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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ CURSO DE MATEMÁTICA ARTIGO CIENTÍFICO FRANCISCO DE ASSIS FERNANDES BANDEIRA OS JOGOS EDUCATIVOS COMO FERRAMENTA PARA O ENSINO DE MATEMÁTICA Fortaleza 2019 FRANCISCO DE ASSIS FERNANDES BANDEIRA OS JOGOS EDUCATIVOS COMO FERRAMENTA PARA O ENSINO DE MATEMÁTICA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Estácio de Sá como exigência parcial para obtenção do grau de Bacharel em Matemática Aprovado em: ___/___/___ Fortaleza 2019 RESUMO A pesquisa tem como objetivos analisar, a partir das respostas de dez professores que lecionam em escolas do Ensino Fundamental do município de Jaguaribe, a importância dos jogos no ensino de Matemática e identificar os jogos que são utilizados por esses docentes na sua prática pedagógica. O estudo de natureza básica de caráter indutivo e exploratório foi realizado no segundo semestre de 2018, precisamente no período de agosto a dezembro e utilizou uma abordagem qualiquantitativa na análise das informações produzidas. A coleta de dados se deu através de uma pesquisa bibliográfica e questionário estrutura realizado com professores de Matemática. Os resultados alcançados com a pesquisa mostram que os professores utilizam vários tipos de jogos em suas aulas, relatam o desenvolvimento de competências e habilidades nos alunos, além de obstáculos que dificultam o ensino da matemática através de jogos. Palavras-chave: jogo; ensino; Matemática INTRODUÇÃO As instituições escolares atuais passam por um processo de transformação didático metodológico ao buscar um ensino que seja significativo e atraente para o aluno. Nesse contexto de mudanças, os professores de matemática são convidados a fazer uso de diferentes ferramentas e estratégias de ensino e aprendizagem como jogos, por exemplo. Nesse sentido, os jogos matemáticos possuem um papel importante nessa nova maneira de pensar e praticar o ensino da Matemática, pois permitem que se crie um ambiente de aprendizagem que contemple a interação, discussão, construção, aprimoramento e reflexão dentro do processo de ensino e aprendizagem. É, portanto justificável a opção por ter como objeto de estudo os jogos matemáticos, uma vez que a sua utilização é uma excelente estratégia para envolver o aluno, desenvolver o raciocínio lógico e despertar o interesse e gosto pela disciplina de Matemática. O enfoque central do trabalho é a utilização de jogos na disciplina de Matemática no ensino fundamental e tem a seguinte questão norteadora: Os jogos educativos são importantes quando utilizados como estratégia pedagógica para o ensino de Matemática no ensino fundamental? Para que a problemática que norteia a pesquisa possa ser esmiuçada com todo o rigor científico se definiu os seguintes objetivos: analisar, a partir das respostas dos professores, a importância dos jogos no ensino de Matemática e identificar os jogos que são utilizados por esses docentes. A pesquisa de natureza qualiquantitativa foi realizada com 10 (dez) professores que lecionam Matemática no Ensino Fundamental Maior em escolas públicas municipais na cidade de Jaguaribe - Ce, no período de agosto a dezembro de 2018. A intenção dessa pesquisa não é esgotar todo o conhecimento sobre jogos matemático mais contribuir de forma direta e prática com o processo de ensino e aprendizagem na disciplina de Matemática, especificamente nos anos finais do Ensino Fundamental. Tornando-se uma contribuição a mais na vasta literatura científica sobre Jogos Matemáticos e sua relação com o processo de ensino e aprendizagem. REFERENCIAL TEÓRICO A missão da escola contemporânea é recheada de desafios, pois a proposta educativa de oferecer um ensino motivador, significativo e atraente que foge da educação restrita e focada apenas na educação acadêmica, exige uma mudança de paradigma educacional e de uma nova postura profissional voltada para a construção de um saber compromissado com o desenvolvimento de uma sociedade mais justa e igualitária. Nesse cenário, o fazer pedagógico na disciplina de Matemática no Ensino Fundamental se torna abrangente e complexo diante das possibilidades que se abrem com a utilização de novas metodologias e ferramentas educativas como os jogos, por exemplo. Dessa maneira, a valorização do jogo como metodologia educativa para promover o desenvolvimento da criança nos seus aspectos sociais, culturais e emocionais, deve ser incentivada e aperfeiçoada nas escolas. Segundo Faria (1995), a concepção piagetiana entende os jogos como uma assimilação funcional simples que gera uma sensação de prazer ao realizar uma atividade lúdica dominando completamente as ações da mesma. O autor ainda acrescenta que os jogos fortalecem os esquemas mentais já constituídos e dar equilíbrio emocional e prazer à criança. Para Vygotsky (1989), a criança se desenvolve com mais facilidade ao praticar atividades lúdicas como jogos, pois tem a capacidade de fomentar na criança a curiosidade, a iniciativa, a autoconfiança, a concentração e o desenvolvimento da linguagem. Os jogos no ensino da Matemática é uma tendência que vem se fortalecendo não só porque permite ao aluno colocar em prática sua aptidão de solucionar situações-problemas baseados em elucidações próprias como também por desenvolver características sociais que proporcionam ao estudante a autonomia para questionar, perguntar e expressar dúvidas sobre determinado conteúdo. Macedo, Petty e Passos (2000) enfatizam que: [...] jogar favorece a aquisição de conhecimento, pois o sujeito aprende sobre si próprio (como age e pensa), sobre o próprio jogo (o que o caracteriza, como vencer), sobre as relações sociais relativas ao jogar (tais como competir e cooperar) e, também, sobre conteúdos (semelhantes a certos temas trabalhados no contexto escolar). Ao jogar, o aluno interage naturalmente com seus pares expondo as suas dúvidas e pensamentos sobre a situação-problema criada pelo jogo, dando ao professor a chance de intervir propondo questões ou caminhos que mantenha os alunos em constante exercício de pensar e refletir sobre as possíveis soluções. Esse ambiente de aprendizagem proporcionado pelo jogo faz mais sentido para os alunos porque os tornam atores do seu próprio conhecimento. O uso dos jogos no ensino da matemática é uma estratégia metodológica que aproxima o aluno do conhecimento matemático porque dá uma nova dimensão ao processo de ensino e aprendizagem. A brincadeira e a espontaneidade que se desenvolve durante uma atividade lúdica permite que o aluno tenha um primeiro contato diferente com o conteúdo em estudo, pois a prática pedagógica tem sinalizado que: […] o início da aprendizagem de um conhecimento é sempre o mais importante […], pois nele tem origem a disponibilidade ou não para aprender. A iniciação pode ser responsável pelo desenvolvimento de atitudes frente a aprendizagem que se manifestam numa graduação que vai desde o entusiasmo, curiosidade e busca do conhecimento até a imobilização e o bloqueio da capacidade de aprendê-lo. (MOURA E LOPES, P. 7, 2003) Quando desafiamos nossos alunos através de jogos, motivarmos os mesmos a encontrar suas próprias soluções através de conexões que se processam no âmbito do conhecimento matemático e do cotidiano de cada um. Assim, o conhecimento se produz de forma prazerosa significativa e eficiente, pois é no “[…] jogo e pelo jogo que a criança é capaz de atribuir aos objetos significados diferente; desenvolver a sua capacidade de abstração e começar a agir independentemente daquilo que vê, operando com os significados diferentes.” (GRANDO, P. 2, 2001). O mesmo autor ainda afirma que “[...] ao ser observado o comportamento de umacriança em situações de brincadeira e/ou jogo percebe-se o quanto ela desenvolve sua capacidade de resolver problemas”. (GRANDO, P. 2, 2001) Dessa forma, o jogo favorece a criação de um espaço onde o aluno desenvolve a sua autonomia diante de situações-problemas e ao mesmo tempo desfruta de momentos de socialização com seus pares. Tanto é que Melo e Sardinha (p.9, 2009) relatam que “a utilização de jogos contribui, ainda, para a formação de atitudes sociais como respeito mútuo, cooperação, obediência às regras, senso de responsabilidade e justiça […].” e ainda acrescentam que é através dos jogos que […] se estabelece um vínculo que une a vontade e o prazer no momento em que se está realizando uma atividade, criando, dessa maneira, um ambiente atraente ao aluno, pois estarão aprendendo de forma satisfatória e gratificante ao professor, que pode ver seus alunos empolgados num aprendizado mais dinâmico. (MELO E SARDINHA, P.9, 2009). Para reforçar a importância dos jogos para o ensino da Matemática, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) de Matemática do Ministério da Educação (MEC) destacam que o uso de jogos: Constituem uma forma interessante de propor problemas, pois permitem que estes sejam apresentados de modo atrativo e favorecem a criatividade na elaboração de estratégias de resolução de problemas e busca de soluções. Propicia a simulação de situações-problema que exigem soluções vivas e imediatas, o que estimula o planejamento das ações. [...] (BRASIL, 1998, p.46). Os jogos aplicados ao ensino da Matemática devem ter como objetivo levar o aluno a aprender sem precisar decorar e aplicar fórmulas matemática de forma mecânica e sem significado, como também desenvolver a compreensão matemática e seus conteúdos como algo que já está na vida de cada um, “[…] pois está na vida, muito antes de ser apreendida ou apresentada no espaço escolar” (SÁ, P.2, 2010). Para autores como Smole, Diniz e Milane (2007), a resolução de problemas é o método mais eficaz para trabalhar a matemática com jogos. Para os autores citados acima, essa metodologia se torna, então, o caminho para a formulação de atividades matemáticas que possibilita aos alunos a apreensão do conhecimento através da observação a da vivência proporcionada pelos jogos de problemas matemáticos. Segundo Borin (1998), os jogos de resolução de problemas desenvolvem a criticidade do aluno perante qualquer desafio ou situação em que seja necessária uma resposta. Essa metodologia muda à forma como se percebe o ensino da Matemática, pois o docente passa a ser o espectador no processo de desenvolvimento do conhecimento ao não interferir na sequência de resolução dos problemas, intercedendo apenas em momentos que seja necessário expor outras possibilidades de resolução ou reflexão sobre as descobertas dos alunos. O uso de jogos requer, segundo Starepravo (1999), a escolha de técnicas que possibilitem ao aluno a exploração total de todo o potencial do jogo. Assim, a organização do grupo, a escolha adequada de jogos para determinado conteúdo e o aprofundamento sobre as soluções encontradas deve ser levada em conta durante a preparação de aulas com jogos. Conforme estudos de Smole, Diniz e Milane (2007), para que o jogo possa ter resultados satisfatórios na aprendizagem matemática dos alunos é necessário que o jogo seja repetido para que o discente possa aprender as regras e associá-las ao conhecimento matemático, estimular a leitura das regras do jogo para discuti-las com o grupo, incentivar o registro das jogadas ou táticas utilizadas e convidar os alunos a criar seus próprios jogos tendo como base os jogos utilizados. Sendo assim, cabe ao professor de Matemática a tarefa de transformar os jogos em ferramenta pedagógica efetiva, contextualizada e motivadora. Planejada e confeccionada para sanar ou amenizar as principais dificuldades dos alunos e tornar o estudo de Matemática prazeroso e significativo. Sendo assim, cabe ao professor de Matemática a tarefa de transformar os jogos em ferramenta pedagógica efetiva, contextualizada e motivadora. Planejada e confeccionada para sanar ou amenizar as principais dificuldades dos alunos e tornar o estudo de Matemática prazeroso e significativo. METODOLOGIA Toda investigação de caráter científico depende de um conjunto de procedimentos de teor técnico e intelectual para que os objetivos propostos sejam alcançados. Para Prodanov e Freitas (2008) a pesquisa científica busca a construção do conhecimento tendo como base certas exigências científicas. Assim, “Para que um estudo seja considerado científico, devem ser observados critérios de coerência, consistência, originalidade e objetivação.” (PRODANOV e FREITAS, 2008, P. 73) A pesquisa básica de caráter indutivo e exploratório será, quanto ao seu procedimento técnico, uma pesquisa de levantamento de dados que propõe interrogar professores que lecionam Matemática. Para Prodanov e Freitas (2008, P. 57), “esse tipo de pesquisa ocorre quando envolve a interrogação direta das pessoas cujo comportamento desejamos conhecer através de algum tipo de questionário”. Com relação à abordagem, a pesquisa terá uma análise qualiquantitativa dos dados coletados e interpretação do fenômeno em estudo. A análise qualitativa é uma “categoria de investigação que tem como objeto o estudo de uma unidade de forma aprofundada, podendo tratar-se de um sujeito, de um grupo de pessoas, de uma comunidade etc.” (PRODANOV e FREITAS, 2008, P. 60).Já a análise quantitativa considera que tudo pode ser quantificável, o que significa traduzir em números opiniões e informações para classificá-las e analisá-las. Requer o uso de recursos e de técnicas estatísticas (percentagem, média, moda, mediana, desvio-padrão, coeficiente de correlação, análise de regressão etc.). (PRODANOV e FREITAS, 2008, P. 69). Sobre os procedimentos de coletas de dados, a pesquisa realizou um levantamento bibliográfico a partir de materiais já publicados que “demonstra que o pesquisador está atualizado nas últimas discussões no campo de conhecimento em investigação” (PRODANOV e FREITAS, 2008, P. 130) e um questionário estruturado com 6 perguntas fechadas com a possibilidade da escolha de mais de uma opção nas cinco últimas perguntas A pesquisa foi realizada no segundo semestre de 2018, no período de agosto a dezembro e teve como universo de pesquisa 10 (dez) professores de Matemática dos anos finais do Ensino Fundamental da rede pública municipal da cidade de Jaguaribe. ANÁLISE DOS DADOS O quadro 01 abaixo espoe o perfil profissional dos 10 (dez) professores da rede pública de ensino que foram entrevistados na pesquisa. Quadro 01: Perfil Profissional dos Entrevistados Perguntas Respostas Número Porcentagem Qual o seu sexo? Masculino 7 70% Feminino 3 30% Qual o seu vínculo contratual? Efetivo 9 90% Temporário (contratado) 1 10% Há quanto tempo leciona Matemática? Menos de 5 anos 1 10% Mais de 5 anos 6 60% 10 (dez) anos ou mais 3 30% Há quanto tempo trabalha nessa escola? Menos de 5 anos 8 80% Mais de 5 anos 2 20% 10 (dez) anos ou mais 0 0% Qual a sua formação acadêmica? Superior incompleto 0 0% Superior 2 20% Especialização 8 80% Mestrado 0 0% Fonte: Dados da pesquisa Ao analisar o quadro 01, se conclui que 70% dos professores é do sexo masculino e 90% tem contrato efetivo com o município. Dos 10 (dez) professores, apenas um tem menos de cinco anos lecionando a disciplina de Matemática. Constatou-se também que 80% dos professores trabalham a menos de cinco anos na escola e só 20% tem mais de cinco anos na mesma escola. Todos os docentes possuem nível superior e 80% tem especialização. Com relação a primeira pergunta do questionário estruturado respondido pelos professores, foi construído o gráfico 01 abaixo, com o resultado das respostasdos profissionais entrevistados. Gráfico 01: Costuma utiliza jogos nas aulas de Matemática? Fonte: Dados da pesquisa O gráfico 01 mostra que nove, ou seja, 90% dos professores costumam utiliza jogos nas aulas de Matemática e apenas um docente que corresponde a 10%, só utiliza às vezes. Isso nos faz entender que a maioria dos educadores usam jogos como alternativa metodológica para desenvolver determinadas aprendizagens matemáticas Para Vygotsky o jogo em forma de brinquedo permite que a criança use a imaginação e desenvolva uma zona proximal que pode ser bastante explorada pelos professores. Os resultados para a segunda pergunta foram tabulados e transformados em gráfico com se vê logo abaixo. Gráfico 02: Qual desses jogos usa com mais frequência? Fonte: Dados da pesquisa Ao analisar o gráfico 02, se detectou que o jogo da multiplicação foi o mais utilizado pelos professores ao alcançar 30% do total. O jogo de divisão foi escolhido por dois professores e xadrez e dama por mais dois professores que corresponde a 20% para cada jogo. As outras opções de jogos foram escolhidas por um professor, perfazendo 10% para cada jogo. Portanto, todas as alternativas foram contempladas. Isso mostra que os professores entendem a relevância de metodologias de ensino que usam jogos como ferramenta didática para melhorar o desenvolvimento cognitivo dos alunos. O gráfico 03 abaixo apresenta o resultado da terceira pergunta do questionário respondido pelos docentes. Gráfico 03: Como esses jogos podem contribuir para o desenvolvimento da aprendizagem matemática dos alunos? Fonte: Fonte: Dados da pesquisa Mais uma vez, todas as alternativas foram contempladas. Contudo a concentração e o raciocínio lógico-matemático foram considerados a melhor contribuição para o desenvolvimento da aprendizagem de matemática para 60% dos professores, ou seja, seis docentes. Já dois docentes, isto é, 20% deles responderam que contribui com a construção autônoma de estratégias e soluções. Um docente, que representa 10% do total, afirmou que contribui para fixar os conteúdos com situações reais de jogo e outro educador colocou que estimula o aluno a estudar com prazer e significado. O gráfico 04 abaixo tem o resultado das respostas da quarta pergunta feita aos professores sobre jogos matemáticos. Gráfico 04: O que pode ser desenvolvido durante a resolução de um jogo na disciplina de Matemática? Fonte: Fonte: Dados da pesquisa Pela análise do gráfico 04 acima, se constatou que cinco docentes que representa 50% do universo pesquisado apontaram os jogos como fator de desenvolvimento da assimilação de conceitos matemáticos e outros cinco professores, ou seja, 50% do total, afirmaram que os jogos melhoram o raciocínio lógico dos alunos. O gráfico 05 traz as respostas tabuladas da quinta pergunta do questionário respondido pelos professores. Gráfico 05: Quais empecilhos dificultam o ensino da Matemática através de jogos? Fonte: Dados da pesquisa Ao estudar o gráfico 05 acima, se percebeu que as únicas opções não contempladas foi à falta de apoio dos coordenadores pedagógicos o que demostra a vontade das coordenações dessas escolas em incentivar o uso de jogos como estratégia pedagógica e a inadequação dos jogos que sinaliza que a adequação depende de cada professor. Contudo, seis professores que representa 60% dos entrevistados, afirmaram que falta experiência na utilização de jogos como ferramenta didática e quatro, ou seja, 40% dos professores apontaram que falta material e tempo de planejamento dificultam a utilização de jogos nas aulas de matemática. O resultado da sexta e ultima pergunta feita aos professores foi exposto no gráfico 06 abaixo. Gráfico 06: O que pode ser feito para que se possa trabalhar mais com jogos na disciplina de Matemática? Fonte: Dados da pesquisa Quando se analisa o gráfico 06 acima, se percebe que todos os dez professores dizem que a formação específica para o uso de jogos na disciplina de Matemática é o que precisa ser feito para aumentar a frequência com que professores de matemática os usam como ferramenta metodológica nas suas aulas. CONSIDERAÇÕES FINAIS A partir da análise dos dados obtidos com o questionário aplicado aos professores e o levantamento teórico realizado através de uma pesquisa bibliográfica, observou-se que os jogos são importantes para o desenvolvimento da aprendizagem ao unir o lúdico com os fundamentos teóricos de algum conteúdo para dar sentido e se tornar palpável e real para os alunos. O referencial teórico mostrou que a escola atual convida os professores a fazer uso de estratégias metodológicas diferenciadas como os jogos, principalmente os docentes da disciplina de Matemática que precisam desenvolver uma prática pedagógica que propicie ao aluno o contato com conteúdos que sejam palpáveis, façam sentido e despertem a curiosidade e a imaginação. Já a verificação das respostas do questionário, constatou que os professores utilizam uma grande variedade de jogos porque entendem a sua relevância metodológica no processo de ensino e aprendizagem na disciplina de matemática. Atestou-se também que os jogos matemáticos melhoram o raciocínio lógico, permite a criação de estratégias e soluções para problemas matemáticos, fixar os conteúdos e dar sentido e prazer ao estudo da Matemática. Contudo, se observou que o uso de jogos matemáticos exige tempo de planejamento e experiência para usá-los como método de ensino eficiente e que seja frequente. Como também se verificou que essas dificuldades podem ser sanadas com formações específicas para o uso de jogos na disciplina de Matemática. Ao final, os objetivos propostos na pesquisa foram alcançados, pois se pôde confirmar, a partir das respostas dos professores, a importância dos jogos no ensino de Matemática e identificar os jogos que são utilizados por esses docentes. BIBLIOGRAFIA BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais - Adaptações curriculares - Estratégias para a educação de alunos com necessidades educacionais especiais. Brasília: MEC/SEF/SEESP, 1998. BORIN, J. 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