-bochechas lingua, do siste- ma salivar, e dos mecanismos neuromusculares e nutaitivos en- volvidos na manutenfao da funqio adequadar6. Representa uma parte do corpo humano que deve ser conhecida por todos os cirurgioes-dentistas para que possam intervt de forma adequada atrav6s: da informagao dos responsdveis sobre padrdes normais de desenvolvimento; do diagn6stico de anormalidades; da ado fao de procedimentos preventivos e/ou cumtivos visando mantel ou restabelecer a saride geral do paciente Enviado em 30/l 1/00 Aprcvado em l2103/01 I Doutoranda de O(odontia pela FOUFRJ, Professor Arsistente de Oftodonha da FOUFRj. '? Doutoranda de Ortodontia pela FOUFRJ, Professor Assistente de Ortodonria da FOUERj r Doutoranda de Ortodontia pela FOUFRJ, Professor Assistente de Ortodontra da FOUFSC 4 Livre Docente de Otudontia da FOUFRJ- Rev. SBO, vol .4, no 1:5-13,2002 EVOLUCAO DA OCLUSAO DENTARIA HUMANA tJ dc:en\ol\ imento da ( lenticio € um proccsso con- :. l rc c\entos metltr :rcronaisj que cobre unr longo pcrl 'odo -i icnlp() l pdrr ir da sexta sernana de vidx ( l)r€ nrral) 116, .: | :() \rmtd!mentc, vinte anos de iclade'r Salzmannr,,c Koski '_ i i \rdrf im () dcsenvolvimento dt dentieio em quatro perio- Joj pre clcnta| dentigao decidua; denrif lo rnisrx c denriqio I ) r r n ranen le Periodo pr6-dental O perioclo prE-dental corresponde ao intervalo compre enclido entre o nascimento do beb€ e o surgtmento dos prmeiros clentes e clracteriza-se pch ausencia de elementos dcntirios e l ( s (n t " d , , s 6 "n6616 ;1J , , . r o l r l r s g (ng rvJ l \ A fxce e os maxtlares, ao nascimento, est io relat iva- rnente disliris a sua relagio p6s-natal com o cr-inior.. Nonlnl llcllte, a crienqx nao apresenta dentes trrornpidos: lu ,t, por€m lts radiog fils dos rnaxileres mostram n]uitos elemen()s dentirios enl varios estiglos do processo de fbrrnaElroi$ [In1x vez que e clieta no inicio da infincia € totalmenre flurda, a denriqao decidue nao 6 necessi ia et6 x crianea uti l izar al imentos s6l idosr3 Em relagiio ao conteildo denral, nx regiio anterior sllperior e infcri or, o continente 6sseo e insuficiente e os incisivos Iaterxis esl..io em giroversf,o e/ou apinhados em relaEao aos cenrrxis,. O periodo compieendido enrre o nascimento c o inicio dx enrpeiio dental6 chamedo de per.iodo dos roletes gengivaisrrro Nesta f:lse, os processos elveolrres, constltuidos de pequenos corn pxrtimenbs correspondentes aos germes dos dentes deciduosro esri'tr) tobertos pelos roletesrr, indicando os locais de dcsenvolvi- menft) dos ( lentesr ' / . No rec6ir nasciclo, o rebordo alvcolar 6 recolrrlo por uma mernbrana fibrosa, lirme e elevada, sob a qual xsscntam diretamente os sacos dent:iri()s dos denres deciduos,' A k)nne bisicx dos arcos 6 deterDtinada rla vida intri-Uterinerr A lefiine dental,6rgios do esmalte, cafiilegens nexilares clesenvol venl-se cm uma s6ric de arcos strnilares ) curva careniriar- O rolete superior tem e fbrma arreclondadaro ou seni clipticlr e a Fitura 1a Raletes Eengivais (vista oclusal) 6 Figura 1b Ro/etes gergi-lis lt6ta iontal) Espa:o mesial anteiot. ebt->bad:r 6 pouco profundlr (Figlrrx 2a). asscmellunckr sc i pata dc ca\':llo e tencle a se estender vestiblllxr e letcralrnentc ern rela- qao ao lrco infcrioir, enqtrento o inf_erior terrl a forDu clc,Ll- (Figura 2a), sendo sua porgio anterior inclinada vestibulrrmenre e nxis ponriegudarl', como pode ser visb na Figu 1x Quando os segmentos seo aproximadosr'],, os rolercs gengivais contaclam-se nir rcgiao posterior/'rD c existe Ltm cspxco intermaxilar na regiiio enterior'i]rrr', cltamxdo de espego mcsiel anterior":u, presente em 71 5% dos casosrs, como pode ser visto na Figurx lb O espaco intermaxilar anteri(x.ser.i eliminado pclo atF n'lento da mucosa iriveolar quando os incisivos deciduos cstiverem per,l inxnperrb Em scus bordos livres, cxistem saliCncias e pregas, as qLraN atuxfi1 como vedxnres responsiveis peia aderencix que viabilizl o vicno no aro flsi()l6gico clr lactagiorr) A boca cL() re cem-nascido possui um sistema sensorixl r ico qUe propicia o i t | put de vdrias funcoes neuromuscularcrj : sLrcgi io, rcsl) i raeao, ( le!! lut iCio e rosserr Ao nascinento, o rolete gengival superior projeta-se enre ri(n c vestibularmenre sobre o inferioq semelhante ao que existe quando os dentes estal() em oclusio]' Algllntj autores consideranr fisiol6gico tanto em reheio ao parto quanto em rclacao ) lactaqionl Em uma visra lateral, o rolere inferior esti posicionado distalD.rentc em relaeeo ao superiorrorrrr, em torno de 5 a 6 milimetros, podendo atingir l0 a 12 rnilimeros:o. Esta relae:o decresce progressivanrente at6 os vinte e um mesesz2rl, ti8ura 2 Seqidncia de etupeao das dentes deciduos a) roletes gengivais) b) tncisivos cenrais; c) incistvos latetais Rev. SBO, vol,4, n! 1, 2002 A relaeao dos na\ilares antes da erupeao dentina € difi cil estabelecer. pois. durante o primeiro ano de vlda, a crianea parece nao ter unra relaEao oclusal cCntrica ou de repouso definl- da Ao nascnneoto, os roleles gengivais, superior e inferior, nao se tocam, rnesmo quando os liibios estio pr6ximos A distXncia dos maxilares no rec6n'l-nrscido 6 indefinida, estando a lingua protnrida al6m das cristas ah,eolares Exisle um movimento anteropostenor limitado da mandibula. mas nenhum movimento lateraPr'. Hi um surlo de crescimento decofl-ente da movinenta- giio mandibular durante as fases de lactagio, que se repete em intervalos rcgulares e freqrientes ao dia e resulta na posicao mais mesial da mandibula'u. Apesar da funEio apresentar-se limitada ar succao. pois nos primeLrcs meses de vida, nao hi dentes traba lhando,de modo que as arhculaEoes e misculos, principalmente, os da mastigaEao controlam totalmente os movimentos mandibu lares. Durante a alimentaeao, a nundibula 6 levada para a frente tornando os mfsculos pterigoideos externos extremamente ali vos. Os movimentos de lateralidade sao de pequena intensidade, fazendo com que os c6ndilos sigam as mesmas trajet6rias quando em prolrusao, possibrlitando todo o aprcveitamento musculai6 Do nascimento at€ os seis ou sete meses de vida, a cavrdade bucal da crianga € eddntula'5. Ocasronalmente, um ou mais dentes estao irrompidos ao nascimentoirs te 22 ou rrompem durante o prrnreiro m€s de vida, sendo chamados de dentes na lais ou neo nxtais, respectivarnentet{re A coroa pode parecer normal ou ser unrA esrutura similar a uma concha frouxamente aderida ao ah6olo pelo tecido mole, havendo polrca ou nenhu- ma raizr Na maioria dos crsos. n'io devem ser extraidos"tr" por- que sao usualmente pane d! denriceo normal'I Por€nr. se a maior pane da coroa irrompeu e nio estii suponada por tecrdo mole, a e\lraeio 6 necessiiria pelo desconfono causado pela sux presenca durante J <rm<rmen(a!io. l .rnto par. l a (r iJnca qulnro para a mae, ou pela possibihdade do seu deslocamenlo com a conseqriente deglut ieao ou aspiraEao' Cabe ao cl inico ou odontopedntra realizar o diagn6stico diferencial atrav6s de radiogra- fia da regiao, pondeEr as vantagens e os riscos e determrnar o procedi- mento mais sensato, Ocasionalmente, as cdangas nascem com esrutums simi lares aos dentes, em geral na regiao de ncisivos infenores que de vem ser dferencladas dos verdadeiros dentes deciduos ou dos cha- mados dentes natais. Os dentes pr€ deciduos tem sido descritos como estrururas epitelidis cornificadas, sem mize\. que o.offem nd gengi va, sobre a cnsta alveolar e de fecil remoeao Acredita se que se onginam de um germe acess6no de lamina dentdria i fienre do germe deciduo, ou de unl germe de uma lamina dentaria acess6riar0 PERioDo DA DENrreAo DEC1DUA O periodo da dendEao decidua comega com a erupEao do primerro dente deciduo e existe enquanto apenas os dentes deciduos estiverem presentesr Os dentes deciduos seo de vital impoftancia na preparagao mecanica do alimento para posle or digestao e assimilageo durante um dos periodos mais atrvos do Rev. 58O, vol.4, nq 1, 2002 crescrmento e desenvolvimenro da crianqart. Mantem o espaQo nos arcos denlirios para os dentes permanentes e estimulam o crescrmenlo dos maxilares. principalmente em altun, por meio da mastigaeao, sendo eritremamente importantes para o desen- volvimento dos mfsculos rnasrigadores' 't A imponincu da den tiEao decidua no desenvolvimento da fonaqio 6 devida i facilrta qao da pronfncia dos fonemas dentais, tais comor T,F,V,S,Zjr. A sinonimia existente pa€ os denles deciduos envolve as terminologiasr dentes tempoririosrt$, caducosr5, de leiteir5r3, provis6rios't, da infdnciaTrtss, da pdmeira dendcao'i. Os dentes deciduos iniciam sua formacao durante o pe.i odo mtm uterino e sao responsiveis pelo estabelecimento da for ma do arco dentirio, o qual tende a se manter durante a vida extra uterina, a neo ser que sofm iofluenclas e)l:ternas cRoNorocrA E sEQuENcrA DE ERUPqAO DOS DENTES DECIDUOS Os conhecimentos sobre a cronologia do desenvolvimen to e da erupqao dentiria sao essenciais pafu o entendimento dos aspectos clinicos e da etioiogia de muitas anomaliasr, pois € freqiien- te a necessidade de explicar aos pais, a seqi.iencia destes eventos dumnte as fases intra uterina e da infanciare A erupqio dentrria 6 um processo fisiol6gico, podendo estar acompanhada por desordens sistemicast6'e e locarct6" (Qua dro 1) Na maioria dos casos 6 indolor, contudo, algumas vezes, produz irritafao local, que normalmente € pequena, mas pode ser severa o bastante para lnterferir com o $ono da crianqar Clini camente. durente a rmjpEao dentiria, podem ocorrer sintomas de dor'. febrer"! e mal ester geral! (diarr€ia, calafrios, febre. otite, conlxlsdes. perda de apedte. rosse, inquieteeao, sali\'aEao e man- chas na facer"), sinais de um processo inJlamat6rio, nao estando estabelecida a relaeao entre a sintomalologH e a resposta infla- mat6ria assocEda ) irrupeeo, sendo sugerido que sejam decor rentes d?s infecedes prim6rias! ou de desordens gerais freqi.ientemente de ongem nutricronal (Vitamina C)'?6 os proble- mas sao ma$ comumente associados com a erupgio dos molares' e podem durar de uma a tres senunas26 A cronologia da formaqao da dendeao decidua 6 apre- senrada no Quadro 2 e a seqtiCncia da erupfao € ilustrada pelas Figums 2b-c-d-e-f A calcificaeeo dos dentes deciduos comega entre o quarto e o sexto mCs de vida intra-uterina' J zri r'! e nao se completa at6 o primeiro ano de vida, sendo que a rlzogenese fl vemclhidao ou tumefalao da gengiva robreo dente em kruptao man.has de edtemas nas bo.hechas iritabilidade geral e doro perda ou r€duf5o do apedte aumento da salvafSo Quadro 1 Os sinais e stntomas locais'zs e sistCmicos'ze, associados i etupceo dos den- tes deciduos l )rossegue rt€ o l lnr1 t lo tercei(r enor" Ao niscimento, l ts ctuoes clos dentcs clccidLros estro qu:Lsc co rPletdrlrente lbrnl ir(hslr Neste fnsc, ni ' r() sc c()nstiLln es LfLltlr_J-(isscx sol)fe i l:lce incisNl e oclLrsxl (los dentcs (lecidu()s. cst inclo esrcs sepiLrxcl()s ( lx cer idacle bucrl pof teciclo | lole Os ntol ires inleriores lrprescntxm se jLrnt() xo rxmo lrsccnclentc da nrnclibuh e, l)osteriornrenle, po :tposj!_alo e reNl)sorqalo 6ssex no rx o. juntinlente com x rposicl lo ( issex nl l sLrperf icie oclusl l e incisrL, posiciol'llllD-se jlrnto ro c()l-po clx rnxnclibLrlx Estl ll)osi('io In< is ivo .en t ra l l 4%t -U 2 V 2 6 | ' / , ln(i5ivo lateral | 4 yr t-U 3 7 11 /z 5 t -u 9 t6 tv. Pdmeirc mol.r | 5 t-U 5 Y1 12 2 ' / r segundo Molarl 6 t-U 10 20 3 Quadro 2 Cronologia da dentieeo humdna de(iclua, segunclo Lagan & Kronfeld lnodilicada pot lucCall d SchourliJ:/ (-)sscl que i tPresenla unl ginho ( le ( l imensalo ve[icl l l e l lLl lncnft) ckr colrprinrento dl mlrncl iblr l l , ( lererninx o envolr imcnto krtal clos clrDtcs deciclll()s pelo tecido 6ssco A r elocirlecle de eposic_l'ro ossce sobre os clentes decidLros colrpensN r sLrr \el()cidlde dc crlrpcio, nlanlenck) constrnte a disrincill Por Yoltl cla €poce ckr inici() ch fizoeoncsc clcstes elementos clenr:irios, lii LIDiL (lirninLri (_io clu xposiqlo (isser e o xlnnento (tx veloci(lit(le ( e entpEaol Quenckr os clentcs intxnpcnt, intluenci:t r. etril\:Es clus sUirs posilocs. ()s moyimcnlos purx incisi'ro, mrstiglrcio c tbnacio. pemi- tinclo o cleseovoh imenro dos pNdloes fiurcionrisr' A cronok)gix cle erupi; i io E confolxdl pol l i l rorcs gen€- l icos (80!1) c xnrbicntxis (10%), nio huvenclo difelengu sexul| ' Conlo nx clentigao l)crnlxnente, os ( lentes deciduos interiotes i lrompeln xnlcs dos xitxl lonistxsl Os incisiK)s decicluos sio os prinreircs clcntes x i l ro l)er l ' l l t cl t \ ict( le oI lLl, entre rs iclecles cle scis c oif t) csesL Eru ftr 'no dos seis meses. os irrcisi \os ccntrxis inftdorcs sio LlsLlxhDcnte, os prineir()srrrLr rs segLridos pcl()s I i teruis inferiotes tr", al)roxi- mxdxncntc los sete mesL'sr", pelos centr i is superioresj enl tor no (k)s sete l l lescs e l l leiot:", c pck)s i :LIemis superioresrr l ' . xpro\i l lx chnrentc ios nove llteses r) Os incisrK)s centriris e lxtertis sLrperi r i , c ! . J , . t t r , r r n . t ( J \ i r j . l r j c O t . l l r . r n , , ' n t f J ' t ' r s i t n t i l g , r n \ t i t . \ I ' t fcr iorc's. estebclcccnclo r pl irneird rel ' lc iro oclrsdL ; (Figrr s ] b- c) ),tru idudL- dr Lllr iLn() oll nllis, telll-se r erupq.io dos primeitos rrolxrcs infrr i()rcs e sl lpcriorcsl " 's, estNl)elecenclo Lunu lel irqio oclLsl lenue 1| nl l \ iLl l e r n n(l ibLrlx Dos clczoito xos vintc nreses clc ichcle. os cl lninos decicluos jrrunpern. seglr idos pclos se gunclos nroler-cs decicluosLrr" i i t fer iotes, e pelos sLtperi()resrrr, cntlc Yintr- e qlrrtro e tr int l nleses ( lc yiclx clr cr ixnclL, complr I tando x denticeorir" (Figurrs 2 d-e-f) Qrlrndo de oclrsao (los incisivos decicLLros e ([e fLrnEeo dos segunclos molares deciduos, r.lmx percepcao oclrsal € desen- \oh'iclar" A dcntiqao clccidLla coDrpletx funciona por, aproxLma- clemente. clois iinos c lneio. n:lo cxistinck) mLrcixnqxs clinicrmcntc obsen,.iVeis druanre este per-iodo'' CARACTER1STICAS NORMAIS DA DENTTGAO DECiDUA O conhecinlento do aranjo nonlal clos dentes e das es- trLlll'r'lLs xssocixchs qLre coDll)oenr o ilparell]o mastigador dur'lnte a inf incie 6 essencial c ncccssarrio dc rnodo a detectar clesvios incipientes e inicirr uittirmenro preventivoi A alentiqio clecicllla xpresenrx cxmctcristices clcflnicles e distintas da dentiqao perma nente' e qlre s:io descritas, enl url monlento estitico, apos i rrupeao Figura 2 SeqA'ncia cle etupQeo das dentes deciduos: d) primeiros molarcs; e) caninos, f) segunclos molates cle k)clos os clentcs tcrDl)( )ril i()sri Dentes: nfmero - forma - cor A dcnticao deciclua complete apresenta vinte den- te\r_sr 5r":0r)rr$, cl inicamente presentes e em ft lncroLrrlr , i f ianj i- clos ctn dois arcosj superior e inferiorr"Jrrs, cinco em ceda quadtunle_r'+. qLre. x pxfir cla linlu In6dir'3, cst.i constitLlido por (Lois incisivos. rDr crnin() c clois nohrcs-r"r3 (Figun 3) Enll)ora sejlm morlblogicamerrre menores_A 16, existen semelhangxs no as pecto dos dentes deciduos em relxqalo aos permlnenresr. As coroxs deciduas possuern cor brirnco leito\x$rrrr ' rr , branca ou branco tzulrtclasrL, senckr o esmelte meis flno e a qimem pulpar relativamen te miiorr" Apresentrm unl nivel de ninenlizaElio lnenor (k) que os dentes perm,lnentes e devido a este frto, t€lrr rnenor resistCncia ao uso nofilul, que se rcflete no (lesgaste das cfspi(les e exposiE]o dentinide" Forma dos Arcos Dentdrios A nrxioriil dos ercos clentilios clecicluos tem for r'r'[r ox-r idc'rr, erredondedxr, se r icircul,rfL- (Figura 3) ou tr ipezoidi i ' e menifesta nrenos r,:rr'i:rbilid:rde em confolmrelio do qr.re os lr-- DENTE5 DECiDUOS 4 t - u l ' h 1 t h l u 4 ' / 1 l U 2 \ h 9 2 s t - u 9 l a 3 v . 5 t -u 6 14 21h 6 t -u 1 l 24 3 Rev. SBO, vol.4, nq 1, 2002 cos penlranentesrr C)s Nrc()s denlalrios decicluos sem cspxgos sio tr:rns\.efflrlnrente ntenores (lo qlre !lqueles c(nr esplcosi Incl inag6es Axiais dos Dentes Reterem-se lo gli[r dc inclinaqio no p]ano vcrtical, tini- festedo por cldx clente| N1l clenricio decichn, inexistem, quer no scntido nresiodistrl, qLrer no sentido vesdbuloJingue|' r' No sentido vestil)ulo lingui|, os (lentcs dcciduos estiio implanrxdos \,.cllicalmente I rir tr rl1r bile 6ssed arpicrl, hevenclo plmlelisnlo inter-rlclicllllrri r,, c l fornac-.io cle urrr angltlo dc 90" coii o phno que plsse pela fece oclusel e incisl| (FiguriLs .ix ll c) Os incisivos fbnrxrn entre si utl ingulo cle 180", ocluin.lo l-rcquenrcmente de topo], lncisivo Cenlral lncisivo Lateral Primeiro Molar Segundo Molar INFERIOR Segundo l\,4olar Primeiro Molar Canino lncisivo Lateral lncisivo Central Fi8ura 3 Forma das arcadas e nomenclatuta dos dentes deciduos Plano Oclusal Corlo os alentcs decicluos estio irnplilnteck)s verticxl- nlente nlr bNse cissee apical"r 'rr_e tpresentem plLrelcl ismo inter- I|tdiculirr'). ls t_lces oclusais e inciseis dispdem sc cnr um phnoL' (Figurr 5), trrzen(lo corr. que o rrco cleciduo nio epresenle o.tnl cle Slree'r ' e nerl N cLrnetura de wilsonrr Espagos Interdentais Ni a l en r i caLo c l ec i c l r r a . a p r - cscnge c l e esp lg -os mterdentiisr : I' nxs fcgia)cs interior' supcri()l- (7091 clos plcien- te ( ! ) c i n f c r i o f ' r oL ' ( 6J% c los pxc ien tes t ) 6 no rma lL ' : ' , , sendo Delabar-r-e o l)r i leiro x descleve los, ent 19l8rL O esprrgtnent() interclentiLl pode sornur xt€ l0 miliDctros, co r ulrii lD6clia cLe .i nilimetros. ne mexile. e lt€ 6 miliruetlos, coru Lultl n6dix cle 3 Rev. SBO, vol.4, no 1, 2002 Figura 4a Longo eixo dos dentes deciduos posteriores, no sentido vestibLtlo lingual, perpend i cu I a rmente ao pl ano oclusal Figura 4b Longo ei\o dos dentes dec,'duoi na sentido nestoc!tstal, petpendicular ,],ente aa plano oclusal Figura 4c Lango eixo das dentes deciduos anteriores, na sentido vestibula-lingual, perpendicularnente ao plano oclusal nilimetros, na mandibula'). S'io congenitos e liLo adquiridos e cons t i t l l e rn u rn pad r i o i l e ren te , n i o oco r r cnc lo nenhum espxcxrDento interdentrl ap6s a conplelir erupcio dos deciduos' nem irumenk) enl lxrgura quando ptesentesl (ls ll-cos esl)agados exibem dois gr-upos clistintos de diastelDas; Os esplciLmcntos entrc os incisivos cleciduos sio nor lDaisr e foram denominld()s, por Raumei, de Espagos Fisi()l(igicos (Figurx 6) Sao considera(los desejr'rveis pem a acomocheio dos dentcs snccssotestJJ, Sua preseiql in(licx qlle os perttlnentes pl-ovrvelncnte terao espxeo aclequaclo qtrendo irror)tperemL. As crixnets portxcL()ms dc ercos corn diastenas epresentern mcnor tendencia ao Npinhlment() quando da erupeao dos il'lcisivos per nrxnentesr. A xusencia c1e espegos interdentais ou a presencl c1e :lpinharlento salo sineis de qlle os lncisivos pe[nanenles, pro\'1l Fi8ura 5 Plano oclusal rcta- velmente, nio se posicionarao adequaclamenle no arcor. Em ge- ral, arcedas deciduas com espagos produzem um alinhamento favorivel dos incisivos permanentes, enquanro 40% das sem es- pagos produzem segnentos anteriores apinhados'e. Os Espaqos An t ropd ides , t amb6m chamados de Prinutasr're. por existrem nos macacosrt e serem lesponsiveis pela articulafio dos caninos nestes animais, sio especificos d.L dentiealo cleciclurr e esteo localizaclos mesi'.llmente '.los caninos (leciduos superiores (entle incisivo l i r te l e cinino 35), e (listrlDente aos caninos deciduos inlerioresL (entle cxnino e prF meiro molarrri), podendo ser observados na Figura 6 Favorecem o ajuste oclusal dos primeiros molares permanentes. quando da relagao terlt-trnai em plano vertical e compensam a grande discre- pencia entre os incNlvos deciduos e permanentes, na maxlla'. Tipos de Arcos Dentdrios Deciduos Balune observou dois tipos morfol6gicos de arcadas dentir ias deciduas, de acordo corn o arranjo desta dentrcio' abaixo descrl tasr Tipo I arcos colrl espaqos interdentais'6, distribuiclos ern diver- sas variaEaes possiveisi (Figura 7a) Tipo II - arcos sem espaqos interdentilis'd, nio senclo incorrum a presenEa de apinhaD'rento anteriorj (Figura 7b) A ausCncia de es- paEos parece ser devida a maior largura dos deciduos anteriores, ) falta de crescrrnento alveolar, ou pela cornbinaqio de embos' O apinlunrento 6 raramenie observado nos arcos dentirios deciduos, sendo encontradas, llgumas vezes, pequenas rotaedes dos inc$i- vos, apesar da existencia de espagoi'. verjet,/ Overbite ol)erJ?l € a distancia horizontal medida entre a face ves- tibular da borda incisal clos incisivos cenrrais superiores e a su- perficie vestibular dos incisivos centrais inferioresl" re r', estando os denles em posiqio intercuspidearo " de ocluseo cCntricar' Tam- b€ltr 6 cLenominado de transpasse horizontal" ou sobressali€ncia'". Pode lrrier de 0 a 2 miliDetrosrq a,erbitu e ^ diferenqa vertical medida entre as bordas incisais dos incisivos centrais oposlosrl rerorl, quando em ocluseo c€ntricars$ habituallr Tambdm denominado de transpasse veni- caPr ou sobremordidar0, estl relacionado ao crescimento dos maxi- lares e ) taxa de erLrpeao dos incisivose. A faixa aceitivel de sobremordida 6 varilvel de 0,5 a 3 milimetros, em m6dia, e pode ser expressa tamb6m como a percentagen da face vestibular do incisivo infedor e1n oclusao'e A media do oLerjet 6 de 3 mm e do orerbtte e de 2,5 milimetrosr O olerbite esti\ lelecionaclo ao crescinento dos maxila- res e i taxa de enrpgio (los incisivose O processo eruptivo expli- ca o comportamento do ouerbite obseryadona den fao decidua em diferentes estigios, sendo consideradas etapas normais de crescimentorb Com a enLpfao dos incisivos deciduos, estabelece-se uma sobremordida exagemda e nio hi nenhum sentido de oclusao. E possivel realizar as grandes excu$oes mandrbulares que a crianEa necessita no ato da lactagdot' O oz€d?ile, sempre exagerado antes da erupqio dos mola res, tende a reduzf corr a idadei e corn a correta altum vertical destes dentesr"i Coln a erupgio dos primeirosrt$ e dos segundos molares decidrLos, ocorem aumentos na dnDensio vertica|J e a rela gao antercposterior 6 definitlvamente estabelecida al€m dos arcos dentirios assumirem uma posrgio relauvamente adulta, reduzindo o orcjet, engu r'tto o oa,e/rlfu pennanece ainda PronLrnciadorr Quan- do os primeiros molares decicluos oclrrern, fica determinado o pri- meiro senso de oclusiro e o pdmeiro ganho de dirnensAo veftical, que seri estabelecido, definitivamente, com a eftrpeio dos segundos molaresF, proporcionando a plmeira relaeao oclusal tridimensional':] e a pdmeira definigio de articulacao temporo-mandibular':n. Em torno dos dois anos e meio, bi um pequeno transpasse veftical dos dentes superiores em rehqao aos inferiores. Em funEio dos clcsgasres clenririos clecoffentes da mastigaqeo, o tr.rnspasse de- saparece. chegando a Lrma relirEio cle topo a topo, canctedstical I ntercuspidaqio Quando os arcos denterios est,lo afticulados, os dentes superiores enconlram se situados distalmente aos mferiores, e isto Figura 6 Espaeamentas da den\eo decidua: Espaeos Fisial6gicos (i) e Espaeos Prinatas ((l). 10 R€v. SBO, vol.4, no 1, 2002 Figua 7a Arcos dent1ttos Tipo I ocorre (leviclo xo n ior-dinlnetro Dresioclistxl (bs incisivos supe Fitura 7b Arcos dentitias Tipo ll rioles em relaqao ao dos inferioresr. A relaeao entre os dentes deciduos superiores e infcriores qllxndo em contactorts € tal que cada dente deciduo oclue com quatro dentes, um de cade lado e dois antagonistasl, exceto os incisivos centrais e seliLrndos mole res inferioreslr3 que contactam com tr-6s clentes! e os se!!und()s moiares superiores qLre contactam com dois clentesirs (Figura 8) Chaves de Oclusdo Como nx dentieao pernnnente hi uma chave pare o reh- cionan'Iento dentirio e clls arcaclas, que, nos deciduos, esti na posi eao das cLispides dos segundos r'nolares, sinilarcs morfbLogicanlente aos pnmeiros molares permanentesr rt Os segunclos molares clcciduos apresenllm a rnesma relacao dos primefos molares permanentes"', ou seja, a crjspide nesiovestibular dos segundos molares deciduos superiores oclue entre as cilspides rn€sio e distovestibular dos se gundos mo la res dec i c l L ros i n fe r i o res t ' t ' , i s t o € , no su l co Rev. SBO, vol.4, n" 1, 2002 Figura 8 lnrcrcuspidaqeo dos dentes deciduas e chaves de oclusea na regiao de se|undas molares e de cantnas mesiovestibular destesr" (Figura 8). A cirspicle rnesiopalalina dos sc gundos molares decidr.ros st4rcr'iorcs c()ntactlul c()m a firsse centml clo lntagonistar " Out chxvc a x (k)s cenin()s. cm qLre os inlerioles estao posrciooados rnesiaLnente em relaqao aos sr4lerioresl Plano Terminal A relaEao entre rs faces distais (coroa/raiz) dos segundos nrolares deciduos, no sentido venicel, € irnfortante no desenvolvi mento cla oclusao, por xtuar colro guia para crupq:o dos primeiros mollres pcrmanenlesrl' A relaqio ter'ninaL dos sc!+rnclos lnolilrcs clccicluos poclc eprescntel sc corrr tres situaqaJcsr c tcndc l perne necer constrnle. seglll'ldo llallme' Reto ou vcrt lcal - 76ql0 (Figurx 9a) A relaq,o nrais freqilente € em plano vertrcalt Eml)ora os incisivos e caninos super-iores sejern rreiores cLo que os ilntallonis tas, determinando um diametro de arco maior na mexila e locali- zendo os canlnos slrperiores clistalmente eln relagao ios caninos inferiores.'ils bases dos clois lrcos terninim, ni maioria dos indivi duos, no nresmo plano veftical devido ao fato do maior diarnetro dos nolares deciduos mferiores em relacao aos superioresrr. Isso lf , ,pof, ion.r qL( o. |rr ' l | ( i r l ,s I l lnlJf, \ l ' " | |un( nl( i rr f , 'nl lJm irr l urna relagiro cle topo :{ I()po6rr Degrau mesixl 1l% (FigLlIx 9l)) Quando a supcrficie distal do molar inferlor esta mcsixl e do dente supcr'ior', fbnnu uma piano com clellrell mesialu Em indi vicluos corn diete alimentar de maior consistencia, h:i ftriol inci- clencia (los casos com degr':ru mesial, fece lo desgrste dils cirspides, que peflnrte um desllzamento para anterior da mandibulx'. Pode resultar tarnb€ da vaiaeao morfol6gica no tamanho dos segun dos rnolares anlagonrstas, sendo, geralnrente, clevido ao maior dii meuo mesioclistal ck> segundo rnolar clecidtro supedor em relae'io ao inferior. ou i igualdacle cle tamanho mesiodistal dos nrolares superiores e inferiores5 A ocofiencia de plano ternunll foflnando degrau mesial 11 Figura 7a Arcos dentAtios lipo I ocorre devido ao nuior dianletro nresiodistxl clos incisivos supe Figura 7b Arcos dentiitios Tipo ll riores em relae,o ao dos inferioresr A leleeao entre os dentes deciduos superiores e inferiores quando em contactoJ3 6 taL que cada dente deciduo oclue conl quatro dentes. um de cada lado e dois antagonistasJr, exceto os incisivos centrajs e scgllnclos lllola res inferioresrrrs que contactarn corn res dentesrr e os segundos molares superrores que conlactam conr dois dentes!rs (Frgura 8) Chaves de Oclusio Como nr dendeao permanente hi uma chave para o rela- cionamento dentirio e das arcadas, que, nos deciduos, esta nx posi qio das crispicles dos segundos rnolares, similares mo:fologicamente aos primeiros molares permanentesr rr Os segprndos molares decicluos apresenram a mesnu relafio dos primeiros molarcs permanenles:6, ou seja, a cfspide mesiovestibular dos segundos n]olares deciduos superiores oclue enlre as crjspides ln6sio e distovestibular dos se- gundos molares deciduos inferiorestr; i , isto €, no sulco R€v. SBO, vol.4, no 1, 2002 Fitura B lntercuspidaQao das dentes deciduos e chaves de ocluseo na rcgieo de segundos malares e de caninos nresiovestrbular destesr6 (Figura 8). A cilspide mesiopalatina clos se- guncl<x rnoleres dccicltxrs superiores contltct 'tt colr a foss, centrrl do xnrxgonistl: i Ouul ch'rve 6 l dos cininos, eln que os inferiores cstio posici(nuclos nesirlmenle cll relegiLo ltos superioresl Plano Terminal A relaeio entle as faces distais (coroa/'rriz) dos segundos nolares cleciduos, no sentido venicil, d imponante no desenvolvi- mento cla oclus:io, por atuar como guia para erupcao dos pfllreiros nrolares pcrmanenres':o A relaEio terminal dos segundos nrolares deciduos Pode apresenter-se com tles situa€oesre tende a perma nccer constanle, segundo Baume; Reto orL vefiical - 7670 (Figura 9a). A relaeao mais freqiiente € em plano vefticalr Embola os incisivos e canrnos superioles sejam meiores cio que os antagonis- tes, (leterminando um dilmetro de llrco maior na nraxila e locali zrndo os caninos superiores distalmente eln relacao aos caninos in-feriores, as bises dos dois alcos ternrinaD, na Dilioria dos in(livi- duos. no mesDio plano venical devido ao farc ckr naior diir'netro dos molares deciduos infer'iores ern relaqio eos supe.ioressr Isso paoporciona que os primeiros molares pernunentes irrompam em urna rclagio de topo lt topo{'I Degrau mesial 1.10lo (Figure 9b) Quando a supeificie disrxl do molar infedor esti nesial a do dente superior, firr-ma urnrt plano com degraLr nesirl" Em indi- vidr.ros com dieta alimentar de maior consistCncia, hi maior lnci dCncia dos casos coln degraLl lnesial, face ao desgaste das cirspides. que permite unr deslizarrento parx antenor cla manclibule' Pode rcsultar lamb€m da variaqao moribi<lgica no tamrnho dos segun- dos molares antagonistas. sendo, geralmente. devido ao maior dia- metro mesiodisral do segunclo molar (leciduo sLlperior em relaqao ao inferiol'ou ) igualdade de tan'unho mesiodistal dos molares supeflores e nferioresiA ocorrCncia de plano terminal formando degrau mesial 1 l pernite x inupEao do primelro Dolar permanente err oclLlsio ecie- qulda serD elteracAo dx Posiqao dos dentes vizinhos, tolnando cies- necessirios l'necanismos de xiuste parx gilrantr este quaclroo con tudo, tambem pode desenvolver uma relaeao dos PlxDeiros mola res permancntes de m:i-ociusao Classe lII, dependendo do clesci mento men(libular dtrrante o periodo da dendeao mistarr Degrau ( l istal 10 % (Fig ra 9c). o plano terminal distal € acllado quanclo os molares superiores ocluem mesialmente aos inferioles Poclendo ciever-se ) variagao morfoi6gica no tamanho dos segundos m(teres cono por exernplo, os molares superiores e inferiores de llesmo talla nho mesiodistalt Este plano termLnal resulta nx erupqao dos pfi meiros molarcs pennanentes em relefro de Classe II" ENVELHECIMENTO Urna vez que x dentigao clccidua esti complell,l forma'r r'tr' e as dinensoesrrsr'r0sagitlF5 e tluisversal, nio sao alteradasi', sig- nificativamente, at6 o inicir> da enrpq'.io dos pe n:lnentesr r ' rl), exceto Figura 9a Plano tetminal reto qurndo sujeitas a hfluencias embientais inadequadasi Stla\'e reclu- EAo no conprimento do arco pode decorrer devido ) migmqaio lDesial dos segundos molares deciduos", ern funEio de desgastes nas super- ficies proxin'lais dos dentes mesialnente posiclonados Eln torno dos dois anos e lneio, hi um pequeno transpasse veftical dos dentes superiores em relaEao aos inferio- resr(redugao do oL,erbite e do a\elefu), em funflo dos desgastes dent/rrios pelx ma s tigaqaor (etricaor rr), esPecialmente cios anterio- resr, chegando a Llma relafeo de topo a topor tt' Dos res anos e seis meseslr ou quatro anos de idldej at€ ,os scte anos, hi relalivanente pouca mudanqa na oclusao?' Dunnte este periodo, a denleio deciclua apresenta d as mudan- gasr. Constata se a atr iEAo dos deciduos com o desgaste cLas ctspides dos caninos e dos lnolares deciduos que Permite um ajuste oclusal po$ proporciona o deslocamento dos dentes inferi ores em uma direEao anterior e estabelece a oclusio final:o Fo 12 Figura 9b Plano Ietminal com degrau mesial r^m obscw'icles que, em poPUlaeoes com dictas abrasivas (esqui_ rn6s, inclios none americanos, ntontanheses gregos), os desgas- tes cuspideos e a rernocio das interferencixs l)ermit iram o posicionamento anterior da mandibtlla, que, nesta fase' apresen- ta n'nior xrividade de crescinento do que ll nuxlia! ESFOLIAeAo Paralelarnente )s ativiclades firncionais <Lesernpenhaclas, os denles decicluos iniciam, em diferentes €pocas, o seLl Processo esfolirtivo pala serem substituiclos pelos conespondentes sucesso- res A riz6lise dos dentes decidttos'r 6 o processo fisiol6gico que resultl da reabsorgioFr' prcgressivari e intermitente-rr. reaLzlda por um tecido an6lollo ao de llnnulagio que se origina da multipli- caeao e neofornleqalo vasctrht oo tecido conjLlntlvo adjacente ao gerne (lo penDxnenterr e por c€lules denominaclas odontoclastos' culminendo na elilnlnaEao da clenticxo deciduart A reabsorqio Iaclicular fisiol6gica progride de maneira leixtivamente unilorme e sirndtricert, ) medida que o gelme clo permanente se desloca em sentldo oclusal e entra eln relaEio direta corD ls raizcs dos deciduos'' A lexboreao inicia pela porciro apicel e continlla em direqlto i coroa at6 que toda a reiz seja reabsoNida Com a clestrui cao rrcliculxr, o dente perde ancorallem e finalmente esfolla- Cunega dois a res anos 1p6s a rriz do decicluo comple- Iar a sua formagaor- ou seja, aProxinudanrente, tres a quatro anos antcs cla pelda dent,iria e ocorre por um te]nPo prolongado, que varia de acordo corn o gruPo de denles obseffado'5 Os processos de rexbsorg?io dos dentes deciduos e stlbstituiqio pebs pefmanen- tes sucessores ablirngem um periodo de seis anosrus. Os mecanis mos envolvidos nalo estio completamenie compteendidos' e inclu em a pressAo do dente sucessor-, reduzindo a:irea Para msereao d') periodonto cleciduorr (osso que o cir(unda ccrvicalmente i raizrr), associada :ls foreas irastigat6riirs, quc se tornnm maiores devido eo crescimento dos m(rsculos da rnastigaqdol Na priiica, Provavel- mente, as pressdes geradas pelo crescimento e erupeao do denle permanente determinam a proPoreao e o padrio de reabsoreio, iniculmente sobre a superficie lingual da raiz, nos deotes anteflo Rev. SBO, vol.4, nq 1, 2002 Figura 9c Plano termtnal com de{au distal resri unrradiculares, prosseguindo para a vestibuhr, e na superfi- cie inler radicLllar'ioLr interna, nos porjteriores lnultirra dicLrlaresri r; A rexl)sorqao de dentes cLeciclur>s ramb€n depende, a1€m da enrp qao dos dentes perDanentes, (b descnvolvimento geral ckr orga nisrno, do traurna oclusal e. evenrLriilmentc. de processos patol6gi cos nos dentes e periodontos O surgirnento do primeiro dcnte permanente na citidade oralencema o periodo dx denticalo decidLrx coNcrusAo O conheci ento dr biogCnese de oclusio clcnt.ioa 6 rele- vante equele que se propoe rcalizlr quelquer arividxdc prcventiva enl Odontologia. Pam t l, torna-se necessirio rcconhecer e relaclonar os drferentes fen6menos que ocorrem dumnte a fase de crescimento e desenvolvimento da fice e do crinio is modificagoes dos dentes e de oclusio. bern como as variaeoes nos paclrdes de normalidade e sua duragio, para orientar medidas preventivas e inrerceptadvas Cabe r-essalter a necessidade e importlncia do cuiclaclc> de todos os dentes (deciduos e pernranentes), atrav€s da adoqio de corretos hibitos de higiene oral e de alimentaeao, associados ii admrnistraqio de flior, de r'nodo l mentcr inregrrclade e. conse- qiienlemenle, a longevidade do arcos denraLrios Al€rn disso, a intercepraeeo de hibilos viciosos tamb€m deve ser executxda pelo profissional a fim de garantir as caractelisticas de normlliclacle que potencielmente exisram. Enderego para correspond6ncia: Teresa Cristrna Moreira Rua Richard Strauss, 721201 - Jardim Am6rica cEP 21240-110 Rio de janeiro/RJ e-mail : tcmorei ta@bol. com bl REFERENCIAS BIBLIOGRATICNS I AndlxN. 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Sao lJr!lo [d Srnros. l()riN (,lj p r ( r lo rd in . r rE , A l )nn$ L t i l i fu ls , BS l , r ra t l tn td l t rdkr r t d tn l . ) . .h tshr l Sr L ( rs : A Io$y \c r InLrk l t )91 l r l I l7 Kos l i i K I ,os r n . r i l dcye lopmenr !1 rhc denr , r i ( )n rn l -unsd l ra rn A Lt t rn l t . t t , t too lha . loDt t . r Nc \ \o rk l le Gr i \ ' . \ Hr l l ln r )k l t ) ( r l r I t0 -61 18 IIr$l( il ,\ Sr\i !s Nrtil xnLl Dc(nhrrl teeli J Pftli|tr. \ 16. n r, p 'lr9-at) ]hr lra(l l9 l l cDonrkr R! . \ . \ \e f l DR t rb |kq . ln t t rn t f c ( l l i n ) dc T incno curo i ] I , x hoogrn l9|(r (r-i p . 2 0 \ r l l l e r d e A r x n i ( ) I I C O t t o t l o I t r a p a , d . / t r l . o J r . e d . s i , ) I , r u l o Ed srnr()s. l98E 186 p 2l M(trl, N : Zdlb, G , C.rlsson. G E .\ ltugh. J l) tttrtlartr|\ tl. oclt^tia 2r cd Ch ic i8o Qurnressen.e Pub l is l r ing l { )91 . r r9 p 22 llo_vers. ItE Handbooh ol .nhtnkrttics r" cd. 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