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– ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto Introdução: Quando realizar um preparo para coroa total: ✓ Dentes muito escurecidos; ✓ Alteração de forma; ✓ Alteração de posição (curvas de Wilson e de Spee); ✓ Dentes amplamente destruídos (principal indicação para coroa total); ✓ Retentor (pilar) de uma prótese fixa. “Criar o espaço para que o material restaurador possa reabilitar os elementos.” • A quantidade desse desgaste irá depender do tipo de material da restauração planejada. Bottino, Faria e valandro, 2009. Diferentes tipos de material de coroa total: 1. – constiuída totalmente por metal; 2. – possui parte interna de metal e parte externa de cerâmica, que reveste o metal; 3. – são coroas que possuem duas camadas de cerâmica (tipos de cerâmica diferentes): geralmente a parte interna é uma cerâmica mais resistente e a parte externa é uma cerâmica mais estética. Esse tipo é indicada para dentes escurecidos; 4. – são feitas totalmente por um único tipo de cerâmica. • As metalocerâmicas e ceramocerâmicas – são coroas que possuem infraestrutura/coping (parte interna da coroa); • As coroas metálicas e cerâmicas puras – são coroas sem infraestrutura. As ceramocerâmicas foram desenvolvidas com o objetivo de substituir o metal (pois o metal faz com que a característica estética da prótese fique mais leitosa e opaca, pois o técnico utiliza um opacificador para esconder o metal). Nesse tempo, a cerâmica mais externa não era tão resistente, então foi necessário utilizar um outro tipo de cerâmica na parte interior para dar mais resistência. Depois, os materiais cerâmicos foram evoluindo até chegar nas coroas de cerâmica pura, que não precisam da infraestrutura de outra cerâmica, pois essa já consegue ser resistente o suficiente. As de cerâmica pura são as mais utilizadas, por já serem materias que possuem resistência e estética juntos em um único material. A corora ceramocerâmica é indicada para dentes mais escuros, pois o coping interno bem opaco consegue mascarar melhor o substrato. Para um correto preparo dentário, deve-se atender aos três princípios fundamentais: Princípios mecânicos: • Para que esse princípio exista, é necessário um contato existente entre as superfícies internas da restauração e externas do dente preparado – RESISTÊNCIA FRICCIONAL (pelo íntimo contato); • Quanto maior a área de superfície, maior será a retenção; • Quanto mais paralelas as paredes, maior será a retenção. dos preparos para coroas totais – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto • Retenção e estabilidade são interligados – pois, os preparos mais paralelos, com maior altura e maior área de superfície, terão maior estabilidade, assim como, maior retenção; • Quando o preparo for muito curto, por exemplo, há chances dessa coroa rotacionar e sair do dente; O ideal é que a para a coroa. Trata-se da preservação/integridade das restaurações. • Deve-se saber qual material será utilizado para saber quanto que deve ser desgastado do dente: É necessário desgastar o dente o suficiente para que a restauração tenha rigidez estrutural. Se esse princípio não for levado em consideração e a quantidade que deve ser desgastada não for respeitada: • O técnico em prótese dentária pode não levar em consideração o desgaste realizado e fazer uma coroa com a espessura adequada para o desgaste que deveria ter sido feito – consequentemente, irá ficar maior do que o preparo, criando um (a restauração passa do término do dente, da terminação cervical); Esse sobrecontorno pode causar uma inflamação gengival, que pode progredir para o periodonto e até causar problemas de reabsorção óssea. Além disso, também pode servir para acumular biofilme. Porém, as paredes não podem ficar 100% paralelas, pois dessa forma, ao cimentar a coroa, o cimento não conseguirá escoar pelo dente, levando a uma desadaptação da coroa. • Por isso, o ideal é que os preparos sejam cônicos (uma pequena conicidade para favorecer e facilitar o escoamento do cimento). • A conicidade deve ser bem pequena (varia mais ou menos de 3º a 10º de conicidade – a depender da região. Quanto mais cônico for o dente (a conicidade), menor será a retenção. Então o dente deve ser mais paralelo, para que haja mais retenção, mas não deve ser 100% paralelo, para que o cimento possa escoar. Podem ser feitas no preparo – para aumentar a área de superfície e assim permitir uma maior retenção. – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto • A outra situação possível, é quando o técnico segue o preparo inadequado que foi realizado e realiza uma restauração extremamente fina (exemplo: em casos de coroa metalocerâmicas, o preparo em cerâmica pode ser tão fino a ponta de expor a porção interna de metal). Outro exemplo: uma coroa de cerâmica pura com a porção oclusal muito fina – irá fraturar facilmente. • Nesse caso, deseja-se uma coroa extremamente adaptada, esse é o objetivo principal; • Uma coroa bem adaptada irá garantir uma cimentação efetiva para um bom prognóstico da prótese; • Se não houver uma boa adaptação, a cimentação não será efetiva e a coroa terá um péssimo prognóstico – a coroa pode vir a cair, pode vir a ter uma infiltração, pode aparecer cárie no dente que está com a coroa etc; • (é a região onde termina o preparo) – é interface dente- coroa. Tipos de término cervical: PEGORARD, 2014. INDICAÇÕES: • Chanfrado – coroas metálicas, metalocerâmicas e cerâmicas; • Chanferete – coroas metálicas e metalocerâmica; • Ombro arredondado – coroas cerâmicas. Principios biológicos: • Deve ser levado em consideração quando o preparo é feito em dentes vitais. Duarante o preparo, todo o esmalte é praticamente removido e fica apenas a dentina exposta (por isso, deve-se sempre anestesiar o paciente para fazer o preparo e ao retirar o provisório também tem que anestesiar, pois o paciente irá ter sensibilidade). Então, quando o dente for vital, deve-se tomar muito cuidado com a quantidade de desgaste e com as condições do desgaste: → Usar sempre a refrigeração da caneta, a ponta diamantada deve ser nova (pois com o tempo ela perde as granulações e fica com a ponta lisa, nesse estado ela esquenta mais o dente ao invés de desgastar, e isso ás vezes pode levar a um dano irreversível da polpa). → Deve-se tomar o máximo de cuidado possível, para não causar nenhum dano à polpa. Deve-se respeitar os limites biológicos para o término cervical: ✓ O ideal, é que a coroa possua um término ✓ Se necessário fazer um – assim não causará danos ao periodonto. Segmento de círculo (1/4) Segmento de círculo (menor que o chanfrado) Ângulo interno arredondado entre a parede axial e gengival A coroa pode ser feita em dentes vitais e também nos que possui tratamento endodôntico. Porém, em casos em que o preparo esteja muito subgengival, ocorre a invasão do espaço biológico. Se ocorre essa invasão, é necessário fazer uma cirurgia de aumento de coroa clínica, para que o término cervical não fique invadindo o espaço biológico. – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto OBS: normalmente os preparos ficam subgengival ou até no limite gengival, para ter uma estética melhor ou em casos em que a restauração já está um pouco dentro do sulco (só é necessário que esteja até 1 mm dentro do sulco). Se ficar muito subgengival, irá causar uma resposta inflamatória. → O ideal para uma estética favorável, é que essa coroa esteja a nível gengival ou subgengival; → Mas, o ideal, quando se pensa em saúde periodontal é que a coroa esteja a nível supragengival.Quando indicar um término subgengival: • Restaurações estéticas (principalmente nos casos de metalocerâmica – pois muitas vezes, a sua borda fica um pouco acizentada por causa do metal, não fica 100% escondido); • Restaurações estendidas ao sulco – para casos em que a margem da restauração já se encontra dentro do sulco, sendo assim, deve-se manter essa restauração que já está estendida para dentro do sulco (mas se houver uma fratura grande, com mais de 1 mm para dentro do sulco, deve-se realizar o aumento de coroa). Preparos com 0,5 mm a 1,0 mm na região interna do sulco. Princípios estéticos: • O preparo deve ser adequado para o tipo de material; • Deve-se levar em consideração: forma, contorno e cor; • Buscar o melhor para a saúde gengival; • E manter a relação correta da coroa e da gengiva. Nos casos da coroa de metalocerâmica, sobre a infraestrutura de metal é aplicado um opacificador para mascarar o metal. Esse opacificador toma um pouco do espaço da cerâmica E ainda assim, pode haver um escurecimento na parte cervical. Por isso, esse tipo de coroa quase sempre é do tipo subgengival, para favorecer a estética. Técnicas para o preparo: Existem várias técnicas, uma delas é a técnica da silhueta, que pode ser executada em associação com a técnica feita com a guia de preparo. • O preparo para coroa total na técnica da silhueta é feito inicialmente na metade do dente e depois prepara-se a outra metade; • A técnica com guia de preparo – utiliza-se um guia para orientar o preparo (para medir com uma sonda milimetrada a espessura do desgaste). Para a confecção de guia de preparo: • Pode-se moldar diretamente o dente, se ele estiver bem posicionado (nos casos de troca de uma coroa antiga que ainda está bem posicionada); • Ou pode fazer um enceramento de diagnóstico para realizar a moldagem (para casos em que o dente já perdeu a sua forma). Téc. da silhueta: são realizadas várias canaletas no dente, que irão orientar no desgaste; Se o paciente possui o sorriso alto e a coroa está em um dente anterior (que irá aparecer a margem da gengiva) e além disso o dente for escuro, ficará aparecendo a cor do dente caso a coroa possua um término supragengival. – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto • A primeira a etapa a se realizar, antes de iniciar o preparo, é a confecção das guias (tanto para os dentes anteriores, como para os posteriores); Após a confecção da guia, inicia-se uma sequência de pontas diamantadas para fazer o sulcos/canaletas de orientação: ▪ (diâmetro normalmente aproximado de 1.4 mm); ▪ (em torno de 0,7 mm); ▪ com a superfície do dente. Inclinação da broca. Sulcos de orientação cervical. ▪ Na face vestibular, geralmente é feita em 2 planos – 2 angulações; ▪ Na face vestibular, pode ser feito dois sulcos (um na mesial ou um na distal, além do central), irá depender de qual lado está sendo preparado primeiro. ▪ Anteriores: inclinação de 45º para palatina/lingual; ▪ Posteriores: acompanha a inclinação da cúspides. ▪ Desgastar até permitir a passagem da ponta diamantada para o término cervical – romper o ponto de contato; ▪ Colocar uma matriz metálica para proteger o dente vizinho; OBS: Deve-se sempre pedir a ponta ativa da broca, para saber o quanto da broca deve entrar durante o desgaste. Se o dente for vital, necessita da aplicação de anestesia antes do preparo. – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto ▪ (para a concavidade palatina / (para a região de cíngulo); ▪ Profundidade (desgaste): 1,2 – 1,5 mm Na concavidade palatina não é possível realizar um sulco com esse formato de broca. Então, normalmente já parte para o desgaste. ▪ Depois de fazer vários sulcos, é necessário uni- los; Profundidade (desgaste): O desgaste é feito em apenas metade do dente, para que se possa conferir a quantidade que foi desgastada com o outro lado do dente, utilizando uma sonda milimetrada. Além disso, também pode usar a guia de preparo para veririfcar se o preparo está adequado, medindo a diferença da guia para o preparo. ▪ Depois de preparar uma metade do dente , unir os sulcos dessa metade e realizar as medições, pode-se realizar o preparo da outra metade, seguindo a mesma sequência. ▪ Depois do preparo, deve-se realizar o acabamento e definir a terminação cervical; ▪ A terminação cervical é o detalhe mais importante para uma prótese fixa; ▪ Ponta diamantada: 4138/4138F (possui menor granulação); ▪ A terminação cervical é dada pela forma da parte ativa da ponta diamantada; ▪ Terminação cervical do tipo chanfrado – coloca broca no longo eixo do dente, entrando metade da ponta ativa – a forma da terminação é exatamente a forma da ponta diamantada; ▪ A 4138F é utilizada no acabamento para arredondar os ângulos e deixar o preparo mais liso. Depois de realizar o preparo, deve-se conferir todas as áreas com o guia, para verificar a quantidade de desgaste. – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto Pode-se também verificar a relação com o dente antagonista. A terminção cervical deve ser lisa e uniforme no final do preparo. A restauração do tipo coroa total necessita de retenção friccional, o objetivo desse preparo é dar uma forma ao dente, para que ele seja capaz de reter a coroa após a sua cimentação. Já o preparo para lente de contato é praticamente expulsivo, não possui um desenho que possa dar retenção à faceta, é uma restauração que é cimentada adesivamente, utilizando cimentos resinosos e se não houver esmalte dentário, a retenção será prejudicada. Então esse desgaste é bem pequeno, tentanto preservar ao máximo o esmalte dentário. Referências: Aula teórica de Prótese Laboratorial. Professora Luana Maria Martins de Aquino. Faculdade Maurício de Nassau, Odontologia, 2021 Após concluir o preparo do dente, deve-se realizar uma restauração provisória, para que o paciente não vá embora com o dente preparado à amostra.
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