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APS- processo penal

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APS - OPÇÃO DE ATIVIDADE: No caso desta disciplina será prevista como tal atividade a leitura e discussão interpretativa de precedentes jurisprudenciais sobre a matéria do Direito Processual Penal, especificamente sobre os princípios que norteiam o processo penal, que serão devidamente indicados pelo professor em sala de aula. A familiarização com o julgado será realizada em horário não presencial pelos alunos, seguido da elaboração pelo aluno de texto descritivo que será postado no ambiente virtual (Blackboard).
Princípios do processo penal:
1. Princípio da Dignidade da Pessoa Humana (Art. 1º, III, da CF/88):
A dignidade constitui um valor universal, está acima de qualquer diversidade sócia cultural, não importando as diferenças físicas, psicológicas, intelectuais ou mesmo econômica para que um indivíduo seja detentor de igual dignidade. E o respeito à dignidade constitui um princípio fundamental.
Discorre Guilherme Nucci: “Dignidade da pessoa humana: A referência à dignidade da pessoa humana, feita no art. 1º, III, da Constituição Federal, parece conglobar em si todos aqueles direitos fundamentais, quer sejam os individuais clássicos, quer sejam os de fundo econômico e social. É um princípio de valor pré-constituinte e de hierarquia supraconstitucional.”
NUCCI, Guilherme de Souza - Curso de direito processual penal - 17º Edição - Rio de janeiro: Forense, 2020.
2. Devido processo legal ( art. 5º, LIV, CF):
A finalidade do dispositivo constitucional é de estabelecer que o descumprimento das formalidades legais podem levar a nulidade da ação penal, cabendo aos tribunais, definir quando esse “error in procedendo” constitui nulidade absoluta ou relativa.
Dispõe Guilherme Nucci: “O princípio concentra-se no devido processo penal, cuja raiz remonta o princípio da Constituição Federal. Eis que o princípio do devido processo penal legal coroa os princípios processuais, chamando a si todos os elementos estruturais do processo penal”. 
NUCCI, Guilherme de Souza - Curso de Direito Processual Penal, Edição: 17ª edição, Rio de Janeiro: Forense, 2020.
3. Ampla defesa (art. 5º, LV,CF):
Ampla defesa de acordo com Guilherme Nucci: “A ampla defesa garante que elas tenham os meios necessários para se manifestar, produzir provas e ser ouvidas no julgamento. Seu objetivo final de buscar pela verdade, ou seja, fornecer as condições para que ambas as partes possam ter um diálogo equitativo ao longo do processo e, a partir disso, ao proferir a sentença, o juiz decida a causa da forma mais justa”.
NUCCI, Guilherme de Souza - Curso de Direito Processual Penal, Edição: 17ª edição, Rio de Janeiro: Forense, 2020.
4. Principio do contraditório:
Ele vem do latim audiatur et altera pars que significa “que a outra parte também seja ouvida”. E é justamente isso que esse princípio visa a garantir: que as duas partes de um processo sejam ouvidas e tenham as mesmas oportunidades e instrumentos para fazer valer seus direitos e pretensões.
Argui Victor Eduardo Rios Gonçalves: “Em decorrência do principio do contraditório as partes devem ser ouvidas e ter oportunidades de manifestação em igualdade de condições.”
Gonçalves, Victor, obra: Direito Processual Penal, pagina 90, edição 2020. 
5. Da Presunção de inocência ou da não culpabilidade (art. 5°, LVII da CF);
De acordo com ele, qualquer pessoa só pode ser considerada culpada por cometer um crime após o seu julgamento definitivo, respeitando o devido processo legal. A presunção de inocência é uma garantia constitucional fundamental do Estado Democrático de Direito e é extremamente importante para preservar a dignidade do cidadão.
Ana Maria Scartezzini sustenta: “Que a razoabilidade tem um conteúdo mínimo, que abrange o tempo mínimo de apreciação por parte do magistrado, para se inteirar dos interesses do autor e réu e definir quem tem razão; de outro lado, contém a expectativa do detentor do direito em ver solvida a lide, com a análise de sua pretensão deduzida em juízo”.
6. E.	Inadmissibilidade de provas ilícitas (5°, LVI, CF);
As provas obtidas por meios ilícitos são inadmissíveis no processo penal, conforme art. 5º LVI da CF88[10], desta forma, nenhum dispositivo infraconstitucional pode deixar de estar em consonância com esta norma. Porém, quanto ao estado das pessoas preceitua o artigo 155 do CPP que serão observadas as normas da lei civil, sendo pacificamente recepcionado pelas regras constitucionais.
A inadmissibilidade de provas de origem ilícita fere os princípios e garantias fundamentais previstos constitucionalmente desde 1988, e é um afronto à Magna Carta qualquer decisão favorável a este ilícito.
Vicente Grego Filho: “O texto constitucional não pode ser interpretado de forma rigorosa, pois sempre haverá situações, cujo valor e importância do bem jurídico envolvido, a ser alcançado com a obtenção irregular da prova, levarão os Tribunais a aceitá-la”. (apud MENDES, 1999, pp. 172-174)
7. Principio da Publicidade (art. 5°, LX, CF)
A publicidade pode ser plena (geral ou publicidade popular) quando qualquer pessoa tem acesso aos atos ou termos do processo; ou restrita (especial ou publicidade para as partes) quando apenas um número reduzido de pessoas pode ter acesso aos atos e termos do processo. Em processo penal a regra é a publicidade plena, mas existem as exceções.
A publicidade surge como uma garantia individual determinando que os processos civis e penais sejam, em regra, públicos, para evitar abusos dos órgãos julgadores, limitar formas opressivas de atuação da justiça criminal e facilitar o controle social sobre o Judiciário e o Ministério Público.
Discorre Alexandre Cebrian: “Em razão deste principio, as audiências devem ser feitas de portas abertas e qualquer pessoa pode assisti-las. As consultas aos autos também é publica, bem como a obtenção de certidões...a lei pode restringir a publicidade dos atos processuais, porém a legislação substabelece esse poder ao Juiz, que, no caso concreto, é quem pode apreciar a necessidade de restrição, salvos nos crimes contra a dignidade sexual”. 
(Cebrian, Alexandre, Obra: Direito Processual Penal, pagina 94,ano 2020). 
8. Direito do Silêncio (5.º, LXIII , CF);
De acordo com esse princípio, o Poder Público não pode constranger o indiciamento ou acusado a cooperar na investigação penal ou a produzir provas contra si próprio. É evidente que o indicado ou réu não estão proibidos de confessar o crime ou apresentar provas que possam incriminá-lo. Eles apenas não podem ser obrigados a fazê-lo e, da recusa, não podem ser extraídas consequências negativas no campo da convicção do juíz. Além disso, não se pode decretar a prisão preventiva com o argumento de que o indiciado não está cooperando com as investigações porque ele não é obrigado a fazê-lo. Ao contrário, a prisão cautelar será possível, se ele estiver, ativamente, atrapalhando a coleta de provas. A Constituição Federal, em seu art. 5º, LXIII, estabelece que o réu tem o direito de permanecer calado. O art. 186, parágrafo único, o silêncio não importará em confissão e não poderá ser interpretado em prejuízo da defesa, devendo o acusado ser alertado desse direito de permanecer calado antes do interrogatório.
9. Duração razoável do processo (5º, LXXVIII, CF);
Esse principio assegura às partes o direito de obter provimento jurisdicional em prazo razoável e de dispor de meios que garantam a celeridade da tramitação do processo. 
Alexandre Cebrian elucida: “Decorre da circunstancia de que o processo é instrumento para aplicação efetiva do direito material, razão pela qual sua existência não pode se eternizar ou ser demasiado longa, sob pena de esvaziamento de sua finalidade.” (Pagina 95, Cebrian, Alexandre, ano de 2020).
10. Busca da verdade real
No processo Penal, a verdade real busca a apuração de fatos, que mais se correlacionam com algum ocorrido. Para a aplicação desse princípio, é necessário que se utilize todos os mecanismos de provas para a compilação idêntica dos fatos.
Segundo Fernando Tourinho: “Para que o juiz possa melhor formarsuas convicções a respeito da matéria do processo, ele deve reproduzir por meio de provas os fatos que mais se aproximam com a realidade, ou seja, ele deve saber quem cometeu a infração, onde cometeu, quem foi a vítima, porque cometeu, de que forma cometeu, podendo assim, quem sabe, descrever minuciosamente o ocorrido, garantindo um julgamento justo para as partes.”
11. Duplo grau de jurisdição
O princípio do duplo grau de jurisdição objetiva garantir ao recorrente o direito de submeter à matéria decidida a uma nova apreciação jurisdicional, seja total ou parcial, desde que atendidos determinados pressupostos específicos, previstos em lei.
Corrobora Aury Lopes Jr:
“Além de garantir a revisão da decisão de primeiro grau, também compreende a proibição de que o tribunal ad quem conheça além daquilo que foi discutido em primeiro grau, ou seja, é um impedimento à supressão de instância.”

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