Buscar

Caso clínico Alzheimer

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Caso Alzheimer 
O diagnóstico da doença de Alzheimer ou outras demências cresce dramaticamente 
em muitos países, associado a elas, a disfagia se faz presente nos estágios mais 
avançados da doença. A maioria dos idosos com disfagia (cerca de 70%) recebem 
dieta com textura modificada, por exemplo, em pacientes com disfagia para líquidos, 
recomenda-se produtos artificiais como espessantes alimentares sem sabor, ou via 
alimentar alternativa como a sonda nasoenteral. Sabe-se que a disfagia, diagnóstico 
comum entre pessoas idosas, pode resultar em desnutrição e aumentar o risco de 
pneumonia o que é uma causa comum de mortalidade em pacientes com demência e 
outros distúrbios cognitivos. Disfagia piora consideravelmente estado nutricional do 
idoso o que é particularmente relevante para as consequências físicas, funcionais, 
sociais e econômicas, assim, a desnutrição está associada com maior risco de 
mortalidade, taxas mais elevadas de infecção, um aumento do número de quedas e 
fraturas, permanecia hospitalar, má qualidade de vida, ansiedade e depressão. Fonte: 
CAPELARI, SUELLEN; BUDNI, JOSIANE. A disfagia no envelhecimento associada a 
desnutrição e desencadeamento de transtornos mentais. Revista Inova Saúde, 
Criciúma, vol.9, n. 1, 2019. GOES, V. F. Avaliação do risco de disfagia, estado 
nutricional e ingestão calórica em idosos com Alzheimer. Rev. Latino-Am. 
Enfermagem. v. 22, n.2 :317-24, 2014. Hoje faz 1 semana que você está fazendo o 
estágio em Nutrição Clínica no Hospital Universitário, durante essa primeira você já 
teve contanto com diversos casos clínicos que foram relevantes a sua formação. O 
paciente de hoje o Senhor J.L.M que possui um diagnóstico de Alzheimer está em uso 
de nutrição enteral devido a disfagia. Com base na descrição do paciente abaixo, 
ajude a Nutricionista responsável pelo acompanhamento nutricional do paciente a 
fazer uma orientação de alta aos cuidadores do Senhor J.L.M. J.L.M., sexo masculino, 
75 anos, diabético tipo II há 25 anos, em uso de 60 unidades de insulina diariamente. 
É hipertenso e com diagnóstico de Alzheimer há 5 anos. Recentemente diminuiu a 
quantidade de alimentos ingeridos, devido a disfagia. O paciente apresentou febre de 
39°C e fadiga, sua família o levou ao Pronto Atendimento, após a realização de 
exames e consulta médica ele foi diagnosticado com pneumonia, devido a uma 
broncoaspiração. A Equipe Multidisciplinar de Terapia Nutricional prescreveu o uso de 
dieta enteral nasogástrica. Após 8 dias internado para o tratamento da pneumonia o 
paciente recebeu alta, no entanto ele permanece com a dieta enteral nasogástrica. 
Você ao acompanhar o paciente durante o período de internação: a) Faça uma 
orientação de alta para os familiares e/ou cuidadores com todas as informações 
necessárias em relação aos cuidados com a sonda e como será a administração da 
dieta. 
RESPOSTA: 
A dieta fornecida por sonda é denominada enteral e é planejada para que possa 
fornecer todos os ingredientes necessários e essenciais para uma melhor 
recuperação e manutenção da saúde. Logo, essa terapia irá proporcionar uma melhor 
qualidade de vida ao paciente e é necessário ter cuidados com a sonda e com a 
administração da dieta. 
Meça o comprimento da parte externa da sonda com uma fita métrica e verifique 
quando possível para saber se a sonda continua na mesma posição (mesma medida). 
Caso haja um aumento de mais de 5 centímetros da parte externa, a sonda pode ter 
saído da posição, logo procure uma a equipe de saúde. 
A sonda deve ser fixada à pele com uma fita adesiva hipoalergênica ou esparadrapo 
para evitar retiradas acidentais. Porém, sempre que a fixação estiver suja ou solta é 
necessário ser trocada. 
Para evitar a obstrução da sonda: injetar pela sonda, através de seringa, 40 ml de 
água filtrada, fervida e fria, antes e após a administração da dieta ou medicamentos. 
Porém, não deve misturar medicamentos diferentes, e deve-se injetar 5 ml de água 
após cada medicação, evitando a mistura na sonda. E em caso de obstrução, injetar 
lentamente 20 ml de água filtrada, fervida e morna. 
Higiene pessoal do cuidador: usar cabelos presos e protegidos, além de uso de roupas 
limpas durante o preparo da dieta. Manter unhas curtas e limpas, lavar bem as mãos 
e antebraços, secar as mãos com toalha limpa. Não fumar, tossir, falar ou espirrar 
durante o preparo da dieta. E caso estiver com as mãos machucadas (cortes/feridas) 
fazer uso de luvas. 
Para fornecer a dieta: colocar em posição correta, na qual fique com a cabeceira da 
cama em uma inclinação de 30º-45º; conectar o equipo no frasco e pendurar o frasco 
no ganho, abrir a roleta para encher o equipo de dieta e em seguida conectar o equipo 
à sonda. O gotejamento tem que ser lento, aproximadamente 1 hora; ao final da 
administração da dieta, utilizando uma seringa, passar 20 a 40 ml de água (mineral 
ou fervida à temperatura ambiente) pela sonda para limpar os resíduos de alimentos; 
tampar a sonda; manter o paciente na posição por 30 minutos após a administração 
da dieta, para evitar vômitos, regurgitação. 
É importante oferecer água entre as refeições, utilizando somente água filtrada. 
A dieta deverá ser preparada, preferencialmente, para o consumo imediato ou deverá 
ser consumida em até 24 horas. 
Se sobrar dieta, a mesma deverá ser descartada. 
A deita não deve ser congelada, nem aquecida em forno micro-ondas. 
Caso utilize formulas enterais industrializadas, atente-se para as recomendações de 
conservação na embalagem pelo fabricante. 
Seguir corretamente o fracionamento e os horários de administração da fórmula.

Outros materiais