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Problema 1 - abertura - módulo 7 - concepção e formação do ser humano

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: 
É o processo de formação e desenvolvimento das células germinativas especializadas, os gametas 
(oócitos/espermatozoides) a partir de células precursoras bipotentes. A meiose é um tipo especial de divisão 
celular que envolve duas divisões meióticas, as células germinativas diploides dão origem aos gametas haploides. 
A primeira divisão meiótica é uma divisão reducional, pois o número de cromossomos é reduzido de diploide para 
haploide devido ao pareamento dos cromossomos homólogos na prófase e pela segregação deles na anáfase. Os 
cromossomos homólogos (um do pai e um da mãe), formam um par durante a prófase e se separam durante a 
anáfase, com um representante de cada par indo, aleatoriamente, para cada polo do fuso meiótico. O fuso se 
conecta ao cromossomo no centrômero (a porção mais condensada do cromossomo). Nesse estágio, eles são 
cromossomos de cromátides duplas. 
A segunda divisão meiótica vem após a primeira divisão sem uma interfase normal (sem a etapa de replicação do 
DNA). Cada cromossomo de cromátide dupla se divide e cada metade, ou cromátide, é direcionada para um polo 
diferente da célula. Assim, o número haploide de cromossomos (23) é mantido e cada célula filha formada por 
meiose tem um representante de cada par cromossômico (agora um cromossomo de cromátide única). 
→ Gametogênese anormal: Distúrbios da meiose durante a gametogênese, tais como a não disjunção, 
resultam na formação de gametas anormais cromossomicamente. Se envolvidos na fecundação, esses 
gametas causam um desenvolvimento anormal, como ocorre em crianças com a síndrome de Down 
 
: 
→ As espermatogônias (células de aproximadamente 12 micrometros, situadas próximas a lâmina basal do 
epitélio germinativo) permanecem quiescentes até a puberdade, quando aumentam de número; 
→ Após várias divisões mitóticas as espermatogônias podem seguir dois caminhos: continuar se dividindo, 
mantendo-se como células-tronco de outras espermatogônias (espermatogônias do tipo A) ou 
diferenciarem-se durante diferentes ciclos de divisão mitótica para se tornar espermatogônias de tipo 2; 
→ As espermatogônias são transformadas em espermatócitos primários, cada espermatócito primário 
sofre a primeira divisão meiótica (reducional) para formar dois espermatócitos secundários, em seguida 
os espermatócitos secundários sofrem a segunda divisão meiótica para formar quatro espermátides 
haploides; 
→ As espermátides são transformadas gradualmente em espermatozoides maduros, processo conhecido 
como espermiogênese; 
➢ é um processo complexo, que inclui: (1) formação de uma estrutura chamada acrossomo; (2) 
condensação e alongamento do núcleo; (3) desenvolvimento do flagelo; (4) perda da maior parte 
do citoplasma. 
→ A espermiogênese pode ser dividida em 3 etapas: 
➢ Do Complexo de Golgi: O citoplasma das espermátides contém um complexo de Golgi bastante 
desenvolvido. Pequenos grânulos PAS-positivos chamados grânulos pró-acrossômicos 
acumulam-se no complexo de Golgi. Depois, fundem-se para formar um único grânulo 
acrossômico no interior de uma vesícula limitada por membrana, chamada vesícula acrossômica. 
Os centríolos migram para perto da superfície da célula, em posição oposta à vesícula 
acrossômica, e iniciam a formação do axonema. 
➢ Do Acrossomo: A vesícula e o grânulo acrossômico se estendem sobre a metade anterior do 
núcleo como um capuz e passam a ser chamados inicialmente de capuz acrossômico e 
finalmente de acrossomo. O acrossomo contém várias enzimas hidrolíticas, como hialuronidase, 
neuraminidase, fosfatase ácida e uma protease que tem atividade semelhante à da tripsina. O 
acrossomo, portanto, assemelha-se a um lisossomo. As enzimas são capazes de dissociar as 
células da corona radiata e de digerir a zona pelúcida, estruturas que envolvem os ovócitos. 
Quando os espermatozoides encontram um ovócito, vários pontos da membrana externa do 
acrossomo se fundem com a membrana citoplasmática do espermatozoide, liberando as 
enzimas acrossômicas no espaço extracelular. Esse processo, chamado reação acrossômica, é 
um dos primeiros passos da fertilização. O flagelo cresce a partir de um dos centríolos enquanto 
mitocôndrias se acumulam ao redor da porção proximal do flagelo, chamada de peça 
intermediária. O movimento flagelar é resultado da interação entre microtúbulos, ATP e dineína, 
uma proteína com atividade de ATPase. Durante essa etapa final da espermiogênese, o núcleo 
das espermátides se toma mais alongado e condensado. O núcleo volta-se para a base do túbulo 
seminífero e o flagelo se projeta em seu lúmen. 
➢ De Maturação: Uma grande parte do citoplasma das espermátides é desprendida, formando os 
chamados corpos residuais, que são fagocitados pelas células de Sertoli, e os espermatozoides 
são liberados no lúmen do túbulo. Os espermatozoides liberados no lúmen dos túbulos são 
transportados ao epidídimo em um meio apropriado, o fluido testicular, produzido pelas células 
de Sertoli e pelas células da rede testicular. Esse fluido contém esteroides, proteínas, íons e uma 
proteína ligante de andrógeno que transporta testosterona. 
→ O processo completo (incluindo a espermiogênese) dura cerca de 2 meses; 
→ Quando a espermiogênese é completada os espermatozoides entram na luz dos túbulos seminíferos, os 
quais são revestidos e sustentados pelas células de Sertoli, que também participam da nutrição das 
células germinativas e estão envolvidas na regulação da espermatogênese; 
→ Os espermatozoides são transportados passivamente dos túbulos seminíferos para o epidídimo (ducto 
longo e espiralado), onde são armazenados e tornam-se funcionalmente maduros durante a puberdade. 
Logo após o epidídimo, os espermatozoides são levados para o ducto deferente, que os transporta para 
a uretra; 
→ Os espermatozoides maduros são células ativamente móveis, que nadam livremente, constituídos de 
uma cabeça, uma cauda e o colo, que é a junção entre cabeça e cauda. A cabeça do espermatozoide é a 
maior parte e é onde se localiza o núcleo, os primeiros 2/3 da cabeça são cobertos pelo acrossoma, uma 
organela sacular em forma de capuz que contém várias enzimas que, quando liberadas, facilitam a 
dispersão das células foliculares da corona radiata e a penetração do espermatozoide na zona pelúcida 
durante a fecundação; 
→ A cauda do espermatozoide consiste em três segmentos: a peça intermediária, a peça principal e a peça 
terminal. A cauda fornece motilidade necessária ao espermatozoide para seu deslocamento, a peça 
intermediária contém mitocôndrias que fornecem ATP necessário para a mobilidade. 
FATORES QUE INFLUENCIAM A ESPERMATOGÊNESE: 
→ Hormônios: Depende dos homônios LH e FSH da hipófise sobre as células do testículo. A FSH age nas 
células de Sertoli, promovendo a síntese e a secreção de proteína ligante de andrógeno (ABP). A LH age 
nas células intersticiais, estimulando a produção de testosterona, esta se difunde das células intersticiais 
para o interior do túbulo seminífero e se combina com a ABP, assim mantém o nível de testosterona no 
túbulo seminífero alto, condição importante para estimular a espermantogênese 
→ Temperatura: a espermatogênese só acontece em temperaturas abaixo de 37º. A temperatura dos 
testículos é de 35º e é controlada por meio de vários mecanismos, como um rico plexo venoso (plexo 
pampiniforme) que envolve as artérias dos testículos e forma um sistema contracorrente de troca de 
calor que mantém a temperatura testicular; 
CAPACITAÇÃO DOS ESPERMATOZOIDES: 
Embora os espermatozoides sejam considerados “maduros” quando deixam o epidídimo, sua atividade é mantida 
sob controle por múltiplos fatores inibitórios secretados pelo epitélio do ducto genital. Portanto, quando lançados 
inicialmente no sêmen, eles são incapazes de fertilizar o ovulo. No entanto, ao entrar em contato com os líquidos 
do trato genital feminino, ocorrem múltiplas mudanças que ativam o espermatozoide para os processos finais de 
fertilização. 
1. Os líquidos das trompas de Falópio e do úteroeliminam os vários fatores inibitórios que suprimem a atividade 
dos espermatozoides nos ductos genitais masculinos. 
2. Enquanto os espermatozoides permanecem no liquido dos ductos genitais masculinos, eles estão 
continuamente expostos a muitas vesículas flutuantes dos túbulos seminíferos, que contem grande quantidade 
de colesterol. Esse colesterol é continuamente adicionado a membrana celular que cobre o acrossomo do 
espermatozoide, fortalecendo essa membrana e impedindo a liberação de suas enzimas. Após a ejaculação, os 
espermatozoides depositados na vagina se movem para cima na cavidade uterina, afastando-se das vesículas de 
colesterol e, assim, gradualmente perdem, nas próximas horas, a maior parte do excesso de colesterol. Por isso, 
o acrossomo fica muito mais fraco. 
3. A membrana dos espermatozoides fica também muito mais permeável aos íons cálcio, e, assim, o cálcio agora 
entra no espermatozoide em abundancia, mudando a atividade do flagelo, dando a ele um potente movimento 
de chicote, ao contrário de seu movimento prévio ondulante e fraco. Além disso, os íons cálcio causam alterações 
na membrana celular que cobre a ponta do acrossomo, tornando possível a liberação rápida e fácil das enzimas 
pelo acrossomo, a medida que os espermatozoides penetram a massa de células granulosas que envolvem o ovulo 
e, mais ainda, quando ele tenta penetrar a zona pelúcida do próprio ovulo. 
 
: 
→ Todas as oogônias se desenvolvem em oócitos primários antes do nascimento, nenhuma se desenvolve 
após o nascimento. A oogênese continua até a menopausa, que é a interrupção permanente do ciclo 
menstrual; 
→ Maturação pré-natal dos oócitos: 
➢ Durante a via fetal inicial, as oogônias se proliferam por mitose, estas crescem e se tornam os 
oócitos primários antes do nascimento. Assim que o oócito primário se forma, células de tecido 
conjuntivo o circundam e formam uma única camada de células achatadas, as células foliculares 
(este oócito constitui o folículo primário, conforme o oócito cresce na puberdade, as células 
deixam de ser achatadas e tornam-se cúbicas, formando o folículo primário). 
➢ O oócito primário é logo envolvido por um material glicoproteico acelular e amorfo, a zona 
pelúcida. A microscopia eletrônica de varredura da superfície da zona pelúcida revela um 
aspecto regular de trama com fenestrações intrincadas. 
➢ Os oócitos primários iniciam a primeira divisão meiótica antes do nascimento, mas o término da 
prófase não acontece até a puberdade, isso ocorre pois as células foliculares que circundam o 
oócito secretam uma substância conhecida como inibidor da maturação do oócito. 
→ Maturação pós-natal dos oócitos: 
➢ Esta etapa se inicia na puberdade, quando um folículo ovariano amadurece a cada mês e ocorre 
a ovulação; 
➢ Quando um folículo matura, o oócito primário aumenta de tamanho e, imediatamente antes da 
ovulação, completa a primeira divisão meiótica para dar origem ao oócito secundário e ao 
primeiro corpo polar (diferente da espermatogênese, a divisão do citoplasma é irregular, o 
oócito secundário recebe quase todo o citoplasma, enquanto o corpo polar recebe pouco). (O 
corpo polar é uma célula minúscula destinada à degeneração); 
➢ Durante a ovulação, o núcleo do oócito secundário inicia a segunda divisão meiótica, mas ela 
progride somente até a metáfase, quando a divisão é interrompida; 
➢ Se um espermatozoide penetra o oócito secundário, a divisão meiótica é completada e a maior 
parte do citoplasma é novamente mantida em uma célula: o oócito fecundado. (É gerado o 
segundo corpo polar também) 
 
 
 
MASCULINO: 
O testículo é composto por até 900 túbulos seminíferos convolutos, onde é formado o esperma; cada um tem, em 
média, mais de 1 metro de comprimento. O esperma, então, é lançado no epidídimo, outro tubo convoluto de, 
aproximadamente, 6 metros de comprimento. O epidídimo conduz ao canal deferente, que se alarga na ampola 
do canal deferente, imediatamente antes do canal entrar no corpo da glândula prostática. Duas vesículas seminais, 
uma de cada lado da próstata, desembocam na terminação prostática da ampola e os conteúdos da ampola e das 
vesículas seminais passam para o ducto ejaculatório e são conduzidos, através do corpo da glândula prostática, e, 
então, desaguando na uretra interna. Os ductos prostáticos recebem o conteúdo da glândula prostática e o 
conduzem para o ducto ejaculatório e, dai, para a uretra prostática. Finalmente, a uretra e o último elo de conexão 
dos testículos com o exterior. A uretra contem muco proveniente de grande número de pequenas glândulas 
uretrais, localizadas em toda sua extensão e, em maior quantidade, das glândulas bulbouretrais (glândulas de 
Cowper) localizadas próximas da origem da uretra. 
 
 
Controle das Funções Sexuais Masculinas pelos Hormônios Hipotalâmicos e da Hipófise Anterior 
A maior parte do controle das funções sexuais, tanto dos homens quanto das mulheres, começa com a secreção 
do hormônio liberador de gonadotropina (GnRH) pelo hipotálamo. Esse hormônio, por sua vez, estimula a hipófise 
anterior a secretar dois outros hormônios chamados de hormônios gonadotrópicos: (1) hormônio luteinizante (LH) 
e (2) hormônio folículo-estimulante (FSH). Por sua vez, o LH e o estimulo primário para a secreção de testosterona 
pelos testículos, e o FSH estimula principalmente a espermatogênese. 
O GnRH é um peptídeo com 10 aminoácidos secretado pelos neurônios, cujos corpos celulares estão localizados 
no núcleo arqueado do hipotálamo. As terminações desses neurônios encontram-se, principalmente, na 
eminencia mediana do hipotálamo, onde liberam GnRH no sistema vascular porta hipotalâmico-hipofisário. Então, 
o GnRH é transportado para a hipófise anterior na circulação porta hipofisária, e estimula a liberação de duas 
gonadotropinas, o LH e o FSH. O GnRH é secretado durante poucos minutos, intermitentemente, a cada 1 a 3 
horas. A intensidade desse estimulo hormonal é determinada de duas maneiras: (1) pela frequência desses ciclos 
de secreção e (2) pela quantidade de GnRH liberado em cada ciclo. A secreção de LH pela hipófise anterior é 
também cíclica, seguindo quase fielmente o padrão de liberação pulsátil do GnRH. Ao contrário, a secreção de FSH 
aumenta e diminui apenas ligeiramente a cada flutuação da secreção do GnRH; ela muda mais lentamente em 
período de muitas horas, em resposta a alterações a longo prazo no GnRH. Por causa dessa relação mais estreita 
entre a secreção de GnRH e a secreção de LH, o GnRH e também conhecido como hormônio liberador de LH. 
O LH e o FSH são glicoproteínas. Eles exercem seus efeitos sobre os tecidos-alvos nos testículos, principalmente 
por ativar o sistema de segundo mensageiro do monofosfato cíclico de adenosina que, por sua vez, ativa sistemas 
enzimáticos específicos nas respectivas células-alvo. A testosterona é secretada pelas células intersticiais de Leydig 
nos testículos, mas apenas quando essas são estimuladas pelo LH proveniente da hipófise anterior. Além disso, a 
quantidade de testosterona secretada aumenta, aproximadamente, em proporção direta a quantidade de LH 
disponível. 
→ A testosterona secretada pelos testículos em resposta ao LH tem o efeito reciproco de inibir a secreção 
de LH pela hipófise anterior. A maior parte dessa inibição, provavelmente resulta de efeito direto da 
testosterona sobre o hipotálamo, reduzindo a secreção de GnRH. Este, por sua vez, produz redução 
correspondente na secreção de LH e de FSH pela hipófise anterior, e a redução no LH diminui a secreção 
de testosterona pelos testículos. Assim, sempre que a secreção de testosterona fica muito elevada, esse 
efeito automático de feedback negativo, operando por meio do hipotálamo e da hipófise anterior, reduz 
a secreção de testosterona para os níveis de funcionamento desejados. 
Papel da Inibina no Controle da Atividade dos Túbulos Seminíferos por Feedback Negativo: Quando os túbulos 
seminíferos deixam de produzir espermatozoides, a secreção de FSH pelahipófise anterior aumenta 
acentuadamente. Inversamente, quando a espermatogênese ocorre muito rapidamente, a secreção de FSH pela 
hipófise diminui. Acredita-se que a causa desse efeito de feedback negativo sobre a hipófise anterior seja a 
secreção de outro hormônio pelas células de Sertoli, chamado de inibina. Esse hormônio tem efeito direto intenso 
sobre a hipófise anterior, inibindo a secreção de FSH e, possivelmente, efeito discreto sobre o hipotálamo, inibindo 
a secreção de GnRH. 
Puberdade e Regulação de seu Início: O início da puberdade tem sido um mistério. Mas atualmente se sabe que, 
durante a infância, o hipotálamo simplesmente não secreta quantidades significativas de GnRH. Uma das razoes 
para isso e que, durante a infância, pequena secreção de qualquer hormônio esteroide exerce efeito inibitório 
intenso sobre a secreção hipotalâmica de GnRH. Também, por motivos ainda não compreendidos na época da 
puberdade, a secreção de GnRH hipotalâmico supera a inibição infantil, iniciando a vida sexual adulta. 
 
 
FEMININO: 
Anatomia Fisiológica dos Órgãos Sexuais Femininos: incluem os ovários, as trompas de Falópio, o útero e a vagina. 
A reprodução começa com o desenvolvimento dos óvulos nos ovários. No meio de cada ciclo sexual mensal, um 
só ovulo é expelido do folículo ovariano para a cavidade abdominal próxima das aberturas fimbriadas das duas 
trompas de Falópio. Esse ovulo, então, cursa por uma das trompas de Falópio até o útero; se tiver sido fertilizado 
por espermatozoide, o ovulo se implanta no útero, onde se desenvolve no feto, na placenta e nas membranas 
fetais e, por fim, em um bebe. Durante a vida fetal, a superfície externa do ovário é coberta pelo epitélio 
germinativo, que embriologicamente é derivado do epitélio das cristas germinativas. À medida que o feto feminino 
se desenvolve, óvulos primordiais se diferenciam do seu epitélio germinativo e migram para a substancia do córtex 
ovariano. Cada ovulo então reúne em torno de si uma camada de células fusiformes do estroma ovariano (o tecido 
de suporte do ovário), fazendo com que adquiram características epitelioides; são então as chamadas células da 
granulosa. O ovulo circundado por camada única de células da granulosa é denominado folículo primordial. Nesse 
estágio, o ovulo é ainda imaturo e é preciso que ocorram mais duas divisões celulares, antes que ele possa ser 
fertilizado por um espermatozoide. Nesse ponto, o ovulo é denominado oócito primário. Durante todos os anos 
reprodutivos da vida adulta 400 a 500 folículos primordiais se desenvolvem o bastante para expelir seus óvulos. 
 
Ciclo ovariano mensal: O ciclo dura, em média, 28 dias. Pode ser curto como 20 dias ou longo como 45 dias em 
algumas mulheres. As mudanças ovarianas que ocorrem durante o ciclo sexual dependem inteiramente dos 
hormônios gonadotrópicos FSH e LH, secretados pela hipófise anterior. Na ausência desses hormônios, os ovários 
permanecem inativos, como ocorre durante toda a infância, quando quase nenhum hormônio gonadotrópico e 
secretado. Entre os 9 e os 12 anos de idade, a hipófise começa a secretar progressivamente mais FSH e LH, levando 
ao início de ciclos sexuais mensais normais, que começam entre 11 e 15 anos de idade. Esse período de mudança 
é denominado puberdade e o primeiro ciclo menstrual é denominado menarca. 
 
Crescimento do Folículo Ovariano — Fase “Folicular” do Ciclo Ovariano: Quando uma criança do sexo feminino 
nasce, cada ovulo é circundado por camada única de células granulosas, denominado folículo primordial. Durante 
toda a infância, acredita-se que as células da granulosa ofereçam nutrição para o ovulo e secretem um fator 
inibidor da maturação do oócito que mantem o ovulo parado em seu estado primordial, no estágio de prófase da 
divisão meiótica. Em seguida, depois da puberdade, quando FSH e LH da hipófise anterior começam a ser 
secretados em quantidades significativas, os ovários, em conjunto com alguns dos folículos em seu interior, 
começam a crescer. O primeiro estágio de crescimento folicular é o aumento moderado do próprio ovulo, cujo 
diâmetro aumenta por duas a três vezes. Então segue-se o crescimento de outras camadas das células da 
granulosa em alguns dos folículos, conhecidos como folículos primários. 
 
Durante os primeiros dias de cada ciclo sexual mensal feminino, as concentrações de FSH e de LH, secretados pela 
hipófise anterior, aumentam de leve a moderadamente e o aumento do FSH e ligeiramente maior do que o de LH 
e o precede em alguns dias. Esses hormônios, especialmente o FSH, causam o crescimento acelerado de seis a 12 
folículos primários por mês. O efeito inicial e a rápida proliferação das células da granulosa, levando ao 
aparecimento de muitas outras camadas dessas células. Além disso, as células fusiformes derivadas do interstício 
ovariano, agrupam-se em diversas camadas por fora das células da granulosa, levando ao aparecimento de 
segunda massa de células, denominadas teca, que se dividem em duas camadas. Na teca interna, as células 
adquirem características epitelioides semelhantes às das células da granulosa e desenvolvem a capacidade de 
secretar mais hormônios sexuais esteroides (estrogênio e progesterona). A camada externa, a teca externa, se 
desenvolve formando a capsula de tecido conjuntivo muito vascular, que passa a ser a capsula do folículo em 
desenvolvimento. Depois da fase proliferativa inicial do crescimento que dura alguns dias, a massa de células da 
granulosa secreta o líquido folicular que contem concentração elevada de estrogênio, um dos hormônios sexuais 
femininos mais importantes. O acumulo desse liquido leva ao aparecimento do antro dentro da massa de células 
da granulosa. O crescimento inicial do folículo primário até o estágio antral só é estimulado, principalmente, pelo 
FSH. Então, ocorre crescimento muito acelerado, levando a folículos ainda maiores, denominados folículos 
vesiculares. Esse crescimento acelerado é causado pelos seguintes fatores: (1) o estrogênio é secretado no folículo 
e faz com que as células da granulosa formem quantidades cada vez maiores de receptores de FSH, o que leva a 
efeito de feedback positivo, já que torna as células da granulosa ainda mais sensíveis ao FSH. (2) O FSH hipofisário 
e os estrogênios se combinam para promover receptores de LH nas células originais da granulosa, permitindo, 
assim, que ocorra a estimulação pelo LH além da estimulação do FSH, e provocando aumento ainda mais rápido 
na secreção folicular. (3) A maior quantidade de estrogênio na secreção folicular mais a grande quantidade de LH 
da hipófise anterior agem em conjunto, causando a proliferação das células tecais foliculares e aumentando 
também a sua secreção. Após 1 semana ou mais de crescimento um dos folículos começa a crescer mais do que 
os outros; os outros cinco a 11 folículos em desenvolvimento involuem (atresia) e diz-se então que esses folículos 
ficam atrésicos. Esse processo de atresia e importante, pois normalmente permite que apenas um dos folículos 
cresça o suficiente todos os meses para ovular o que, em termos gerais, evita que mais de uma criança se 
desenvolva em cada gravidez. O folículo único atinge diâmetro de 1 a 1,5 centímetro na época da ovulação, quando 
é denominado folículo maduro. 
Ovulação: A ovulação na mulher que tem ciclo sexual de 28 dias se dá 14 dias depois do início da menstruação. 
Um pouco antes de ovular, a parede externa protuberante do folículo incha rapidamente e a pequena área no 
centro da capsula folicular, denominada estigma, projeta-se como um bico. Em 30 minutos ou mais, o liquido 
começa a vazar do folículo através do estigma, e cerca de 2 minutos depois o estigma se rompe inteiramente, 
permitindo que liquido mais viscoso, que ocupava a porção central do folículo, seja lançado para fora. O liquido 
viscoso carrega consigo o ovulo cercado por massa de milhares de pequenas células da granulosa, denominada 
coroa radiada. O LH é necessário para o crescimento folicular finale para a ovulação. Sem esse hormônio, até 
mesmo quando grandes quantidades de FSH estão disponíveis, o folículo não progredirá ao estágio de ovulação. 
Cerca de 2 dias antes da ovulação, a secreção de LH pela hipófise anterior aumenta bastante, por seis a 10 vezes 
e com pico em torno de 16 horas antes da ovulação. O FSH também aumenta por cerca de duas a três vezes ao 
mesmo tempo, e FSH e LH agem sinergicamente causando a rápida dilatação do folículo, durante os últimos dias 
antes da ovulação. O LH tem ainda efeito especifico nas células da granulosa e tecais, convertendo-as, 
principalmente, em células secretoras de progesterona. Portanto, a secreção de estrogênio começa a cair cerca 
de 1 dia antes da ovulação, enquanto quantidades cada vez maiores de progesterona começam a ser secretadas. 
E nesse ambiente de (1) crescimento rápido do folículo, (2) menor secreção de estrogênio após fase prolongada 
de sua secreção excessiva e (3) início da secreção de progesterona que ocorre a ovulação. 
Início da ovulação: Esse LH causa rápida secreção dos hormônios esteroides foliculares, contendo progesterona. 
Dentro de algumas horas ocorrem dois eventos, ambos necessários para a ovulação: (1) a teca externa começa a 
liberar enzimas proteolíticas dos lisossomos, o que causa a dissolução da parede capsular do folículo e o 
consequente enfraquecimento da parede, resultando em mais dilatação do folículo e degeneração do estigma. (2) 
Simultaneamente, ocorreu rápido crescimento de novos vasos sanguíneos na parede folicular e, ao mesmo tempo, 
são secretadas prostaglandinas nos tecidos foliculares. Esses dois efeitos promovem transudação de plasma para 
o folículo, contribuindo para sua dilatação. Por fim, a combinação da dilatação folicular e da degeneração 
simultânea do estigma faz com que o folículo se rompa, liberando o ovulo. 
Fase lútea: Durante as primeiras horas depois da expulsão do ovulo do folículo, as células da granulosa e tecais 
internas remanescentes se transformam rapidamente, para células luteínicas. Elas aumentam em diâmetro por 
duas a três vezes e ficam repletas de inclusões lipídicas que lhes dao aparência amarelada. Esse processo e 
chamado de luteinização, e a massa total de células e denominada corpo lúteo As células da granulosa no corpo 
lúteo desenvolvem vastos retículos endoplasmáticos lisos intracelulares, que formam grandes quantidades dos 
hormônios sexuais femininos progesterona (mais) e estrogênio. O corpo lúteo cresce normalmente até cerca de 
1,5 centimetro em diâmetro, atingindo esse estágio de desenvolvimento 7 a 8 dias após a ovulação. Entao ele 
começa a involuir e efetivamente, perde suas funções secretoriais, bem como sua característica lipídica 
amarelada, cerca de 12 dias depois da ovulação, passando a ser o corpus albicans. O estrogenio, em especial, e a 
progesterona, em menor extensao, secretados pelo corpo lúteo durante a fase luteinica do ciclo ovariano, tem 
potentes efeitos de feedback na hipofise anterior, mantendo intensidades secretorias reduzidas de FSH e de LH. 
Alem disso, as celulas luteinicas secretam pequenas quantidades do hormonio inibina, que inibe a secrecao pela 
hipofise anterior, especialmente a secrecao de FSH. O resultado são concentracoes sanguineas reduzidas de FSH 
e de LH, e a perda desses hormonios, por fim, faz com que o corpo luteo se degenere completamente, processo 
denominado involução do corpo lúteo. 
 
FUNÇÕES DO ESTRADIOL E PROGESTERONA 
O estrogênios promovem essencialmente a proliferação e o crescimento de células especificas no corpo, 
responsáveis pelo desenvolvimento da maioria das características sexuais secundarias da mulher. As progestinas 
atuam, basicamente, preparando o útero para a gravidez e as mamas para a lactação. 
Estrogênios. Durante a infancia, os estrogênios são secretados apenas em quantidades minimas, mas na 
puberdade a quantidade secretada na mulher sob a influencia dos hormonios gonadotropicos hipofisários 
aumenta por 20 vezes ou mais. Nessa epoca, os orgaos sexuais femininos se alteram dos de crianca para os de 
adulto. Os ovarios, as trompas de Falopio, o útero e a vagina aumentam de tamanho varias vezes. Alem do mais, 
a genitalia externa aumenta com deposito de gordura no monte pubiano e nos grandes labios, e aumento dos 
pequenos lábios. Alem disso, os estrogenios alteram o epitelio vaginal do tipo cuboide para tipo estratificado, 
considerado mais resistente a traumas e infeccoes do que o epitelio das células cuboides pre-puberes. As 
alteracoes que ocorrem no endometrio uterino, sob a influencia dos estrogenios causam proliferação acentuada 
do estroma endometrial e grande desenvolvimento das glandulas endometriais, que posteriormente ajudarão a 
prover nutrição ao ovulo implantado. 
 
ATO SEXUAL FEMININO: 
→ Estimulação: Assim como ocorre no ato sexual masculino, o desempenho bem-sucedido do ato sexual 
feminino depende tanto de estimulação psíquica, quanto de estimulação sexual local. A glande do clitóris 
é especialmente sensível ao início das sensações sexuais. Assim como no homem, os sinais sensoriais 
sexuais são transmitidos aos segmentos sacros da medula espinal pela do nervo pudendo e do plexo 
sacro. Quando esse sinais tiverem entrado na medula espinal, são transmitidos ao cérebro. 
→ Ereção e lubrificação femininas: Localizado em torno do introito e estendendo-se até o 
clitoris, existe tecido erétil quase idêntico ao tecido erétil do pênis. Esse tecido erétil, assim 
como o do pênis, é controlado pelos nervos parassimpáticos que passam pelos nervos 
erigentes, desde o plexo sacro até a genitália externa. Nas fases iniciais da estimulação sexual, 
sinais parassimpáticos dilatam as artérias do tecido erétil, provavelmente decorrente da 
liberação de acetilcolina, oxido nítrico e polipeptideo intestinal vasoativo (VIP) nas 
terminações nervosas. Isso permite rápido acumulo de sangue no tecido erétil, de maneira 
que o introito se contrai ao redor do pênis, o que ajuda muito o homem a obter estimulação 
sexual suficiente para ocorrer a ejaculação. Sinais parassimpáticos também passam para as 
glândulas bilaterais de Bartholin, localizadas sob os grandes lábios, fazendo com que 
prontamente secretem muco no introito. Esse muco é responsável por grande parte da lubrificação 
durante o ato sexual, muito embora ela também seja provida pelo muco secretado pelo epitélio vaginal 
e pequena quantidade pelas glândulas uretrais masculinas; 
Orgasmo feminino: Quando a estimulação sexual local atinge sua intensidade máxima e, especialmente, quando 
as sensações locais são favorecidas por sinais de condicionamento psíquico apropriados do cérebro são 
desencadeados reflexos que levam ao orgasmo feminino, também denominado clímax feminino. O orgasmo 
feminino é análogo a emissão e a ejaculação no homem. Primeiro, durante o orgasmo, os músculos perineais da 
mulher se contraem ritmicamente em decorrência de reflexos da medula espinal semelhantes aos que causam a 
ejaculação no homem. É possível que esses reflexos aumentem a motilidade uterina e falopiana durante o 
orgasmo, ajudando assim a propelir os espermatozoides para o útero, onde se encontra o ovulo; entretanto, as 
informações a respeito do assunto são escassas. Além disso, o orgasmo parece causar dilatação do canal cervical 
por até 30 minutos, facilitando assim o transporte do espermatozoide. 
 
 
SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO: 
O aparelho reprodutor masculino é composto por: 
→ Testículos: possui função dupla de produzir hormônios sexuais masculinos e espermatozoides. A 
testosterona – o principal hormônio produzido nos testículos – tem um papel essencial para a 
espermatogênese, para a diferenciação sexual durante o desenvolvimento embrionário e fetal e para o 
controle da secreção de gonadotropinas e seu metabólito, a di-hidrotestosterona age em muitos órgãos 
e tecidos do corpo (p. ex., músculos, padrão da distribuição dos pelos e crescimento de cabelo) durante 
a puberdade e a vida adulta. 
➢ Cada testículo éenvolvido por uma grossa cápsula de tecido conjuntivo denso, a túnica 
albugínea. Ela é espessada na superfície dorsal dos testículos para formar o mediastino do 
testículo, do qual partem septos fibrosos, que penetram o testículo, dividindo-o em 
aproximadamente 250 compartimentos piramidais chamados lóbulos testiculares. Cada lóbulo 
é ocupado por um a quatro túbulos seminíferos que se alojam como novelos envolvidos por um 
tecido conjuntivo frouxo rico em vasos sanguíneos e linfáticos, nervos e células intersticiais 
(células de Leydig). 
➢ Os túbulos seminíferos produzem as células reprodutoras masculinas, os espermatozoides, 
enquanto as células intersticiais secretam andrógeno testicular. 
➢ Os testículos se desenvolvem em posição retroperitoneal, na parede dorsal da cavidade 
abdominal. Durante o desenvolvimento fetal, eles migram e se alojam na bolsa escrotal e ficam 
suspensos na extremidade do cordão espermático. Por causa da migração, cada testículo arrasta 
consigo um folheto do peritônio, a túnica vaginal. Esta túnica consiste em uma camada parietal 
exterior e uma camada visceral interna, que recobrem a túnica albugínea nas porções laterais e 
anterior do testículo; 
➢ Túbulos seminíferos: Cada testículo tem 250 a 1.000 túbulos seminíferos que medem 150 a 250 
μ.m de diâmetro e 30 a 70 cm de comprimento cada um, sendo o comprimento combinado dos 
túbulos de um testículo de aproximadamente 250 m. Os túbulos estão dispostos em alças, e suas 
extremidades se continuam com curtos tubos conhecidos por túbulos retos. Os túbulos retos 
conectam os túbulos seminíferos a um labirinto de canais anastomosados em forma de rede, 
revestidos por um epitélio simples pavimentoso ou cúbico, constituindo a rede testicular no 
mediastino do testículo. Em continuação, aproximadamente 10 a 20 ductos eferentes conectam 
a rede testicular ao início da porção seguinte do sistema de ductos - o ducto epididimário. 
➢ A parede dos túbulos seminíferos é formada por várias camadas de células denominadas epitélio 
germinativo ou epitélio seminífero, o qual é envolvido por uma lâmina basal e por uma bainha 
de tecido conjuntivo. O tecido conjuntivo, por sua vez, é formado por fibroblastos, e sua camada 
mais interna, aderida à lâmina basal, é formada por células mioides achatadas e contráteis e que 
têm características de células musculares lisas. As células intersticiais ou de Leydig se situam 
nesse tecido conjuntivo e ocupam a maior parte do espaço entre os túbulos seminíferos. O 
epitélio seminífero é formado por duas populações distintas de células: as células de Sertoli e as 
células que constituem a linhagem espermatogênica, que se dispõem em 4 a 8 camadas, e sua 
função é produzir espermatozoides. As células da linhagem espermatogênica se originaram do 
saco vitelino do embrião. Por volta do 5° mês de vida fetal um pequeno grupo de células 
denominadas células germinativas primordiais migra do saco vitelino para a gônada que está em 
desenvolvimento. Neste local as células proliferam e colonizam a gônada, originando células 
denominadas espermatogônias. 
➢ Tecido intersticial: é importante para a nutrição das células dos túbulos seminíferos, transporte 
de hormônios e produção de andrógenos. Os espaços entre os túbulos seminíferos do testículo 
são preenchidos com tecido conjuntivo, nervos, vasos sanguíneos e linfáticos. Os capilares 
sanguíneos do testículo são fenestrados e possibilitam a passagem livre de macromoléculas, 
como as proteínas do sangue. Durante a puberdade, toma-se mais evidente um tipo de célula, 
arredondada ou poligonal, e que tem um núcleo central e um citoplasma eosinófilo rico em 
pequenas gotículas de lipídios: as células de Leydig, que são as células produtoras de 
testosterona. 
➢ Os ductos genitais intratesticulares se seguem aos túbulos seminíferos e conduzem 
espermatozoides e fluidos. Eles são os seguintes: túbulos retos, a rede testicular e ductos 
eferentes. A maioria dos túbulos seminíferos tem forma de alça, cujas extremidades continuam 
nos túbulos retos. Nesses túbulos, faltam as células da linhagem espermatogênica e há um 
segmento inicial formado somente por células de Sertoli. Os túbulos retos se continuam na rede 
testicular, situada no mediastino do testículo e composta por uma rede altamente 
anastomosada de canais revestidos por um epitélio de células cuboides. Da rede testicular saem 
10 a 20 ductos eferentes formados por grupos de células epiteliais cuboides não ciliadas que se 
alternam com grupos de células cujos cílios batem em direção do epidídimo, conferindo a este 
epitélio um característico aspecto com saliências e reentrâncias. As células não ciliadas 
absorvem fluido secretado pelos túbulos seminíferos, o que, juntamente com a atividade de 
células ciliadas, cria um fluxo que conduz os espermatozoides para o epidídimo. Os ductos 
eferentes gradualmente se fundem para formar o ducto do epidídimo 
→ Ductos genitais extratesticulares: transportam os espermatozoides do testículo para o meato do pênis, 
são o ducto epididimário, o ducto deferente e a uretra. 
➢ Ducto epididimário: é um tubo único altamente enrolado, que mede de 4 a 6 m de comprimento 
é formado por um epitélio colunar pseudoestratificado, composto de células basais 
arredondadas e de células colunares. A superfície das células colunares é coberta por longos e 
ramificados microvilos de formas irregulares, chamados estereocílios. O epitélio do ducto 
epididimário participa da absorção e digestão dos corpos residuais das espermátides, que são 
eliminados durante a espermatogênese. As células epiteliais se apoiam sobre urna lâmina basal 
que é envolvida por células musculares lisas e por tecido conjuntivo frouxo. As contrações 
peristálticas do músculo liso ajudam a mover o fluido ao longo do tubo. 
➢ A extremidade do dueto do epidídimo origina o ducto deferente, que termina na uretra 
prostática, onde esvazia seu conteúdo. é caracterizado por um lúmen estreito e uma espessa 
camada de músculo liso. Sua mucosa forma dobras longitudinais e ao longo da maior parte de 
seu trajeto é coberta de um epitélio colunar pseudoestratificado com estereocílios. A lâmina 
própria da mucosa é uma camada de tecido conjuntivo rico em fibras elásticas, e a camada 
muscular consiste em camadas internas e externas longitudinais separadas por uma camada 
circular. O músculo liso sofre fortes contrações peristálticas que participam da expulsão do 
sêmen durante a ejaculação. 
➢ O ducto deferente faz parte do cordão espermático, um conjunto de estruturas que inclui ainda 
a artéria testicular, o plexo pampiniforme e nervos. Antes de entrar na próstata, o ducto 
deferente se dilata, formando uma região chamada ampola, na qual o epitélio é mais espesso e 
muito pregueado. Na porção final da ampola desembocam as vesículas seminais. Em seguida, o 
ducto deferente penetra a próstata e se abre na uretra prostática. O segmento que entra na 
próstata é chamado ducto ejaculatório, cuja mucosa é semelhante à do deferente, porém não 
é envolvida por músculo liso. 
→ Glândulas acessórias: são as vesículas seminais, a próstata e as glândulas bulbouretrais, produtoras de 
secreções essenciais para a função reprodutiva do homem. 
➢ As vesículas seminais consistem em dois tubos muito tortuosos que, quando estendidos, 
medem aproximadamente 5 a 10 cm. A sua mucosa é pregueada e forrada com epitélio cuboide 
ou pseudoestratificado colunar. As células epiteliais são ricas em grânulos de secreção, 
semelhantes aos encontrados em células que sintetizam proteínas. São glândulas que produzem 
uma secreção amarelada que contém substâncias importantes para os espermatozoides, como 
frutose, citrato, inositol, prostaglandinas e várias proteínas; 
➢ A próstata é um conjunto de 30 a 50 glândulas tubuloalveolares ramificadas que envolvem uma 
porção da uretra chamada uretra prostática. A próstata tem três zonas distintas: a zona central 
(cerca de 25% do volume da glândula), a zona de transição e a zona periférica (cerca de70% da 
glândula); seus ductos desembocam na uretra prostática. As glândulas tubuloalveolares da 
próstata são formadas por um epitélio cuboide alto ou pseudoestratificado colunar. Um estroma 
fibromuscular cerca as glândulas. A próstata é envolvida por uma cápsula fibroelástica rica em 
músculo liso. As glândulas produzem secreção e a armazenam para expulsá-la durante a 
ejaculação. Da mesma maneira como a vesícula seminal, a estrutura e a função da próstata são 
reguladas por testosterona; 
➢ As glândulas bulbouretrais (as glândulas de Cowper), que medem de 3 a 5 nun de diâmetro, 
situam-se na porção membranosa da uretra, na qual lançam sua secreção. Elas são glândulas 
tubuloalveolares, revestidas por um epitélio cúbico simples secretor de muco. Células 
musculares esqueléticas e lisas são encontradas nos septos que dividem a glândula em lóbulos. 
O muco secretado é claro e age corno lubrificante. 
→ Pênis: Os componentes principais do pênis são a uretra e três corpos cilíndricos de tecido erétil, sendo 
este conjunto envolvido por pele. Dois desses cilindros - os corpos cavernosos do pênis - estão localizados 
na parte dorsal do pênis. O terceiro, localizado ventralmente, é chamado corpo cavernoso da uretra ou 
corpo esponjoso e envolve a uretra. Na sua extremidade distal ele se dilata, formando a glande do pênis. 
A maior parte da uretra peniana é revestida por epitélio pseudoestratificado colunar, que na glande se 
transforma em estratificado pavimentoso. Glândulas secretoras de muco (glândulas de Littré) são 
encontradas ao longo da uretra peniana. O prepúcio é uma dobra retrátil de pele que contém tecido 
conjuntivo com músculo liso em seu interior. Glândulas sebáceas são encontradas na dobra interna e na 
pele que cobre a glande. Os corpos cavernosos são envolvidos por uma camada resistente de tecido 
conjuntivo denso, a túnica albugínea 
→ A ereção do pênis é um processo hemodinâmico controlado por impulsos nervosos sobre o músculo liso 
das artérias do pênis e sobre o músculo liso das trabéculas que cercam os espaços vasculares dos corpos 
cavernosos. No estado flácido, o fluxo de sangue no pênis é pequeno, mantido pelo tônus intrínseco da 
musculatura lisa e por impulsos contínuos de inervação simpática. A ereção ocorre quando impulsos 
vasodilatadores do parassimpático causam o relaxamento da musculatura dos vasos penianos e do 
músculo liso dos corpos cavernosos. A vasodilatação também se associa à concomitante inibição de 
impulsos vasoconstritores do simpático. A abertura das artérias penianas e dos espaços cavernosos 
aumenta o fluxo de sangue que preenche os espaços cavernosos, produzindo a rigidez do pênis.

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