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P10 1. Discutir acerca das influências dos fármacos na gravidez a) Classificação dos fármacos b) Mecanismo de teratogênese c) Risco para a mãe e para o concepto (lesão fetal) d) Riscos da automedicação Farmacoterapia na gravidez A maioria dos fármacos administrados em gestantes atravessa a barreira placentária e expõe embrião e feto a seus efeitos farmacológicos e eventualmente teratogênicos. Ações terapêuticas dos fármacos no feto A terapêutica fetal é uma área emergente da farmacologia perinatal. Trata-se da administração de fármacos à gestante tendo como alvo o feto. Atualmente, são utilizados corticorsteroides para estimular a maturação pulmonar fetal quando há expectativa de parto prematuro. Para ser considerada teratogênica, uma substância ou um processo deve (1) produzir um conjunto característico de malformações, indicando seletividade para determinados órgãos-alvo; (2) produzir seus efeitos em um estágio particular do desenvolvimento fetal, como durante o período limitado de organogênese dos órgãos-alvo; e (3) apresentar incidência dose-dependente. Os efeitos teratogênicos incluem restrição ao crescimento fetal (p. ex., tabagismo), abortamento (p. ex., álcool), natimortalidade (p. ex., fumaça de cigarros) e retardo neurocognitivo (p. ex., álcool). a) O sistema de classificação do potencial teratogênico da FDA é uma tentativa de quantificar o risco teratogênico classificando o fármaco entre A (seguro) e X (risco teratogênico confirmado em seres humanos). Esse sistema foi criticado como impreciso e pouco prático. Vários fármacos foram classificados como “X” apesar de haver dados substanciais sobre segurança em seres humanos (p. ex., contraceptivos orais). O diazepam e outros benzodiazepínicos são classificados como “D” apesar de ausência de evidências positivas quanto ao risco para fetos humanos. Em 2014 a FDA retirou a classificação por letras. b) Mecanismos teratogênicos – Os mecanismos não estão esclarecidos por completo e provavelmente são multifatoriais. Por exemplo, os fármacos podem ter efeito direto sobre os tecidos maternos com efeitos indiretos sobre os tecidos fetais. As substâncias podem interferir com a passagem de oxigênio ou de nutrientes pela placenta e, dessa forma, produzir efeitos sobre os tecidos fetais. Por fim, os fármacos podem ter ações diretas sobre os processos de diferenciação dos tecidos em desenvolvimento. Por exemplo, demonstrou-se que a vitamina A possui ações relevantes na diferenciação de tecidos normais. Diversos análogos da vitamina A (isotretinoína) são teratogênicos, o que sugere que modificam os processos normais de diferenciação. A deficiência de substâncias essenciais parece ter uma função em alguns tipos de anomalia. Por exemplo, a suplementação de ácido fólico durante a gravidez parece reduzir a incidência de defeitos do tubo neural (p. ex., espinha bífida). c) • O uso crônico de opioides pela gestante pode induzir dependência no feto e no recém-nascido. • O uso dos inibidores da enzima conversora de angiotensina durante a gravidez podem produzir lesão renal significativa e irreversível no feto. • Os efeitos adversos também podem ser retardados, como no caso de fetos do sexo feminino expostos ao dietilestilbestrol, com maior risco de adenocarcinoma vaginal após a puberdade. d) Se não obedecida a dose posológica e finalidade terapêutica, podem desencadear eventos adversos, intoxicações, baixa adesão terapêutica e inefetividade do tratamento. Se o paciente fizer uso de medicamentos para doenças cronicas, a utilização desses fármacos é feita com outras classes de medicamentos, tornam-se comuns as interações medicamentosas. O uso incorreto do paracetamol, por exemplo, pode provocar hemorragias e lesões hepáticas, e no caso da dipirona, aplasia medular e anemia hemolítica. Os anti-inflamatórios não esteroidais relacionam-se com o maior risco de toxicidade gastrointestinal e insuficiência renal em pacientes idosos. 2. Elucidar sobre a ação dos medicamentos e infecções de acordo com o período gestacional a) Período crítico A rubéola congênita possui um efeito teratogênico, uma vez ao atingir a placenta, o vírus atinge o feto, inibe a mitose e estimula o aumento da apoptose celular, comprometendo assim a organogênese, sendo pior durante o primeiro trimestre da gestação. Causando: surdez, retardo mental, microcefalia, cataratas, glaucoma, retinopatia, cardiopatias, distúrbios motores. Na toxoplasmose o parasito atravessa a barreira placentária, atinge o feto, gerando infecção congênita que pode resultar em complicações neurológicas, auditivas, oculares e morte intrauterina. A sífilis pode causar o abortamento, a morte intrauterina, o óbito neonatal ou deixar graves sequelas nos recém-nascidos. A transmissão vertical pode ocorrer, por via transplacentária, durante o momento do parto ou da amamentação (contato com lesões). Zika causa lesão neuronal que interfere no desenvolvimento do cérebro. Varfarina: Anticoagulante Ácido valproico: Anticonvulsivo 3. Compartilhar sobre outros fatores que afetam a gestante e o feto a) Compostos químicos b) Doenças •Rubéola- causa cataratas congênitas no recém-nascido •AIDS- causa malformações crânio-faciais e atraso no crescimento intra-uterino •Sífilis- surdez, hidrocefalia, atraso mental, dentes e ossos anormais •Varicela- Distrofia muscular, atraso mental https://pt.wikipedia.org/wiki/Rub%C3%A9ola https://pt.wikipedia.org/wiki/Varicela https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADfilis https://pt.wikipedia.org/wiki/AIDS •Herpes Simplex- As anormalidades congênitas que foram observadas nos recém-nascidos incluem lesões cutâneas típicas e, em alguns casos, microcefalia, microftalmia, espasticidade, displasia retiniana e retardo mental. •Toxoplasmose- Hidrocefalia, cegueira, retardo mental Solventes orgânicos, anfetaminas, antidepressivos, lítio, cocaína, heroína 4. Critérios para a prescrição de medicamentos na gravidez https://pt.wikipedia.org/wiki/Toxoplasmose https://pt.wikipedia.org/wiki/Herpes
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