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Trabalho Covid-19 e Chikungunya pronto !!!!!!

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UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO PROF. JOSE DE SOUZA HERDY 
ESCOLA DE CIÊNCIA DA SAUDE
ENFERMAGEM
AUTORAS:
Laiza Lorenço Rocha 4112983
Maiara Santos da Rocha 4112984
Stephany de Oliveira 4112897
Covi-19 e Chikungunya
DUQUE DE CAXIAS 
2020 
AUTORAS:
 Laiza Lorenço Rocha
Maiara Santos da Rocha
Stephany de Oliveira
Covid-19 e Chikungunya
 
Trabalho acadêmico apresenta o desenvolvimento do tema: Covid-19 e Chikungunya, proposto pela Prof.ª: Sônia Cristina Fonseca Eugênio, e será entregue a Universidade do Grande Rio Professor José de Souza Herdy, como parte das exigências para a obtenção de nota avaliativa, referente ao ensino da disciplina de Cuidados de enfermagem a saúde do Adulto e do Idoso I. 
DUQUE DE CAXIAS
2020
Sumário
Índice de ilustrações	4
Gráficos	5
Tabelas	5
1.INTRODUÇÃO	5
2. Desenvolvimento	6
2.1 Epidemiologia da Chikungunya	7
3. TRANSMISSÃO	7
Vetores	7
Reservatórios	7
Período de incubação	7
Suscetibilidade e imunidade	8
4. APRESENTAÇÃO CLINICA DA DOENÇA	8
Fase aguda	9
Fase subaguda	10
Fase Crônica	10
5. MANIFESTAÇÕES DA DOENÇA	11
5.2 GRUPOS DE RISCO	11
6. EXAMES LABORATORIAIS	12
6.1 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL	13
7. TRATAMENTO	14
Doença aguda	14
Doença subaguda e crônica	15
7.1 QUEM DEVE PROCURAR ASSISTÊNCIA HOSPITALAR?	15
8.MANEJO CLÍNICO	17
9. VIGILÂNCIA	18
Fase de preparação	18
Fase de resposta	18
9.1 NOTIFICAÇÃO DE CASOS	19
10. CORONAVÍRUS	20
11.TRANSMISSÃO	20
Período de Incubação	20
Transmissibilidade	20
12.MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS	21
13. GRUPOS DE RISCO	21
14.DIAGNÓSTICO	22
Casos suspeitos	22
Síndrome respiratória aguda grave (SRAG)	23
Diagnóstico laboratorial	23
15. CLASSIFICAÇÃO DOS CASOS	25
16. PREVENÇÃO E PRECAUÇÕES	26
17. TRATAMENTO	26
Tratamento farmacológico específico	27
Antibioticoterapia	27
18. DADOS EPIDEMIOLÓGICOS	28
Atualizações	29
Limitações	29
19.CONCEITOS BÁSICOS	29
Casos novos	29
Casos acumulados	30
Óbitos novos	31
Óbitos acumulados	31
21.Considerações finais	33
22.Referências Bibliográficas	35
Índice de ilustrações 
Figuras
Figura 1- Período de incubação extrínseca e intrínseca para o vírus Chikungunya	8
Figura 2 - Espectro clínico chikungunya	9
Figura 3 - Lesões articulares de pacientes com chikungunya.	10
Figura 4 - Classificação de risco do paciente com suspeita de chikungunya	19
Figura 5-Fluxograma de notificação de Chikungunya	21
Figura 6 - Fluxograma para atendimento de pacientes com sintomas respiratórios.	27
Gráficos
Gráfico 1 - Casos novos da COVID-19	30
Gráfico 2 - Casos acumulados da COVID 19	30
Gráfico 3 - Óbitos acumulados da COVID 19	31
Tabelas
Tabela 1- Diagnostico diferencial dengue, zika e chikungunya	14
Tabela 2 - Síndromes clínicas associadas à infecção por SARS-CoV-2	24
Tabela 3 - Tratamento farmacológico da COVID 19	28
1.INTRODUÇÃO
No presente trabalho abordaremos diversos parâmetros que atualmente vem sendo utilizados para se estudarem os níveis de qualidade de vida, encontram-se as doenças transmissíveis. Essas doenças são amplamente conhecidas, podem ser controladas e até mesmo prevenidas, mas ainda causam altos índices de morbidade e de mortalidade, principalmente nos países subdesenvolvidos. A chikungunya é uma arbovirose causada pelo vírus chikungunya (CHIKV), da família Togaviridae e do gênero Alphavirus. 
 Os sinais e sintomas são clinicamente parecidos aos da dengue – febre de início agudo, dores articulares e musculares, cefaleia, náusea, fadiga e exantema. 
chikungunya tem caráter epidêmico com elevada taxa de morbidade associada à artralgia persistente, tendo como consequência a redução da produtividade e da qualidade de vida. Até o momento, alguns estados da região nordeste vivenciaram epidemias por chikungunya, no entanto, a alta densidade do vetor, a presença de indivíduos susceptíveis e a intensa circulação de pessoas em áreas endêmicas contribuem para a possibilidade de epidemias em todas as regiões do Brasil.
No entanto, segundo o Ministério da Saúde, em novembro de 2019 um surto de doença respiratória, causado pelo novo Coronavírus (SARS-CoV-2), foi detectado na cidade de Wuhan, na China. 
Em março de 2020, o novo Coronavírus disseminou-se para mais de uma centena de países, continuando a causar doença respiratória e óbitos, especialmente em grupos de risco como idosos, gestantes, imunodeprimidos e outros. No entanto, esta epidemia se destaca pela rapidez de disseminação, a severidade, e as dificuldades para contenção, tanto que a OMS declarou pandemia pelo novo coronavírus em 11 de março de 2020, e os países estão empreendendo enormes esforços para conter o surto e reduzir a letalidade.
2. Desenvolvimento
2.1 Epidemiologia da Chikungunya
 O CHIKV é um vírus RNA que pertence ao gênero Alphavírus da família Togaviridae. O nome chikungunya deriva de uma palavra em Makonde que significa aproximadamente “aqueles qune se dobram”, descrevendo a aparência encurvada de pacientes que sofrem de artralgia intensa. Casos humanos com febre, exantema e artrite aparentando ser CHIKV foram relatados no início de 1770. Porém, o vírus não foi isolado do soro humano ou de mosquitos até́ a epidemia na Tanzânia de 1952-53. Outros surtos ocorreram subsequentemente na África e na Ásia. Muitos ocorreram em pequenas comunidades ou comunidades rurais. 
 Sobre os dados de chikungunya foram notificados 959 casos prováveis (taxa de incidência de 0,46 casos por 100 mil habitantes) no país. As regiões Nordeste e Sudeste apresentam as maiores taxas de incidência, 0,58 casos/100 mil habitantes e 0,52 casos/100 mil habitantes, respectivamente. O estado do Rio de Janeiro concentra 28,5 % dos casos prováveis e Rio Grande do Norte concentra 9,6% dos casos.
3. TRANSMISSÃO
Vetores
 Existem dois vetores principais do CHIKV, Ae. aegypti e Ae. albopictus. Ambos os mosquitos são amplamente distribuídos por todos os trópicos com Ae. Albopictus, sendo também presentes em latitudes mais temperadas. Dada a distribuição dos vetores pelas as Américas, toda a região é suscetível à introdução e à propagação do vírus. 
Reservatórios
Humanos servem como o principal reservatório do CHIKV durante períodos de epidemia. Durante períodos interepidêmicos, um número de vertebrados tem sido implicados como potenciais reservatórios, incluindo primatas não humanos, roedores, pássaros e outros pequenos mamíferos. 
Período de incubação 
Os mosquitos adquirem o vírus de um hospedeiro virêmico. Após um período de incubação médio de dez dias, o mosquito torna-se capaz de transmitir o vírus a um hospedeiro suscetível, tal como um humano. Em humanos picados por um mosquito infectado, os sintomas da doença tipicamente aparecem após um período de incubação intrínseco médio de 3-7 dias (intervalo 1-12 dias) (Figura 1). 
Figura 1- Período de incubação extrínseca e intrínseca para o vírus Chikungunya
FONTE:Centres for Disease Control and Prevention/CDc e Organização Pan-Americana da Saúde
Suscetibilidade e imunidade 
Todos os indivíduos não previamente expostos ao CHIKV (indivíduos suscetíveis) estão sob o risco de adquirir infecção e desenvolver a doença. Depois de infectada, a pessoa fia imune pelo resto da vida 
4. APRESENTAÇÃO CLINICA DA DOENÇA 
A partir da picada por mosquito infectado com o CHIKV, a maioria dos indivíduos apresenta doença sintomática após um período de incubação de dez dias. Porém, nem todos os indivíduos infectados com o vírus desenvolvem sintomas. Análises sorológicas indicam que 3% a 28% das pessoas com anticorpos antiCHIKV apresentam infecção assintomática. Indivíduos agudamente infectados por CHIKV, seja clinicamente aparente ou assintomáticos, podem contribuir para a propagação da doença se os vetores que transmitem o vírus estiverem presentes e ativos na mesma localidade. 
O CHIKV pode se manifestar de 3 formas aguda, subaguda e crônica. 
Figura 2 - Espectro clínico chikungunya
Fonte: SVS/MS.
Fase aguda 
 A fase aguda é mais comumente caracterizada por febre de início súbito (tipicamente maior que 39°C) e dor articular intensa. Outros sinais e sintomaspodem incluir cefaleia, dor difusa nas costas, mialgia, náusea, vômito, poliartrite, erupção cutânea e conjuntivite (Tabela 1). A fase aguda do CHIKV dura de 3-10 dias. 
A poliartralgia tem sido descrita em mais de 90% dos pacientes com chikungunya na fase aguda. Essa dor normalmente é poliarticular, bilateral e simétrica, mas pode haver assimetria. Acomete grandes e pequenas articulações e abrange com maior frequência as regiões mais distais. Pode haver edema, e este, quando presente, normalmente está associado a tenossinovite. Na fase aguda também tem sido observado dor ligamentar. A mialgia quando presente é, em geral, de intensidade leve a moderada.
 
Figura 3 - Lesões articulares de pacientes com chikungunya.
 
FONTE: MINISTÉRIO DA SAÚDE Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis.
Outros sinais e sintomas descritos na fase aguda de chikungunya são dor retro-ocular, calafrios, conjuntivite sem secreção, faringite, náusea, vômitos, diarreia, dor abdominal e neurite. 
O recém-nascido é assintomático nos primeiros dias, com surgimento de sintomas a partir do quarto dia (três a sete dias), que incluem a presença de febre, síndrome álgica, recusa da mamada, exantemas, descamação, hiperpigmentação cutânea e edema de extremidades. 
As formas graves são frequentes nesta faixa etária, como o surgimento de complicações neurológicas, hemorrágicas e acometimento miocárdico (miocardiopatia hipertrófica, disfunção ventricular, pericardite). 
Fase subaguda 
 Após os primeiros dez dias, a maioria dos pacientes sentirá uma melhora na saúde geral e na dor articular. Porém, após este período, uma recaída dos sinais pode ocorrer com alguns pacientes reclamando de vários sintomas reumáticos, incluindo poliartrite distal, exacerbação da dor em articulações e ossos previamente feridos e tenossinovite hipertrófica subaguda nos punhos e tornozelos. Isso é muito comum entre dois e três meses após o início da doença. Alguns pacientes também podem desenvolver distúrbios vasculares periféricos, como a síndrome de Raynaud. Além dos sintomas físicos, a maioria dos pacientes reclama de sintomas depressivos, cansaço geral e fraqueza. 
Fase Crônica 
A fase crônica é definida por sintomas que persistem mais de três meses. A frequência de pessoas relatando sintomas persistentes varia substancialmente por estudo e pela quantidade de tempo decorrido entre o seu início e o tratamento. Estudos da África do Sul mostraram que 12%-18% dos pacientes terão sintomas persistentes de 18 meses a 3 anos. Em estudos mais recentes na Índia, a proporção de pacientes com sintomas persistentes dez meses após o início da doença foi de 49%. Dados da Ilha Réunion demonstraram que 80%-93% dos pacientes se queixam de sintomas persistentes três meses após o início da doença; o que diminui para 57% aos 15 meses e 47% aos dois anos. (F. Simone, Departamento de Doenças Infecciosas e Medicina Tropical, Hospital Militar de Laveran, Paris, França, comunicação pessoal). 
O sintoma persistente mais comum é artralgia inflamatória nas mesmas articulações afetadas durante os estágios agudos. Geralmente, não há mudança significante em testes laboratoriais e nas radiografias das áreas afetadas. Porém, alguns indivíduos desenvolvem artropatia/artrite semelhante à artrite reumatoide ou artrite psoriática. Outros sintomas da fase crônica da doença podem incluir cansaço e depressão6. Fatores de risco para a não recuperação são: idade avançada (maiores de 65 anos), problemas de articulação preexistentes e doenças agudas mais graves. 
5. MANIFESTAÇÕES DA DOENÇA
 Embora a maioria das infecções por CHIKV resultem em febre e artralgias, manifestações atípicas podem ocorrer decorrentes dos efeitos diretos do vírus, resposta imunológica e/ou toxicidade dos medicamentos 
Sistema Neurológico - Meningoencefalite, encefalopatia, convulsões, síndrome de Guillain-Barré, síndrome cerebelar, paresia, paralisia, neuropatia. 
Sistema Ocular - Neurite óptica, iridociclite, episclerite, retinite, uveíte. 
Sistema Cardiovascular - Miocardite, pericardite, insuficiência cardíaca, arritmias, instabilidade hemodinâmica. 
Sistema Dermatológico - Hiperpigmentação fotossensível, úlcera aftosa intertriginosa, dermatose vesículo-bolhosa. 
Sistema Renal - Nefrite, insuficiência renal aguda. 
Outros - Discrasias hemorrágicas, pneumonia, insuficiência respiratória, hepatite, pancreatite, SSIHA, hipoadrenalismo. 
 Certas manifestações atípicas são mais comuns em certos grupos. Por exemplo, meningoencefalite e dermatose vesículo-bolhosa são mais observadas em crianças e bebês, respectivamente.
 
Todo paciente que apresentar sinais clínicos e/ou laboratoriais em que há necessidade de internação em terapia intensiva ou risco de morte deve ser considerado como forma grave da doença. 
As formas graves da infecção pelo CHIKV acometem, com maior frequência, pacientes com comorbidades (história de convulsão febril, diabetes, asma, insuficiência cardíaca, alcoolismo, doenças reumatológicas, anemia falciforme, talassemia e hipertensão arterial sistêmica), crianças, pacientes com idade acima de 65 anos e aqueles que estão em uso de alguns fármacos (aspirina, anti-inflamatórios e paracetamol em altas doses). As manifestações atípicas e os cofatores listados anteriormente estão associadas ao maior risco de evolução para óbito.
5.2 GRUPOS DE RISCO
CHIKV pode afetar indivíduos de todas as idades e ambos os sexos. Entretanto, a apresentação clínica é conhecida por variar de acordo com a idade, sendo a muito jovem (neonatal) e a idade avançada os períodos considerados como fator de risco para as doenças mais graves. Além da idade, as comorbidades (doenças subjacentes) também vêm sendo identificadas como fator de risco para pior evolução da doença. 
A maioria das infecções por CHIKV que ocorre durante a gravidez não resulta na transmissão do vírus para o feto. Existem, porém, raros relatos de abortos espontâneos após a infecção maternal por CHIKV. O risco maior de transmissão parece ser quando mulheres são infectadas durante o período de intraparto. Bebês são tipicamente assintomáticos ao nascimento e então desenvolvem febre, dor, erupção cutânea e edema periférico. Aqueles infectados durante o período intraparto podem também desenvolver doenças neurológicas (por exemplo, meningoencefalite, lesões de substância branca, edema cerebral e hemorragia intracraniana), sintomas hemorrágicos e doença do miocárdio. Anormalidades laboratoriais incluíram testes de função hepática aumentados, plaquetas e contagem de linfócitos reduzidos e níveis de protrombina diminuídos. Neonatos que sofrem de doença neurológica geralmente desenvolvem incapacidades em longo prazo. Não há evidência de que o vírus seja transmitido através do leite materno. 
Indivíduos maiores de 65 anos tiveram uma taxa de mortalidade 50 vezes superior quando comparados ao adulto jovem (menores de 45 anos de idade). Apesar de não ser claro por que os adultos mais velhos têm um risco aumentado para doença mais grave, pode ser devido à frequência de comorbidades ou resposta imunológica diminuída. 
6. EXAMES LABORATORIAIS
 
 Três tipos principais de testes de laboratório são utilizados para diagnosticar CHIKV: isolamento do vírus, reação em cadeia da polimerase (RT-PCR) e sorologia. As amostras colhidas durante a primeira semana após o início dos sintomas deve ser testadas por dois métodos: sorológico (IgM e IgG ELISA) e virológico (RT-PCR e isolamento). As amostras são geralmente sangue ou soro, mas nos casos neurológicos com características meningoencefalíticas, líquido cérebro-espinhal também podem ser coletados. Para a detecção do vírus por isolamento e por RT-PCR a partir de tecidos e/ou órgãos a informação é limitada. Na suspeita de casos fatais, a detecção de víruspode ser testada nas amostras disponíveis. A seleção do teste laboratorial adequado baseia-se na origem da amostra (humana ou coleta de mosquitos) e na data de início dos sintomas, no caso de seres humanos. 
6.1 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
O diagnóstico diferencial de chikungunya é feito com outras doenças febris agudas associadas à artralgia. O clínico deve estar atento para causas potencialmente fatais e que exijam conduta medicamentosa específica imediata, como artrite séptica. Na epidemiologia atual, o principal diagnóstico diferencial, durante a fase aguda, é a dengue.
· Malária: história de exposição em áreas de transmissão, periodicidade da febre, paroxismos, insuficiência renal, icterícia, alteração do nível de consciência, hepato ou esplenomegalia.
· Leptospirose: mialgia intensa em panturrilhas, sufusão ocular, icterícia rubínica, oligúria, hemorragia subconjuntival, considerar história de exposição a águas contaminadas. 
· Febre reumática: poliartrite migratória de grandes articulações, história de infecção de garganta. Considerar os critérios de Jones para a febre reumática e evidência de infecção prévia pelo Streptococos (cultura positiva de orofaringe, positividade em testes rápidos para detecção de antígenos estreptocócicos ou títulos elevados de anticorpos antiestreptocócicos). 
· Artrite séptica: leucocitose, derrame articular, acometimento de grandes articulações e história de trauma. 
· Zika: febre baixa, rash cutâneo frequentemente pruriginoso, cefaleia, artralgia em extremidades distais, mialgia e conjuntivite não purulenta. Entretanto, na chikungunya são observadas temperaturas mais elevadas e artralgia mais intensa com acometimento também da coluna axial. 
· Mayaro: o vírus Mayaro também pertence ao gênero Alphavirus da família Togaviridae , assim como o chikungunya. As manifestações clínicas das duas enfermidades são muito parecidas, mas aquelas produzidas pelo CHIKV costumam ser bem mais intensas. Quadros clínicos arrastados, com meses de duração, também podem ser causados pelo Mayaro.
Tabela 1- Diagnostico diferencial dengue, zika e chikungunya
FONTE: MINISTÉRIO DA SAÚDE Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis
7. TRATAMENTO 
 Não há tratamento antiviral específico para CHIKV. Tratamento sintomático é recomendado após a exclusão de condições mais graves tais como malária, dengue e infecções bacterianas. 
Doença aguda 
 O tratamento é sintomático ou de suporte, consistindo de repouso e uso de acetaminofeno ou paracetamol para aliviar a febre, e ibuprofeno, naproxeno ou outro anti-inflamatório não hormonal para aliviar o componente artrítico da doença. Uso de aspirina não é recomendado devido ao risco de hemorragia em um baixo número de pacientes e risco de desenvolvimento de síndrome de Reye em crianças menores de 12 anos de idade. Em pacientes com dor articular severa que não cede com anti-inflamatórios não hormonais, o uso de narcóticos (morfina) ou corticosteroides de curto prazo podem ser indicados após avaliar o risco-benefício desses tratamentos. Pacientes devem ser orientados a ingerir líquidos em abundância a fim de recuperar fluido perdido por sudorese, vômitos e outras perdas imensuráveis. 
Doença subaguda e crônica
 Se por um lado a recuperação da febre do Chikungunya é o resultado esperado, a convalescência pode ser prolongada (algumas vezes até um ano ou mais) e dor articular persistente pode exigir gerenciamento, incluindo terapia anti-inflamatória prolongada. Em pacientes com sintomas articulares refratários, terapias alternativas tais como metotrexate podem ser avaliadas. Além de farmacoterapia, casos de artralgia prolongada e rigidez articular podem se beneficiar de um programa de fisioterapia graduada. Movimentação e exercício leve tendem a melhorar a rigidez articular matinal e dor, mas exercício intenso pode exacerbar os sintomas. 
7.1 QUEM DEVE PROCURAR ASSISTÊNCIA HOSPITALAR? 
- Qualquer pessoa com sinais neurológicos ou sintomas incluindo irritabilidade, sonolência, cefaleia severa ou fotofobia. 
- Qualquer pessoa com dor torácica, falta de ar ou vômitos persistentes. 
- Qualquer pessoa com febre persistindo por mais de cinco dias (indicativo de outra doença como a dengue). 
- Qualquer pessoa que desenvolva qualquer um dos seguintes sintomas, especialmente uma vez encerrada a febre: 
- Dor severa intratável 
- Tontura, fraqueza extrema ou irritabilidade 
- Extremidades frias, cianose 
 - Fluxo urinário diminuído 
- Qualquer sangramento sob a pele ou através de algum orifício 
- Mulheres grávidas no último trimestre, recém-nascidos e pessoas com comorbidades, pois essas pessoas ou seus recém-nascidos possuem maior risco de doença severa. 
Triagem no primeiro ponto de contato (Atenção primária ou ambulatório/ unidade de urgência) 
- Afastar a possibilidade de outras doenças por histórico, exame físico e investigação laboratorial incluindo, mas não limitado, o hemograma, os testes de função hepática e os eletrólitos. Deve-se avaliar com cuidado a presença de sinais de alerta para dengue grave ou malária. Se presente, referir o paciente imediatamente à assistência hospitalar. 
- Avaliar estado de hidratação e fornecer reidratação adequada, conforme necessário. 
- Avaliar estado hemodinâmico e estabilizar o paciente. Referir imediatamente pacientes com repercussão capilar defasada, pulso fino, hipotensão, oligúria, sensório alterado ou manifestações hemorrágicas. 
- Tratar sintomaticamente (paracetamol/acetaminofeno). 
- Para aqueles com dor articular prolongada (três dias após tratamento sintomático) considerar gerenciamento mais agressivo da dor, com agentes tais como morfina e corticosteroides de curto prazo. 
- Considerar referência para pacientes de maior risco a uma evolução insatisfatória (pessoas acima de 60 anos, aqueles com doença crônica, gestantes e crianças). 
- Coletar amostra de sangue para teste sorológico para CHIKV e outras doenças no diagnóstico diferencial (por exemplo, vírus da dengue). 
Triagem no nível secundário (hospital local ou regional) 
- Tratar sintomaticamente (de acordo com os tratamentos acima mencionados). 
- Considerar punção lombar em caso de suspeita de meningite. 
- Investigar o paciente para insuficiência renal, sinais e sintomas neurológicos, insuficiência hepática, doença cardíaca, trombocitopenia e malária. 
- Avaliar o estado hemodinâmico e de hidratação e fornecer suporte de cuidados adequados e reidratação, conforme necessário. 
- Coletar amostra de sangue para teste sorológico para CHIKV e outras doenças no diagnóstico diferencial (por exemplo, vírus da dengue). 
- Preparação e Resposta à Introdução do Vírus Chikungunya no Brasil 
- Revisar histórico clínico e avaliar se o paciente tem sinais de alerta para dengue grave. Se presentes, administrar suporte de cuidados em uma unidade que possa monitorar sinais vitais de acordo com o protocolo de manejo de pacientes com suspeita de dengue do MS. 
- Encaminhar para uma unidade assistencial avançada os seguintes caos: gravidez, oligúria/anúria, hipotensão refratária, sangramento clínico significativo, sensório alterado, meningoencefalite, febre persistente de mais de uma semana de duração e sinais de descompensação de doenças de base. 
Triagem no nível terciário (centros avançados ou centros com especialistas em doenças infecciosas) 
- Garantir que todos os procedimentos acima tenham sido seguidos e que uma equipe médica extensa esteja disponível para acompanhar o manuseio de pacientes com doença grave ou atípica. 
- Coletar amostra de sangue para sorologia e/ou reação em cadeia de polimerase via transcriptase reversa (RT-PCR). 
- Considerar a possibilidade de outras doenças reumáticas (artrite reumatoide, gota, febre reumática) ou infecciosas (meningoencefalite viral ou bacteriana). 
- Tratar complicações graves (desordem hemorrágica comcomponentes do sangue, insuficiência renal com diálise). 
- Avaliar incapacidades e recomendar procedimentos de reabilitação. 
8.MANEJO CLÍNICO
O manejo do paciente com suspeita de chikungunya é diferenciado de acordo com a fase da doença. Sistemas de acolhimento com classificação de risco devem ser implantados nos diferentes níveis de atenção para facilitar o fluxo adequado dos pacientes. A triagem deve estar atenta para a identificação da presença dos sinais de gravidade, dos critérios de internação e dos grupos de risco. 
Também deve estar atenta ao diagnóstico diferencial de dengue, malária e de outras doenças, além da presença de sinais de gravidade dessas doenças que podem exigir uso de protocolos específicos e encaminhamento às unidades de referência.
Figura 4 - Classificação de risco do paciente com suspeita de chikungunya
Fonte: SVS/MS
9. VIGILÂNCIA 
Fase de preparação 
Reforçar centros sentinelas de vigilância febril existentes com a habilidade de detectar casos de CHIKV. Uma porcentagem de pacientes que se apresentam com febre e artralgia de etiologia desconhecida (por exemplo, com teste negativo para malária ou dengue), deve ser testada para CHIKV nos laboratórios de referência nacional (verSeção 4 para mais detalhes em relação ao laboratório de vigilância diagnóstica proposto). 
 Fase de resposta 
Introdução 
Uma vez que um caso autóctone de CHIKV for detectado, uma profunda investigação epidemiológica deve ser conduzida a fim de: 
-Acompanhar a propagação do vírus; 
- Monitorar possível introdução em áreas circunjacentes; 
- Descrever características epidemiológicas e clínicas-chave; 
- Avaliar severidade clínica e impacto na sociedade (dias de trabalho perdidos, fechamento de escolas etc.); 
- Identificar fatores de risco para infecção ou doença severa; 
- Identificar linhagens circulantes de CHIKV. 
Essas ações são a base para o desenvolvimento de medidas de controle efetivas. 
Vigilâncias ativa, passiva e laboratorial devem ser usadas para calcular e monitorar indicadores tais como: incidência, taxa de propagação, taxa de hospitalização (por infecção), proporção de casos severos, taxa de mortalidade e taxa de incapacitação.
9.1 NOTIFICAÇÃO DE CASOS 
o Brasil, a febre do Chikungunya é uma doença de notificação imediata de acordo com o anexo II, da Portaria MS/GM no 2.472, de 31 de agosto de 2010. A ocorrência de casos suspeitos pode indicar um possível surto, portanto as autoridades de saúde pública mais próximas devem ser imediatamente notificadas, de acordo com as recomendações do Regulamento Sanitário Internacional. (Figura 2) 
 Figura 5-Fluxograma de notificação de Chikungunya
10. CORONAVÍRUS
O coronavírus causam infecções respiratórias e intestinais em humanos e animais. A maioria das infecções por coronavírus em humanos são causadas por espécies de baixa patogenicidade, levando ao desenvolvimento de sintomas do resfriado comum, no entanto, podem eventualmente levar a infecções graves “especialmente” em grupos de risco. Segundo a Organização Mundial de Saúde(OMS), a maioria dos indivíduos com covid-19 podem ser assintomáticos 80% ,e 20% dos casos podem requerer atendimento hospitalar por apresentarem dificuldade respiratória e desses casos 5% podem necessitar de suporte para tratamento de insuficiência respiratória.
11.TRANSMISSÃO
As investigações sobre as formas de transmissão do coronavírus ainda estão em andamento, mas a disseminação de pessoa para pessoa, ou seja, a contaminação por gotículas respiratórias ou contato, está ocorrendo. Qualquer pessoa que tenha contato próximo (cerca de 1m) com alguém com sintomas respiratórios está em risco de ser exposta à infecção. É importante observar que a disseminação de pessoa para pessoa pode ocorrer de forma continuada. Alguns vírus são altamente contagiosos (como sarampo), enquanto outros são menos. Ainda não está claro com que facilidade o coronavírus se espalha de pessoa para pessoa (SECOM).
Período de Incubação
O período médio de incubação por coronavírus é de 05 dias, com intervalos que chegam a 12 dias, período em que os primeiros sintomas levam para aparecer desde a infecção (SECOM).
Transmissibilidade 
A transmissibilidade dos pacientes infectados por SARSCoV é em média de 07 dias após o início dos sintomas. No entanto, dados preliminares do coronavírus (SARS-CoV-2) sugerem que a transmissão possa ocorrer mesmo sem o aparecimento de sinais e sintomas. Até o momento, não há informações suficientes de quantos dias anteriores ao início dos sinais e sintomas uma pessoa infectada passa a transmitir o vírus (SECOM).
12.MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
O espectro clínico da infecção por SARS-CoV-2 é muito amplo. No entanto, os principais sinais e sintomas relatados são:
• Febre (≥37,8ºC) 
• Tosse 
• Fadiga 
• Dispneia 
• Mal-estar e mialgia 
• Sintomas respiratórios do trato superior 
• Sintomas gastrointestinais (mais raros). 
Importante ressaltar que o perfil clínico não está estabelecido completamente, necessitando de mais investigações e tempo para caracterização da doença. 
13. GRUPOS DE RISCO
· Grávidas em qualquer idade gestacional, puérperas até duas semanas após o parto (incluindo as que tiveram aborto ou perda fetal). 
· Adultos ≥ 60 anos. 3. 
· Crianças < 5 anos (sendo que o maior risco de hospitalização é em menores de 2 anos, especialmente as menores de 6 meses com maior taxa de mortalidade). 
· População indígena aldeada ou com dificuldade de acesso. 
· Indivíduos menores de 19 anos de idade em uso prolongado de ácido acetilsalicílico (risco de síndrome de Reye). 
· Indivíduos que apresentem: pneumopatias (incluindo asma). 
· Pacientes com tuberculose de todas as formas (há evidências de maior complicação e possibilidade de reativação). 
· Cardiovasculopatias (incluindo hipertensão arterial sistêmica – à luz dos atuais conhecimentos existentes sobre Covid-19). 10 Ministério da Saúde 
· Nefropatias. 
· Hepatopatias. 
· Doenças hematológicas (incluindo anemia falciforme). 
· Distúrbios metabólicos (incluindo diabetes mellitus). 
· Transtornos neurológicos e do desenvolvimento que podem comprometer a função respiratória ou aumentar o risco de aspiração (disfunção cognitiva, lesão medular, epilepsia, paralisia cerebral, síndrome de Down, acidente vascular encefálico – AVE ou doenças neuromusculares). 
· Imunossupressão associada a medicamentos (corticoide, quimioterápicos, inibidores de TNF-alfa), neoplasias, HIV/aids ou outros. 
· Obesidade (especialmente aqueles com índice de massa corporal (IMC) ≥ 40 em adultos). 
14.DIAGNÓSTICO
O quadro clínico inicial da doença é caracterizado como síndrome gripal, no entanto, casos iniciais leves, subfebris podem evoluir para elevação progressiva da temperatura e a febre ser persistente além de 3-4 dias, ao contrário do descenso observado nos casos de influenza. O diagnóstico depende da investigação clínico- -epidemiológica e do exame físico. Embora a maioria das pessoas com Covid-19 tenha doença leve ou não complicada, algumas desenvolverão doença grave que requer oxigenoterapia (14%), e aproximadamente 5% necessitarão de tratamento em uma unidade de terapia intensiva (UTI). Dos doentes críticos, a maioria necessitará de ventilação mecânica. A pneumonia grave é o diagnóstico mais comum em pacientes que apresentam quadro grave de Covid-19.
Casos suspeitos
· SÍNDROME GRIPAL (SG): indivíduo com quadro respiratório agudo, caracterizado por sensação febril ou febre, mesmo que relatada, acompanhada de tosse ou dor de garganta ou coriza ou dificuldade respiratória. 
· EM CRIANÇAS: considera-se também obstrução nasal, na ausência de outro diagnóstico específico. 
· EM IDOSOS: a febre pode estar ausente. Deve-se considerar também critérios específicos de agravamento como sincope, confusão mental, sonolência excessiva, irritabilidade e inapetência.
 Síndrome respiratória aguda grave (SRAG)
Síndrome Gripal que apresente: dispneia/desconforto respiratório ou Pressão persistente no tórax ou saturação deO2 menor que 95% em ar ambiente ou coloração azulada dos lábios ou rosto. 
· EM CRIANÇAS: além dos itens anteriores, observar os batimentos de asa de nariz, cianose, tiragem intercostal, desidratação e inapetência. 
Diagnóstico laboratorial
O diagnóstico laboratorial para identificação direta do vírus SARS-CoV-2 é realizado por meio das técnicas de RT-PCR em tempo real e sequenciamento parcial ou total do genoma viral. Outras informações importantes como: indicação e técnica de coleta, acondicionamento e envio das amostras podem ser consultados no tópico de Vigilância Laboratorial do Boletim Epidemiológico que se encontra disponível no Portal do Ministério da Saúde.
Tabela 2 - Síndromes clínicas associadas à infecção por SARS-CoV-2
 
Fonte: World Health Organization, mar.2020, adaptado.
15. CLASSIFICAÇÃO DOS CASOS
· Leves: Sintomas leves, sem características radiográficas;
· Moderadas: Febre, sintomas respiratórios e características radiográficas;
· Graves: Dispneia (frequência respiratória maior 30 irpm/min), saturação menor 93%;
· Críticos: Insuficiência respiratória, choque séptico, insuficiência múltiplas de órgãos.
Figura 6 - Fluxograma para atendimento de pacientes com sintomas respiratórios.
Fonte:Hospital Alemão Oswaldo Cruz.
16. PREVENÇÃO E PRECAUÇÕES
A única estratégia reconhecida até o momento para prevenir a infecção é evitar a exposição ao vírus e as pessoas devem ser aconselhadas a: 
• Lavar as mãos frequentemente com água e sabão ou com um desinfetante para as mãos à base de álcool 70% e evitar tocar os olhos, o nariz e a boca com as mãos não lavadas;
 • Evitar contato próximo com as pessoas (ou seja, manter uma distância de pelo menos 1 metro, principalmente daqueles que têm febre, tosse ou espirros;
• Praticar etiqueta respiratória (ou seja, cobrir a boca e o nariz com o antebraço ou lenços descartáveis ao tossir ou espirrar, desprezando os lenços imediatamente após o uso em uma lixeira fechada e higienizar as mãos em seguida); 
 • Procurar atendimento médico precocemente se tiver febre, tosse e dificuldade em respirar;
 • Evitar o consumo de produtos animais crus ou mal cozidos e manusear carne crua ou leite com cuidado, de acordo com as boas práticas usuais de segurança alimentar.
17. TRATAMENTO
Em casos suspeitos ou confirmados para SARS-CoV-2 que não necessitem de hospitalização e o serviço de saúde opte pelo isolamento domiciliar, o médico poderá solicitar raio-x de tórax, hemograma e provas bioquímicas antes de serem dispensados para o domicílio, conforme avaliação clínica do paciente. Esses pacientes deverão receber orientações de controle de infecção, prevenção de transmissão para contatos e sinais de alerta para possíveis complicações. Um acesso por meio de comunicação rápida deve ser providenciado para eventuais dúvidas ou comunicados. A presença de qualquer sinal de alerta deverá determinar retorno e hospitalização imediata do paciente. Porém, é necessária avaliação individualizada do caso, considerando também se o paciente apresenta condições ou fatores de risco e se o ambiente residencial é adequado, e se o paciente é capaz de seguir as medidas de precaução recomendadas pela equipe de saúde responsável pelo atendimento. Todos os pacientes que receberem alta durante os primeiros sete dias do início do quadro devem ser alertados para a possibilidade de piora tardia do quadro clínico e sinais de alerta de complicações como: aparecimento de febre (podendo haver casos iniciais afebris), elevação ou recrudescência de febre ou sinais respiratórios, taquicardia, dor pleurítica, fadiga, dispneia. 
Tratamento farmacológico específico
Em 2019 vários estudos estão sendo realizados na busca de alternativas terapêuticas para o tratamento da COVID-19. 
Alguns estudos avaliaram antivirais, corticosteroides, antimaláricos e até anti-hipertensivos (inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA) e bloqueadores do receptor de angiotensina para o tratamento da pneumonia por COVID-19 ou seus efeitos na doença. 
O constante acompanhamento dos resultados dos ensaios em curso e novas publicações são de extrema relevância para compor a literatura científica que poderá embasar, em breve, recomendações sobre o tratamento da COVID-19. 
No dia 23 de março de 2020, o diretor geral da OMS, Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou a realização de um grande estudo clínico para testar medicamentos com atividade antiviral contra SARS-CoV-2. Ademais, outros ensaios clínicos estão sendo alinhados no país, como o estudo Alliance e o estudo clínico de coalizão entre os hospitais de excelência, ambos objetivando avaliar a eficácia de alguns regimes terapêuticos.
Antibioticoterapia
Dentre as modalidades de terapia de suporte empregadas, os antibióticos estão presentes com certa frequência nos regimes terapêuticos testados em pacientes com COVID-19. Alguns exemplos são a azitromicina, 41 vancomicina, ceftriaxona, cefepimalevofloxacino. Deve evitar o uso inadequado de drogas antibacterianas, especialmente a combinação de drogas antibacterianas de amplo espectro. O aprimoramento da vigilância bacteriológica deve ser realizado e prontamente administrados os medicamentos antibacterianos apropriados quando ocorrer infecção bacteriana secundária.De acordo com as manifestações clínicas dos pacientes, se a infecção bacteriana associada não puder ser descartada, pacientes com quadros leves podem receber medicamentos antibacterianos contra pneumonia adquirida na comunidade, como amoxicilina, azitromicina ou fluoroquinolonas.
Tabela 3 - Tratamento farmacológico da COVID 19
Fonte: Associação de Medicina Intensiva Brasileira
18. DADOS EPIDEMIOLÓGICOS
Atualizações 
O processo de atualização de dados e casos confirmados pelo COVID-19 no Brasil é realizado diariamente pelo Ministério da Saúde através de informações oficiais repassadas pelas Secretarias Estaduais de Saúde das 27 Unidades Federativas brasileiras. Os dados fornecidos pelos estados são consolidados e disponibilizados publicamente todos os dias, em torno das 19h. 
Limitações 
O processo de atualização das informações nos municípios, estados e na esfera federal é dinâmica e complexa. Os dados informados diariamente estão sujeitos a alterações. Desenvolver uma pluralidade de cada município brasileiro que respeita o porte populacional, a infraestrutura e a organização dos serviços de saúde, além de todos os desafios que causam uma pandemia do COVID-19 impõe, é possível que haja alterações no número de casos ou casos em que ocorrem de erros ou atrasos no repasse das informações. No nível municipal, o dado do dia atual pode ser menor do que o dia anterior: isso acontece porque o município de notificação não é registrado ou o mesmo local de residência do caso ou óbito notificado. Assim, ao concluir o processo de investigação de cada ocorrência registrada, como as Secretarias Municipais e Estaduais de Saúde têm capacidade para corrigir as informações e repassá-las ao Ministério da Saúde. Os casos e óbitos são exibidos por dados de notificação.
O Ministério da Saúde vem trabalhando em conjunto com as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde para divulgação desses indicadores.
19.CONCEITOS BÁSICOS
Casos novos
Número de casos novos confirmados pelo COVID-19 que foram registrados pelas Secretarias Municipais e Estaduais de Saúde em relação ao dia anterior.
Reflita o número de casos diagnosticados e registrados pelas secretarias de saúde, não significando dados de início dos sintomas. Para análise de casos de dados de início de sintomas, deve usar os dados do sistema e-SUS VE e Sistema de Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe), para os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) Hospitalizados, além dos dados Acesso aos sistemas de informação da Síndrome Gripal implantados em alguns estados.
Gráfico 1 - Casos novos da COVID-19
Fonte: Secretarias Estaduais de Saúde. Brasil, 2020
Casos acumulados
Número total de casos confirmados pelo COVID-19 que foram registrados pelas Secretarias Municipais e Estaduaisde Saúde no período considerado (MINISTÉRIO DA SAÚDE. SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE). 
Gráfico 2 - Casos acumulados da COVID 19
Fonte: Secretarias Estaduais de Saúde. Brasil, 2020
 Óbitos novos 
Número de óbitos novos confirmados pelo COVID-19 que foram registrados pelas Secretarias Municipais e Estaduais de Saúde em relação ao dia anterior.
Reflita o número de óbitos relatados pelas secretárias de saúde em dados que tiveram uma confirmação laboratorial ou clínica epidemiológica. Não reflete dados de ocorrência do óbito. Para análise de óbitos por dados de ocorrência, use os dados registrados no Sistema de Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe), onde devem ser notificados todos os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Hospitalizados ou óbitos por SRAG, independente de hospitalização. Também devem ser observados os registros de óbitos no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). 
Óbitos acumulados
Número total de óbitos confirmados pelo COVID-19 que foram registrados pelas Secretarias Municipais e Estaduais de Saúde no período considerado.
Gráfico 3 - Óbitos acumulados da COVID 19
Fonte: Secretarias Estaduais de Saúde. Brasil, 2020
20.RECOMENDAÇÕES DO USO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL NO COMBATE COVID-19
Garantir o acesso aos EPIs recomendados a todos os trabalhadores e em quantidade e qualidade é responsabilidade do empregador, seja ele público ou privado, em regime da CLT ou estatutário. Como também é obrigação do empregador o treinamento adequado dos trabalhadores, a supervisão do uso adequado e a manutenção e reposição necessários segundo o fabricante. É importante notar que esses EPIs precisam estar disponíveis em tamanho adequado aos usuários. 
Ressalta-se a necessidade do uso racional de EPI nos serviços de saúde, pois trata-se de um recurso finito e imprescindível para oferecer segurança aos profissionais durante a assistência. 
Os tipos de equipamentos necessários para a prevenção do COVID-19 nos serviços de saúde são baseados nas tarefas executadas, mas de maneira geral, todos os EPIs devem: ser selecionados com base no risco biológico a que os trabalhadores estão expostos; estarem regularizados junto aos órgãos certificadores e à Anvisa; ser usados adequadamente; ser higienizados e/ ou descartados periodicamente, conforme recomendações técnicas e serem inspecionados, reparados e substituídos de acordo com instruções do fabricante. É importante lembrar que em nenhuma hipótese os EPI de uso exclusivo no serviço de saúde devem ser levados para casa. 
Em geral, os EPIs que devem ser disponibilizados pelos serviços e utilizados pelos profissionais de saúde responsáveis pelo atendimento de casos suspeitos ou confirmados de COVID-19 são: 1) gorro; 2) óculos de proteção ou protetor facial; 3) máscara); 4) avental impermeável de mangas compridas; 5) luvas de procedimento. Com relação ao tipo de máscara, para procedimentos geradores de gotículas utilizar a máscara cirúrgica e utilizar as de proteção respiratória (respirador particulado) com eficácia mínima na filtração de 95% de partículas de até 0,3μ (tipo N95, N99, N100, PFF2 ou PFF3) sempre que realizar procedimentos geradores de aerossóis como por exemplo, intubação ou aspiração traqueal, ventilação não invasiva, ressuscitação cardiopulmonar, ventilação manual antes da intubação, indução de escarro, coletas de amostras nasotraqueais e broncoscopias (Figura 7). 
Figura 7- Cuidados de higiene e equipamentos de proteção individual (EPIs) que devem ser fornecidos e utilizados pelos trabalhadores dos serviços de saúde.
Para os profissionais de limpeza, são obrigatórios os seguintes EPIs: luvas de borracha de material resistente, cano longo ou curto para proteção das mãos e proteção parcial de antebraços e as mãos; máscara cirúrgica (exceto em ambientes onde estejam desempenhando atividades com possibilidade de geração de aerossóis). Neste caso, utilizar máscara N95, N99, N100, PFF2 ou PFF3; óculos de proteção; botas de material impermeável, com cano alto e de solado antiderrapante; avental impermeável; gorro (Figura 8). 
Figura 8 - Equipamentos de proteção individual (EPIs) que devem ser fornecidos e utilizados pelos trabalhadores de limpeza e desinfecção dos serviços de saúde.
21.Considerações finais
Esse trabalho possibilitou conhecer de forma mais aprofundada a etiologia das citadas doenças acima, sobre a abordagem clínica diante elas, as manifestações, as medidas de prevenção.
Sabemos que a saúde da população brasileira avançou muito nos últimos anos, no entanto, a classe baixa sofre muito em busca de um atendimento de qualidade. Os problemas estruturais da sociedade aumentam os riscos de muitas doenças.
Nos últimos anos estamos enfrentamos o aumento de casos de Chikungunya e Covid-19, a Chikungunya causada pelo Aedes aegpyti, o mosquito que se prolifera por meio de água parada, tivemos outras doenças que também são caudas pelo mesmo mosquito, e apresentam sintomas bem parecidos com Chikungunya, confundindo ambas.
O primeiro alerta do governo chinês sobre o surgimento de um novo coronavírus foi dado em 31 de dezembro de 2019. Na ocasião, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recebeu um comunicado sobre uma série de casos de pneumonia de origem desconhecida em Wuhan, cidade chinesa com 11 milhões de habitantes. Desde então, esse novo coronavírus, que recebeu o nome técnico Covid-19, matou milhares de pessoas na China e se espalhou por cinco continentes. O Ministério da Saúde confirmou em 26 de fevereiro o primeiro caso de coronavírus no Brasil e até então foram confirmados 775.184, 380.300 casos recuperados e 39.797 mortes.
O vírus da Chikungunya chegou ao Brasil após a copa do mundo, e os brasileiros sofrem até o dia de hoje com os sintomas dessa doença, sofrem com a falta de atendimento médico e tratamento. Tudo isso motivado pela falta de prevenção, acúmulo de lixo, limpeza de telhado e caixa d’agua, em como piscinas. 
De acordo com a pesquisa feita para a realização deste trabalho foi possível observar que a melhor forma de prevenção Chikungunya e outras doenças causadas pelo Aedes aegpyti é o não deixar água parada, manter quintais, caixas d’agua e piscinas limpos, pois sem água parada não existe possibilidade do mosquito se multiplicar. Para a prevenção de COVID-19, as medidas recomendadas são lavagem das mãos com água e sabão e a utilização de álcool 70%,não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, toalhas, pratos e copos, evite aglomeração e mantenha os ambientes ventilados.
22.Referências Bibliográficas
BRASIL. Ministério da Saúde Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde. Diretrizes para Diagnóstico e Tratamento da COVID-19. Brasília-DF 2020.Acesso em 07/06/2020.
CAPELO PATRICIA. Medidas de Prevenção e Controle COVID-19. Secretaria de Estado da Saúde do Paraná Diretoria de Atenção e Vigilância em Saúde Coordenadoria de Vigilância Sanitária, 2020.Acesso em 07/06/2020.
COFEN. Recomendações Gerais para Organização dos Serviços e Preparo das Equipes de Enfermagem, 2020.Acesso em 07/06/2020.
BRASIL. Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Chikungunya:Manejo Clínico. Brasília- DF 2017.Acesso em 08/06/2020.
BRASIL.Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim Epidemiológico. Brasília-DF 2020.Acesso em 08/06/2020

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