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Daira Ester de Sousa – Turma 93 – FORP/USP Preparos para coroas totais – dentes posteriores Existe diferença anatômica entre os dentes posteriores e anteriores. Nos dentes posteriores há a cúspide lingual / palatina. No preparo de dentes superiores há o desgaste de todas as faces do dente, distal, lingual/palatina, mesial, vestibular e oclusal. O que muda de um preparo para o outro é a quantidade que desgasta, dependendo do tipo de coroa, de material, que será usado. Em algum preparo pode apresentar degrau ou quase nada de degrau, mostrando se perdemos mais ou menos elemento dental e tudo depende do material a ser usado. É importante salientar, a distância mésio-distal do terço médio ou na próxima à região de contato do dente vizinho é muito mais amplo que na região cervical, isso deve ser observado durante o preparo, tendo maior atenção principalmente em dente hígido, pois ou podemos chegar na polpa, ou podemos desgastar tanto ao ponto de enfraquecer o dente. O preparo vai mais ou menos a 0,5mm do sulco gengival. Para conseguir a conicidade ideal é a de 6°, sendo ótima de 6° a 10°, sendo que isso é dado pela forma da ponta diamantada tronco-cônica. Nem sempre isso será possível de ser atingido, devido a condição clínica do paciente. Quanto desgastar na margem gengiva? Isso depende de qual tipo de coroa iremos fazer. Desse modo, quando iniciarmos o preparo temos que já saber qual material iremos utilizar. Por exemplo, coroa total metálica o preparo pode ser mais conservador (menor), se o material a ser usado for estético (resina ou cerâmica) o degrau será maior, pois precisa de volume para ter resistência e estética. Daira Ester de Sousa – Turma 93 – FORP/USP • Estética: degrau mínimo de 1mm • Metal: degrau de até 0,5 mm ➔ Podemos desgastar mais? Depende do dente ser hígido ou não. Na porção oclusal, quanto desgastar? – isto serve para qualquer restauração, seja estética ou metálica. • Cúspide de balanceio: 1 mm • Cúspide de trabalho: 1,5 mm ➔ Podemos desgastar mais? Depende do comprimento da coroa clínica do dente, se o dente é hígido ou não. O mais importante no nosso preparo é a margem cervical, pois é onde temos que ter cuidado, pois, no terço cervical o dente é menor que no terço médio; desgastando muito a margem cervical, haverá excesso de desgaste no terço médio, correndo risco de chegar na polpa. Atenção para o material a ser usado, pois é ele que nos dá a dimensão do desgaste. Posição da ponta em um anglo de 45° próximo a margem cervical, ou até onde desejo que termine o preparo, clinicamente 0,5 mm aquém da margem gengival livre, para na hora do acabamento levar a margem para o sulco gengival. Definir primeiro o degrau da face vestibular. Depois vai entrando com a broca no sentindo proximal. Primeiro passo é definir todo o degrau do dente. O degrau estando definido, o próximo passo é dar conicidade ao preparo, ou seja definir de 6° a 10° de conicidade. Posicionar ponta no terço médio, sem tocar na cervical, paralela ao longo eixo do dente e usando a própria forma da ponta diamantada, vamos conificar o preparo, dando a inclinação de torno de 6° a 10°. Obs.: a ponta diamantada de volume maior nosso preparo fica mais liso. Com a ponta paralela ao longo eixo do dente, o desgaste vai até broca atingir o anglo áxio-gengival do meu preparo. Isso nos leva a conicidade ideal do preparo. Nas faces mesial e distal já estão com a conicidade ideal, só eliminaremos estrutura dental dando a conicidade ideal nas faces vestibular e lingual / palatina. Daira Ester de Sousa – Turma 93 – FORP/USP Feita a conicidade, passa a se fazer o desgaste oclusal. Deve-se seguir as vertentes oclusais. A broca entra mais ou menos a 45°, então fazemos os sulcos e depois acompanha as cúspides, desgastando 1,5 mm na cúspide palatina e 1 mm na cúspide vestibular. É o espaço inter-oclusal, as vezes não há necessidade desse desgaste. Mantendo as vertentes de cada cúspide, o desgaste na cúspide de trabalho envolve 2 faces – parede axial, oclusal e muitas vezes precisa fazer um bizelamento na cúspide de trabalho, pois ao desgastar a parede axial e a oclusal pode sobrar uma liga de esmalte, que se não feito o bizelamento teremos pouco espaço para restauração. Preparo pronto, faltando o alisamento. Para dar um acabamento liso – sendo que quanto mais liso melhor o acentamento da coroa, principalmente as livres de metal – pode-se usar brocas de pontas multilaminadas, diamantadas ou instrumentais manuais. Cuidado com as pontas principalemte na porção cervical, pois há um receio de ferir a gengiva do paciente e isso pode levar a um preparo inadequado. O acabamento cervical é feito com pontas diamantadas, sendo o degrau em chanfro, com estrutura adequada pro materal a ser usada.
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