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MAL DA VACA LOUCA INTRODUÇÃO Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) Encefalopatia Espongiforme Transmissível (BSE) “Doença/Mal da Vaca Louca” Doença de Creutzfeldt-Jakob (CJD) em humanos 1 HISTÓRICO ➢ 1980 – INGLATERRA: Estimativa do surgimento da doença. ➢ 1985 – INGLATERRA: Primeiros relatos de vacas com mais de 4 anos morrendo por acometimento do sistema nervoso. ➢ 1986 – Descrição da doença por pesquisadores (8 casos por mês). ➢ 1987 – Descrita na revista Veterinary Record (70 casos por mês). ➢ 1992/1993 – Auge da epidemia (3500 casos por mês) ➢ 2003/2004 – Redução dos casos a uma taxa de 50 – 30 por mês. CASOS EM ANIMAIS HISTÓRICO ➢ 1980 – REINO UNIDO: Aparecimentos dos primeiros casos em humanos. ➢ 1990 – REINO UNIDO: Aumento do número de casos e recomendação da OMS para a criação de uma vigilância de CJD. ➢ 2005 – BRASIL: Implantação da vigilância de CJD pelo ministério da saúde. CASOS EM HUMANOS O QUE É A DOENÇA? ➢ Doença neurodegenerativa fatal. ➢ Causada por príons (matam as células cerebrais deixando buracos, como se fosse uma esponja). ➢ Príons alterados são encontrados em humanos e animais infectados. ➢ Transmissão por meio do contato com o cérebro, ou outros tecidos do sistema nervoso de um exemplar contaminado. 1. Alimentos ou derivados. 2. Instrumentos que entraram em contato com tecido nervoso dos infectados. A gênese desta doença está no fornecimento de ração aos animais contendo carcaças de ovinos sem o devido aquecimento, como era feito na década de 70 e 80. 6 Lâmina de cérebro de rato, uma íntegra e a outra afetada por príons. Existem algumas tipos... ❖ DCJ esporádica: nenhuma causa é conhecida, se manifesta entre os 40 e 60 anos e é a mais comum. ❖ DCJ familiar: é o resultado da mutação de um gene, assim a doença é transmitida geneticamente. ❖ DCJ adquirida: que pode ser adquirida de duas formas principais, e essas duas formas tem cada uma um tipo: - DCJ variante: ingestão de carne ou derivados de infectados. - DCJ iatrogênica: quando pega por procedimentos médicos/uso de instrumentos contaminados. 7 EPIDEMIOLOGIA DADOS DE 2017: ➢ No mundo inteiro: 231 casos. ➢ No Reino Unido: 178 casos. ➢ Na França: 27 casos. ➢ Em outros locais: 26 casos. 9 10 SINTOMATOLOGIA ➢ Desordens Comportamentais. ➢ Alterações do estado mental (apreensão, nervosismo, agressividade). ➢ Falta de coordenação dos membros durante a marcha. ➢ Incapacidade de se levantar. O animal afetado deixa de se alimentar e rapidamente perde condição corporal. EM ANIMAIS 12 SINTOMATOLOGIA ➢ Dificuldades para falar. ➢ Dificuldade de marcha, fazendo com que o simples caminhar se torne uma tarefa difícil. ➢ Tremores e espasmos involuntários. ➢ Visão alterada. ➢ Rigidez na postura. EM HUMANOS SINTOMATOLOGIA ➢ Irritabilidade. ➢ Diminuição da capacidade de realizar movimentos coordenados. ➢ Dificuldade de concentração. ➢ Perda de memória. EM HUMANOS DIAGNÓSTICO ❖ É difícil, pois outras doenças causam os mesmos sintomas ❖ Depende da avaliação clínica e exames. Clínico: ✓ Os músculos apresentam espasmos involuntariamente. ✓ O andar é descoordenado e cambaleante. ✓ Função mental se deteriora rapidamente. DIAGNÓSTICO Laboratorial e de Imagem: ✓ Exames de rotina para descartar outras patologias. ✓ Análise do líquido cefalorraquidiano (obtida por punção lombar). ✓ Eletroencefalografia. ✓ Imagem por ressonância magnética. Mais eficiente pois analisa a morfologia do cérebro e vê se ele está íntegro ou não. Muitas vezes confundida com a demência senil ou Alzheimer. BIOQUÍMICA DA DOENÇA BIOQUÍMICA DA DOENÇA ❑ É uma doença causada por príons. O que são príons? ▪ Sigla de partícula infecciosa proteinácea. ▪ É uma proteína, menor que um vírus e que não sofre modificação por calor. ▪ Antes de se tornar uma partícula infecciosa era uma proteína príons celular (PrPC), que é normal e existe em todos os animais. BIOQUÍMICA DA DOENÇA ❑ Na época do ápice da doença, ninguém sabia o que fazia uma proteína príons celular normal no organismo. Um grupo de cientistas concluiu que o príons celular era importante pois: ❖ Essencial para o amadurecimento dos neurônios. ❖ Essencial para a formação dos prolongamentos dos neurônios. ❖ Importante pois protegem os neurônios de morte celular programada, a apoptose ➢ Depósito de príons infecciosos no cérebro, medula espinhal e muitos nervos e tecidos periféricos (EM EXCESSO). ➢ O príons infeccioso é diferente do príon normal: BIOQUÍMICA DA DOENÇA 1. Contém beta hélices (o príon normal tem alfa hélices). 2. Tem uma conformação diferente. 3. É menos solúvel. 4. É muito resistente (inclusive a proteases). PrP(Sc) é o príon da doença de Scarpe, que tem o mesmo mecanismo da CJD. BIOQUÍMICA DA DOENÇA Induz a troca de conformação das proteínas normais Mutação no gene que codifica o príon normal, ai começa a fabricar o príon anormal. PrPSc entra no encéfalo e pode agir de 2 formas: ouou Essas moléculas anormais, após serem sintetizadas ou terem passado pelo processo de modificação se agrupam e formam depósitos. Essas reações são em cadeia, quando um começa vai de vez, por isso a degeneração é rápida. 22 Ciclo de conversão dos príons normais em anormais BIOQUÍMICA DA DOENÇA Esses depósitos são amielóides e contém fibrilas que levam a perturbação do funcionamento do cérebro. Fibrilas em microscopia eletrônica TRATAMENTO ✓ EVITAR ADQUIRIR ANIMAIS DE ÁREAS DE RISCO ✓ EVITAS LINHAGENS GENETICAMENTE COMPROMETIDAS ✓ NÃO ADMINISTRAR ALIMENTOS CÁRNEOS A NÃO CARNÍVOROS ✓ NÃO CONSUMIR CARNE DE ANIMAIS INFECTADOS ❑ NÃO HÁ TRATAMENTO PREVENÇÃO 25 26 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CANAL RURAL. Saiba o que é e como surgiu o Mal da Vaca Louca. Disponível em:<https://canalrural.uol.com.br/sites-e-especiais/saiba- que-como-surgiu-mal-vaca-louca-10357/>. INFO ESCOLA. Doença da vaca louca. Disponível em:< https://www.infoescola.com/doencas/doenca-da-vaca-louca/ >. DR. ROCHA. Doença da vaca louca. Disponível em:< https://drrocha.com.br/doenca-da-vaca-louca-%F0%9F%90%84/ >. FLEURY. Doença de Creutzfeldt-Jakob. Disponível em:< http://www.fleury.com.br/saude-em-dia/dicionarios/doencas/pages/doenca-de- creutzfeldt-jakob.aspx >. MANUAL MSD. Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ). Disponível em:< https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios- cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/doen%C3%A7as-causadas-por-pr%C3%ADons/doen%C3%A7a-de-creutzfeldt-jakob-dcj >. ABRA. Disponível em:< http://abra.ind.br/blog/abra-produtos/farinhas-de-penas/ >. NUTRIVIL. Farinha de carne e ossos bovinos. Disponível em:< http://nutrivil.com.br/produtos/farinha-de-carne-e-osso-bovinos/ >. UFRGS. Doenças causadas por príons. Disponível em:< http://www.ufrgs.br/labvir/material/aula6vet.pdf >. CENTRO DE VIGILÂNCIA DE EPIDEMIOLOGIA DE SÃO PAULO. Vigilância da doença de creutzfeldt-jakob e outras doenças priônicas. Disponível em:< file:///C:/Users/Lucas/Downloads/spmanualdcj08.pdf >. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Boletim epidemiológico. Disponível em:< http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2016/maio/12/2015-036-- -DCJ-publica----o.pdf >. CAETANO SORDI E BERNARDO LEWGOY. O que pode um príon? O caso atípico de Vaca Louca no Brasil e seus desdobramentos. Disponível em:< file:///C:/Users/Lucas/Downloads/23792-47096-1-PB.pdf >. Obrigado!
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