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CASO CLÍNICO FINAL

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS 
Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde 
Graduação em Nutrição 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Maria Elizabeth Alves Gonçalves 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CASO CLÍNICO FINAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Belo Horizonte 
2021 
 
 
Maria Elizabeth Alves Gonçalves 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CASO CLÍNICO FINAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho acadêmico apresentado à disciplina 
Estágio Obrigatório em Nutrição Clínica Hospi-
talar, do curso de Nutrição da Pontifícia Univer-
sidade Católica de Minas Gerais. 
 
Orientadora: Profa. Dra. Lana Claudinez dos 
Santos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Belo Horizonte 
2021
 
 
LISTA DE QUADROS 
 
Quadro 1 - Dados antropométricos do paciente .................................................... 9 
 
Quadro 2 - Exames bioquímicos do paciente ....................................................... 12 
 
Quadro 3 - Medicamentos em uso pelo paciente ................................................. 16 
 
Quadro 4 - Cardápio de um dia de dieta pastosa ................................................. 29 
 
Quadro 5 – Macronutrientes presentes na dieta prescrita .................................. 30 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 5 
 
2 REFERENCIAL TEÓRICO ....................................................................................... 6 
 
3 DESENVOLVIMENTO ............................................................................................. 8 
3.1 História Socioeconômica .................................................................................... 8 
3.2 História Clínica .................................................................................................... 8 
3.3 História da Doença Atual (HDA) ......................................................................... 8 
3.4 História Patológica Pregressa (HPP) ................................................................. 9 
 
4 AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL ............................................................ 9 
4.1 Dados antropométricos ...................................................................................... 9 
4.1.1 Cálculos e classificações .................................................................................. 10 
4.2 NRS 2002 ............................................................................................................ 11 
4.3 Avaliação Subjetiva Global ............................................................................... 11 
4.3 Exames Bioquímicos e Interpretação .............................................................. 12 
4.4 História Dietética (descritiva): .......................................................................... 15 
4.4.1 Anamnese alimentar pré-hospitalar .................................................................. 15 
4.4.2 Necessidades nutricionais do paciente ............................................................ 15 
 
5 MEDICAMENTOS .................................................................................................. 16 
 
6 DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL ............................................................................ 19 
 
7 CONDUTA NUTRICIONAL INTRA-HOSPITALAR ............................................... 19 
7.1 Conduta nutricional paciente / prescrição dietética ...................................... 19 
7.2 Características químicas .................................................................................. 22 
7.3 Características físicas....................................................................................... 23 
7.4 Via de administração......................................................................................... 23 
7.5 Acompanhamento da aceitação da dieta hospitalar ...................................... 23 
7.6 Evolução de prontuário .................................................................................... 24 
7.7 Prescrição dietoterápica e orientações de alta hospitalar ............................ 28 
7.7.1 Prescrição da terapia enteral ............................................................................ 28 
7.7.2 Prescrição da dieta pastosa ............................................................................. 29 
7.7.3 Orientações de alta hospitalar .......................................................................... 30 
 
8 ENCAMINHAMENTO NUTRICIONAL ................................................................... 31 
 
9 CONCLUSÕES ...................................................................................................... 32 
 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 32 
5 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O paciente do caso clínico final possui 68 anos de idade, é do sexo masculino 
e foi admitido em um Hospital de Belo Horizonte no dia 04 de janeiro de 2021. Apre-
senta história clínica pregressa de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). É 
casado, pai de três filhos, aposentado, ex-tabagista (parou de fumar há 1,5 anos, fu-
mava de 1 a 1,5 maço de cigarro por dia), etilista e sedentário. 
 
6 
 
2 REFERENCIAL TEÓRICO 
 
A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma enfermidade respiratória 
caracterizada pela presença de obstrução crônica do fluxo aéreo, que ocorre geral-
mente de forma progressiva e está relacionada à resposta inflamatória anormal dos 
pulmões e das vias aéreas à inalação de partículas ou gases tóxicos. O tabagismo é 
uma caua primária, é uma doença prevenível e tratável (VILLAÇA, 2019). A bronquite 
crônica (condição de longo prazo de DPOC em que os brônquios inflamados levam à 
produção de muco, tosse e dificuldade para respirar) e enfisema (um tipo de doença 
pulmonar de longa duração caracterizada por destruição do parênquima pulmonar 
com falta de retração elástica) estão englobadas no termo DPOC. Essas condições 
podem coexistir em graus variáveis e, em geral, não são reversíveis. 
A deficiência de alfa-1 antitripsina está presente em 1% a 2% dos pacientes 
com DPOC e provavelmente é sub-reconhecida. As exacerbações de DPOC podem 
ser causadas por Haemophilus influenzae, Moraxella catarrhalis, S. pneumonia, rino-
vírus, coronavírus e, em menor grau, por microrganismos como P. aeruginosa, S. au-
reus, Mycoplasma spp. e Chlamydia pneumoniae. Alergias, tabagismo, insuficiência 
cardíaca congestiva, embolia pulmonar, pneumonia e infecções sistêmicas são a ra-
zão para 20% a 40% das exacerbações de DPOC (MAHAN; RAYMOND, 2018). 
O câncer pode ser definido como uma doença multicausal e crônica, originada 
pela replicação celular anormal. O desenvolvimento do câncer pode ser divido em três 
fases: início, promoção e progressão; a fase início é marcada por múltiplas transfor-
mações na célula com interações com diversas substâncias, radiação, química e/ ou 
vírus, diretamente no ácido desoxirribonucleico (DNA), de forma rápida; no estágio de 
promoção ás células passam a se multiplicarem, mas não passam pelo processo de 
correção, desta forma dá-se o início a fase de progressão, denominada como: neo-
plasia, neste momento ás células passam a se agregarem, crescerem, podendo gerar 
a neoplasia maligna ou tumor, podendo invadirem diversos tecidos e órgãos distan-
tes, configurando assim o perfil metastático (MAHAN; RAYMOND, 2018). O câncer 
apesar o resultado de aspectos endógenos e ambientais, a dieta tem sido apontada 
como o mais notável aspecto, dentro dos fatores geradores (GARÓFOLO et al., 2004). 
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a localização do câncer 
de cólon e reto inicia na parte do intestino grosso (chamada cólon) e no reto (final do 
intestino, imediatamente antes do ânus) e ânus. Também é conhecido como câncer 
7 
 
colorretal. É passível de tratamento e, na maioria dos casos,é curável, quando detec-
tado precocemente e ainda não atingiu outros órgãos. Grande parte desses tumores 
inicia-se a partir de pólipos, que são lesões benignas que podem crescer na parede 
interna do intestino grosso (INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR 
GOMES DA SILVA, 2020.) 
De acordo com dados apresentados no INCA (2020), as estimativas mundiais 
de acometimento de câncer de cólon apontam: nos homens, ocorreu 1 milhão de ca-
sos novos de câncer do cólon e reto, sendo o terceiro tumor mais incidente entre todos 
os cânceres, com um risco estimado de 26,6/100 mil. Para as mulheres, foram 800 
mil casos novos, sendo o segundo tumor mais frequente com taxa de incidência de 
21,8/100 mil. As maiores taxas de incidência por câncer de cólon e reto foram encon-
tradas nos países da Europa (INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR 
GOMES DA SILVA, 2020. P 35). 
Para definir o tratamento é necessário saber primeiramente o tipo de tumor e o 
estadiamento, que se baseia no rastreamento anatômico do câncer, tal achado é divi-
dido em graduações que vão de 0 a 4. Além disso, o tumor pode ser subdivido con-
forme suas características: tumor primário, representado pela letra (T), aspectos locais 
da cadeia de drenagem linfática do órgão onde se localiza, representado pela letra 
(N), e a presença ou não de metástases, representado pela letra (M). O estadiamento 
pode ser feito através de exames de imagens como radiografias e tomografias e o seu 
grau pode proceder as chances de sobrevida (INCA, 2019; MAHAN; RAYMOND, 
2018). 
 As formas de tratar incluem cirurgias, com a retirada do tumor e apresenta 
um potencial curativo na metade dos casos; além disso, as adjuvâncias, com o uso 
de drogas terapêuticas podem ser utilizadas de forma concomitante ao processo ci-
rúrgico e neoadjuvâncias associadas ou não a ele. Em casos mais graves da doença, 
nenhum dos tratamentos citados podem serem efetivos, optando-se assim pela qua-
lidade de vida do paciente, com cuidados paliativos. (INCA, 2019; MAHAN; 
RAYMOND, 2018; SANTOS, 2018). 
Os efeitos nutricionais do câncer podem ser adversos e graves, são decorren-
tes do regime terapêutico químico e do comportamento e evolução da doença. O 
resultado pode ser uma depleção importante de nutrientes. O paciente pode cursar 
com anorexia, com grave perda de peso e estado nutricional precário. Nos casos mais 
graves é comum o paciente desenvolver caquexia do câncer, onde cursa-se com 
8 
 
perda de peso progressiva, fraqueza, definhamento, imunossupressão, alteração nos 
índices de metabolismo basal, devido principalmente aos quadros de inanição e anor-
malidades no metabolismo energético. 
 O tratamento dietoterápico está diretamente relacionado ao quadro clínico do 
paciente. De acordo com Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral Asso-
ciação Brasileira de Nutrologia, as condutas dietoterápicas são: obesos ou manuten-
ção: 21-25 kcal/ kg/d; adultos sedentários: 25-30 kcal/kg/d; para tentar promover ga-
nho de peso ou em pacientes anabólicos: 30-35 kcal/kg/d; má-absorção 35 kcal/kg/d 
ou mais proteínas pacientes com comprometimento hepático ou renal: 0,5-0,8 g/kg/d; 
pacientes não estressados: 1,0-1,5 g/kg/d pacientes hipermetabólico ou com perda 
aumentada:1,5-2,0 g/kg/d, gorduras 20-30% do valor calórico total. (SOCIEDADE 
BRASILEIRA DE NUTRIÇÃO PARENTERAL E ENTERAL; ASSOCIAÇÃO BRASI-
LEIRA DE NUTROLOGIA, 2011). 
 
3 DESENVOLVIMENTO 
 
3.1 História Socioeconômica 
 
O paciente em questão possui 68 anos de idade, é do sexo masculino, casado, 
pai de três filhos, aposentado, ex-tabagista (parou de fumar há 1,5 anos, fumava de 1 
a 1,5 maço de cigarro por dia), etilista, sedentário. 
 
3.2 História Clínica 
 
O paciente foi admitido em um Hospital de Belo Horizonte em 04/01/2021. No 
momento da admissão hospitalar, o paciente apresentava o seguinte quadro: dis-
pneia, astenia, calafrios dor abdominal e febre, tosse produtiva com produção de se-
creção esbranquiçada, além de diurese avermelhada. Relatou ausência de evacuação 
há 3 dias e na última eliminação, as fezes apresentavam-se de coloração clara e con-
sistência pastosa. A hipótese diagnóstica do paciente é de CA de cólon. 
 
3.3 História da Doença Atual (HDA) 
 
9 
 
O paciente apresentava-se alerta, orientado em tempo e espaço, debilitado, 
acianótico, emagrecido, com perda de peso constante há 3 meses. Escleras ictéricas 
+3/+4, icterícia em tronco e abdome, hipocorado +2/+4, boa perfusão tissular. Abdome 
normotenso, presença de ruídos hidroaéreos (RHA+), timpânico, massa palpável em 
região epigástrica e hipocôndrio direito, refere dor à palpação superficial. Taquicár-
dico, com frequência cardíaca de 109bpm, pressão arterial de 130x90mmHg. 
Um dos filhos do paciente informou no ato da internação que ele vinha apre-
sentando hiporexia, com baixa aceitação da alimentação em casa há cerca de um 
mês, consumindo em torno de ¼ do que ingeria antes de apresentar esse quadro, 
optando preferencialmente por preparações em consistência branda ou pastosa. 
Em domicílio, paciente relatou que estava mantendo alimentação de consistên-
cia livre, optando por alimentos mais cozidos e evitando alimentos com maior teor de 
fibras como saladas de folhosos e vegetais crus. Relatou que vinha apresentando xe-
rostomia nos últimos meses e redução drástica da ingestão alimentar nos últimos 30 
dias antes da internação. 
3.4 História Patológica Pregressa (HPP) 
 
 Apresenta história clínica pregressa de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica 
(DPOC). 
 
4 AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL 
 
4.1 Dados antropométricos 
 
Quadro 1 - Dados antropométricos do paciente 
Dados 
Datas de aferição/relato 
04/01/2021 10/01/2021 01/02/2021 08/02/2021 
Estatura 165cm 165cm 165cm 165cm 
Peso habitual 64kg 64kg 64kg 64kg 
Peso atual 55,2kg 52,6kg 50,3kg 50,6kg 
IMC 20,3kg/m² 19,3kg/m² 18,5 kg/m² 18,6kg/m² 
Peso ideal 66,7kg 66,7kg 66,7kg 66,7kg 
Adequação do peso 82,8% 78,9% 75,4% 75,9% 
10 
 
Perda de peso 13,8% 17,8% 21,4% 20,9% 
Circunferência do 
braço (CB) 
24,6cm 23,2cm 19cm 18,8cm 
Adequação da CB 80,1% 75,6% 61,9% 61,2% 
Circunferência da pan-
turrilha (CP) 
29,7cm 29cm 27,5cm 27,1cm 
Fonte: Elaborado pela autora. 
 
4.1.1 Cálculos e classificações 
 
a) 04/01/2021: IMC = 20,3kg/m² → baixo peso 
10/01/2021: IMC = 19,3kg/m² → baixo peso 
01/02/2021: IMC = 18,5kg/m² → baixo peso 
08/02/2021: IMC = 18,6kg/m² → baixo peso 
Fonte: LIPSCHITZ (1994). 
b) Peso ideal: 1,65² × 24,5 = 66,7kg 
Fonte: Apostila Hospital das Clínicas de Goiás – HC / UFG, (2010). 
c) 04/01/2021: Adequação do peso (%) = 82,8% → desnutrição leve 
10/01/2021: Adequação do peso (%) = 78,9% → desnutrição moderada 
01/02/2021: Adequação do peso (%) = 75,4% → desnutrição moderada 
08/02/2021: Adequação do peso (%) = 75,9% → desnutrição moderada 
Fonte: BLACKBURN; THORNTON (1979). 
d) 04/01/2021: Perda de peso (%) = 13,8% → perda de peso grave 
Perda de 8,8kg em 3 meses 
10/01/2021: Perda de peso (%) = 17,8% → perda de peso grave 
Perda de 11,4kg em 3 meses 
01/02/2021: Perda de peso (%) = 20,9% → perda de peso grave 
Perda de 13,4kg em 4 meses 
08/02/2021: Perda de peso (%) = 21,4% → perda de peso grave 
Perda de 13,7kg em 4 meses 
Fonte: BLACKBURN et al., 1977. 
e) 04/01/2021: Circunferência do braço: 24,6cm → < percentil 5 
10/01/2021: Circunferência do braço: 23,2cm → < percentil 5 
01/02/2021: Circunferência do braço: 19cm → < percentil 5 
11 
 
08/02/2021: Circunferência do braço: 18,8cm → < percentil 5 
Fonte: FRISANCHO, 1981. 
f) 04/01/2021: Adequação da CB (%) = 80,1% → desnutrição leve 
10/01/2021: Adequação da CB (%) = 75,6% → desnutrição moderada 
01/02/2021: Adequação da CB (%) = 61,9% → desnutrição grave 
08/02/2021: Adequação da CB (%) = 61,2% → desnutrição grave 
Fonte: National Health and Nutrition Examination Survey (NHANES). 
g) 04/01/2021: Circunferência da panturrilha: 29,7cm → desnutrição10/01/2021: Circunferência da panturrilha: 29cm → desnutrição 
01/02/2021: Circunferência da panturrilha: 27,5cm → desnutrição 
08/02/2021: Circunferência da panturrilha: 27,1cm → desnutrição 
Fonte: ROLLAND et al. (2003); CHUMLEA et al. (1995); BAUMGARTNER et al. (1998); COE-
LHO et al. (2006), CHUMLEA et al. (1995); WHO (1985). 
 
4.2 NRS 2002 
 
04/01/2021 
Escore nutricional = 2; escore gravidade da doença = 1 
Escore total: 3 
Classificação: ≥ 3 pontos = risco nutricional. Conduta: proceder com a ava-
liação nutricional e planejamento da terapia nutricional. 
O paciente deverá ter acompanhamento nutricional, pois apresenta-se em risco 
desenvolver desnutrição intra-hospitalar e um acompanhamento pode minimizar pre-
juízos como aumento de tempo de internação e mortalidade. 
Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/mod/resource/view.php?id=2231350. Acesso em: 20 
abr. 2021. 
 
4.3 Avaliação Subjetiva Global 
 
Avaliação subjetiva global do estado nutricional – 04/01/2021 
(Selecione a categoria apropriada com um X ou entre com valor numérico onde indicado por “#’) 
A. História 
1. Alteração no peso 
Perda total nos últimos 6 meses: total = #8,8 kg; % perda = #13,8% 
Alteração nas últimas duas semanas: _____aumento _____sem alteração X diminuição. 
2. Alteração na ingestão alimentar 
_____ sem alteração 
 X alterada X duração = #4 semanas. 
12 
 
 X tipo: X dieta sólida sub-ótima _____dieta líquida completa _____líquidos hipocalóricos 
_____inanição. 
3. Sintomas gastrintestinais (que persistam por > 2 semanas) 
 X nenhum _____náusea _____vômitos _____diarréia _____anorexia. 
4. Capacidade funcional 
 X sem disfunção (capacidade completa) 
_____disfunção _____duração = # _____semanas. 
_____tipo: _____trabalho sub-ótimo _____ambulatório _____acamado. 
5. Doença e sua relação com necessidades nutricionais 
Diagnóstico primário (especificar) DPOC 
Demanda metabólica (stress): __sem stress __baixo stress __stress moderado X stress elevado. 
B. Exame Físico (para cada categoria, especificar: 0 = normal, 1+ = leve, 2+ = moderada, 3+ = 
grave). 
# 0 perda de gordura subcutânea (tríceps, tórax) 
# 0 perda muscular (quadríceps, deltóide) 
# 0 edema tornozelo 
# 0 edema sacral 
# 0 ascite 
C. Avaliação subjetiva global (selecione uma) 
_____A = bem nutrido 
 X B = moderadamente (ou suspeita de ser) desnutrido 
_____C = gravemente desnutrido 
 
(BARBOSA-SILVA; BARROS, 2002). 
4.3 Exames Bioquímicos e Interpretação 
 
Quadro 2 - Exames bioquímicos do paciente 
Exames 
Data 
Valores de referência 
10/01/2021 
27/01 e 
28/01/2021 
Creatinina 0,8mg/dL - 0,6mg/dL – 1,2 mg/dL 
Ureia 21mg/dL - 16 mg/dL – 40 mg/dL 
Sódio 138mEq/L - 135 mEq/L – 145 mEq/L 
Potássio 4,4mEq/L - 3,5 mEq/L – 5,5 mEq/L 
Hemoglobina 12,6g/dL - 12 g/dL – 16 g/dL 
Hematócrito 40,7% - 40% – 50% 
Leucócitos 19000/mm
3 - 4000 mm
3 – 11000 mm3 
Plaquetas 320.000/mm3 - 
150.000 mm3 – 450.000 
mm3 
PCR 118,6mg/dL - <10 mg/dL 
ALT 52U/L - <38U/L 
13 
 
AST 39U/L - <41UL 
Colesterol 
Total 
228mg/dL - <200 mg/dL 
HDL 42mg/dL - >40 mg/dL 
LDL 159mg/dL - <130 mg/dL 
VLDL 27mg/dL - - 
Triglicérides 280mg/dL - <150 mg/dL 
Proteínas 
Totais 
7g/dL - 6 g/dL – 8 g/dL 
Albumina 2,8g/dL - >3 g/dL 
Ferro Sérico 45mcg/dL - 75mcg/dL – 150mcg/dL 
Glicemia 96mg/dL 
100mg/dL*; 
110mg/dL 
<100 mg/dL 
*Glicemia capilar - 27/01/2021. 
Fonte: Elaborado pela autora. 
 
Interpretação: Os valores da creatinina, ureia, sódio, potássio, plaquetas, 
proteínas totais estão dentro da normalidade. O valor da ALT encontra-se um pouco 
elevado, o que não é considerada uma alteração significativa. A AST possui uma 
alteração muito pequena. É necessário fazer a solicitação de exame específicos do 
fígado para investigação de lesão hepática, como bilirrubina total e frações. Valores 
diminuídos de hemoglobina são observados em anemias.O valor da hemoglobina está 
um pouco acima do valor de referência, ou seja, próximo ao ponto de corte mínimo. A 
hemoglobina é a última que se altera numa anemia, por isso ainda não está num nível 
tão baixo. Além disso, o valor do ferro sérico está bem abaixo do valor de refêrencia, 
o pode indicar uma anemia ferropriva ou uma anemia normocrônica das infecções e 
doenças crônicas. A alimentação afeta diretamente o ferro sérico. Os valores dos 
leucócitos e da PCR estão altos, evidenciando um processo inflamatório e leucocitose. 
O valor da PCR pode estar elevada em casos de neoplasias. O colesterol total do 
paciente encontra-se alto, podendo indicar uma hiperlipoproteinemia primária. Além 
do colesterol total, o valor do colesterol LDL está no ponto de corte considerado 
limítrofe, o que pode indicar uma alta ingestão de colesterol e gorduras saturadas ou 
hipercolesterolemia familiar. Alterações no perfil lipídico e glicídico são esperados no 
câncer. O paciente está em uso do medicamento Ceftriaxona, que possui como 
reação adversa frequentemente reportada o aumento das enzimas hepáticas que 
14 
 
indicam lesão no fígado nos exames laboratoriais, portanto isso pode explicar as 
alterações hepáticas apresentadas. O paciente apresentou um quadro de icterícia 
prévia, o que pode justificar também a alteração nos exames hepáticos. O lactato 
elevado pode indicar baixa oxigenação do sangue. 
15 
 
4.4 História Dietética (descritiva): 
 
4.4.1 Anamnese alimentar pré-hospitalar 
 
Há cerca de um mês estava consumindo em torno ¼ (25%) da ingestão habitual 
anterior ao quadro que apresenta, optando preferencialmente por preparações em 
consistência branda ou pastosa. 
Em domicílio, paciente relatou que estava mantendo alimentação de consistên-
cia livre, optando por alimentos mais cozidos e evitando alimentos com maior teor de 
fibras como saladas de folhosos e vegetais crus. Relatou que vinha apresentando xe-
rostomia nos últimos meses e redução drástica da ingestão alimentar nos últimos 30 
dias antes da internação. 
 
4.4.2 Necessidades nutricionais do paciente 
 
a) 10/01/2021: 
Recomendações proteicas baseadas em evidências para indivíduos idosos 
com doenças agudas ou crônicas: 1,2 a 1,5g/kg/dia (HORIE et al., 2019); 
Método que deve ser utilizado para estimativa das necessidades calóricas 
para o paciente oncológico adulto nos períodos pré e pós-operatórios: calorias 
por quilograma de peso corporal atual; quantidade calórica adequada para 
ganho e manutenção do peso para o paciente oncológico adulto nos períodos 
pré e pós-operatórios: de 30 kcal/kg a 35 kcal/kg ao dia (INCA, 2015). 
Necessidade de gorduras para pacientes com câncer: 20 a 30% do valor 
calórico total (SOCIEDADE BRASILEIRA DE NUTRIÇÃO PARENTERAL E 
ENTERAL; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NUTROLOGIA, 2011). 
 
Necessidade energética: 35 kcal/kg × 52,6 kg = 1.841 kcal/dia 
Necessidade proteica: 1,5 g/kg × 52,6 kg = 78,9g → 315,6 kcal → 17,1% 
 Necessidade lipídica: 20% → 368,2 kcal → 40,9g 
 Necessidade glicídica: 62,9% → 1.157,2 kcal → 289,3g 
 
 
16 
 
5 MEDICAMENTOS 
Quadro 3 - Medicamentos em uso pelo paciente 
Nome comercial Princípio ativo Ação Efeitos colaterais Interação droga-nutriente 
Lactulona Lactulose 
Restabelecer a função regular 
do intestino, pois intensifica o 
acúmulo de água no bolo fecal 
(LACTULONA, [2020]). 
• Diabéticos: pode alterar o controle da glicemia 
(açúcar). O uso por períodos prolongados pode 
causar alteração dos sais do sangue, especial-
mente em idosos. 
• O uso de doses altas em encefalopatia hepá-
tica pode causar aumento dos gases intestinais, 
flatulência, ruídos, arrotos, aumento da sede, 
normalmente transitórios. Náuseas e vômito têm 
sido relatados com pouca frequência. 
• Diarreia. (DEAL; VANREKEN, 2018; LACTU-
LONA, [2020]). 
↑ absorção de Ca e Mg; ↓ biodisponibili-
dade de cálcio, ferro, fosfato, vitaminas 
A e B1, os xaropes são considerados fi-
sicamente incompatíveis coma dieta 
enteral. (EMPRESA BRASILEIRA DE 
SERVIÇOS HOSPITALARES, 2016; 
SALVI; MAGNUS, 2014). 
Pantoprazol Pantoprazol 
Atua na redução da acidez esto-
macal, aliviando os sintomas 
causados por esta acidez; re-
missão dos sintomas das gastri-
tes ou gastroduodenites agudas 
ou crônicas e da dispepsia não 
ulcerosa. Tratamento das esofa-
gites de refluxo leves e na ma-
nutenção prevenindo as recidi-
vas, em pacientes com esofa-
gite de refluxo já tratada; pre-
venção das lesões gastroduode-
nais induzidas por medicamen-
tos como anti-inflamatórios não-
hormonais (PANTOPRAZOL, 
[2020]). 
Pode, ocasionalmente, levar ao aparecimento 
de cefaleia ou diarreia. Náuseas, queixas abdo-
minais, flatulência, erupções cutâneas, prurido e 
vertigem foram, raramente, observados. Em ca-
sos isolados, houve relato de formação de 
edema, febre, início de depressão ou distúrbios 
visuais (turvação visual). Também foi relatado 
exantema e leve aumento dos níveis de gastrina 
sérica (PANTOPRAZOL, [2020]). 
↓ absorção de ferro e vitamina B12; cran-
berry ↓ eficácia do fármaco (SALVI; 
MAGNUS, 2014; MUNIZ, FERKO, 2019) 
Ceftriaxona Ceftriaxona 
É um antibiótico capaz de elimi-
nar uma grande variedade de 
As reações adversas mais frequentemente re-
portadas para ceftriaxona são eosinofilia, leuco-
Cálcio ↓ recuperação do fármaco do 
plasma. Ceftriaxona não deve ser admi-
nistrado simultaneamente com soluções 
17 
 
microrganismos/bactérias res-
ponsáveis por diversos tipos de 
infecções (CEFTRIAXONA SÓ-
DICA, 2015). 
penia, trombocitopenia, diarreia, erupção cutâ-
nea e aumento das enzimas hepáticas 
(CEFTRIAXONA SÓDICA, 2015). 
IV que contêm cálcio, inclusive infusões 
contínuas que contêm cálcio, tais como 
as de nutrição parenteral, através de 
equipo em Y (CEFTRIAXONA SÓDICA, 
2015). 
Dipirona 
Dipirona monoi-
dratada 
 
Ação antipirética e analgé-
sica (DIPIRONA MONOIDRA-
TADA, 2015). 
Síndrome de Kounis. Choque anafilático, rea-
ções anafiláticas/anafilactoides que podem se 
tornar graves com risco à vida e, em alguns ca-
sos, serem fatais. Normalmente, reações anafi-
láticas/anafilactoides leves manifestam-se na 
forma de sintomas cutâneos ou nas mucosas, 
dispneia e, menos frequentemente, doen-
ças/queixas gastrintestinais. Estas reações le-
ves podem progredir para formas graves com 
urticária generalizada, angioedema grave (até 
mesmo envolvendo a laringe), broncoespasmo 
graves, arritmias cardíacas, queda da pressão 
sanguínea (algumas vezes precedida por au-
mento da pressão sanguínea) e choque circula-
tório. Podem ocorrer ocasionalmente erupções 
medicamentosas fixas. Anemia aplástica, agra-
nulocitose e pancitopenia, incluindo casos fa-
tais, leucopenia e trombocitopenia. Os sinais tí-
picos de agranulocitose incluem lesões inflama-
tórias na mucosa, inflamação na garganta, febre 
(mesmo inesperadamente persistente ou recor-
rente). A taxa de sedimentação eritrocitária é 
extensivamente aumentada, enquanto que o au-
mento de nódulos linfáticos é tipicamente leve 
ou ausente. Os sinais típicos de trombocitopenia 
incluem uma maior tendência para sangramento 
e aparecimento de petéquias na pele e membra-
nas mucosas. Uma coloração avermelhada 
pode ser observada algumas vezes na urina. 
Foram reportados casos de sangramento gas-
trintestinal (DIPIRONA MONOIDRATADA, 
2015). 
Não há interação relatada (EMPRESA 
BRASILEIRA DE SERVIÇOS HOSPITA-
LARES, 2016; DIPIRONA MONOIDRA-
TADA, 2015). 
18 
 
Simeticona Simeticona 
Atua no estômago e no intes-
tino, diminuindo a tensão super-
ficial dos líquidos digestivos, le-
vando ao rompimento das bo-
lhas, ou à dificuldade de forma-
ção destas bolhas, ou à forma-
ção de bolhas maiores que se-
rão facilmente expelidas. As bo-
lhas dos gases são as respon-
sáveis pela dor abdominal e 
pela flatulência (acúmulo 
de gases), e a sua eliminação 
resulta no alívio dos sintomas 
associados com a retenção dos 
gases (SIMETICONA, [2020]). 
Reações indesejáveis são menos prováveis de 
ocorrer. Algumas reações adversas: eczema de 
contato e, em casos raros, reações imediatas 
como urticaria (SIMETICONA, [2020]). 
Não há interação relatada (SIMETI-
CONA, [2020]; MARIN; MALUVAYSHI; 
WAITZBERG, 2018). 
Morfina 
Sulfato de mor-
fina 
Os analgésicos opióides ligam-
se a receptores estereoespecífi-
cos em muitos locais no sistema 
nervoso central, alterando pro-
cessos que afetam tanto a per-
cepção da dor como a resposta 
emocional a ela. A morfina 
exerce sua atividade agonista 
primariamente no receptor mü, 
amplamente distribuídos através 
do SNC, especialmente no sis-
tema límbico (DIMORF, [2020]). 
Os maiores riscos com a morfina, assim como 
com os outros analgésicos opióides são depres-
são respiratória e, em menor grau, depressão 
circulatória; parada respiratória, choque e pa-
rada cardíaca. As reações adversas mais fre-
quentemente observadas incluem tontura, verti-
gem, sedação, náusea, vômito e transpiração. 
Estes efeitos parecem ser mais observados em 
pacientes ambulatoriais do que naqueles que 
não sofrem dor grave. Em tais pacientes, são 
aconselháveis doses mais baixas (DIMORF, 
[2020]). 
Apresenta variação de compatibilidade 
com a NE; café, chá, mate, vinho ↓ bio-
disponibilidade do fármaco; frutas cítri-
cas, leite e derivados, vegetais ↓ excre-
ção renal do fármaco (EMPRESA BRA-
SILEIRA DE SERVIÇOS HOSPITALA-
RES, 2016; SALVI; MAGNUS, 2014). 
Fonte: Elaborado pela autora. 
 
19 
 
6 DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL 
 
04/01/2021 
A partir da avaliação antropométrica, constatou‐se uma adequação de peso de 
82,8%, que se refere a uma desnutrição leve. Com base na perda de peso (13,8%) 
nos últimos 3 meses, constatou uma perda de peso grave. Pelo IMC, o paciente apre-
senta-se com baixo peso. A avaliação da CB mostra que o paciente apresenta o dado 
abaixo do percentil 5 e a adequação da CB refere uma desnutrição leve. De acordo 
com a avalição bioquímica, o paciente apresenta nível reduzido da albumina sérica, 
evidenciando uma desnutrição grave. Observa-se ainda o nível elevado da PCR, evi-
denciando intenso processo inflamatório. Há cerca de um mês estava consumindo em 
torno ¼ (25%) da ingestão habitual anterior ao quadro que apresenta, evidenciando 
que o paciente estava consumindo uma baixa quantidade e variedade de nutrientes. 
No exame físico apresenta emagrecido, com depleção de musculatura grave aparente 
na região temporal, clavícula, deltoide, escápula, panturrilha e quadríceps. Apresenta 
depleção de gordura subcutânea grave aparente nas regiões dos bíceps, tríceps e do 
tórax. De acordo com os exames bioquímicos, paciente encontra-se em uma inflama-
ção grave com níveis elevados de PCR e leucócitos, o paciente encontra-se também 
dislipidêmico com elevação do TG, LDL e CT. Estas alterações podem ser o reflexo 
do seu catabolismo, visto que pacientes oncológicos cursam com alterações no me-
tabolismo. Encontra-se hipoalbuminêmico moderado, refletindo o seu estado nutricio-
nal, ferro sérico reduzido, HB, HT, discretamente reduzidos, indicando sinais de uma 
instalação anêmica. Paciente encontra-se desnutrido. 
 
7 CONDUTA NUTRICIONAL INTRA-HOSPITALAR 
 
7.1 Conduta nutricional paciente / prescrição dietética 
 
Por volta dos dias 10/01/2021 a 14/01/2021, em ambiente hospitalar, foi pres-
crita, inicialmente, a dieta branda para o paciente, mas depois optou-se por modificar 
a consistência para pastosa e suplementação proteico e calórica 2x/dia (Nutren®, 1.5, 
uma caixinha, duas vezes ao dia). A dieta branda é indicada quando é necessário 
abrandamento do tecido conectivo animal ou das fibras, para facilitação do processo 
digestivo e absortivo (DOMENE, 2018). Portando, o paciente tinha uma indicação de 
20 
 
prescrição desse tipo de consistência, além de que ele já estava optando preferenci-
almente por preparações em consistência branda ou pastosa antes da admissão hos-
pitalar. Depois,foi modificada a consistência da dieta para pastosa, que é indicada 
para pacientes com dificuldade de deglutição e digestão, assim como a branda. É uma 
dieta de melhor aceitação pela facilidade de ingestão, dessa forma a prescrição da 
dieta pastosa pode ter sido feita devido à baixa aceitação do paciente à dieta branda. 
Ambos os tipos de dietas não possuem alterações da distribuição de macronutrientes, 
sendo então normoglicídicas, normoproteicas e normolipídicas (SILVA; MARTINEZ, 
2019). Dessa forma, a suplementação proteico-calórica foi necessária para suprir as 
necessidades nutricionais do paciente, que são mais altas no paciente com câncer 
(HORIE et al., 2019). O suplemento nutricional é indicado quando a ingestão oral é 
menor que 70% das necessidades nutricionais nos últimos 3 dias (INCA, 2015). A 
meta de necessidade energética calculada foi de 1.841 kcal/dia e a meta de necessi-
dade proteica foi de 1,5 g/kg, ou seja, 78,9 g e 315,6 kcal. Provavelmente essas metas 
foram alcançadas, pois a equipe optou pela suplementação proteico-calórica. 
Ainda por volta dos dias 10/01/2021 a 14/01/2021, foi entregue ao acompa-
nhante do paciente a Quantificação de Ingestão Via Oral (QVO), para que fosse pos-
sível o acompanhamento de sua ingestão em 24 horas. O paciente estava ingerindo 
40% das necessidades energéticas e 38% das necessidades proteicas de acordo com 
a QVO. Após a observação da baixa aceitação da dieta, a equipe de nutrição indicou 
o uso de suporte nutricional enteral. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer 
José Alencar Gomes da Silva (2015), quando a via oral for insuficiente, com a ingestão 
oral estando, em geral, menor que 60% das necessidades nutricionais nos últimos 3 
dias, a terapia nutricional enteral (TNE) é indicada, justificando assim a conduta da 
equipe no caso deste paciente (INCA, 2015). A TNE indicada tem como objetivos: 
“prevenção e tratamento da desnutrição; modulação da resposta orgânica ao trata-
mento oncológico e controle dos efeitos adversos do tratamento oncológico.” (SOCI-
EDADE BRASILEIRA DE NUTRIÇÃO PARENTERAL E ENTERAL; ASSOCIAÇÃO 
BRASILEIRA DE NUTROLOGIA, 2011, p. 4). 
Foi prescrita a fórmula enteral Fresubin® HP Energy, que é polimérica, hiper-
calórica, hiperproteica, densidade 1,5 kcal/ml, 1000 mL de volume, por sonda naso-
entérica (SNE) e infusão contínua a 15 mL/hora durante 22 horas. Foi indicada moni-
toração do paciente, e progressão de 10mL/h se não houvesse intercorrências. No 
caso desse paciente não é possível administrar a dieta por infusão intermitente, pois 
21 
 
neste tipo de infusão o volume a ser administrado é muito grande de uma só vez, e o 
tumor está dificultando a passagem da dieta, o que impacta de maneira negativa todo 
trato gastrointestinal. Por isso, é necessário iniciar a infusão com menores volumes 
de dieta. A composição de macronutrientes da fórmula é: 20% de proteína, 45% de 
carboidrato e 35% de lipídio. Não possui fibras e traz como nutrientes especiais EPA 
e DHA, além de ß-Caroteno. Para uma fórmula enteral ser considerada hiperproteica, 
é necessário ter um conteúdo de proteínas acima de 15% (VASCONCELOS, 2019). 
Segundo o INCA (2015), devem receber uma dieta rica em proteínas e com imuno-
moduladores por via oral, enteral ou parenteral, ou ambas, os pacientes que são can-
didatos à cirurgia eletiva de grande porte, desnutridos ou apenas em risco de desnu-
trição. “A imunonutrição se refere à suplementação de nutrientes específicos, inclu-
indo arginina, ácidos graxos ômega-3, nucleotídeos e/ou glutamina.” (STEENHAGEN, 
2017, p. 666). 
Nos dias 23/01/2021 e 24/01/2021 paciente apresentou baixa tolerância da di-
eta por NE, queixando náuseas. Equipe suspeitou de estase. O tumor pode dificultar 
a passagem da dieta, que pode acumular no duodeno e retornar para o estômago, 
causando estase, sendo essa uma possível causa. Segundo a BRASPEN/SBNPE e 
a ABRAN (2011), a TNE somente deverá ser suspensa na presença de complicações 
que impeçam a utilização do tubo digestivo, portanto nesse caso de suspeita de es-
tase, a conduta nutricional sugerida é de redução do volume da dieta, até que a con-
firmação da suspeita ocorra. Após o diagnóstico confirmado da estase, a dieta deve 
ser suspensa. Assim que a estase for removida, a NE pode ser retornada. A suspeita 
de estase foi confirmada e o paciente ficou sem dieta por aproximadamente 30h. Após 
esse período a dieta foi retomada com boa aceitação. No dia 26/01/2021, a dieta foi 
mantida em NE. 
No dia 28/01/2021, 2º DPO (Dia Pós-Operatório), a dieta foi mantida em NE em 
vazão completa, conforme a prescrição, e foi iniciada a dieta líquida completa. O pa-
ciente estava consumindo: um copo (200mL) de leite desnatado no desjejum; um copo 
(200mL) de mingau de fubá; um copo (200mL) e meio (100mL) de café com leite des-
natado e um copo (200mL) de mingau de aveia. 
 Nos dias 30/01/2021 e 31/01/2021, as condutas foram todas mantidas e o pa-
ciente permaneceu sob acompanhamento da equipe de Terapia Nutricional do Hospi-
tal. 
22 
 
No dia 01/01/2021 não foi feito nenhum ajuste na definição das necessidades 
energéticas e proteicas do paciente, pois o peso aferido no paciente na avaliação an-
tropométrica hospitalar realizada no dia 10/01/2021 era 52,6 kg, e no dia 01/02/2021 
o peso aferido era 50,3 kg, totalizando 2,3 kg diferença em 22 dias. Dessa forma, para 
uma melhor recuperação do estado nutricional do paciente, as necessidades energé-
ticas e proteicas permaneceram as mesmas que as calculadas baseadas no peso do 
paciente no dia 10/01/2021. 
Paciente permaneceu em acompanhamento nutricional e pela equipe entre 
02/02/2021 e 04/02/2021, recebendo TNE em vazão final e dieta líquida completa com 
boa aceitação. 
No dia 05/02/2021 o paciente recebeu alta da UTI. O quadro clínico era estável. 
A proposta nutricional é a transição da dieta líquida completa para a dieta pastosa por 
via oral e redução seguida da suspensão da NE. A transição das dietas deve ser feita 
da seguinte forma: com a boa aceitação da dieta líquida completa por um ou dois dias, 
o volume da NE será diminuído proporcionalmente à quantidade de calorias que o 
paciente está ingerindo e deve-se avaliar a possibilidade de progredir para a dieta 
pastosa. Ao introduzir a dieta pastosa, reduzir mais a NE, sempre proporcionalmente 
à ingestão do paciente. Com o aumento da aceitação e a ingestão chegando a mais 
que 60% das necessidades nutricionais do paciente, a NE pode ser suspensa. Até 
que o paciente consiga progredir para uma dieta livre e enquanto não estiver atingindo 
as necessidades nutricionais, realizar a prescrição de um suplemento proteico-caló-
rico para atingir as metas determinadas e auxiliar na recuperação do estado nutricional 
do paciente. 
A equipe médica previu alta hospitalar para o dia 10/02/2021 e solicitou à 
equipe de nutrição um plano de orientação nutricional para o paciente e encaminha-
mento para acompanhamento a nível ambulatorial. 
 
7.2 Características químicas 
 
a) Nome da fórmula: Fresubin® HP Energy; 
b) Densidade calórica: 1,5 Kcal/mL; 
c) Composição de macronutrientes: 
20% de proteína → 300 kcal → 75 g; 
45% de carboidrato → 675 kcal → 168,8 g; 
23 
 
35% de lipídio → 525 kcal → 58,3 g; 
Fibra: 0g; 
d) Nutrientes especiais: EPA & DHA, ß-Caroteno. 
 
7.3 Características físicas 
 
a) Nome da fórmula: Fresubin® HP Energy; 
b) Características: Dieta enteral líquida, polimérica, nutricionalmente completa, 
hipercalórica (1,5 Kcal/mL) e hiperproteica. 
c) Média de preço: R$35,08; 
d) Volume: 1000 mL; 
e) Kcal por 1000 mL: 1500 Kcal; 
f) Registro MS: 6.2047.0007. 
 
7.4 Via de administração 
 
De acordo com o INCA (2015), quando a via oral for insuficiente a TNE é indi-
cada. A via preferencial é sempre a enteral em pacientes com o trato gastrointestinal 
íntegro (BRASPEN/SBNPE; ABRAN, 2011). O tumor do paciente está no cólon, e an-tes dele ainda há metros de intestino delgado, portanto a dieta pode ser administrada 
no início do intestino delgado e a dieta será processada também nesse início, sendo 
absorvida ao longo do intestino delgado. A passagem na região do tumor é mais lenta, 
reduzindo a motilidade intestinal, mas isso não vai prejudicar a administração da dieta 
no início do duodeno. 
A Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral (BRASPEN/SBNPE), 
juntamente com a Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN) (2011) indicam a 
sonda nasoenteral (SNE) para a TN de curto prazo. Segundo Carmo et al. (2018), as 
neoplasias são um dos fatores que estão associados ao risco de broncoaspiração, e 
a SNE deve ser indicada se existir a possibilidade de broncoaspiração do conteúdo 
gástrico (GEVAERD et al., 2008). A alimentação pós-pilórica permite o fornecimento 
de mais calorias e proteínas com menos chances de desenvolver vômitos em compa-
ração com a alimentação por sonda nasogástrica (MATARESE; GOTTSCHLIC, 2016). 
 
7.5 Acompanhamento da aceitação da dieta hospitalar 
24 
 
 
Dia 10/01/2021: o paciente apresentou baixa aceitação da dieta, queixando-se 
de hiporexia. O paciente estava ingerindo 40% das necessidades energéticas e 38% 
das necessidades proteicas de acordo com a QVO. O mesmo perfil de baixa aceitação 
foi observado nos três dias seguintes. 
Dias 14/01/2021 a 20/01/2021: o paciente manteve-se com quadro estável, to-
lerando bem a dieta prescrita. 
Dia 22/01: o paciente evoluiu com inapetência e prostração. 
Dias 23/01/2021 e 24/01/2021: o paciente apresentou baixa tolerância da dieta 
por NE, queixando náuseas. Equipe suspeitou de estase. 
A suspeita de estase foi confirmada e o paciente ficou sem dieta por aproxima-
damente 30h. Após esse período a dieta foi retomada com boa aceitação. 
 Dia 28/01/2021 - 2º DPO (Dia Pós-Operatório): o paciente estava no leito, 
referia melhora álgica em relação ao dia anterior e da sensação de empachamento. 
Manteve dieta NE em vazão completa, conforme a prescrição e iniciou dieta líquida 
completa, com boa aceitação e tolerância ao longo do dia. 
Dias 30/01/2021 e 31/01/2021: o paciente não apresentou vômitos, diarreia ou 
constipação, apresentando exonerações formadas, em pequeno volume. As condutas 
foram todas mantidas e o paciente permaneceu sob acompanhamento da equipe de 
Terapia Nutricional do Hospital. 
Dias 02/02/2021 a 04/02/2021: o paciente permaneceu em acompanhamento 
nutricional e pela equipe, recebendo TNE em vazão final e dieta líquida completa com 
boa aceitação. 
Dias 08/02/2021 e 09/02/2021: o paciente encontrava-se estável e sem inter-
corrências. Dieta via oral exclusiva desde 08/02/2021, com boa aceitação (96% da 
dieta pastosa ofertada). Apresentava evolução clínica e nutricional favoráveis. 
 
7.6 Evolução de prontuário 
 
O paciente foi admitido em um Hospital de Belo Horizonte em 04/01/2021. Apre-
sentava-se alerta, orientado em tempo e espaço, debilitado, acianótico, emagrecido, 
com perda de peso constante há 3 meses. Escleras ictéricas +3/+4, icterícia em tronco 
e abdome, hipocorado +2/+4, boa perfusão tissular. Abdome normotenso, presença 
25 
 
de ruídos hidroaéreos (RHA+), timpânico, massa palpável em região epigástrica e hi-
pocôndrio direito, refere dor à palpação superficial. Taquicárdico, com frequência car-
díaca de 109bpm, pressão arterial de 130x90mmHg. 
No momento da admissão hospitalar, o paciente apresentava o seguinte qua-
dro: dispneia, astenia, calafrios dor abdominal e febre, tosse produtiva com produção 
de secreção esbranquiçada, além de diurese avermelhada. Relatou ausência de eva-
cuação há 3 dias e na última eliminação, as fezes apresentavam-se de coloração clara 
e consistência pastosa. 
Na admissão hospitalar (04/01/2021) o paciente apresentava os seguintes da-
dos antropométricos: peso habitual: 64kg; peso atual aferido: 55,2kg; estatura: 165cm; 
circunferência do braço: 24,6cm; circunferência da panturrilha: 29,7cm. 
No ato da internação um dos filhos do paciente informou que ele vem apresen-
tando hiporexia, com baixa aceitação da alimentação em casa há cerca de um mês, 
consumindo em torno de ¼ do que ingeria antes de apresentar esse quadro, optando 
preferencialmente por preparações em consistência branda ou pastosa. 
No segundo dia de internação hospitalar (DIH), o paciente apresentou um epi-
sódio de hematêmese, além de dor abdominal. Após a avaliação médica o paciente 
foi submetido a exames bioquímicos e tomografia computadorizada que evidenciou 
um tumor extenso na porção distal do cólon sigmoide. A hipótese diagnóstica do pa-
ciente é de CA de cólon. Paciente teve indicação de dieta branda neste momento, 
pela equipe médica. 
No dia 07/01/2021, o paciente evoluiu com mal-estar e piora do estado clínico 
geral. Alimentando pouco e com sensação de empachamento em alguns momentos. 
Deambulando. O paciente relatou dificuldade para evacuações que estão ocorrendo 
com muito esforço e presença de fezes finas. Foi discutido o caso com equipe de 
coloproctologia do hospital e decidido que o tratamento do CA é curativo. Foram rea-
lizados exames e avaliação cardiológica para risco cirúrgico e o resultado foi ASA 3, 
sendo recomendado pós-cirúrgico em Centro de Tratamento e Terapia Intensiva (CTI). 
A cirurgia de colectomia foi programada eletivamente para o dia para 16/06. A equipe 
médica solicitou interconsulta com a Nutrição. 
A gasometria arterial periférica em ar ambiente no dia 08/01/2021 era de 
pH7,40, pressão de gás carbônico (pCO2) 23mmHg, pressão parcial de oxigênio (pO2) 
69mmHg; HCO3 13,5 mEq/L, Saturação=86%; lactato = 9,8 mmol/L (valor de lactato 
do método=1,6 mmol/L). 
26 
 
No dia 10/01/2021 o Nutricionista da Equipe de Nutrição Clínica comparece ao 
leito do paciente para reavaliação nutricional. Ao analisar o prontuário médico, o Nu-
tricionista verificou que os resultados dos exames do dia eram: creatinina 0,8mg/dL 
(VR: 0,6mg/dL – 1,2 mg/dL); ureia 21 mg/dL (VR: 16 mg/dL – 40 mg/dL); sódio 138 
mEq/L (VR: 135 mEq/L – 145 mEq/L); potássio 4,4 mEq/L (VR: 3,5 mEq/L – 5,5 
mEq/L); hemoglobina 12,6g/dL (VR: 12 g/dL – 16 g/dL); hematócrito 40,7% (VR: 40% 
– 50%); leucócitos 19000/mm3 (VR 4000 mm3 – 11000 mm3); plaquetas 
320.000/mm3 (VR 150.000 mm3 – 450.000 mm3); PCR 118,6 mg/dL (VR: <10 mg/dL); 
ALT 52 U/L (VR: <38U/L); AST 39 U/L (VR: <41UL); colesterol total 228mg/dL (VR: 
<200 mg/dL); HDL 42mg/dL (VR: >40 mg/dL); LDL 159 mg/dL (VR: <130 mg/dL); VLDL 
27 mg/dL; triglicérides 280mg/dL (VR: <150 mg/dL); proteínas totais 7g/dL (VR: 6 g/dL 
– 8 g/dL); albumina 2,8g/dL (VR: >3 g/dL); ferro sérico 45mcg/dL (VR: 75mcg/dL a 
150mcg/dL); glicemia 96mg/dL (VR: <100 mg/dL). VR significa valor de referência, 
que é o valor utilizado pelo laboratório do hospital. Os medicamentos em uso no mo-
mento pelo paciente são: Lactulona, Pantoprazol, Ceftriaxona, Dipirona, Simeticona e 
Morfina. 
Avaliação física: Paciente no leito, alerta, consciente, tranquilo, responsivo. Oxi-
gênio por cateter nasal. Ictérico, acianótico, hidratado. Emagrecido, com depleção de 
musculatura grave aparente na região temporal, clavícula, deltóide, escápula, pantur-
rilha e quadríceps. Apresenta depleção de gordura subcutânea grave aparente nas 
regiões dos bíceps, tríceps e do tórax. Abdome plano, normotenso e dolor à palpação. 
Avaliação antropométrica hospitalar: peso habitual relatado – 64 kg; peso atual 
aferido – 52,6 kg; altura aferida= 1,65 m; CP – 29 cm; CB – 23,2 cm. Avaliação dieté-
tica: em domicílio, paciente relata que estava mantendo alimentação de consistência 
livre, optando por alimentos mais cozidos e evitando alimentos com maior teor de fi-
bras como saladas de folhosos e vegetais crus. 
Relata que vem apresentando xerostomia nos últimos meses e redução drás-
tica da ingestão alimentar nos últimos 30 dias antes da internação. Em ambiente hos-
pitalar, foi prescrita, inicialmente, adieta branda para o paciente, mas depois, optou-
se por modificar a consistência para pastosa e suplementação proteico e calórica 
2x/dia (Nutren®, 1.5, uma caixinha, duas vezes ao dia). Paciente apresentou baixa 
aceitação da dieta ofertada, queixa hiporexia. Foi entregue ao acompanhante do pa-
ciente a Quantificação de Ingestão Via Oral (QVO), para que fosse possível o acom-
panhamento de sua ingestão em 24 horas. Observou-se baixa aceitação da dieta, com 
27 
 
um valor de 40% das Necessidades Energéticas e 38% das Necessidades Proteicas 
do QVO. O mesmo perfil de baixa aceitação foi observado nos três dias seguintes. 
Do dia 14/01/2021 ao dia 20/01/2021 o paciente manteve-se com quadro está-
vel, tolerando bem a dieta prescrita. No dia 21/01/2021 o paciente queixou queimação 
em região de hemitórax esquerdo, que durou alguns segundos. Negou náuseas, vô-
mitos ou sudorese no momento da dor. A dor surgiu em repouso e cessou esponta-
neamente. No dia 22/01, paciente evoluiu com inapetência e prostração. Estável he-
modinamicamente. Relatou muita tosse durante a noite. Nos dias 23/01/2021 e 
24/01/2021 paciente apresentou baixa tolerância da dieta por NE, queixando náuseas. 
Equipe suspeitou de estase. 
 A suspeita de estase foi confirmada e o paciente ficou sem dieta por aproxima-
damente 30h. Após esse período a dieta foi retomada com boa aceitação. 
No dia 26/01/2021 o paciente realizou a colectomia parcial. No dia 27/01/2021 
o paciente encontrava-se no leito, em Pós-Operatório Imediato (POI). Queixa dor ab-
dominal com controle parcial com medicação. Refere uma sensação de empacha-
mento. Não eliminou flatos ou fezes até o momento. Apresentou queda de saturação, 
sem queixa respiratória associada. Colocado em O2 a baixo fluxo. Débito do dreno 
cirúrgico de 100ml, sanguinolento. Ao exame, esforço leve ao respirar, abdome plano, 
doloroso à palpação peridreno, com defesa voluntária sem sinais irritativos. Manteve 
dieta em NE. Glicemia capilar: 100mg/dL. 
28/01/2021, 2º DPO (Dia Pós-Operatório), o paciente estava no leito, referia 
melhora álgica em relação ao dia anterior e da sensação de empachamento. Melhora 
da saturação, sem queixa respiratória associada. Manteve dieta NE em vazão com-
pleta, conforme sua prescrição e iniciou dieta líquida completa, com boa aceitação e 
tolerância ao longo do dia. Estava consumindo: um copo (200mL) de leite desnatado 
no desjejum; um copo (200mL) de mingau de fubá; um copo (200mL) meio copo 
(100mL) de café com leite desnatado e um copo (200mL) de mingau de aveia. PA = 
120 x 80. Glicemia: 110mg/dL. 
Dias 30/01/2021 e 31/01/2021, o paciente não apresentou vômitos, diarreia ou 
constipação, apresentando exonerações formadas, em pequeno volume. As condutas 
foram todas mantidas e o paciente permaneceu sob acompanhamento da equipe de 
Terapia Nutricional do Hospital. 
No dia 01/02/2021 foi realizada a avaliação antropométrica hospitalar (15 dias 
após a primeira avaliação): peso atual aferido – 50,3 kg; CP – 27,5 cm; CB – 19 cm. 
28 
 
Paciente permaneceu em acompanhamento nutricional e pela equipe entre 
02/02/2021 e 04/02/2021, recebendo TNE em vazão final e dieta líquida completa com 
boa aceitação. No dia 05/02/2021 o paciente recebeu alta da UTI. O quadro clínico é 
estável. A proposta nutricional é a transição da dieta líquida completa para a dieta 
pastosa por via oral e redução seguida da suspensão da NE. 
Nos dias 08/02/2021 e 09/02/2021 o paciente estava estável e sem intercorrên-
cias. Dieta via oral exclusiva desde 08/02/2021, com boa aceitação (96% da dieta 
pastosa ofertada). Apresentou evolução clínica e nutricional favoráveis. Avaliação an-
tropométrica: peso atual aferido – 50,6 kg; CP – 27,1 cm; CB – 18,8 cm. 
A equipe médica prevê alta hospitalar para amanhã e solicita à equipe de nu-
trição um plano de orientação nutricional para o paciente e encaminhamento para 
acompanhamento a nível ambulatorial. 
 
7.7 Prescrição dietoterápica e orientações de alta hospitalar 
 
7.7.1 Prescrição da terapia enteral 
 
VCT: 1.841 kcal/dia - 40% = 1.104,6 kcal 
PTN: 78,9g - 38% = 48,9 g / 315,6 kcal - 38% = 195,7 kcal 
 
1 mL ____ 1,5 kcal 
 X ____ 1.104,60 kcal/dia 
 X = 736,4 mL ÷ 22h = 33,47 mL por hora ≈ 35 mL/h 
 
1º dia: Prescrevo dieta enteral polimérica, hipercalórica, hiperproteica, 1,5 kcal/ml, 
330 mL, infusão contínua a 15 mL/hora durante 22 horas, por SNE. Monitorar. Progre-
dir 10mL/h se não houver intercorrências. O paciente recebeu 495 kcal pela via ente-
ral, que corresponde a aproximadamente 27% do valor calórico total (VCT) e 31% da 
necessidade proteica. Somando com a ingestão da dieta via oral (VO) pastosa, o pa-
ciente está ingerindo no total aproximadamente 67% do VCT e 69% da necessidade 
proteica. 
2º dia: Prescrevo dieta enteral polimérica, hipercalórica, hiperproteica, 1,5 kcal/ml, 
550 mL, infusão contínua a 25 mL/hora durante 22 horas, por SNE. Monitorar. Progre-
29 
 
dir 10 mL/h se não houver intercorrências. O paciente recebeu 825 kcal pela via ente-
ral, que corresponde a aproximadamente 45% do VCT e 52% da necessidade pro-
teica. Somando com a ingestão oral, o paciente está ingerindo no total aproximada-
mente 76% do VCT e 80% da necessidade proteica. Somando com a ingestão da 
dieta VO pastosa, o paciente está ingerindo no total 85% do VCT e 90% da necessi-
dade proteica. 
A partir do 3º dia: Prescrevo dieta enteral polimérica, hipercalórica, hiperproteica, 1,5 
kcal/ml, 770 mL, infusão contínua a 35 mL/hora durante 22 horas, por SNE. Monitorar. 
Manter 35 mL/h nos próximos dias se não houver intercorrências. O paciente recebeu 
1.155 kcal pela via enteral, que corresponde a aproximadamente 63% do VCT e 73% 
da necessidade proteica. Somando com a ingestão da dieta VO pastosa, o paciente 
está ingerindo no total 103% do VCT e 111% da necessidade proteica. 
 
Obs.: O valor do volume da infusão por hora foi arredondado para 35 mL/h, pois ge-
ralmente as bombas de infusão marcam de 5 em 5 mL. 
 
7.7.2 Prescrição da dieta pastosa 
 
Quadro 4 - Cardápio de um dia de dieta pastosa* 
Desjejum 
8:00 
Colação 
10:00 
Almoço 
12:00 
Lanche da 
tarde 15:00 
Jantar 19:00 Ceia 21:00 
1 copo 
grande de 
mingau de 
aveia (230g) 
1 copo 
grande de 
suco de la-
ranja coado 
(200mL) 
1 caneca de 
sopa de legu-
mes batida 
(130g) 
Vitamina de 
abacate (2 
CS - 36g 
com leite de 
vaca em pó 
desnatado 
(8 CS) 
2 conchas de 
sopa de legu-
mes batida, 
carne bem 
cozida e ma-
carrão (78g) 
1 copo 
grande de 
mingau de 
milho (230g) 
1 unidade de 
banana maçã 
amassada ( 
80g) 
2 colheres de 
chá de açú-
car cristal 
(8g) 
½ peito pe-
queno de 
frango cozido 
(70g) 
2 CS de mel 
1 CS e ½ de 
azeite de 
oliva extra 
virgem (8g) 
 
 
3 unidades 
de biscoito 
doce (15g) 
1 copo pe-
queno de 
água de coco 
(100g) 
 
1 copo pe-
queno de 
água de coco 
(100g) 
 
 
3 CS cheias 
de gelatina 
sabor mo-
rango (54g) 
 
3 CS cheias 
de gelatina 
de abacaxi 
(54g) 
 
*dieta calculada no Dietbox. 
Fonte: Elaborado pela autora com dados extraídos de ARAUJO; MACÊDO, 2020. 
 
30 
 
Quadro 5 – Macronutrientes presentes na dieta prescrita* 
Nutriente g Kcal % adequação 
Carboidrato 284,1 1136,4 98% 
Lipídeo 41,2 370,8 101% 
Proteína 79,9 319,6 101% 
Fibra 7,4 1136,4 - 
Total: 1826,8 Kcal 99% 
*Os valores dos macronutrientes podem não ser exatos, pois varia dependendo das tabelas, dos pró-
prios alimentos e das preparações. 
Fonte: Elaborado pela autora. 
 
7.7.3 Orientações de alta hospitalar 
 
1- Manter uma dieta saudável e sempre equilibrada, evitando períodos longos 
de jejum (Evitando desnutrição). Fracionar a dieta em torno de 06 refeições por dia, 
introduzindo pequenos lanches entre as refeições principais, preferencialmente frutas. 
Reduzir o volume de cada refeição. Mastigar bem os alimentos e comer de boca fe-
chada, evitando a formação de gases. 
2- Prepararos alimentos grelhados, assados ou ensopados com adição de 
pouca gordura quando for necessário. 
3- Ingerir água em quantidade adequada: 8 a 10 copos de 200 ml ou 1 ½ a 2 
litros por dia, principalmente entre as refeições. 
4- Consumir vegetais cozidos e não folhosos. Preferir leite e iogurtes desnata-
dos e queijos brancos, salvo se houver alguma intolerância prévia a esses alimentos. 
5- Leguminosas, em geral, tendem a causar odor. Ao consumir feijão, reco-
menda-se deixá-lo de molho de um dia para outro e desprezar a água de molho para 
o cozimento. 
6- Evitar o consumo: 
 Alimentos que podem causar flatulência: milho, agrião, batata doce, brócolis, 
cebola, couve, couve-flor, nabo, pimentão, repolho, rabanete, taioba, grão de bico, 
feijão preto, manteiga, carnes vermelhas, ovos, peixes, queijos amarelos, mariscos 
 Alimentos concentrados em açúcar, como sobremesas açucaradas, sucos in-
dustrializados, chocolate, doces em calda; 
31 
 
 Bebidas gasosas, como refrigerante; alimentos altamente condimentados, ali-
mentos em conserva, como milho, ervilha e azeitona, alimentos concentrados em gor-
dura, como frituras em geral, gordura aparente da carne e pele do frango, moquecas, 
feijoada e outros. 
 Cuidado na reintrodução de novos alimentos à dieta, eles devem ser incorpo-
rados gradativamente, avaliando-se a tolerância individual a cada um deles. O reco-
mendado é que seja realizado o experimento de um alimento novo a cada três dias 
para garantir uma observação adequada. 
 
8 ENCAMINHAMENTO NUTRICIONAL 
 
Paciente possui 68 anos de idade, é do sexo masculino e possui diagnóstico 
de DPOC. Recém operado de uma colectomia parcial. Paciente apresenta IMC de 
18,6kg/m², classificado como baixo peso, percentual de adequação do peso de 75,9%, 
que indica desnutrição moderada, circunferência do braço de 18,8cm, abaixo do per-
centil 5 com adequação em 61,2%, que é classificada como desnutrição grave e cir-
cunferência da panturrilha de 27,1cm, marcador de desnutrição. Esses dados eviden-
ciam um quadro de desnutrição do paciente. Recebe alta hospitalar com dieta via oral 
em consistência pastosa e suplemento proteico-calórico para atingir as metas deter-
minadas e auxiliar na recuperação do estado nutricional do paciente. Encaminho pa-
ciente para avaliação e acompanhamento. 
 
32 
 
9 CONCLUSÕES 
 
A equipe médica previu a alta hospitalar para o dia 10/02/2021 e solicitou à 
equipe de nutrição um plano de orientação nutricional para o paciente e encaminha-
mento para acompanhamento a nível ambulatorial. 
Realizar o acompanhamento deste paciente foi muito desafiador, por se tratar 
de um caso complexo e a primeira vez na formação acadêmica que é feito esse tipo 
de caso clínico. Acompanhar um paciente oncológico hospitalizado e que já possui 
outra doença crônica exige muito entendimento das patologias e pesquisa acerca de 
todas as informações pertinentes para atender o paciente juntamente com a equipe 
multidisciplinar. Foi muito interessante ter essa oportunidade e o conhecimento adqui-
rido ao longo do processo é imensurável. 
 
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