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Infecções odontogênicas

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Cirurgia 
 
 
 
 
As infecções odontogênicas 
podem ser de baixa 
intensidade e bem localizadas 
ou podem evoluir para 
condições graves que, se 
forem disseminadas, 
oferecem risco a vida dos 
pacientes. Sua origem pode 
estar no periápice (como 
consequência de pulpites) ou 
no periodonto (por doenças 
gengivais). 
Estas infecções são causadas por microorganismos 
aeróbios e anaeróbios e podem ser divididas em: 
celulite e abscesso. 
 
LOCALIZAÇÃO DAS INFECÇÕES 
1) INTRABUCAL 
A localização vestibular é mais frequente, tanto na 
maxila como na mandíbula. 
Quando ocorre, a localização palatina é 
submucosa/sem delimitação muscular e, normalmente, 
está associada ao ápice do incisivo lateral ou da 
raiz palatina de primeiro molar ou pré-molares. 
 
Uma vez que a infecção tenha gerado perfuração 
do osso, a sua localização exata no tecido mole será 
determinada pela posição da perfuração às 
inserções musculares. 
 
2) EXTRABUCAL 
Quando a infecção é disseminada para espaços 
extrabucais, ela poderá envolver os espaços fasciais 
primários ou secundários. 
 
Embora a grande maioria destas infecções 
odontogênicas seja facilmente tratada 
com procedimentos cirúrgicos menores e 
antibioticoterapia, o profissional deve 
ter em mente que essas infecções podem se tornar 
graves e trazer risco de morte 
em um curto período de tempo - se não tratadas ou 
tratadas indevidamente. 
3) ANGINA DE LUDWIG 
É uma celulite infecciosa de rápida evolução. Envolve 
os três espaços fasciais primários da mandíbula 
(submandibular, sublingual e submentual) 
bilateralmente. 
Clinicamente, observa-se um rápido aumento de 
volume, com deslocamento da língua e do assoalho 
de boca, podendo causar dispneia (dificuldade 
respiratória). Ainda, pode-se observar sialorreia 
(excesso de saliva), trismo, linfadenopatia, hipertermia 
e desidratação, disfonia (dificuldade de fala) e 
apneia (paradas na respiração). 
A drenagem cirúrgica é imperativa e tem por 
finalidade parar a evolução do processo. É realizada 
pelo cirurgião bucomaxilofacial sob anestesia geral. 
A evolução deste quadro pode trazer complicações 
graves como mediastinite, sepse e obstrução 
respiratória, que podem levar o paciente à morte. 
CRITÉRIOS PARA ENCAMINHAMENTO A UM CIRURGIÃO 
BUCOMAXILOFACIAL / AMBIENTE HOSPITALAR 
➢ Dificuldade de respiração. 
➢ Dificuldade de deglutição. 
➢ Desidratação. 
➢ Trismo de moderado a grave (abertura de 
boca menor que 20 mm). 
➢ Tumefação se estendendo além dos processos 
alveolares. 
➢ Temperatura corporal elevada. 
➢ Necessidade de tratamento sob anestesia 
geral. 
➢ Falha no tratamento inicial. 
Tratamento 
 
 
 
↪ Drenagem intrabucal. 
1. Anestesia local. 
2. Incisão: uma lâmina de bisturi é introduzida sob 
leve pressão e com pouca profundidade na região 
de maior flutuação da mucosa bucal. 
3. Divulsão: realizamos a separação e a divisão dos 
tecidos com o uso de uma tesoura de ponta romba 
ou pinça mosquito. A mesma entra fechada na área 
provocada pela incisão e, quando estiver no centro 
da infecção, deve ser aberta, permitindo que os 
tecidos sejam separados e, assim, a secreção poderá 
ser liberada mais facilmente. 
4) Colocação de dreno: que deverá estar estéril. 
O mesmo deverá ser apreendido e conduzido com 
uma pinça mosquito no sentido convergente dos 
cortes até a profundidade permitida. Depois de 
inserido dentro da cavidade criada, o mesmo deverá 
ser levemente girado para permitir a retenção do 
dreno. 
5) Sutura: o dreno deve ser fixado à mucosa 
adjacente com pontos de sutura. 
↪ Drenagem extrabucal 
1) Anestesia local ou geral: dependendo da 
gravidade do processo infeccioso. 
2) Incisão: pode ser feita com lâmina 11 ou 15. Se 
possível, realizar paralelamente às linhas de tensão 
da face (Linhas de Langer), isto facilitará o processo 
cicatricial, pois seguiremos a orientação natural das 
fibras de colágeno da derme. 
3) Divulsão: deverá se aprofundar e dirigir-se em 
vários sentidos até atingir a cavidade resultante da 
presença do acúmulo de pus. 
4) Colocação do dreno: deve ser colocado na 
maior profundidade possível. 
Após terminada a colocação do dreno, o mesmo 
deverá ser suturado à pele com uso de fio mononylon 
4-0 ou 5-0 e protegido por curativo com gaze, que 
deverão ser trocados uma a duas vezes por dia ou 
conforme necessidade (de acordo com o volume de 
drenagem). 
5) Remoção do dreno: diferente dos casos de 
drenagem intrabucal que tem seus drenos removidos 
por inteiro, nestes casos de acesso extrabucal a 
remoção deverá ser gradual (alguns milímetros por 
dia). 
Sempre lembrar que o tratamento definitivo para 
infecções de origem odontogênicas é o tratamento 
da causa. Ou seja, após controle da fase aguda, 
tratamento endodôntico, tratamento periodontal ou 
exodontia devem ser realizados.

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