Buscar

Ação rescisória

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO-SP
JOANA, nacionalidade, estado civil, profissão, portadora do RG nº x e inscrita no CPF sob o nº x, com endereço eletrônico, residente e domiciliada no endereço, cidade, estado, CEP, por intermédio de seu procurador conforme procuração anexa, vem perante Vossa Excelência, com fundamento nos artigos 318 e seguintes, combinados com o artigo 966, inciso II, todos do Código de Processo Civil, propor a presente
AÇÃO RESCISÓRIA
em face de CARROS S.A, pessoa jurídica de direito privado, registrada no CNPJ nº, com sede no endereço, cidade, estado, CEP, pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos
I - DA TEMPESTIVIDADE
A presente demanda está sendo ajuizada de forma tempestiva, antes de 19 de fevereiro de 2021, com respaldo no prazo decadencial de 2 anos contados a partir do trânsito em julgado da sentença atacada que ocorreu em 19 de fevereiro de 2019, a luz do caput do art. 975 do CPC.
II - DOS FATOS
A Requerente adquiriu, na condição de consumidora final, um automóvel em uma das concessionárias da sociedade empresária Carros S.A, mediante pagamento parcelado, e a respectiva sociedade empresária começou a debitar mensalmente o triplo do valor pactuado para cada parcela, devidamente comprovado na simples análise dos contratos e extratos bancários.
A Requerente tentou resolver a questão diretamente com a sociedade empresária, mas somente fora informada por um funcionário que poderia ter ocorrido um erro no sistema, não fornecendo nenhuma justificativa plausível, e afirmou que não havia o que fazer para corrigir a cobrança.
Dessa forma, a mesma ajuizou ação em face da sociedade empresária Carros S.A com pedidos de obrigação de não fazer, para que a sociedade parasse de realizar cobranças em excesso, e que devolvesse em dobro os valores cobrados em excesso, com atualização monetária e juros legais, bem como indenização por danos morais pelos danos causados a Requerente.
A ação fora distribuída e houve contestação pela sociedade, apenas informando que havia agido corretamente, e o pedido foi julgado improcedente, não havendo nenhum recurso. Posteriormente ao trânsito em julgado, a Requerente tomou conhecimento de que o juiz que prolatou a sentença era casado com a advogada que assinou a contestação no referido processo.
Portanto, requer-se novamente discutir a questão em juízo, na reanálise dos mesmos pedidos formulados e julgados improcedentes.
III - DO CABIMENTO
A Requerente tomou conhecimento, após o trânsito em julgado da aludida sentença, que o magistrado era casado com a advogada que assinou a contestação em nome da Requerida sendo, inclusive, a única patrona do processo em discussão.
Dessa forma, resta evidente o cabimento da Ação Rescisória nos termos do inciso II do art. 966, do CPC, em razão do impedimento do magistrado, como prescreve o inciso III do art. 144 do mesmo Diploma. Outrossim, o magistrado jamais deveria ter incidido no processo, tendo em vista sua relação com a patrona, no qual se exige, portanto, a rescisão daquela sentença.
IV - DO DIREITO
É plenamente possível caracterizar a Requerente como consumidora, nos termos do art. 2º e seguintes do Código de Defesa do Consumidor. Dessa forma, o valor que continua sendo cobrado pela Requerida é excessivo e incongruente da previsão contratual pactuado entre as partes, conforme prova documental acostada. Nesse liame, pela simples análise do contrato e dos extratos bancários da Requerente, confirma-se que existem débitos excessivos e indevidos de sua conta corrente.
Em razão da patente cobrança indevida e da prática abusiva, exige-se a revisão da sentença transitada em julgado, na determinação que a cobrança indevida seja cessada, bem como a condenação da Requerida na devolução em dobro das parcelas cobradas em excesso, nos termos do parágrafo único do art. 42 do CDC.
Outrossim, é cabível a indenização por danos morais no presente caso em face do transtorno causado desde o início do contrato em cobrança excessiva, violando o direito da Requerente como consumidora, privando-lhe de recursos financeiros para o seu cotidiano e gerando consequente sofrimento. Assim sendo, justifica-se a indenização nos termos do art. 927 do CC e 6º, inciso VI, do CDC.
V - DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer-se a Vossa Excelência:
a) A rescisão da sentença transitada em julgado, considerando a tempestividade da presente demanda e o cabimento do pedido rescisório nos termos do inciso III, art. 966 e inciso III, art. 144, ambos do CPC;
b) A prolação de novo julgamento, com a procedência de todos os pedidos da Requerente, sendo:
b-1) A condenação da Requerida em obrigação de não fazer em deixar de efetuar as cobranças excessivas;
b-2) A condenação da Requerida em devolver em dobro os valores excessivos cobrados, com acréscimos de correção monetária e juros, nos termos do parágrafo único do art. 42 do CDC;
b-3) A condenação da Requerida em pagar indenização a título de danos morais com valor da escrito e requerido na petição inicial do processo de origem;
b-4) A condenação da Requerida no pagamento de verbas sucumbenciais, incluindo custas, despesas e honorários advocatícios;
c) Nos termos do artigo 968, II, do Código de Processo Civil, a juntada da inclusa guia do depósito de R$ xxxxx, correspondente a 5% (cinco por cento) do valor da causa, devidamente atualizado até a presente data (documento anexo);
Protesta provar o alegado sob todos os meios de prova em direito admitidos, especialmente mediante prova documental, prova testemunhal e inspeção judicial.
Atribui-se a presente causa o valor de R$ XXXX.
Local e data
Assinatura do advogado
OAB/UF

Continue navegando