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Resumo- Abdome Agudo Inflamatório

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→ DEFINIÇÃO: quadro de dor abdominal súbita e inesperada, 
originada de um processo inflamatório e/ou infecciosos 
localizado na cavidade abdominal 
→ FISIOPATOLOGIA 
- Baseia-se na extensão do processo inflamatório/ infeccioso ao 
peritônio e às modificações do funcionamento do trânsito 
intestinal 
 
- Fases iniciais há pouca atividade inflamatória com aumento 
da efusão peritoneal e quimiotaxia de células inflamatórias. 
- Fases tardias: exuberante resposta inflamatória com 
formação de fibrina, aderências, pus e fibrose 
→ CLÍNICA 
 
- Dor exacerbada a movimentação é 
comum em abdome agudo 
inflamatório e indica peritonite. 
→ TRATAMENTO 
- Baseia-se em tratamento de suporte e específico (de acordo 
com o diagnóstico diferencial) 
1- Analgesia 
2- Reposição volêmica 
3- Correção de distúrbios eletrolíticos 
4- Tratamento do íleo adinâmico – jejum, sonda nasogástrica 
nos casos de distensão gástrica e intestino delgado 
considerável ou vômitos incoercíveis 
5- Antibioticoterapia ou Antibioticoprofilaxia 
6- Tratamento de falência orgânica (se houver) – internamento 
em UTI 
- Base do diagnóstico -> avaliação clínica 
- Classificação clínica é usada para estratificar a conduta com 
base em inflamação (não perfurada) e complexa (gangrenosa 
ou perfurada) 
- Taxa de incidência: 90-100 pacientes por 100.000 habitantes 
- Risco individual: 7 a 8% 
- Importante: ponto de McBurney -> ponto situado entre o 
umbigo e a espinha ilíaca ântero-superior 
 
→ FISIOPATOLOGIA 
- Obstrução luminal direta por fecálitos, hiperplasia linfoide, 
tumor apendicular ou cecal 
- Interferência de fatores ambientais e genéticos 
- Apendicite neurogênica -> mecanismo causador da dor -> 
excesso de proliferação de fibras nervosas no apêndice com 
superativação de neuropeptídeos -> aumento da sensibilidade 
→ CRESCIMENTO BACTERIANO 
- Crescimento bacteriano em apêndices inflamados consiste 
em uma mistura de bactérias aeróbias e anaeróbias, 
principalmente Escherichia coli e Bacterioides spp. 
→ DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
- Gastroenterite 
- Cálculo no ureter-vesical 
- Sexo feminino: doenças que acometem ovários (doenças 
ginecológicas) -> cistos, gravidez ectópica, hidrosalpinge, 
outras 
- Doença de Crohn (acometimento do íleo terminal) 
→ CLASSIFICAÇÃO 
 
→ ESCALA DE ALVARADO 
 
- Confirmação do diagnóstico de apendicite aguda 
- PCR aumentado 
→ EXAME FÍSICO 
- Psoas-> dor à extensão da coxa direita sobre o quadril contra 
a resistência em decúbito lateral esquerdo 
-Obturador-> indicador de irritação do 
músculo obturador interno. Paciente em decúbito dorsal, faz-
se a flexão passiva da perna sobre a coxa e da coxa sobre a 
pelve, então procede-se com uma rotação interna da coxa. 
- Rovsing -> palpação no cólon descendente desloca os gases 
para o cólon 
ascendente, 
atingindo o 
apêndice inflamado 
hipersensível, 
provocando dor 
- Blumberg 
→ TOMOGRAFIA 
- Aumento do órgão 
- Identificação do fecálito 
- Densificação da gordura periapendicular (“borramento”) 
- Líquido livre periapendicular 
 
 
→TRATAMENTO 
- Apendicectomia -> cirurgia de urgência 
 . Convencional ou Videolaparoscópica 
- Antibioticoterapia (inflamação mais grave) – 5 a 7 dias 
- Antibioticoprofilaxia (inflamação mais inicial) – 24 horas 
→ ABCESSO PERIAPENDICULAR 
- Drenagem percutânea do abcesso 
- Maior do que 4 cm 
→ CASO CLÍICO 
- Paciente MDT, sexo feminino, 50 anos, relata que há 2 dias 
vem apresentando uma dor de moderada intensidade em QIE 
do abdome, associada a vômitos e febre de 39 graus. Quando 
questionada, paciente afirma que já teve outros episódios 
semelhantes de dor (por 3 vezes nos últimos 5 anos). HPP de 
constipação crônica. Ao exame físico: BEG, LOTE, hidratada, 
normocorada, anictérica, acianótica, obesa, abdome globoso, 
sem cicatrizes cirúrgicas, abaulamento em fossa ilíaca 
esquerda, ruídos hidroaéreos diminuídos em FIE, abdome 
doloroso a palpação e à descompressão em FIE, plastrão 
palpável em FIE. Exames Laboratoriais: leucocitose com desvio 
à esquerda e tomografia total de abdome evidenciando 
saculações na parede do cólon sigmoide com borramento de 
gordura pericólica e abcesso na parede do cólon sigmoide de 
cerca de 10 cm de diâmetro. 
1- Qual o diagnóstico sindrômico? 
- Síndrome do Abdome Agudo Inflamatório 
2- Qual o diagnóstico etiológico? 
- Diverticulite 
3- Quais os fatores de risco identificados? 
- Obesidade 
- Constipação crônica 
- Idade acima de 45 anos 
- Sexo feminino 
4- Descreva a fisiopatologia da doença. 
- Inflamação dos divertículos devido a obstrução 
5- Qual a classificação de Hinchey do paciente? 
- Hinchey Tipo 2 (Peritonite Localizada) 
6- Qual a conduta? 
- Antibioticoterapia (ceftriaxona e 
metronidazol) 
- Drenagem percutânea 
 
→ EPIDEMIOLOGIA 
- Uma das desordens intestinais mais comuns nos países 
ocidentais 
- Importante causa de hospitalização 
- Doença diverticular dos cólons -> formação dos divertículos 
- Diverticulose: incidência aumenta com a idade 
 . < 40 anos – 10% 
 . > 80 anos – 60 a 80% 
 . 1 a 4%- evolui com diverticulite 
→ETIOLOGIA 
- Formação de pequenas bolsas salientes na parede interna do 
intestino (divertículos) que inflamam devido a sua obstrução 
- Fragilidade da parede do cólon 
- Observação 
 . Divertículos são protrusões saculares da mucosa através da 
parede muscular colônica. 
 . Diverticulose é a presença de divertículos em todo cólon. 
 . Diverticulite é o processo inflamatório de um ou mais 
divertículos do cólon. 
 
→ FISIOPATOLOGIA 
1- Obstrução do diverticulo 
2- Hipersecreção de muco 
3- Proliferação bacteriana 
4- Comprometimento 
vascular 
5- Necrose/ Erosões/ 
Perfuração 
- Perfuração: peritônio livre ou abcesso/ fístula/ obstrução 
- Diverticulite Complicada (20%-35% dos casos) 
 . Abcessos 
 . Estenoses 
 . Obstruções 
 . Fístulas (comunicação anormal entre órgãos – fístula colon-
vesical) 
 . Sangramentos 
 . Perfurações 
- Cirurgia de Emergência em 1% a 15% dos casos 
→ CLASSIFICAÇÃO DE HINCHEY 
 
→ EXAME CLÍNICO 
- Sintomas: 
 . Dor no quadrante 
inferior esquerdo do 
abdome 
 . Febre baixa 
 . Alterações na 
movimentação intestinal 
 . Anorexia 
 . Leucocitose moderada 
- Paciente pode cursar com taquicardia discreta, distensão 
abdominal e sinais de peritonite – dor à descompressão brusca 
e à percussão. Pode haver massas palpáveis, habitualmente 
dolorosas, em FIE 
- Toque retal costuma ser doloroso 
- Disúria e polaciúria podem ser relatadas quando houver 
acometimento das vias urinárias (bexiga e ureter). 
→ DIAGNÓSTICO 
 
- História do paciente 
- Exame Físico 
- Padrão ouro: tomografia computadorizada de abdome 
 
- OBS: NÃO são indiciados na fase inicial 
 . Enema Opaco 
 . Colonoscopia 
→ CONDUTA 
- Sem sinais de gravidade 
 . Dieta leve e líquida 
 . Prescrição de analgésicos e antibióticos 
- Gravidade 
 . Cirurgia 
 . Drenagem dos abcessos 
→ DEFINIÇÃO 
- Inflamação química e/ou bacteriana 
da vesícula biliar 
- Causas comuns: litíase vesicular ou 
colelitíase 
- Atenção 
 . Colelitíase é a presença de cálculos 
na vesícula biliar. 
 . Coledocolitíase é a presença de 
cálculos nos ductos biliares, mais 
especificamente, no ducto colédoco 
 . Colelitíase é a presença de inflamação na vesícula biliar, que 
pode ocorrer por cálculos ou não. 
 
→ FISIOPATOLOGIA 
- Síndrome de Mirizzi -> Pode haver irritação peritoneal e 
icterícia por impactação de cálculo no infundíbulo, 
ocasionando edema e obstrução do ducto hepático comum 
→ EXAME FÍSICO 
 
 
→ TRATAMENTO 
- Antibioticoterapia empírica: cefazolina, cefuroxima ou 
ceftriaxona nos casos leves a moderado 
- Casos mais graves podem ser usados carbapenêmicos, 
betalactâmicos com inibidores de betalactamase, 
fluoroquinolonas com metronidazol 
- Cirúrgico: Colecistectomia 
→ CASO CLÍNICO 
- Sexo feminino, PSN, 45 anos, dá entradano SPA Alvorada com 
vômitos e dores abdominais que iniciaram após as 
comemorações natalinas ocorridas há 1 dia. Paciente relata 
episódios prévios semelhantes há 3 anos. Ao exame físico: BEG, 
LOTE, eupneica, anictérica, acianótica, hidratada, 
normocorada, febril ao toque, obesidade grau 1, abdome 
globoso, com cicatriz umbilical centralizada e retraída, sem 
cicatrizes cirúrgicas, RHA diminuídos em hipocôndrio direito 
(HCD), sem sopros, percussão normotimpânica em todo o 
abdome, exceto em HCD, onde há macicez à percussão, 
doloroso à palpação superficial e profunda em HCD, com dor 
importante em HCD durante a inspiração profunda, causando 
interrupção na inspiração, fígado palpável a 1 cm do rebordo 
costal direito, traube livre. 
1- Quais questionamentos na anamnese você acrescentaria? 
- Intensidade da dor (leve, moderada ou intensa) 
- Localização da dor 
- Característica da dor (aperto, queimação, pontada) 
- Se tem irradiação ou migração da dor 
- Fatores de melhora e de piora 
2- Qual é o diagnóstico sindrômico? 
- Síndrome do Abdome Agudo 
3- Qual é a principal hipótese diagnóstica e seus diagnósticos 
diferenciais? 
- Abdome Inflamatório Agudo (Colecistite Aguda) 
- Diagnóstico diferencial: doenças do fígado, hepatite, abcesso 
hepático (coleção purulenta no fígado), peritonite 
4- Qual principal agente bacteriano pode estar envolvido no 
quadro clínico? 
- Escherichia coli 
5- Quais são os fatores de risco identificados no exame clínico 
para tal patologia? 
- Obesidade grau 1, sexo feminino, idade acima de 40 anos 
(aumento da secreção de colesterol) 
4F´s (Principais fatores de risco relacionados à colelitíase) 
. Forty (acima de 40 anos) 
. Female (sexo feminino) 
. Fat (obesidade) 
. Multíparas 
6- Qual é o sinal identificado no exame físico deste caso que é 
característica da doença? E qual seu nome? 
- Sinal de Murphy (interrupção da inspiração durante a 
palpação do ponto cístico) 
7- Qual a fisiopatologia da doença e possíveis complicações do 
caso? 
- Obstrução do ducto cístico (formação de cálculos devido à 
saturação da bile) 
- Presença de um cálculo no infundíbulo da vesícula biliar ou no 
ducto, levando assim a distensão do órgão e como 
consequência a sua contração 
- Parede da vesícula biliar produz substâncias como a 
Fosfolipase A, que age com a bile produzindo substâncias 
irritativas a mucosa, e prostaglandinas, que provoca o processo 
inflamatório. 
- Como consequência desse processo inflamatório a circulação 
venosa e linfática é comprimida corroborando para o aumento 
do edema e para possíveis complicações. A distensão biliar 
pode levar a isquemia tecidual ocasionando gangrena e, 
eventualmente, uma perfuração causando uma peritonite. 
- COMPLICAÇÕES: peritonite, isquemia tecidual, perfuração 
8- Quais seriam os exames complementares que você 
solicitaria para esse caso? E por quê? 
- Ultrassom de abdome total -> verificar a inflamação e a 
presença de cálculos 
- Tomografia de abdome -> não tão boa para visualização do 
cálculo, porém boa visualização da inflamação 
- Hemograma completo (inflamação-> leucocitose, podendo 
ter desvio à esquerda) 
- Proteína C reativa aumentada 
- Função hepática (TGO e TGP + bilirrubina total e frações) 
9-Qual tratamento imediato nesse caso? 
- Controle da inflamação e sintomas 
- Antibioticoterapia 
- Cirurgia (colecistectomia) 
→ DEFINIÇÃO: processo inflamatório do pâncreas por ativação 
enzimática inadequada. 
→ QUADRO CLÍNICO 
- Pode-se encontrar um indivíduo com comprometimento do 
estado geral, taquicárdico, taquidispneico, hipotenso e com 
abdome distendido apresentando sinais de peritonite 
- Se associado à litíase biliar, pode apresentar icterícia 
 
→ DIAGNÓSTICO 
- Tomografia de Abdome Completo -> delimitação do pâncreas 
e avaliação das complicações 
 
- Elevação da amilase sérica ocorre de forma mais precoce, 
normalizando após 48h, enquanto a lipase eleva-se mais 
tardiamente, porém os níveis permanecem altos por mais 
tempo.

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