Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
P9 1. Elucidar o processo da gestação tardia a) Definição b) Riscos c) Influência da idade (h e m) d) Adequação e limite de idade (h e m) Definição: Gravidez com idade materna acima dos 35 anos. Riscos: • Óbitos fetais, parto prematuro e parto cesáreo mais frequente • Hemorragia pós-parto • Índice de apgar menor que 7 nos cinco primeiros minutos • Pré-eclampsia e eclâmpsia • Anomalias cromossômicas, principalmente trissomia do 13, 18 ou 21 e aneuploidias sexuais (XXY, XXX) • Diabetes gestacional, hipertensão gestacional • Descolamento da placenta • Baixo peso ao nascer Prematuridade e baixo peso foram mais comuns em nulíparas, enquanto pré-eclampsia e descolamento de placenta foram mais comuns em multíparas. Um outro fator significativamente divergente entre os grupos foi o sexo dos RN. Enquanto o grupo controle apresentou um equilíbrio entre os sexos, com 51% dos RN masculinos e 48% dos RN femininos, o grupo dos RN-MF apresentou enorme discrepância, apresentando 72% RN femininos, e apenas 28% masculinos. (Caso controle hospital de porto alegre). A prevalência da Infertilidade a nível mundial tem aumentado consideravelmente nos últimos anos, afetando cerca de 15% dos casais, sendo os fatores masculinos responsáveis por 50% destes casos. A diminuição dos níveis de testosterona, a presença de disfunção sexual, a influência de comorbilidades próprias da idade e o surgimento de modificações genéticas das células germinativas têm sido apontadas como causas de infertilidade masculina em indivíduos mais velhos. O aspecto fundamental da senescência reprodutiva em mulheres é uma diminuição na população de folículos ováricos que se inicia na vida fetal e decorre até a menopausa. Paralelamente à diminuição do número de ovócitos a sua qualidade também declina. A idade materna, assim como a paterna, teve variação significativa ao comparar grupo controle e MF. No grupo controle, a idade materna foi de menor=14, mediana=25, e maior=49, enquanto que no grupo de MF foram de menor=21, mediana=37, maior=48; quanto à idade paterna, o grupo controle apresentou menor=16, mediana=28, e maior=61, enquanto que o grupo teste apresentou menor=24, mediana=35, e maior=65. (CC de porto alegre). O efeito real da idade paterna na fertilidade ainda não se encontra bem definido, mas uma idade avançada aumenta a incidência de, além de anomalias cromossômicas, autismo e esquizofrenia. Com o avançar da idade verifica-se a ocorrência de alterações histomorfológicas testiculares que condicionam alterações importantes nos parâmetros espermáticos. Andropausa: diminuição da produção de testosterona. Menopausa ocorre entre 45 e 55 anos, segundo o MS. 2. Debater sobre os problemas cromossomais relacionados à gravidez tardia a) Método diagnóstico b) Aconselhamento genético e geneticista Anomalias cromossômicas específicas são responsáveis por centenas de síndromes identificáveis. Os distúrbios cromossômicos podem ser divididos quanto as alterações no número de cromossomos e quanto as alterações nas estruturas dos cromossomos. Alteração no número de cromossomos: O tipo mais comum de anomalia cromossômica clinicamente significante é a aneuploidia, um número anormal de cromossomos devido a um cromossomo extra ou à falta de um deles, que está sempre associada a uma malformação física, mental ou ambas. Existem apenas três distúrbios cromossômicos compatíveis com a sobrevida pós-natal em que ocorre a trissomia de um autossomo inteiro: trissomia do 21 (síndrome de Down), trissomia do 18 (Síndrome de Edwards) e trissomia do 13 (Síndrome de Patau). Alterações na estrutura dos cromossomos: Os rearranjos estruturais resultam da ruptura dos cromossomos, seguida pela reconstituição em uma combinação anormal. Embora os rearranjos possam ocorrer de diversos modos, eles são, em conjunto, menos comuns do que a aneuploidia. Ex: Síndrome do Cri du Chat (Cromossomo 5) e Síndrome de Prader-Willi (Cromossomo 15). O diagnóstico das anomalias fetais tornou-se possível na segunda metade do século XX graças ao surgimento da ultrassonografia (USG) e da citogenética. o contínuo aprimoramento na resolução das imagens produzidas pela USG proporcionou conhecimento detalhado da anatomia fetal e de seu desenvolvimento, permitindo o diagnóstico pré-natal da grande maioria das anomalias congênitas estruturais nos dias atuais. Hoje, o rastreio de anomalias estruturais ou malformações e das anomalias cromossômicas, notadamente da síndrome de Down, é um dos focos da assistência pré-natal. TESTES DIAGNÓSTICOS O diagnóstico das aneuploidias é tradicionalmente realizado pela técnica citogenética de cariotipagem por bandeamento G (identificação dos cromossomos pelas bandas G). Os procedimentos invasivos utilizados para coleta de células fetais para cariótipo são a biópsia de vilo corial (BVC) e a amniocentese. A BVC consiste na punção e aspiração de fragmentos das vilosidades coriônicas por meio da inserção de uma agulha na placenta. Deve ser realizada entre 11 e 14 semanas, pois, quando realizada antes da 11ª semana de gestação, pode causar malformações, como amputação transversa dos membros e, após a 14ª semana, há redução da celularidade placentária, o que dificulta a análise citogenética. Na amniocentese, insere-se uma agulha na cavidade amniótica e aspira-se uma amostra de líquido amniótico, que contém células descamadas da pele fetal que irão para a cultura. Pode ser realizada a partir da 16ª semana, quando oferece menor risco de malformação congênita (pé torto) e rotura prematura das membranas. Para ambos os testes invasivos, quando realizados nos períodos anteriormente definidos, o risco de perda gestacional máximo descrito na literatura médica é de 1%. Estudos populacionais mais recentes sugerem riscos muito menores. TESTES DE RASTREAMENTO Um teste de rastreamento identifica indivíduos com maior risco para determinada doença. O mais efetivo é o que utiliza o rastreio combinado de marcadores biofísicos e bioquímicos (Idade materna + Translucência Nucal + BhCG + PAPP-A Proteína A plasmática associada à gravidez) + marcadores secundários (Osso Nasal + Ducto Venoso + Regurgitação Tricuspide). Estudo do DNA fetal – Teste não invasivo de aneuploidias Nos últimos anos, a descoberta de que há quantidade suficiente de DNA fetal livre no plasma materno para a detecção da síndrome de Down levou ao rápido surgimento de testes para rastreio dessa e de outras cromossomopatias. São chamados genericamente de teste pré-natal não invasivo ou NIPT (non-invasive prenatal test). A maioria deles baseia-se em quantificar fragmentos de DNA fetal livre e identificar a que cromossomos pertencem, para então identificar a proporção relativa ao cromossomo 21. No Brasil, faz-se necessário destacar que a interrupção da gestação de feto com síndrome de Down ou outras aneuploidias só é permitida legalmente, mediante autorização judicial. Dentro da genética clínica, esses profissionais serão responsáveis pelo diagnóstico, possível tratamento e aconselhamento a respeito das condições genéticas da pessoa. Como existem milhares de síndromes genéticas distintas, o geneticista atua em conjunto com outros especialistas para resolver os problemas de forma eficaz. Além disso, esse médico tem um importante papel de apoiar os pacientes diante das decisões tomadas, fornecendo as melhores alternativas a partir das análises clínicas. Aconselhamento Genético: (Fundação Nacional de Genética da América do Norte ) é o processo de comunicação que cuida dos problemas humanos associados à ocorrência ou recorrência de uma doença genética em uma família. Este processo envolve a tentativa feita por uma ou mais pessoas treinadas apropriadamente a ajudar os indivíduos ou famílias a: - compreender os fatos médicos, incluindo o diagnóstico, o provável curso da doença (prognóstico)e as medidas (tratamentos) disponíveis; - avaliar como a hereditariedade contribui para a doença, e o risco de recorrência para determinados parentes; - entender quais as opções que possuem perante o risco de recorrência, em relação à vida reprodutiva da família; - escolher que ações são mais apropriadas para eles, em vista dos riscos e dos objetivos de suas famílias, e agir de acordo com as decisões; - obter o melhor ajustamento possível à doença do familiar afetado e/ou ao risco de recorrência da doença16. 3. Discutir acerca dos paradigmas reprodutivos a) Índice reprodutivo b) Mudanças comportamentais c) Motivação d) Responsabilidade dos pais As razões centrais para a diminuição da taxa de fecundidade são o aumento da contracepção efetiva, o aumento da escolarização das mulheres com consequente superior participação no mundo do trabalho, mudanças conceptuais nas normas e valores relativos à parentalidade (dimensão da família e papel da criança), igualdade de gêneros, alterações conjugais (aumento de parceiros sexuais e relacionamentos mais instáveis), instabilidade financeira (contratos temporários e empregos que não são os idealizados) e ainda ausência de políticas de incentivo à natalidade. Motivação: Expressão da qualidade da relação conjugal, realização pessoal e sentido de continuidade. Responsabilidades: Quando as pessoas se unem e formam uma entidade familiar, passam a assumir papéis próprios. Ser pai é proporcionar uma boa educação, formar pessoas com hábitos e comportamentos adequados para a convivência social, especialmente fora do lar, onde não existe a proteção natural.
Compartilhar