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Gestão de Transportes 1ª edição 2017 Gestão de Transportes 2 3 Unidade 2 Modais de transporte e suas características Para iniciar seus estudos Nesta Unidade veremos os mais importantes modais de transportes, suas características, vantagens e desvantagens. Daremos ênfase ao modal rodoviário, pois é o mais utilizado no Brasil, sem deixar de abordar os demais modais, tendo em vista que parte das operações através do modal rodoviário utiliza a conjugação com algum outro modal. Nesta unidade, você terá a oportunidade de conhecer as características que definem a decisão por um ou outro modal de transporte. Objetivos de Aprendizagem • Apresentar os diferentes tipos de modais de transporte e suas características, permitindo ao aluno identificar os modais; • Apontar as vantagens e desvantagens de cada tipo de modal; • Destacar a aplicação de cada tipo de modal de transporte. 4 Gestão de Transportes | Unidade de Estudo 2 – Modais de transporte e suas características 2.1 Meios de transporte e suas características Os meios de transporte a serem utilizados nas mais variadas operações logísticas, são determinados, em sua maior parte, de acordo com as características da própria operação. Diversos autores já escreveram sobre o tema, e é possível perceber que os conteúdos relacionados ao tema “modais de transporte”, “seleção de modais de transporte”, entre outros, usualmente repousam sobre a definição de critérios definidores da escolha. Apesar da escolha do modal de transporte poder ser muito variada, podemos analisar o transporte simples, como enviar um pequeno volume, uma caixa com algumas peças, através de um modal rodoviário entre duas cidades próximas ou até mesmo bairros de uma mesma cidade, até analisar o transporte de uma peça de grandes dimen- sões, que compõe um complexo sistema eólico, entre dois continentes e envolvendo diferentes tipos de transportes. As decisões relacionadas ao tipo de transporte a ser utilizado dependerão basicamente das prioridades que envolvem a operação. No decorrer desta unidade vamos apresentar os diferentes modais de transporte, suas características e principais aplicações. Os modais de transporte devem ser analisados pelos gestores, não apenas por meio de sua utilização isolada, mas também avaliando a sua utilização conjugada. Sendo assim, é possível, dentro das organizações que conheço ou em que atuo, sugerir uma alteração de modal nas operações, com o objetivo de reduzir desperdícios e melhorar o desempenho? A importância dos meios de transportes, pode ser observada na destinação de recursos da administração pública para a ampliação e manutenção dos mesmos. Nos últimos três anos, foram destinados recursos ao Ministério dos Transportes, que superam os cinquenta bilhões de reais. Em 2014 foram empenhados mais de 17 bilhões de reais, em 2015 mais de 19 bilhões de reais, e para 2016 o projeto de lei orçamentária destinava mais de 14 bilhões de reais. Vale atentarmos para o fato de que os recursos destinados são empenhados tanto em investi- mentos, quanto em manutenção, pagamentos de salários, previdência social, entre outras. Apesar dos impor- tantes volumes, vamos verificar ao longo desta unidade, uma significativa desigualdade nos volumes financeiros destinados pela Administração Pública a cada modalidade de transporte, havendo uma maior destinação de recursos ao modal rodoviário, como podemos observar no Quadro 1.1 os investimentos realizados referente àquilo que foi destinado nos últimos três anos a cada modal, pelo Ministério dos Transportes. Apesar da redução de volume de investimento destinado ao modal Rodoviário entre os anos de 2015 e 2016, percebemos que ainda é um valor quase 300% maior que o destinado aos modais Ferroviário e Hidroviário juntos. 5 Gestão de Transportes | Unidade de Estudo 2 – Modais de transporte e suas características Quadro 2.1 - Investimento em estrutura de modais de transporte Modal Rodoviário Ferroviário Hidroviário R$ 9.221.711.130 R$ 2.609.644.270 R$ 233.592.499 R$ 10.621.361.220 R$ 2.625.784.135 R$ 333.243.668 R$ 6.659.664.551 R$ 2.027.538.087 R$ 304.450.000 2014 (empenhado) 2015 (LOA)* 2016 (estimativa) Legenda: Valores investidos em modais de transporte nos últimos três anos. Fonte: Senado Federal – Orçamento da União. Disponível em https://www12.senado.leg.br/orcamento/docu- mentos/loa/2016/elaboracao/projeto-de-lei/proposta-do-poder-executivo/projeto-de-lei/volume-iv-tomo-i- -detalhamento-das-acoes-orgaos-do-poder-executivo-presidencia-da-republica-e-ministerios-exceto-mec/ presidencia-da-republica-e-ministerios/39000-ministerio-dos-transportes/view Temos basicamente cinco modelos (ou modais) de transporte amplamente estudados e utilizados, tanto no Brasil quanto no exterior, e são estes modais que você precisa conhecer, suas características, exemplos de utilização, vantagens e desvantagens, e é exatamente isto que apresentaremos. Os modais que estudaremos são: rodovi- ário, hidroviário, ferroviário, aéreo e Dutoviário. Abordaremos ainda a conjugação entre modelos de transportes, chamado de intermodal. 2.2 Rodoviário O modal rodoviário é o mais importante no Brasil, tanto em volume de transações, quanto em volumes finan- ceiros de investimento (como pudemos observar no Quadro 1.1), com mais de 60% (61,1%) das movimen- tações de cargas no Brasil sendo executadas através deste modal, de acordo com dados da Confederação Nacional dos Transportes (CNT). Desde o momento em que a Alemanha, no final do século XIX desenvolveu os veículos movidos por combustão interna a gasolina, o que observamos foi uma evolução nunca antes ocorrida, em relação ao desenvolvimento de uma necessidade por um determinado bem. Primeiramente encarado como um símbolo de status social, ou como a demonstração de capacidade de aquisição de determinadas pessoas e organizações, os carros rapidamente passaram a serem vistos como um bem indispensável para as mais variadas funções. Durante a primeira guerra mundial, a produção em larga escala de veículos militares, desenvolveu um campo interessante para a indústria. A partir da década de 1950, com o crescimento no número de veículos, o investimento na construção de uma malha rodoviária passou a ser cada vez maior no país. 6 Gestão de Transportes | Unidade de Estudo 2 – Modais de transporte e suas características O modal rodoviário teve um grande avanço durante a primeira guerra mundial e as apli- cações dos conceitos da administração científica e o taylorismo, que tiveram seu ápice com Henry Ford e a produção do seu modelo Ford T. O exemplo emblemático deste modelo deu-se na Fábrica conhecida como The Rouge. Com a aplicação dos conceitos de Taylor, foi possível a redução de custos que reduziu o velor do modelo T, de U$ 780,00 para U$ 360,00, e uma redução no tempo de montagem do veículo de 728 horas para 93 minutos. Para termos uma ideia de números mais recentes, de acordo com pesquisa CNT Rodovias, realizada pela Confe- deração Nacional dos Transportes (CNT), Serviço Social de Transporte (SEST) e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (SENAT) nos últimos dez anos (2006-2016), a frota de veículos mais que dobrou no país, atingindo mais de 92 milhões de veículos em 2016, contra pouco mais de 43 milhões em 2006. A malha rodoviária nacional, de acordo com a pesquisa do Departamento Nacional de Infraestruturas de Trans- porte (DNIT), e seu Sistema de Gerência de Pavimentos (SGP), realizada no ano de 2013, contava com um total de mais de um milhão e seiscentos mil quilômetros de rede rodoviária, figurando em pesquisa realizada pela Central de Inteligência Americana no ano de 2010, como a quarta maior rede rodoviária, atrás apenas de Estados Unidos, China e Índia. Observe o Quadro 1.2, que apresenta um comparativo das redes rodoviárias de diversos países. Quadro 2.2 - Comparativo de Redes Rodoviária entre países EUA Índia China Brasil 6.586.610 4.689.842 4.106.387 1.580.964 2012 2013 2011 2010Rússia 1.283.387 2012 Japão 1.210.251 2010 Canadá 1.042.300 2008 País Rede Rodoviária (em km) Ano da informação Legenda: Tabela comparativa da rede rodoviária, em quilômetros, entre países Fonte:https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/rankorder/2085rank.html 7 Gestão de Transportes | Unidade de Estudo 2 – Modais de transporte e suas características No entanto, no Brasil, apenas 12% deste total de redes rodoviárias era pavimentada. Entre 1999 e 2013, o Brasil conseguiu uma pequena evolução, com um aumento de mais de dez mil quilômetros de malhas rodoviárias pavi- mentadas, mas ainda assim, conta com números muito aquém de países desenvolvidos. Como podemos observar no Quadro 1.3, China e Estados Unidos lideram a economia mundial e também sua qualidade de transportes. Quadro 2.3 - Densidade da malha rodoviária EUA China Rússia Austrália 438,1 359,9 54,3 46,0 Canadá 41,6 Argentina 25,0 Brasil 25,0 País Densidade da malha rodoviária (valores em km/1.000 km²) Legenda: Tabela comparativa da densidade de malha rodoviária entre países desenvolvidos e em desenvolvimento Fonte:https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/rankorder/2085rank.html A partir das informações apresentadas no Quadro, podemos compreender melhor quando relacionamos o sistema de transportes ao desenvolvimento de um país e região. Apesar de haver uma rede rodoviária com importante volume no país, ainda carecemos de qualidade. O Forum Desafio também apresenta um caso prático. Aproveite para visitar o Fórum, reflita e discuta com seus colegas situações semelhantes vividas em seu cotidiano profissional. 8 Gestão de Transportes | Unidade de Estudo 2 – Modais de transporte e suas características 2.2.1 Tipos de veículos Podemos classificar os tipos de veículos que são amplamente utilizados no modal de transporte rodoviário no Brasil, de acordo com Rodrigues (2003), analisando, principalmente, três fatores: • Capacidade de carga; • Quantidade; e • Distância entre eixos. Sendo assim, vamos às classificações e ilustrações: a. Caminhão plataforma: Apto para o transporte de contêineres e demais cargas que se caracterizam por seus maiores volumes ou pesos. b. Caminhão baú: A característica deste veículo está na estrutura de sua carroceria, que para garantir a proteção dos volumes carregados, assemelha-se a um contêiner. c. Caminhão caçamba ou basculante: Este modelo de transporte é utilizado para a movimentação de cargas a granel, como grãos e óleos, e a descarga utiliza de sistema diferenciado, aproveitando-se da gravidade, através de uma abertura, própria para isto, na caçamba. d. Caminhão aberto: Este modelo de veículo é utilizado, principalmente, em duas situações: transporte de mercadorias não perecíveis ou transporte de pequenos volumes. Mesmo sendo abertos, permitem que sejam cobertos por lonas em caso de chuva. Por permitirem uma maior variedade, tanto de característica de itens transportados, quanto de quantidade, os caminhões abertos, também chamado de “toco”, são amplamente preferidos por transportadores autônomos. e. Caminhão refrigerado: Este veículo, quando observado por alguém de fora dele, assemelha-se muito ao caminhão-baú. No entanto, por transportar itens perecíveis, seu baú possuí sistema de refrigeração, permitindo, desta forma, a manutenção da temperatura no compartimento de carga. f. Caminhão tanque: Como o próprio nome já nos diz, este modelo de veículo tem uma carroceria desen- volvida para o transporte de óleos e derivados de petróleo, que demandam estruturas mais resistentes g. Caminhão graneleiro ou silo: Possui carroceria adequada para transporte de granéis sólidos. Descar- regam por gravidade, através de portinholas que se abrem; h. Caminhões especiais: » Rebaixados e reforçados: Para o transporte de carga pesada: (carreta heavy); » Possuir guindaste sobre a carroceria (munk); » Cegonhas, projetadas para o transporte de automóveis; » Semi-reboques: Carrocerias, de diversos tipos e tamanhos, sem propulsão própria, para acoplamento a caminhões-trator ou cavalo mecânico, formando os conjuntos articulados, conhecidos como carretas. 9 Gestão de Transportes | Unidade de Estudo 2 – Modais de transporte e suas características 2.2.2 Modelos de Cargas Rodoviárias Os modelos mais conhecidos de transporte de cargas rodoviárias são a carga fracionada e a carga completa. Apresentamos na sequência as principais características destes modelos: a. Carga Completa: Neste modelo de operação é analisada para a composição do preço do frete, princi- palmente, à distância a ser percorrida. Isto acontece, como o nome já diz, devido ao fato de um determi- nado cliente ocupar toda a capacidade de carga do veículo. É comum observarmos este tipo de operação sendo utilizada por indústrias que transportam seus lotes de produção até centros de distribuição ou até um determinado cliente. b. Carga Fracionada: Os preços praticados neste modelo de operação, incentivam as entregas que são efetuadas em lotes menores que a metade da carga completa. Diferentemente da operação de carga completa, a carga fracionada leva em conta, para sua composição de preço, não apenas a distância percorrida, mas também o volume e quantidade de itens. Com relação à rapidez, devido ao número maior de diferentes destinatários, o prazo de entrega tende a ser maior do que na operação de carga completa. Observe no Quadro 1.4 a comparação entre os modelos de carha e o modelo de operação. Quadro 2.4: Quadro comparativo entre modelos de carga Base de valor do frete Destinatários Tipo de entrega Abrangência de atendimento Distância Um destinatário Porta-a-porta Nacional Distância e volume Diversos destinatários Porta-a-porta Local, regional Modelo de operação Carga Completa Carga Fracionada Legenda: O quadro compara os critérios utilizados de acordo com o modelo de carga operada pelo veículo. Fonte: Martins, Martins e Souza (2010) – adaptado pelo autor 2.2.3 Vantagens e Desvantagens O modal rodoviário possui inúmeras vantagens e desvantagens em relação a outros modais, isto depende muito do país analisado, da época e características da carga. Sendo assim, é possível citarmos algumas vantagens, analisando principalmente a realidade brasileira. Vantagens: • Entrega na porta do consumidor; • O manuseio das cargas é feito de maneira simples quando comparado a outros modais; • O alcance é quase ilimitado no território nacional; • Devido ao número de modelos de transporte, adapta-se a um grande número de cargas. 10 Gestão de Transportes | Unidade de Estudo 2 – Modais de transporte e suas características Desvantagens: • Espaço de carga limitado; • O valor do frete é atribuído à distância, o que torna o transporte em distâncias longas, mais caro; • Parte das rodovias brasileiras encontra-se longe do ideal; • Dependendo dos destinos, existe grande morosidade nos processos de carga e descarga. São diversos os tipos de veículos para transporte não é mesmo? Aproveite que você conhece mais sobre esses tipos de transporte e visite o Fórum Desafio para continuar refletindo e interagindo com os colegas sobre o tema. 2.3 Ferroviário 2.3.1 Pioneirismo Norte Amerciano As ferrovias tiveram sua grande expansão no século XIX, quando passaram a ser utilizadas como um comple- mento ao modal hidroviário. Vamos abordar mais sobre a conjugação entre modais ainda nesta unidade, no entanto, precisamos mencionar uma característica deste modal, que é o fato de necessitar de outros modais para garantir a entrega ao cliente do processo de transporte. Inicialmente, nos Estados Unidos, as ferrovias eram utilizadas predominantemente por organizações que trans- portavam carvão e o faziam com seus próprios recursos, desenvolvendo sistemas particulares, que eram por elas mesmas gerenciados, em relação à segurança e gestão de tráfego. Esta situação era causada por dois fatores importantes: o alto custo dos equipamentos e a dificuldade para construírem-seferrovias e adaptar tais constru- ções às características naturais, principalmente de relevo. Ao longo do século XIX, com as evoluções técnicas, frutos das construções que vinham sendo executadas, e da utilização cada vez maior por um custo mais baixo de transporte, as ferrovias passaram a serem vistas como uma solução interessante, principalmente para o transporte de ferro e carvão. O autor Locklin (1954), ao publicar um livro com o tema “economia dos transportes”, relata que houve nos Estados Unidos, um importante fenômeno de expansão de linhas ferroviárias foi observado entre 1859 e 1890, com um aumento muito impressionante, que foi acompanhado também na Europa, que viu neste modal, uma alternativa para a ligação entre seus países. O Gráfico 1.1 foi inspirado nos dados do advogado norte-americano, senador, e presidente do Sistema Ferroviário Central de Nova York, Chauncey Mitchell Depew, que mostra a evolução das linhas férreas nos Estados Unidos, no período citado. 11 Gestão de Transportes | Unidade de Estudo 2 – Modais de transporte e suas características Gráfico 2.1 - Gráfico de evolução da malha ferroviária norte americana Legenda: Gráfico apresentando a evolução, em quilômetros, do volume de ferrovias nos Estados Unidos, ao longo de 50 anos. Fonte: DEPEW, Chauncey M. 1795-1895. One Hundred Years of American Commerce...A History of American Commerce by One Hundred Americans, with a Chronological Table of the Important Events of American Commerce and Invention Within the Past One Hundred Years Vol. 1, Nova Iorque: D. O. Haynes, 1895. É possível observarmos que em 1850, os Estados Unidos contavam com uma malha ferroviária pouco maior de nove mil quilômetros, triplicando em dez anos e chegando, em 1860, a mais de trinta mil quilômetros. Em 1870 supera os cinquenta mil quilômetros, para em 1880 passar de noventa mil quilômetros, aproximando-se da barreira dos cem mil quilômetros. Tal marca seria ultrapassada em 1890, quando os Estados Unidos chega a quase cento e trinta mil quilômetros de rodovias. Atualmente os Estados Unidos contam com mais de duzentos e vinte mil quilômetros de ferrovias, sendo a maior potência mundial deste modal. 2.3.2 Ferrovia brasileira Inicialmente viabilizada por subsídios do governo ao capital privado, as ferrovias brasileiras passaram por diferentes momentos ao longo da história, tendo sido a construção de sua malha, afetada pelos mais diversos acontecimentos. A primeira ferrovia nacional a entrar em operação, tinha 14 quilômetros de extensão, e ligava a cidade de Estrella no Rio de Janeiro, às montanhas, e teve sua operação iniciada em 1854. É necessário lembrar que entre 1850 e 1860, os Estados Unidos triplicaram sua malha ferroviária, passando de trinta mil quilômetros. Devido a fatores como a guerra da Crimea (1854-1856), da qual a Inglaterra, principal fonte de recursos finan- ceiros para a expansão ferroviária brasileira, participa, até a guerra do Paraguai (1865-1870), da qual o Brasil participa, acabam afetando negativamente a expansão da malha ferroviária no país. No final do século XIX, com o afastamento do Estado da expansão da malha ferroviária e também das atividades, a iniciativa privada usufrui de liberdade para fazê-lo. Por um lado, podemos verificar este fator como positivo, pois permite uma expansão importante. Por outro lado, a expansão ocorre sem qualquer regulamentação, gerando uma falta de padronização e planejamento do desenvolvimento. A principal utilização se dava para a exploração de recursos naturais e, principalmente, para o transporte do café. 12 Gestão de Transportes | Unidade de Estudo 2 – Modais de transporte e suas características Desde 1996, devido ao sucateamento pelo qual passava o modal ferroviario nacional, o governo brasileiro priva- tizou as ferrovias através do modelo de concessão, passando sua gestão à iniciativa privada. Isto deve-se não paenas ao mencionado sucateamento, mas também a um preuízo operacional em torno de um milhão de reais ao dia. A antiga Rede Ferroviária Brasileira (RFFSA), passou a funcionar como um órgão viabilizador de conces- sões, desenvolvendo os estudos necessários para as privatizações. De acordo com a Agência Nacional de Transportes Ferroviários, após os processos de privatização, o país conse- guiu aumentar em 75% o volume transportado pelo modal ferroviário (1997-2007). No último levantamento efetuado em 2015, chegamos a mais de 87% do volume transportado no início das concessões, alcançando a marca de 475 milhões de T.U.´s movimentadas nas ferrovias brasileiras. Os investimentos também chamam a atenção, partindo de 574 milhões de reais investidos em 1997 (sendo 162 milhões de reais da União), e chegando à marca de 5.9 bilhões em 2015, totalmente executado pelas concessionárias. Atualmente o país conta com pouco mais de 30 mil quilômetros de malha ferroviária (30.402), sendo que quase a totalidade é gerida por concessionárias e utlizada para o transporte de cargas. Das doze malhas existentes para o transporte de cargas, onze são geridas por empresas privadas. É necessário voltar à relação entre desenvolvimento e gestão de transportes, pois como vimos no modal rodoviário, a evolução do modal acompanha a evolução econômica das nações. Na sequência, o Gráfico 1.2 mostra a densidade do transporte ferroviário nos países, evidenciando a situação do Brasil perante outros países. Gráfico 2.2 - Gráfico comparativo de densidade do transporte ferroviário entre países desenvolvidos e países em desenvolvimento Legenda: Comparativo em quilômetros entre as densidades da malha ferroviária de países desenvolvidos e em desenvolvimento. Fonte: Confederação Nacional dos Transportes, 2015. 2.3.3 Vantagens e Desvantagens Apesar da sua importância em relação às quantidades movimentadas e distâncias percorridas, alguns autores da área de gestão de transportes atribuem desvantagens importantes ao modal ferroviário, como sua lentidão e estrutura necessária para movimentação das cargas. Em um relato mais pessimista sobre este modal, o autor Ballou descreve-o da seguinte forma: 13 Gestão de Transportes | Unidade de Estudo 2 – Modais de transporte e suas características A ferrovia é basicamente um transportador lento de matéria-prima ou manufaturados de baixo valor para longas distâncias. A distância média de viagem é de 535 milhas, com velocidade média de 20 milhas horárias. A distância média diária para um vagão é de cerca de 57 milhas diárias. As baixas velocidades e pequenas distâncias diárias percorridas refletem o fato de que o vagão gasta 88% do seu tempo carregando e descarregando, locomovendo- -se de um ponto a outro dentro do terminal, sendo classificado e agregado em composições ou mesmo ficando inativo durante uma queda sazonal de demanda. (BALLOU, 2012, p. 127) No entanto é possível visualizar a importância do modal ao descrevermos suas vantagens e desvantagens. Vantagens: • Diversidade de serviços e transportes; • Movimentação de cargas especiais; • Carga e descarga em múltiplos pontos entre origem e destino; • Viabilidade de alteração de destino. Desvantagens: • Horários limitados devido às características da malha ferroviária; • Dependência de outros modais para entrega na porta do cliente; • Alto custo de movimentação de cargas; • Elevado tempo de movimentação de cargas. 2.4 Hidroviário O modal hidroviário tem suas possibilidades de utilização ainda bastante limitadas. Trata-se de um modelo utili- zado principalmente para o transporte graneleiro, cargas volumosas com baixo valor agregado. Uma importante informação aqui recai sobre a definição de hidrovias, que mesmo sendo designadas por muitos autores como sinônimos de expressões como aquavias ou caminhos fluviais, de acordo com o Ministério dos Transportes, o termo hidrovia é atribuído a vias nave- gáveis, que oferecem condições adequadas de segurança, tanto para o transporte de cargas quanto passageiros, e que sejam devidamente sinalizadas e balizadas.O modelo hidroviário é bastante utilizado quando existe a necessidade conjugada de carregamento de grandes volumes que percorram grandes distâncias, tendo em vista que o consumo de combustível para volumes de cargas semelhantes é bastante reduzido em relação ao modal ferroviário e rodoviário. O Quadro 1.5 apresenta um comparativo de consumo de combustível entre diferentes modais de transporte, no qual o custo relacionado ao consumo de combustível do transporte hidroviário, justifica sua aplicação em outras partes do mundo. 14 Gestão de Transportes | Unidade de Estudo 2 – Modais de transporte e suas características Quadro 2.5 - Comparativo de consumo de combustível entre diferentes modais de transporte HIDROVIA FERROVIA RODOVIA 4 litros 6 litros 15 litros MODAL CONSUMO DE COMBUSTÍVEL(1 TONELADA / 1.000 km) Legenda: Tabela comparativa entre o consumo médio de combustível, com carregamento de 1 tonelada por 1.000 quilô- metros, entre diferentes modais de transporte. Fonte: NETO, Luiz Rebelo. Sistema de Transporte Aquaviário no Brasil. Apresentação comissão da Amazônia – Senado federal. Brasília-DF, 14 abr. 2009. Disponível em: http://www.senado.leg.br/comissoes/ci/ap/AP20090416_CNT-BrunoBa- tista-7%C2%AAReuni%C3%A3o.pdf Utilizando-se de acessos fluviais, lacustres e mares abertos, este último representa a maior parte da utilização deste modal no Brasil, mesmo com a capacidade de utilização dos modelos lacustres e fluviais. A capacidade hidroviária do Brasil é muito importante, com uma rede de aproximadamente 42 mil quilômetros, sendo deste total, quase 62% navegáveis. Mesmo com esta importante rede hidroviária, que chega próxima aos 27 mil quilômetros navegáveis, efetivamente apenas 13 mil quilômetros são utilizados, podendo ser atribuído destaque à bacia Amazônica. De acordo com alguns autores, a rede hidroviária brasileira pode chegar a expres- sivos 60 mil quilômetros, se incluídas todas as modalidades lacustres e fluviais. A comparação entre o Brasil e outros países acaba sendo inevitável, a fim de mostrarmos o quão importante são os modais de transporte no desenvolvimento dos países. Mesmo com dimensões continentais, o Brasil conta com 8,5 mil quilômetros de hidrovias navegáveis, enquanto um país como a Bélgica por exemplo, que é uma referência na utilização de hidrovias, conta com 1.040 quilômetros, e mesmo com significativa diferença, no Quadro 1.6 conse- guimos visualizar a utilização eficiente do país europeu, que consegue movimentar quase 55% do total de tone- ladas movimentadas pelo Brasil, mesmo tendo menos de 0,4% do tamanho do Brasil e 12% de sua rede hidroviária. O último dado que observamos no quadro, e mais importante, mostra que enquanto a Bélgica transporta quase 100 mil toneladas por quilômetro de hidrovia, o Brasil transporta pouco mais de 6 mil toneladas. 15 Gestão de Transportes | Unidade de Estudo 2 – Modais de transporte e suas características Quadro 2.6 - Quadro comparativo Brasil - Bélgica, de utilização de modal hidroviário Tamanho (Área em Km²) População (em milhões) Rede hidroviária (em quilômetros navegáveis) Toneladas transportadas por ano (em milhões) 8.516.000 200,4 8.500 80,9 30.528 11,2 1.040 44,3 Toneladas transportadas por quilômetro 6.223,08 98.226,16 País Brasil Bélgica Legenda: Quadro comparativo entre um país desenvolvido (Bélgica), seus dados geográficos e demográficos e de utili- zação do modal hidroviário, com o Brasil. Fontes: Santos, Sílvio dos. Aspectos da navegação interior. v. 1, Florianópolis: Lab Trans/UFSC, 2014. Banco Mundial, 2015 – Disponível em: http://datos.bancomundial.org/pais/belgica http://data.worldbank.org/country/brazil?locale=pt Câmara de Comércio e Indústria Belgo-Luxemburguesa-Brasileira no Brasil (Belgalux Brasil). Disponível em: http://www. belgica.org.br/infraestrutura.htm 2.4.1 Vantagens e Desvantagens Dentre as diferenças existentes entre os diversos modais que estamos apresentando, fica muito claro que as vantagens e desvantagens do modal hidroviário repousam sobre as prioridades custos, velocidade de entrega, interfaces ambientais e capacidade de movimentação. Em relação a este último item, a capacidade de movimentação, é conhecida a máxima de que a capacidade de carga das barcaças pelas hidrovias, esta é capaz de transportar o equivalente a 22 vagões de trem ou 39 caminhões. Vantagens: • Diferencial relacionado ao custo para o transporte de itens de baixo custo; • Possível carregar grandes volumes; • Percorre longas distâncias; • Ambientalmente mais positivo que os modais rodoviários e ferroviários. Desvantagens: • Necessita de outros modais para carregamento e descarregamento. Seria um diferencial o transporte por ferrovias até os portos, no entanto, o Brasil ainda busca uma evolução também neste modal; • Demora em várias etapas do processo, desde o carregamento até a verificação e inspeção por órgãos públicos, não sendo possível, em muitos casos, cumprir com o tempo de atracação, gerando assim a chamada demurrage; • Influência das condições climáticas, políticas, entre outras, nos aspectos de confiabilidade e entrega dos itens. 16 Gestão de Transportes | Unidade de Estudo 2 – Modais de transporte e suas características Demurrage: Demurrage ou sobre-estadia, como é chamada no Brasil, é o pagamento esta- belecido em contrato, por parte do afretador, ou, aquele que utiliza o serviço do armador marítimo. O armador marítimo é o transportador, proprietário do navio. Este pagamento acontece sempre que o afretador, ao executar o processo de retirada do contêiner do navio, para descarregamento, ultrapassa o tempo contratado para a devolução do contêiner, em perfeito estado. Sendo assim, este atraso poderá afetar a operação do armador, que será indenizado, mediante o pagamento da demurrage. Usualmente o valor deste pagamento está atrelado à tonelagem do navio. Glossário 2.5 Aéreo A principal característica do modal aéreo encontra-se na velocidade reduzida de transporte. No entanto, esta característica também é apreciada no valor do frete, que tende a ser mais de dez vezes superior ao modal ferroviário. Sua velocidade pode atingir até 585 milhas por hora em velocidade de cruzeiro, embora a velocidade média, quando levado em consideração o tempo que a aeronave leva taxiando, aguardando autorizações, entre outras demandas que acabam reduzindo sua velocidade média. O tempo exato do transporte aéreo é amplamente afetado por questões climáticas, problemas mecânicos, tráfego aéreo, dentre outros. Por isso, alguns autores acabam reduzindo pela metade a velocidade de cruzeiro de uma aeronave. Mesmo não sendo o modal mais adequado para o transporte de grandes volumes, o modal aéreo vem apresen- tando resultados importantes, registrando um crescimento de mais de 6% entre 2015 e 2016. Sua utilização muitas vezes repousa sobre prioridades diferenciadas na escolha do modal, como urgência na entrega e rapidez de reposição de itens críticos. Este modal é bastante utilizado no transporte de pacientes com doenças graves e que necessitam e rapidez e aparato médico diferenciado, transporte de órgãos, entre outros. É conhecido o relato dentro de uma montadora de veículos sueca, que tem plantas no mundo inteiro, e em sua planta no sul do Brasil acabou errando a previsão de necessidade de um importante componente, importado da Suécia, do motor de um modelo de veículo e, diante da eminência da parada da linha, enviou um de seus mecânicos de avião até o aeroporto de Estocolmo. O mecânico chegou a Estocolmo, recebeu as caixas da peça, que tinha um volume pequeno, permaneceu em terras suecas por aproximadamente 6 horas, e voltou. Trata-se de uma situação emergencial, na qual a prioridade era o custo, já que uma parada de produção poderia custar mais que a passagem aérea. 17 Gestão de Transportes | Unidade de Estudo 2 – Modais de transporte e suas características 2.5.1 Vantagens e Desvantagens As vantagens e desvantagens do modal aéreo, assimcomo os demais modais aqui apresentados, variam de acordo com as prioridades da demanda a ser atendida. No entanto, é possível hoje verificarmos uma importante evolução neste modal, especialmente diante da utilização de novas tecnologias para a previsão climática, de ferramentas voltadas para pouso e decolagem, mesmo em situações adversas, resultando em uma redução nas incertezas relacionadas ao modal. Vantagens: • Velocidade entre os processos; • Entregas dentro de prazos estabelecidos; • Demandas urgentes; • Atendimento a longas distâncias. Desvantagens: • Alto custo; • Limitação de captura e entrega apenas em aeroportos; • Limitação dos volumes transportados; • Restrição ao atendimento de pequenas distâncias devido ao valor. 2.6 Dutovias Os dutos são tubulações, especialmente construídas para o transporte de produtos líquidos, gasosos ou misturas com consistência semelhante, usualmente entre longas distâncias. São transportados mais comumente gás natural, derivados do petróleo e produtos químicos. Teve seu início com a transposição de água, através de aque- dutos, que ainda hoje estão espalhados pelo mundo inteiro. O sistema de dutos possuí uma classificação importante a ser conhecida pelos alunos, que são: a. Gasodutos: Transporte de gás, como o GLP; b. Oleodutos: Transporte de óleos e derivados de petróleo; c. Minerodutos: Transporta produtos, tais como o minério de ferro, sal-gema, entre outros; d. Aquedutos: Transporte de água entre diferente regiões de uma cidade, estado, país e continente. Os dutos podem ser subterrâneos, aéreos ou visíveis e submarinos. A utilização dos dutos como meio de transporte, busca atender principalmente prioridades como consistência e frequência de transporte. Sem dúvida, nenhum outro modal tem a frequência e a consistência dos dutos, no entanto, sua flexibilidade é altamente restrita, tanto em relação aos itens transportados, quanto em relação aos pontos de entrega. 18 Gestão de Transportes | Unidade de Estudo 2 – Modais de transporte e suas características Os gasodutos possuem um custo elevado de implantação, devido à necessidade de um elevado número de mão de obra, assim como uma fiscalização bastante rigorosa nos processos, no entanto, a consistência e frequência acabam compensando. Dutovias no Brasil e no mundo O Brasil ainda está engatinhando na utilização do dutos como modal de transporte, em relação a outras nações. Atualmente contamos com aproximadamente 20 mil quilômetros de dutovias, sendo a mais importante e conhe- cida o Gasoduto Brasil-Bolívia, operado pela Transportadora Brasileira Gasoduto Brasil-Bolívia, com extensão total de 3.150 quilômetros, sendo quase 2.600 quilômetros em território brasileiro, e passando por diversos estados, como Mato Grosso do Sul, São Paulo e todos os estados do sul do país. Vale ressaltar que o Gasoduto Brasil-Bolívia é responsável pelo transporte de metade do gás utilizado no Brasil. Mesmo com uma importante obra relacionada à utilização do modal, o Brasil ainda fica muito longe de outros países, e aqui vamos observar mais uma vez a relação entre a utilização dos modais e o desenvolvimento das nações. Observamos no Quadro 1.7 uma relação entre países desenvolvidos e o Brasil, e sua utilização de dutos. Quadro 2.7 - Comparação entre as malhas ferroviárias de países desenvolvidos e o Brasil EUA Rússia Canadá Brasil 440 mil 300 mil 240 mil 21 mil País Malha dutoviária (em km) Legenda: Tabela comparativa da malha dutoviária, em quilômetros, entre países desenvolvidos e o Brasil. Fonte: Pesquisa CNT de Rodovias 2016: relatório gerencial – Ed. 20, Brasília: CNT: SEST: SENAT: 2016. Disponível em: http:// pesquisarodovias.cnt.org.br/ 2.6.1 Vantagens e Desvantagens Entre as vantagens e desvantagens da utilização de dutovias, podemos destacar as questões ambientais, de custos e de consistência, tendo em vista que, se o Brasil utilizasse este modal para o transporte de etanol, por exemplo, mais de mil e quinhentas carretas bi-trem, por dia, deixariam nossas estradas, tendo em vista que a capacidade produtiva total nacional é de mais de 16 bilhões de litros ao ano. Vantagens: • Baixa frequência de manutenção; • Alta frequência e consistência do processo (7 dias na semana x 24 horas por dia); • Capacidade de ligar longas distâncias; • Possibilidade de ligação ponto-a-ponto. 19 Gestão de Transportes | Unidade de Estudo 2 – Modais de transporte e suas características Desvantagens: • Baixa flexibilidade de produtos transportados; • Alto custo de implementação; • Risco de acidentes ambientais. Nesta unidade apresentamos muitas informações sobre a Gestão de Transportes e esse é o momento ideal para visitar o Fórum Desafio e continuar contribuindo com a discussão sobre o tema. 20 Considerações finais Nesta Unidade buscamos dar continuidade ao tema de Gestão de Trans- portes, analisando os meios mais comuns para a execução da atividade, dentro da cadeia logística. Se inicialmente demos significativa atenção à localização da atividade dentro dos processos da organização, neste momento a atenção volta-se aos modais de transporte por meio dos seguintes aspectos: • Apresentação dos principais modais de transporte ao aluno, e exemplos de suas aplicações; • Análise das vantagens e desvantagens de cada modal apresentado; • Comparação das estruturas desenvolvidas pelo Brasil e outros países, desenvolvidos e em desenvolvimento, permitindo ao aluno ter a visão global dos modais; • Análises da utilização dos modais pelo Brasil e outros países, em desenvolvimento e desenvolvidos, evidenciando ao aluno a importância dos modais no desenvolvimento das nações. Referências bibliográficas 21 ALVARENGA, Antônio Carlos; NOVAES, Antônio Galvão. Logística aplicada: suprimento e distribuição física. 3. ed. São Paulo: Pioneira, 2010. 194 p. Balanço do Transporte Ferroviário de Cargas 2014, Agência Nacional de Transporte Ferroviario. BALLOU, Ronald H. Logística empresarial: transportes, administração de materiais e distribuição física. São Paulo: Atlas, 2011. 388 p. CAIXETA-FILHO, José Vicente; MARTINS, Ricardo Silveira (Org.). Gestão logística do transporte de cargas. São Paulo: Atlas, 2001. CAIXETA-FILHO, José Vicente; MARTINS, Ricardo Silveira. O desenvol- vimento dos sistemas de transporte: auge, abandono e reativação recente das ferrovias. Teoria e Evidência Econômica, v. 6, n. 11, p. 69-91, Nov. 1998, Passo Fundo – RS, Brasil Câmara Interamericana de Transportes – CIT. Livro Transportes, vol. IV, 2009, Brasília – DF. Bibliografia Complementar: ALLAMA, José Ademir Menezes. A terceira onda da hidrovia brasi- leira. Seminário de transporte e desenvolvimento hidroviário interior, 7 – SOBENA HIDROVIÁRIO, 2011. Anuário Estatístico Hidroviário 2013, Brasília – DF, ANTAQ, 2013 BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos: Logís- tica Empresarial. 5ª Ed., Porto Alegre: Bookman, 2006. Referências bibliográficas 22 BANOLAS, Rogério Garcia. Mudança: uma crônica sobre transformação e logística Lean. Porto Alegre: Bookman, 2013. BOWERSOX, Donald J. et al. Gestão Logística da Cadeia de Suprimentos. DEPEW, Chauncey M. 1795-1895. One Hundred Years of American Commerce ...: A History of American Commerce by One Hundred Ameri- cans, with a Chronological Table of the Important Events of American Commerce and Invention Within the Past One Hundred Years Vol. 1, Nova Iorque: D. O. Haynes, 1895. LOCKLIN, Philip. Economics of transportation. 4 ed., Richard D. Irwin, 1954. MARTINS, Ricardo S.; MARTINS, Sérgio Silveira; SOUZA, Osmar Vieira. Transporte rodoviário de cargas (TRC) no Brasil: caracterização das orga- nizações prestadoras de serviço e do negócio. Simpósio de Administração da Produção, Logística e Operações Internacionais, XIII, Anais, 2010. Pesquisa CNT de Rodovias 2016, Relatório gerencial. 20 ed., Brasília-DF, 2016. NETO, Luiz Rebelo. Sistema de Transporte Aquaviário no Brasil. Apre- sentação comissãoda Amazônia – Senado federal. Brasília-DF, 14 abr. 2009. Disponível em: http://www.senado.leg.br/comissoes/ci/ap/ AP20090416_CNT-BrunoBatista-7%C2%AAReuni%C3%A3o.pdf POMPERMAYER, Fabiano Mezadre; CAMPOS, Carlos Álvares da Silva; PAULA, Jean Marlo Pepino. Hidrovias no Brasil: perspectiva histórica, custos e inconstitucionalidade. Rio de Janeiro – RJ, IPEA, 2014. TOKARSKI, Adalberto. Hidrovias brasileiras. Encontro Nacional de Enti- dades Portuárias e Hidroviárias, 22, Maceió – AL, 2002. Referências bibliográficas 23 Sites acessados Santos, Sílvio dos. Aspectos da navegação interior. v. 1, Florianópolis: Lab Trans/UFSC, 2014. Disponível em: http://www.dtt.ufpr.br/Sistemas/ Arquivos/Livro_Aspectosnavegacaointerior.pdf ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres – Disponível em www. antt.gov.br Acesso em 30 de dezembro de 2016. Banco Mundial, 2015 – Disponível em http://datos.bancomundial.org/ pais/belgica http://data.worldbank.org/country/brazil?locale=pt Câmara de Comércio e Indústria Belgo-Luxemburguesa-Brasileira no Brasil (Belgalux Brasil). Disponível em: http://www.belgica.org.br/infraes- trutura.htm CNT – Confederação Nacional do Transporte. Disponível em www.cnt.org. br Acesso em 30 de dezembro de 2016. Pesquisa CNT de Rodovias 2016: relatório gerencial – Ed. 20, Brasília: CNT: SEST: SENAT: 2016. Disponível em: http://pesquisarodovias.cnt.org.br/ CIA – Central de Inteligência Americana. Disponível em www.cia.gov.us Acesso em 28 de dezembro de 2016. Senado Federal, Orçamento da União direcionado ao Minis- tério dos Transportes. Disponível em https://www12.senado.leg. br/orcamento/documentos/loa/2016/elaboracao/projeto-de-lei/ proposta-do-poder-executivo/projeto-de-lei/volume-iv-tomo-i- -detalhamento-das-acoes-orgaos-do-poder-executivo-presidencia- -da-republica-e-ministerios-exceto-mec/presidencia-da-republica- -e-ministerios/39000-ministerio-dos-transportes/view Acesso em 02/01/2017.
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