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● Pergunta 1 ● 1 em 1 pontos ● Acompanhe a seguir a reflexão de Bosi (2017, p. 329) sobre Manuel Bandeira: “Praticando o verso livre e a ironia crepuscular desde os primeiros versos, Bandeira foi naturalmente acolhido pelo grupo da Semana como um irmão mais velho (tinta 36 anos em 1922) e houve quem o chamasse ‘o São João Batista do movimento’· Por sua vez, terá recebido do exemplo de Mário e de Oswald um impulso para romper as amarras da sua formação intimista”. BOSI, A. História concisa da literatura brasileira. 52. ed. São Paulo: Cultrix, 2017. Sobre a participação desse poeta na Semana de Arte Moderna, podemos afirmar que: Respost a Sele ciona da: o poema “Os sapos” foi declamado por Ronald de Carvalho. Respost a Corr eta: o poema “Os sapos” foi declamado por Ronald de Carvalho. Comen tári o da res pos ta: Resposta correta. Muito bem! Você identificou corretamente que Manuel Bandeira, já mais velho que outros modernistas da primeira geração, participou indiretamente da Semana de Arte Moderna ao ter um poema seu, uma contundente crítica aos parnasianos, declamado. ● Pergunta 2 ● 1 em 1 pontos ● Leia o trecho a seguir. “É necessário um pendor para integrar contradições, inevitáveis quando se atenta, ao mesmo tempo, para o significado histórico do conjunto e o caráter singular dos autores. É preciso sentir, por vezes, que um autor e uma obra podem ser e não ser alguma coisa, sendo duas coisas opostas simultaneamente, - porque as obras vivas constituem uma tensão entre os contrastes do espírito e da sensibilidade”. CANDIDO, A. Formação da literatura brasileira: momentos decisivos. 16. ed. São Paulo: Ouro sobre Azul, 2017. p. 32. Ao abordar a segunda geração modernista, Candido (2017) destacou um conceito de rotinização, baseado em seu entendimento de acúmulo literário entre os períodos, autores e obras, no empenho de formação de uma literatura brasileira. Quanto aos modernistas da segunda geração, é correto afirmar que houve uma rotinização, pois ocorreu: Respost a Sele ciona da: o amadurecimento das experimentações da geração anterior. Respost a Corr eta: o amadurecimento das experimentações da geração anterior. Comen tári o da res pos ta: Resposta certa. Parabéns! Você identificou corretamente o acúmulo literário entre períodos e autores na formação da literatura brasileira. Esse acúmulo se expressa no modernismo pela rotinização das experimentações, sobretudo as realizadas com a linguagem, da primeira geração modernista, e que são aproveitadas pela segunda geração com o amadurecimento que se expressou no trato das temáticas. ● Pergunta 3 ● 1 em 1 pontos ● Leia o trecho a seguir. “A ‘nova revolução’ formal tem sido hoje aclarada pela crítica de tendência estruturalista. O estilo das ‘Memórias Sentimentais’ é a prosa que poderia seguir a poesia da ‘Paulicéia Desvairada’ de Mário de Andrade: a ‘immaginazione senza fili’, o telegrafismo das rupturas sintáticas, do simultaneísmo, da sincronia, das ‘ordens do subconsciente’, dos neologismos copiosos”. BOSI, A. História concisa da literatura brasileira. 52. ed. São Paulo: Cultrix, 2017. p. 327. Marcada pelo choque e pela ruptura nas experimentações da linguagem, a primeira geração modernista teve como uma das propostas: Resposta Selecionada: afirmação do verso livre. Resposta Correta: afirmação do verso livre. Comen tári o da res pos ta: Resposta correta. Parabéns! Você identificou corretamente que a primeira geração modernista operou uma revolução formal ao propor experimentações poéticas como o verso livre, a rima livre e os neologismos. ● Pergunta 4 ● 1 em 1 pontos ● Leia a seguir o “Poema tirado de uma notícia de jornal”, de Manuel Bandeira. “João Gostoso era carregador de feira livre e morava no morro [da Babilônia num barracão sem número Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro Bebeu Cantou Dançou Depois se atirou na lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado”. BANDEIRA, M. Libertinagem & estrela da manhã. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2000. [S. p.]. Nesse poema, podemos observar a característica de: Resposta Selecionada: prosaísmo. Resposta Correta: prosaísmo. Comen tári o da res pos ta: Resposta certa. Parabéns! Você identificou corretamente que a poesia de Manuel Bandeira, bem como a poesia da primeira geração modernista, desenvolveu um interesse pelo cotidiano, chamando atenção para o que há de prosaico e que, nesse cenário, torna-se tema da poesia. ● Pergunta 5 ● 1 em 1 pontos ● Leia o trecho a seguir. “Em 1930-1940, culminância em que todos os frutos do Modernismo amadureceram, fundiram-se a libertação do academismo, dos recalques históricos, do oficialismo literário, as tendências de educação política e reforma social; o ardor de conhecer o país”. CANDIDO, A. Literatura e cultura de 1900 a 1945. In: CANDIDO, A. Literatura e sociedade. 13. ed. São Paulo: T. A. Queiroz, 2014. p. 124. Considerando o contexto de transformações sociais ocorridas nos anos 1930, é correto afirmar que se trata de um período de: Resposta Selecion ada: mudanças nas relações sociedade-Estado. Resposta Correta: mudanças nas relações sociedade-Estado. Comen tári o da res pos ta: Resposta certa. Você acertou! Os anos 1930 foram marcados por transformações sociais que deram início à modernidade no país, com intenso processo de industrialização e urbanização, estabelecimento de novas relações entre sociedade e Estado e declínio dos poderes oligárquicos da Velha República. ● Pergunta 6 ● 1 em 1 pontos ● Leia o trecho a seguir. “De um modo geral, porém, pode-se reconhecer nos poetas que se firmaram depois da fase heroica do Modernismo a conquista de dimensões temáticas novas: a política em Drummond e em Murilo Mendes; a religiosa, no mesmo Murilo, em Jorge de Lima, em Augusto Frederico Schmidt, em Cecília Meireles. E não só: também se impõe a busca de uma linguagem essencial afim às experiências metafísicas e herméticas de certo veio rilkeano da lírica moderna, e que se reconhece na primeira fase de Vinícius de Moraes, em Cecília Meireles, em Henriqueta Lisboa, em Emílio Moura, em Dante Milano, em Joaquim Cardozo, em Alphonsus de Guimaraens Filho”. BOSI, A. História concisa da literatura brasileira. 52. ed. São Paulo: Cultrix, 2017. p. 400. Entre os interesses temáticos da segunda geração modernista na prosa, estão: I. existência do ser; II. vida do povo; III. credo psicológico; IV. drama das secas; V. conhecimento do Brasil. Está correto o que se afirma em: Resposta Selecionada: II, IV e V, apenas. Resposta Correta: II, IV e V, apenas. Comen tári o da res pos ta: Resposta certa. Isso mesmo! Você identificou corretamente que a prosa da segunda geração, mantendo o foco no Brasil e na investigação dos primeiros modernistas, passou a interessar-se mais pela vida do povo e seus problemas sociais, como as secas, centrando-se na tragédia social do Nordeste. ● Pergunta 7 ● 1 em 1 pontos ● Leia o trecho a seguir. “A poesia ‘pau-brasil’ de Oswald de Andrade representou, como é fácil de imaginar, uma guinada de 180° nesse status quo, onde — a expressão é do próprio Oswald — ‘os valores estáveis da mais atrasada literatura do mundo impediam qualquer renovação’. Repôs tudo em questão em matéria de poesia e, sendo radical na linguagem, foi encontrar, na ponta de sua perfuratriz dos estratos sedimentados da convenção, a inquietação do homem brasileiro novo”. CAMPOS, H. de. Uma poética da radicalidade. In: ANDRADE, O. Obras completas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1971. p. 11. Ao abordar a conjugação brasileira entre atraso e progresso, Oswald de Andrade realizou a: Resposta Selecionada: positivação do atraso. Resposta Correta: positivação do atraso. Comen tári o da res pos ta: Resposta certa. Parabéns! Você identificou corretamente que Oswald de Andrade, ao se aproximar das vanguardas europeias na buscade criar modos de expressão, conjuga em sua obra atraso e progresso, positivando traços do atraso brasileiro que até então eram vistos como algo a ser superado. ● Pergunta 8 ● 1 em 1 pontos ● Leia o trecho a seguir. “Pensou na família, sentiu fome. Caminhando, movia-se como uma coisa, para bem dizer não se diferençava muito da bolandeira de seu Tomas. Agora, deitado, apertava a barriga e batia os dentes. Que fim teria levado a bolandeira de seu Tomas? Olhou o céu de novo. Os cirros acumulavam-se, a lua surgiu, grande e branca. Certamente ia chover. Seu Tomas fugira também, com a seca, a bolandeira estava parada. E ele, Fabiano, era como a bolandeira. Não sabia porque, mas era”. RAMOS, G. Vidas secas. 45. ed. São Paulo: Record, 1992. p. 6. O uso do discurso indireto livre em “Vidas Secas” se expressa por um narrador, em terceira pessoa, que assume a narrativa e a mescla às falas e pensamentos dos personagens. A constituição desse estilo se relaciona à qual característica das personagens protagonistas? Resposta Selecionada: pouca articulação verbal. Resposta Correta: pouca articulação verbal. Comen tári o da res pos ta: Resposta certa. Parabéns! Você identificou corretamente que os romances de Graciliano Ramos, entre eles “Vidas secas”, recorrem com frequência ao uso do discurso indireto livre ao buscar exprimir os pensamentos e sentimentos de personagens que dominam insuficientemente a linguagem. ● Pergunta 9 ● 1 em 1 pontos ● Leia o trecho a seguir. “Neste processo de desvelamento do homem local, há também a valorização da natureza dissimulada. O herói é uma versão de Pedro Malasarte e está sempre contando mentira pra se dar bem. Mentir é algo natural em sua lógica e reflete uma compulsão para o ficcional, para o imaginário. Numa cultura em que os elementos maravilhosos estão muito presentes, qualquer fidelidade ao real se torna inadequado”. SANCHES NETO, M. Apresentação: herói primitivo. In: ANDRADE, M. Macunaíma: o herói sem nenhum caráter. Chapecó: Ed. UFFS, 2019. p. 13. O personagem Macunaíma, do livro homônimo de Mário de Andrade, é descrito como “herói sem nenhum caráter”. A respeito disso, analise as afirmativas a seguir e marque V para as verdadeiras e F para as falsas. I. ( ) O epíteto de “herói sem nenhum caráter” não significa que Macunaíma seja mau-caráter. II. ( ) O fato de Macunaíma mentir muito é uma crítica à compulsão do brasileiro por mentir. III. ( ) Macunaíma é a representação do homem brasileiro em sua amoralidade. IV. ( ) A capacidade criativa de Macunaíma é prejudicada por sua preguiça, do mesmo modo que ocorre com o homem brasileiro. V. ( ) Com Macunaíma, o escritor exige maior punição ao mau-caratismo brasileiro. Agora, assinale a alternativa com a sequência correta. Resposta Selecionada: V, F, V, F, F. Resposta Correta: V, F, V, F, F. Comen tári o da res pos ta: Resposta certa. Muito bem! Você identificou corretamente que o livro “Macunaíma” elege, como representativo do Brasil, um “herói sem nenhum caráter”, no sentido daquele que não tem um caráter pré-definido. Não se trata de uma crítica ao modo de ser brasileiro, mas, pelo contrário, de uma positivação de traços que muitas vezes são considerados como negativos. Trata-se, portanto, de um herói amoral, como é, na percepção do autor, o próprio Brasil. ● Pergunta 10 ● 1 em 1 pontos ● Leia o trecho a seguir. “Deixaram a margem do rio, acompanharam a cerca, subiram uma ladeira, chegaram aos juazeiros. Fazia tempo que não viam sombra. Sinhá Vitoria acomodou os filhos, que arriaram como trouxas, cobriu-os com molambos. O menino mais velho, passada a vertigem que o derrubara, encolhido sobre folhas secas, a cabeça encostada a uma raiz, adormecia, acordava. E quando abria os olhos, distinguia vagamente um monte próximo, algumas pedras, um carro de bois. A cachorra Baleia foi enroscar-se junto dele. Estavam no pátio de uma fazenda sem vida O curral deserto, o chiqueiro das cabras arruinado e também deserto, a casa do vaqueiro fechada, tudo anunciava abandono. Certamente o gado se finara e os moradores tinham fugido”. RAMOS, G. Vidas secas. 45. ed. São Paulo: Record, 1992. p. 5. As características da natureza, descritas por Graciliano Ramos, expressam-se na linguagem: Resposta Selecionad a: concisa e sem rebuscamento. Resposta Correta: concisa e sem rebuscamento. Comen tári o da res pos ta: Resposta certa. Exato! Você identificou corretamente que a linguagem de Graciliano Ramos expressa a secura da situação que descreve, com a aspereza da natureza da caatinga traduzida em uma linguagem concisa, áspera, direta, sem adjetivação e seca, como a paisagem.
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