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Importância da Afetividade na Educação a Distância

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formação de tutores ead
Bezerra e Melo (2017), em sua pesquisa realizada sobre a 
importância da afetividade na Educação a Distância (EaD), 
buscam identificar os saberes necessários à prática educativa 
indicada por Freire, para analisar a importante relação entre 
professor-tutor e educandos evitando o impacto da distância 
transacional , construindo uma relação empática e afetiva entre 
os participantes de um curso na modalidade EaD, essa 
atribuição do professor-tutor tem sido cada vez mais estudada. 
Por meio do afeto, o professor-tutor constrói seus diálogos com 
o estudante, criando vínculos e sendo reconhecido como um 
grande parceiro no desenvolvimento do educando.
Nota-se que a educação tem tomado novos formatos, sendo 
capaz de se modernizar e acompanhar os avanços de sua 
época, abordaremos neste módulo de forma breve como o 
ensino blended “misturado” tem sido utilizado de forma a tornar 
a educação cada vez mais atual.
A avaliação deve ser entendida como um meio para a 
percepção, diagnóstico e análise de problemas no aprendizado, 
através de monitoramento, e levantamento de indicadores que 
revelam se a aprendizagem realmente trouxe eficácia ou não ao 
educando. Refletindo acerca das experiências individuais de 
cada participante, em conjunto com a abordagem teórica das 
metodologias pedagógicas que conduzem ao 
autodesenvolvimento, a maior interação entre professor e 
alunos e a aprendizagem colaborativa. (MAIA; MENDONÇA e 
GOES; 2005).
Módulo 4
Vaniel et al. (2013), acreditam que a afetividade tem um grande 
poder de fornecer segurança ao estudante, segurança em saber que 
os feedbacks, palavras e mensagens escritas recebidas, são 
disponibilizados por pessoas de carne e osso.
 
Que estão no ambiente virtual para caminhar juntos, estabelecendo 
laços de amizade, contribuindo para que o processo de ensino e 
aprendizagem se transforme em uma troca, construindo 
conhecimento criando laços afetivos, transpondo dificuldades e 
acreditando que a tecnologia influencia os corações na educação, 
pois com a unificação dos espaços, abre caminhos para a reflexão.
As tecnologias podem ser utilizadas para a disseminação da 
informação e construção de novos saberes, vivência, afeto e 
acolhimento, revelando outras formas de produção do 
conhecimento, e por meio dessa interação com o mundo, 
aprendendo, ensinando e sentindo.
Se bem aproveitada a EaD pode sim ser grande influenciadora para a 
mudança positiva do ensino no país, a virtualização do ambiente 
vem agregar a educação novas formas do saber se tornar mais 
dinâmico, veloz e objetivo entre os participantes. 
Como na educação presencial a EaD também possibilita que o 
pedagógico seja potencializado por meio das Tecnologias da 
Informação e Comunicação (TICs), no entanto é importante que as 
mídias digitais aplicadas na educação estejam visando uma 
educação problematizadora, que o ser humano busque conhecer a 
partir de suas inquietações, das dúvidas em relação aos problemas 
que vão surgindo e trazendo mudanças. (VANIEL et al., 2013).
Mais do que a inclusão das tecnologias na educação e a 
democratização do acesso a educação por meio do ensino a 
distância, é preciso apostar nas tecnologias construtivas que 
buscam desenvolver a autonomia, troca de problematização e 
interação, por isso acredita-se que o papel que os tutores a distância 
desempenham nos cursos de EaD, assim como a relação harmônica 
desses tutores, podem enriquecer o processo de ensino.
Para Vaniel et al. (2013), a relação afetiva diminui essa sensação de 
afastamento físico, aproximando pessoas, estabelecendo laços 
contribuindo para que o processo de ensino e aprendizagem se torne 
uma troca e não um processo de estímulo e resposta.
Segundo Vaniel et al. (2013), o afeto é uma palavra que origina-se do 
latim affectus que vem a ser ações e atitudes de proteção. É uma 
relação acolhedora e afetuosa que se estabelece com os estudantes. 
Essa afetividade ajuda ao estudante a compreender que estão 
interagindo com seres humanos, e não com computadores, por meio 
de uma escuta atenta e respeitosa, que cobra e corrigi, mediando, 
motivando e incentivando a aprendizagem, com diálogo, troca de 
experiências, debates e reflexões. Buscando conhecer a realidade dos 
alunos em todas as dimensões “pessoal, escolar, familiar e social”.
A emoção é definida como agitação de sentimento, abalo afetivo ou 
moral. A afetividade envolve vivências individuais carrega um sentido 
mais amplo são formas de expressões mais complexas do ser 
humano, como a linguagem. Conforme Longhi et al. (2009) a 
cognição é empregada quando se identifica o conjunto de processos 
mentais que participam na aquisição do conhecimento, na 
percepção de mundo, de si mesmo e de como é representado esse 
mundo.
Para Vaniel et al. (2013), ninguém nasce tutor e para se alcançar uma 
posição de superação que os autores chamam de “supertutor” ou 
tutores superpoderosos é preciso querer ser, buscar por constante 
formação e estar aberto para aprender e sentir com o próximo, 
cuidando do estudante para que responda positivamente aos 
cuidados e carinhos. Contudo é importante trazer a memória que 
afetividade não significa permitir ao estudante que faça o seu curso 
relaxadamente, o tutor irá cobrar pontualidade nas entregas, 
qualidade das postagens e textos, correção gramatical e linguística, 
mas com compreensão e respeito. Pois não basta apenas 
disponibilizar conteúdo em um ambiente virtual esteticamente 
bonito, se neste ambiente não aflorar o acolhimento, propiciando ao 
indivíduo uma experiência efetiva e afetiva. 
Conforme o decreto nº 9.057, de 25 de maio de 2017, considera-se 
educação a distância “modalidade educacional” sua mediação 
didático-pedagógica, ocorre por meio de tecnologias de informação 
e comunicação, com pessoas qualificadas, políticas pensadas para 
o acesso, acompanhamento e avaliação que seja compatível. 
Desenvolva atividades educativas, atividades com propósito de gerar 
no educando o saber, mesmo que estejam em lugares e tempos 
diferentes.
E é por meio da comunicação mediada pelas TICs que Vaniel et al. 
(2013), afirmam que vínculos afetivos e educativos serão criados e 
mantidos, citando o diferencial da FURG (Universidade Federal do 
Rio Grande), que acreditou no importante papel dos tutores a 
distância para que os cursos de EaD sejam desempenhados com 
interação, troca e problematização das informações, com atenção 
para que não se torne tradicional, isto é, bancário.
O tutor é o elo entre o curso e o estudante, media, encurta distâncias, 
motiva, isto é, provoca, estimula impulsos internos nos alunos para 
que busquem aprender e interagir. A motivação de acordo com Reis 
(2011), conforme citado por VANIEL et al. (2013), deriva do verbo 
latino movere, movimento que irá levar o indivíduo a fazer algo, de 
alguma forma completar suas tarefas, manter-se em ação, ir ou 
mover-se em direção ao objetivo. 
O sujeito quando motivado se esforça para alcançar seus objetivos. 
Na concepção da didática a motivação é o processo de incentivo, 
provocando impulsos internos do aluno, levando-o a interessar-se 
pela participação das atividades escolares. Portanto quando há 
desatenção do tutor, irresponsabilidade, ausência ou má expressão 
na linguagem pode ser motivo de desmotivação, baixo rendimento e 
até mesmo desistência de alunos.
Sendo assim, ser sensível ao ouvir, aceitar, empatizar, se 
posicionando realmente no lugar do outro, pensando da mesma 
forma como o outro pensaria, auxiliando ao estudante a transpor 
suas dificuldades e a superando.
Para Oliveira (2009), estudos da neurociência revelam a importância 
da cognição e afetividade para a aprendizagem, como fator 
primordial a motivação, impulsionando desejos, atitudes, interesses 
e as interações dos sujeitos, tornando-se objeto de estudo da 
educação on-line.
De acordo com Arantes (2002), conforme citado por Vaniel et al. 
(2013), não há uma aprendizagem somente cognitiva ou racional, os 
aspectos afetivos não ficam dolado de fora de uma sala de aula, seja 
on-line ou presencial, quando na interação com os objetos de 
conhecimento, pois os sentimentos, relações interpessoais e afetos 
estão presentes enquanto pensam.
Para Vaniel et al. (2019), é importante a demonstração de 
afetividade. Fazê-la presente no ambiente virtual, na atenção ao 
cursista, nas respostas rápidas, nas mensagens individuais ou 
coletivas, na motivação dos alunos, instigando-os a participarem, 
entender e ouvir. Assim como tratá-los pelo primeiro nome, 
utilizando expressões que demonstrem mais intimidade como “olá 
querido Pedro”, mas sem deixar de exigir comprometimento, 
responsabilidade, participação e pontualidade.
Comece valorizando os pontos fortes, aponte o que precisa ser 
melhorado mas de forma construtiva, trate com respeito e 
compreensão esteja aberto ao diálogo. Vaniel et al. (2013), dizem 
que tutores são como avatares virtuais que por meio das palavras 
escritas revelam quem de fato são. Para alguns demonstrar afeto 
pode ser difícil, pois a afeição requer doação, implica em abrir-se 
para o outro e nem todos estão dispostos a isso. A tutoria demanda 
postura ética, responsabilidade, conhecimento teórico e técnico das 
ferramentas virtuais do ambiente de aprendizagem; e cuidado na 
construção das relações humanas. 
2
MEDIAÇÃO AFETIVA
Vaniel et al. (2013), acreditam que a afetividade tem um grande 
poder de fornecer segurança ao estudante, segurança em saber que 
os feedbacks, palavras e mensagens escritas recebidas, são 
disponibilizados por pessoas de carne e osso.
 
Que estão no ambiente virtual para caminhar juntos, estabelecendo 
laços de amizade, contribuindo para que o processo de ensino e 
aprendizagem se transforme em uma troca, construindo 
conhecimento criando laços afetivos, transpondo dificuldades e 
acreditando que a tecnologia influencia os corações na educação, 
pois com a unificação dos espaços, abre caminhos para a reflexão.
As tecnologias podem ser utilizadas para a disseminação da 
informação e construção de novos saberes, vivência, afeto e 
acolhimento, revelando outras formas de produção do 
conhecimento, e por meio dessa interação com o mundo, 
aprendendo, ensinando e sentindo.
Se bem aproveitada a EaD pode sim ser grande influenciadora para a 
mudança positiva do ensino no país, a virtualização do ambiente 
vem agregar a educação novas formas do saber se tornar mais 
dinâmico, veloz e objetivo entre os participantes. 
Como na educação presencial a EaD também possibilita que o 
pedagógico seja potencializado por meio das Tecnologias da 
Informação e Comunicação (TICs), no entanto é importante que as 
mídias digitais aplicadas na educação estejam visando uma 
educação problematizadora, que o ser humano busque conhecer a 
partir de suas inquietações, das dúvidas em relação aos problemas 
que vão surgindo e trazendo mudanças. (VANIEL et al., 2013).
Mais do que a inclusão das tecnologias na educação e a 
democratização do acesso a educação por meio do ensino a 
distância, é preciso apostar nas tecnologias construtivas que 
buscam desenvolver a autonomia, troca de problematização e 
interação, por isso acredita-se que o papel que os tutores a distância 
desempenham nos cursos de EaD, assim como a relação harmônica 
desses tutores, podem enriquecer o processo de ensino.
Para Vaniel et al. (2013), a relação afetiva diminui essa sensação de 
afastamento físico, aproximando pessoas, estabelecendo laços 
contribuindo para que o processo de ensino e aprendizagem se torne 
uma troca e não um processo de estímulo e resposta.
Segundo Vaniel et al. (2013), o afeto é uma palavra que origina-se do 
latim affectus que vem a ser ações e atitudes de proteção. É uma 
relação acolhedora e afetuosa que se estabelece com os estudantes. 
Essa afetividade ajuda ao estudante a compreender que estão 
interagindo com seres humanos, e não com computadores, por meio 
de uma escuta atenta e respeitosa, que cobra e corrigi, mediando, 
motivando e incentivando a aprendizagem, com diálogo, troca de 
experiências, debates e reflexões. Buscando conhecer a realidade dos 
alunos em todas as dimensões “pessoal, escolar, familiar e social”.
A emoção é definida como agitação de sentimento, abalo afetivo ou 
moral. A afetividade envolve vivências individuais carrega um sentido 
mais amplo são formas de expressões mais complexas do ser 
humano, como a linguagem. Conforme Longhi et al. (2009) a 
cognição é empregada quando se identifica o conjunto de processos 
mentais que participam na aquisição do conhecimento, na 
percepção de mundo, de si mesmo e de como é representado esse 
mundo.
Para Vaniel et al. (2013), ninguém nasce tutor e para se alcançar uma 
posição de superação que os autores chamam de “supertutor” ou 
tutores superpoderosos é preciso querer ser, buscar por constante 
formação e estar aberto para aprender e sentir com o próximo, 
cuidando do estudante para que responda positivamente aos 
cuidados e carinhos. Contudo é importante trazer a memória que 
afetividade não significa permitir ao estudante que faça o seu curso 
relaxadamente, o tutor irá cobrar pontualidade nas entregas, 
qualidade das postagens e textos, correção gramatical e linguística, 
mas com compreensão e respeito. Pois não basta apenas 
disponibilizar conteúdo em um ambiente virtual esteticamente 
bonito, se neste ambiente não aflorar o acolhimento, propiciando ao 
indivíduo uma experiência efetiva e afetiva. 
Conforme o decreto nº 9.057, de 25 de maio de 2017, considera-se 
educação a distância “modalidade educacional” sua mediação 
didático-pedagógica, ocorre por meio de tecnologias de informação 
e comunicação, com pessoas qualificadas, políticas pensadas para 
o acesso, acompanhamento e avaliação que seja compatível. 
Desenvolva atividades educativas, atividades com propósito de gerar 
no educando o saber, mesmo que estejam em lugares e tempos 
diferentes.
E é por meio da comunicação mediada pelas TICs que Vaniel et al. 
(2013), afirmam que vínculos afetivos e educativos serão criados e 
mantidos, citando o diferencial da FURG (Universidade Federal do 
Rio Grande), que acreditou no importante papel dos tutores a 
distância para que os cursos de EaD sejam desempenhados com 
interação, troca e problematização das informações, com atenção 
para que não se torne tradicional, isto é, bancário.
O tutor é o elo entre o curso e o estudante, media, encurta distâncias, 
motiva, isto é, provoca, estimula impulsos internos nos alunos para 
que busquem aprender e interagir. A motivação de acordo com Reis 
(2011), conforme citado por VANIEL et al. (2013), deriva do verbo 
latino movere, movimento que irá levar o indivíduo a fazer algo, de 
alguma forma completar suas tarefas, manter-se em ação, ir ou 
mover-se em direção ao objetivo. 
O sujeito quando motivado se esforça para alcançar seus objetivos. 
Na concepção da didática a motivação é o processo de incentivo, 
provocando impulsos internos do aluno, levando-o a interessar-se 
pela participação das atividades escolares. Portanto quando há 
desatenção do tutor, irresponsabilidade, ausência ou má expressão 
na linguagem pode ser motivo de desmotivação, baixo rendimento e 
até mesmo desistência de alunos.
Sendo assim, ser sensível ao ouvir, aceitar, empatizar, se 
posicionando realmente no lugar do outro, pensando da mesma 
forma como o outro pensaria, auxiliando ao estudante a transpor 
suas dificuldades e a superando.
Para Oliveira (2009), estudos da neurociência revelam a importância 
da cognição e afetividade para a aprendizagem, como fator 
primordial a motivação, impulsionando desejos, atitudes, interesses 
e as interações dos sujeitos, tornando-se objeto de estudo da 
educação on-line.
De acordo com Arantes (2002), conforme citado por Vaniel et al. 
(2013), não há uma aprendizagem somente cognitiva ou racional, os 
aspectos afetivos não ficam do lado de fora de uma sala de aula, seja 
on-line ou presencial, quando na interação com os objetos de 
conhecimento, pois os sentimentos, relações interpessoaise afetos 
estão presentes enquanto pensam.
Para Vaniel et al. (2019), é importante a demonstração de 
afetividade. Fazê-la presente no ambiente virtual, na atenção ao 
cursista, nas respostas rápidas, nas mensagens individuais ou 
coletivas, na motivação dos alunos, instigando-os a participarem, 
entender e ouvir. Assim como tratá-los pelo primeiro nome, 
utilizando expressões que demonstrem mais intimidade como “olá 
querido Pedro”, mas sem deixar de exigir comprometimento, 
responsabilidade, participação e pontualidade.
Comece valorizando os pontos fortes, aponte o que precisa ser 
melhorado mas de forma construtiva, trate com respeito e 
compreensão esteja aberto ao diálogo. Vaniel et al. (2013), dizem 
que tutores são como avatares virtuais que por meio das palavras 
escritas revelam quem de fato são. Para alguns demonstrar afeto 
pode ser difícil, pois a afeição requer doação, implica em abrir-se 
para o outro e nem todos estão dispostos a isso. A tutoria demanda 
postura ética, responsabilidade, conhecimento teórico e técnico das 
ferramentas virtuais do ambiente de aprendizagem; e cuidado na 
construção das relações humanas. 
3
Vaniel et al. (2013), acreditam que a afetividade tem um grande 
poder de fornecer segurança ao estudante, segurança em saber que 
os feedbacks, palavras e mensagens escritas recebidas, são 
disponibilizados por pessoas de carne e osso.
 
Que estão no ambiente virtual para caminhar juntos, estabelecendo 
laços de amizade, contribuindo para que o processo de ensino e 
aprendizagem se transforme em uma troca, construindo 
conhecimento criando laços afetivos, transpondo dificuldades e 
acreditando que a tecnologia influencia os corações na educação, 
pois com a unificação dos espaços, abre caminhos para a reflexão.
As tecnologias podem ser utilizadas para a disseminação da 
informação e construção de novos saberes, vivência, afeto e 
acolhimento, revelando outras formas de produção do 
conhecimento, e por meio dessa interação com o mundo, 
aprendendo, ensinando e sentindo.
Se bem aproveitada a EaD pode sim ser grande influenciadora para a 
mudança positiva do ensino no país, a virtualização do ambiente 
vem agregar a educação novas formas do saber se tornar mais 
dinâmico, veloz e objetivo entre os participantes. 
Como na educação presencial a EaD também possibilita que o 
pedagógico seja potencializado por meio das Tecnologias da 
Informação e Comunicação (TICs), no entanto é importante que as 
mídias digitais aplicadas na educação estejam visando uma 
educação problematizadora, que o ser humano busque conhecer a 
partir de suas inquietações, das dúvidas em relação aos problemas 
que vão surgindo e trazendo mudanças. (VANIEL et al., 2013).
Mais do que a inclusão das tecnologias na educação e a 
democratização do acesso a educação por meio do ensino a 
distância, é preciso apostar nas tecnologias construtivas que 
buscam desenvolver a autonomia, troca de problematização e 
interação, por isso acredita-se que o papel que os tutores a distância 
desempenham nos cursos de EaD, assim como a relação harmônica 
desses tutores, podem enriquecer o processo de ensino.
Para Vaniel et al. (2013), a relação afetiva diminui essa sensação de 
afastamento físico, aproximando pessoas, estabelecendo laços 
contribuindo para que o processo de ensino e aprendizagem se torne 
uma troca e não um processo de estímulo e resposta.
Segundo Vaniel et al. (2013), o afeto é uma palavra que origina-se do 
latim affectus que vem a ser ações e atitudes de proteção. É uma 
relação acolhedora e afetuosa que se estabelece com os estudantes. 
Essa afetividade ajuda ao estudante a compreender que estão 
interagindo com seres humanos, e não com computadores, por meio 
de uma escuta atenta e respeitosa, que cobra e corrigi, mediando, 
motivando e incentivando a aprendizagem, com diálogo, troca de 
experiências, debates e reflexões. Buscando conhecer a realidade dos 
alunos em todas as dimensões “pessoal, escolar, familiar e social”.
A emoção é definida como agitação de sentimento, abalo afetivo ou 
moral. A afetividade envolve vivências individuais carrega um sentido 
mais amplo são formas de expressões mais complexas do ser 
humano, como a linguagem. Conforme Longhi et al. (2009) a 
cognição é empregada quando se identifica o conjunto de processos 
mentais que participam na aquisição do conhecimento, na 
percepção de mundo, de si mesmo e de como é representado esse 
mundo.
Para Vaniel et al. (2013), ninguém nasce tutor e para se alcançar uma 
posição de superação que os autores chamam de “supertutor” ou 
tutores superpoderosos é preciso querer ser, buscar por constante 
formação e estar aberto para aprender e sentir com o próximo, 
cuidando do estudante para que responda positivamente aos 
cuidados e carinhos. Contudo é importante trazer a memória que 
afetividade não significa permitir ao estudante que faça o seu curso 
relaxadamente, o tutor irá cobrar pontualidade nas entregas, 
qualidade das postagens e textos, correção gramatical e linguística, 
mas com compreensão e respeito. Pois não basta apenas 
disponibilizar conteúdo em um ambiente virtual esteticamente 
bonito, se neste ambiente não aflorar o acolhimento, propiciando ao 
indivíduo uma experiência efetiva e afetiva. 
Conforme o decreto nº 9.057, de 25 de maio de 2017, considera-se 
educação a distância “modalidade educacional” sua mediação 
didático-pedagógica, ocorre por meio de tecnologias de informação 
e comunicação, com pessoas qualificadas, políticas pensadas para 
o acesso, acompanhamento e avaliação que seja compatível. 
Desenvolva atividades educativas, atividades com propósito de gerar 
no educando o saber, mesmo que estejam em lugares e tempos 
diferentes.
E é por meio da comunicação mediada pelas TICs que Vaniel et al. 
(2013), afirmam que vínculos afetivos e educativos serão criados e 
mantidos, citando o diferencial da FURG (Universidade Federal do 
Rio Grande), que acreditou no importante papel dos tutores a 
distância para que os cursos de EaD sejam desempenhados com 
interação, troca e problematização das informações, com atenção 
para que não se torne tradicional, isto é, bancário.
O tutor é o elo entre o curso e o estudante, media, encurta distâncias, 
motiva, isto é, provoca, estimula impulsos internos nos alunos para 
que busquem aprender e interagir. A motivação de acordo com Reis 
(2011), conforme citado por VANIEL et al. (2013), deriva do verbo 
latino movere, movimento que irá levar o indivíduo a fazer algo, de 
alguma forma completar suas tarefas, manter-se em ação, ir ou 
mover-se em direção ao objetivo. 
O sujeito quando motivado se esforça para alcançar seus objetivos. 
Na concepção da didática a motivação é o processo de incentivo, 
provocando impulsos internos do aluno, levando-o a interessar-se 
pela participação das atividades escolares. Portanto quando há 
desatenção do tutor, irresponsabilidade, ausência ou má expressão 
na linguagem pode ser motivo de desmotivação, baixo rendimento e 
até mesmo desistência de alunos.
Sendo assim, ser sensível ao ouvir, aceitar, empatizar, se 
posicionando realmente no lugar do outro, pensando da mesma 
forma como o outro pensaria, auxiliando ao estudante a transpor 
suas dificuldades e a superando.
Para Oliveira (2009), estudos da neurociência revelam a importância 
da cognição e afetividade para a aprendizagem, como fator 
primordial a motivação, impulsionando desejos, atitudes, interesses 
e as interações dos sujeitos, tornando-se objeto de estudo da 
educação on-line.
De acordo com Arantes (2002), conforme citado por Vaniel et al. 
(2013), não há uma aprendizagem somente cognitiva ou racional, os 
aspectos afetivos não ficam do lado de fora de uma sala de aula, seja 
on-line ou presencial, quando na interação com os objetos de 
conhecimento, pois os sentimentos, relações interpessoais e afetos 
estão presentes enquanto pensam.
Para Vaniel et al. (2019), é importante a demonstração de 
afetividade. Fazê-la presente no ambiente virtual, na atenção aocursista, nas respostas rápidas, nas mensagens individuais ou 
coletivas, na motivação dos alunos, instigando-os a participarem, 
entender e ouvir. Assim como tratá-los pelo primeiro nome, 
utilizando expressões que demonstrem mais intimidade como “olá 
querido Pedro”, mas sem deixar de exigir comprometimento, 
responsabilidade, participação e pontualidade.
Comece valorizando os pontos fortes, aponte o que precisa ser 
melhorado mas de forma construtiva, trate com respeito e 
compreensão esteja aberto ao diálogo. Vaniel et al. (2013), dizem 
que tutores são como avatares virtuais que por meio das palavras 
escritas revelam quem de fato são. Para alguns demonstrar afeto 
pode ser difícil, pois a afeição requer doação, implica em abrir-se 
para o outro e nem todos estão dispostos a isso. A tutoria demanda 
postura ética, responsabilidade, conhecimento teórico e técnico das 
ferramentas virtuais do ambiente de aprendizagem; e cuidado na 
construção das relações humanas. 
4
Vaniel et al. (2013), acreditam que a afetividade tem um grande 
poder de fornecer segurança ao estudante, segurança em saber que 
os feedbacks, palavras e mensagens escritas recebidas, são 
disponibilizados por pessoas de carne e osso.
 
Que estão no ambiente virtual para caminhar juntos, estabelecendo 
laços de amizade, contribuindo para que o processo de ensino e 
aprendizagem se transforme em uma troca, construindo 
conhecimento criando laços afetivos, transpondo dificuldades e 
acreditando que a tecnologia influencia os corações na educação, 
pois com a unificação dos espaços, abre caminhos para a reflexão.
As tecnologias podem ser utilizadas para a disseminação da 
informação e construção de novos saberes, vivência, afeto e 
acolhimento, revelando outras formas de produção do 
conhecimento, e por meio dessa interação com o mundo, 
aprendendo, ensinando e sentindo.
Se bem aproveitada a EaD pode sim ser grande influenciadora para a 
mudança positiva do ensino no país, a virtualização do ambiente 
vem agregar a educação novas formas do saber se tornar mais 
dinâmico, veloz e objetivo entre os participantes. 
Como na educação presencial a EaD também possibilita que o 
pedagógico seja potencializado por meio das Tecnologias da 
Informação e Comunicação (TICs), no entanto é importante que as 
mídias digitais aplicadas na educação estejam visando uma 
educação problematizadora, que o ser humano busque conhecer a 
partir de suas inquietações, das dúvidas em relação aos problemas 
que vão surgindo e trazendo mudanças. (VANIEL et al., 2013).
Mais do que a inclusão das tecnologias na educação e a 
democratização do acesso a educação por meio do ensino a 
distância, é preciso apostar nas tecnologias construtivas que 
buscam desenvolver a autonomia, troca de problematização e 
interação, por isso acredita-se que o papel que os tutores a distância 
desempenham nos cursos de EaD, assim como a relação harmônica 
desses tutores, podem enriquecer o processo de ensino.
Para Vaniel et al. (2013), a relação afetiva diminui essa sensação de 
afastamento físico, aproximando pessoas, estabelecendo laços 
contribuindo para que o processo de ensino e aprendizagem se torne 
uma troca e não um processo de estímulo e resposta.
Segundo Vaniel et al. (2013), o afeto é uma palavra que origina-se do 
latim affectus que vem a ser ações e atitudes de proteção. É uma 
relação acolhedora e afetuosa que se estabelece com os estudantes. 
Essa afetividade ajuda ao estudante a compreender que estão 
interagindo com seres humanos, e não com computadores, por meio 
de uma escuta atenta e respeitosa, que cobra e corrigi, mediando, 
motivando e incentivando a aprendizagem, com diálogo, troca de 
experiências, debates e reflexões. Buscando conhecer a realidade dos 
alunos em todas as dimensões “pessoal, escolar, familiar e social”.
A emoção é definida como agitação de sentimento, abalo afetivo ou 
moral. A afetividade envolve vivências individuais carrega um sentido 
mais amplo são formas de expressões mais complexas do ser 
humano, como a linguagem. Conforme Longhi et al. (2009) a 
cognição é empregada quando se identifica o conjunto de processos 
mentais que participam na aquisição do conhecimento, na 
percepção de mundo, de si mesmo e de como é representado esse 
mundo.
Para Vaniel et al. (2013), ninguém nasce tutor e para se alcançar uma 
posição de superação que os autores chamam de “supertutor” ou 
tutores superpoderosos é preciso querer ser, buscar por constante 
formação e estar aberto para aprender e sentir com o próximo, 
cuidando do estudante para que responda positivamente aos 
cuidados e carinhos. Contudo é importante trazer a memória que 
afetividade não significa permitir ao estudante que faça o seu curso 
relaxadamente, o tutor irá cobrar pontualidade nas entregas, 
qualidade das postagens e textos, correção gramatical e linguística, 
mas com compreensão e respeito. Pois não basta apenas 
disponibilizar conteúdo em um ambiente virtual esteticamente 
bonito, se neste ambiente não aflorar o acolhimento, propiciando ao 
indivíduo uma experiência efetiva e afetiva. 
Conforme o decreto nº 9.057, de 25 de maio de 2017, considera-se 
educação a distância “modalidade educacional” sua mediação 
didático-pedagógica, ocorre por meio de tecnologias de informação 
e comunicação, com pessoas qualificadas, políticas pensadas para 
o acesso, acompanhamento e avaliação que seja compatível. 
Desenvolva atividades educativas, atividades com propósito de gerar 
no educando o saber, mesmo que estejam em lugares e tempos 
diferentes.
E é por meio da comunicação mediada pelas TICs que Vaniel et al. 
(2013), afirmam que vínculos afetivos e educativos serão criados e 
mantidos, citando o diferencial da FURG (Universidade Federal do 
Rio Grande), que acreditou no importante papel dos tutores a 
distância para que os cursos de EaD sejam desempenhados com 
interação, troca e problematização das informações, com atenção 
para que não se torne tradicional, isto é, bancário.
O tutor é o elo entre o curso e o estudante, media, encurta distâncias, 
motiva, isto é, provoca, estimula impulsos internos nos alunos para 
que busquem aprender e interagir. A motivação de acordo com Reis 
(2011), conforme citado por VANIEL et al. (2013), deriva do verbo 
latino movere, movimento que irá levar o indivíduo a fazer algo, de 
alguma forma completar suas tarefas, manter-se em ação, ir ou 
mover-se em direção ao objetivo. 
O sujeito quando motivado se esforça para alcançar seus objetivos. 
Na concepção da didática a motivação é o processo de incentivo, 
provocando impulsos internos do aluno, levando-o a interessar-se 
pela participação das atividades escolares. Portanto quando há 
desatenção do tutor, irresponsabilidade, ausência ou má expressão 
na linguagem pode ser motivo de desmotivação, baixo rendimento e 
até mesmo desistência de alunos.
Sendo assim, ser sensível ao ouvir, aceitar, empatizar, se 
posicionando realmente no lugar do outro, pensando da mesma 
forma como o outro pensaria, auxiliando ao estudante a transpor 
suas dificuldades e a superando.
Para Oliveira (2009), estudos da neurociência revelam a importância 
da cognição e afetividade para a aprendizagem, como fator 
primordial a motivação, impulsionando desejos, atitudes, interesses 
e as interações dos sujeitos, tornando-se objeto de estudo da 
educação on-line.
De acordo com Arantes (2002), conforme citado por Vaniel et al. 
(2013), não há uma aprendizagem somente cognitiva ou racional, os 
aspectos afetivos não ficam do lado de fora de uma sala de aula, seja 
on-line ou presencial, quando na interação com os objetos de 
conhecimento, pois os sentimentos, relações interpessoais e afetos 
estão presentes enquanto pensam.
Para Vaniel et al. (2019), é importante a demonstração de 
afetividade. Fazê-la presente no ambiente virtual, na atenção ao 
cursista, nas respostas rápidas, nas mensagens individuais ou 
coletivas, na motivação dos alunos, instigando-os a participarem, 
entender e ouvir. Assim como tratá-lospelo primeiro nome, 
utilizando expressões que demonstrem mais intimidade como “olá 
querido Pedro”, mas sem deixar de exigir comprometimento, 
responsabilidade, participação e pontualidade.
Comece valorizando os pontos fortes, aponte o que precisa ser 
melhorado mas de forma construtiva, trate com respeito e 
compreensão esteja aberto ao diálogo. Vaniel et al. (2013), dizem 
que tutores são como avatares virtuais que por meio das palavras 
escritas revelam quem de fato são. Para alguns demonstrar afeto 
pode ser difícil, pois a afeição requer doação, implica em abrir-se 
para o outro e nem todos estão dispostos a isso. A tutoria demanda 
postura ética, responsabilidade, conhecimento teórico e técnico das 
ferramentas virtuais do ambiente de aprendizagem; e cuidado na 
construção das relações humanas. 
5
Vaniel et al. (2013), acreditam que a afetividade tem um grande 
poder de fornecer segurança ao estudante, segurança em saber que 
os feedbacks, palavras e mensagens escritas recebidas, são 
disponibilizados por pessoas de carne e osso.
 
Que estão no ambiente virtual para caminhar juntos, estabelecendo 
laços de amizade, contribuindo para que o processo de ensino e 
aprendizagem se transforme em uma troca, construindo 
conhecimento criando laços afetivos, transpondo dificuldades e 
acreditando que a tecnologia influencia os corações na educação, 
pois com a unificação dos espaços, abre caminhos para a reflexão.
As tecnologias podem ser utilizadas para a disseminação da 
informação e construção de novos saberes, vivência, afeto e 
acolhimento, revelando outras formas de produção do 
conhecimento, e por meio dessa interação com o mundo, 
aprendendo, ensinando e sentindo.
Se bem aproveitada a EaD pode sim ser grande influenciadora para a 
mudança positiva do ensino no país, a virtualização do ambiente 
vem agregar a educação novas formas do saber se tornar mais 
dinâmico, veloz e objetivo entre os participantes. 
Como na educação presencial a EaD também possibilita que o 
pedagógico seja potencializado por meio das Tecnologias da 
Informação e Comunicação (TICs), no entanto é importante que as 
mídias digitais aplicadas na educação estejam visando uma 
educação problematizadora, que o ser humano busque conhecer a 
partir de suas inquietações, das dúvidas em relação aos problemas 
que vão surgindo e trazendo mudanças. (VANIEL et al., 2013).
Mais do que a inclusão das tecnologias na educação e a 
democratização do acesso a educação por meio do ensino a 
distância, é preciso apostar nas tecnologias construtivas que 
buscam desenvolver a autonomia, troca de problematização e 
interação, por isso acredita-se que o papel que os tutores a distância 
desempenham nos cursos de EaD, assim como a relação harmônica 
desses tutores, podem enriquecer o processo de ensino.
Para Vaniel et al. (2013), a relação afetiva diminui essa sensação de 
afastamento físico, aproximando pessoas, estabelecendo laços 
contribuindo para que o processo de ensino e aprendizagem se torne 
uma troca e não um processo de estímulo e resposta.
Segundo Vaniel et al. (2013), o afeto é uma palavra que origina-se do 
latim affectus que vem a ser ações e atitudes de proteção. É uma 
relação acolhedora e afetuosa que se estabelece com os estudantes. 
Essa afetividade ajuda ao estudante a compreender que estão 
interagindo com seres humanos, e não com computadores, por meio 
de uma escuta atenta e respeitosa, que cobra e corrigi, mediando, 
motivando e incentivando a aprendizagem, com diálogo, troca de 
experiências, debates e reflexões. Buscando conhecer a realidade dos 
alunos em todas as dimensões “pessoal, escolar, familiar e social”.
A emoção é definida como agitação de sentimento, abalo afetivo ou 
moral. A afetividade envolve vivências individuais carrega um sentido 
mais amplo são formas de expressões mais complexas do ser 
humano, como a linguagem. Conforme Longhi et al. (2009) a 
cognição é empregada quando se identifica o conjunto de processos 
mentais que participam na aquisição do conhecimento, na 
percepção de mundo, de si mesmo e de como é representado esse 
mundo.
Para Vaniel et al. (2013), ninguém nasce tutor e para se alcançar uma 
posição de superação que os autores chamam de “supertutor” ou 
tutores superpoderosos é preciso querer ser, buscar por constante 
formação e estar aberto para aprender e sentir com o próximo, 
cuidando do estudante para que responda positivamente aos 
cuidados e carinhos. Contudo é importante trazer a memória que 
afetividade não significa permitir ao estudante que faça o seu curso 
relaxadamente, o tutor irá cobrar pontualidade nas entregas, 
qualidade das postagens e textos, correção gramatical e linguística, 
mas com compreensão e respeito. Pois não basta apenas 
disponibilizar conteúdo em um ambiente virtual esteticamente 
bonito, se neste ambiente não aflorar o acolhimento, propiciando ao 
indivíduo uma experiência efetiva e afetiva. 
Conforme o decreto nº 9.057, de 25 de maio de 2017, considera-se 
educação a distância “modalidade educacional” sua mediação 
didático-pedagógica, ocorre por meio de tecnologias de informação 
e comunicação, com pessoas qualificadas, políticas pensadas para 
o acesso, acompanhamento e avaliação que seja compatível. 
Desenvolva atividades educativas, atividades com propósito de gerar 
no educando o saber, mesmo que estejam em lugares e tempos 
diferentes.
E é por meio da comunicação mediada pelas TICs que Vaniel et al. 
(2013), afirmam que vínculos afetivos e educativos serão criados e 
mantidos, citando o diferencial da FURG (Universidade Federal do 
Rio Grande), que acreditou no importante papel dos tutores a 
distância para que os cursos de EaD sejam desempenhados com 
interação, troca e problematização das informações, com atenção 
para que não se torne tradicional, isto é, bancário.
O tutor é o elo entre o curso e o estudante, media, encurta distâncias, 
motiva, isto é, provoca, estimula impulsos internos nos alunos para 
que busquem aprender e interagir. A motivação de acordo com Reis 
(2011), conforme citado por VANIEL et al. (2013), deriva do verbo 
latino movere, movimento que irá levar o indivíduo a fazer algo, de 
alguma forma completar suas tarefas, manter-se em ação, ir ou 
mover-se em direção ao objetivo. 
O sujeito quando motivado se esforça para alcançar seus objetivos. 
Na concepção da didática a motivação é o processo de incentivo, 
provocando impulsos internos do aluno, levando-o a interessar-se 
pela participação das atividades escolares. Portanto quando há 
desatenção do tutor, irresponsabilidade, ausência ou má expressão 
na linguagem pode ser motivo de desmotivação, baixo rendimento e 
até mesmo desistência de alunos.
Sendo assim, ser sensível ao ouvir, aceitar, empatizar, se 
posicionando realmente no lugar do outro, pensando da mesma 
forma como o outro pensaria, auxiliando ao estudante a transpor 
suas dificuldades e a superando.
Para Oliveira (2009), estudos da neurociência revelam a importância 
da cognição e afetividade para a aprendizagem, como fator 
primordial a motivação, impulsionando desejos, atitudes, interesses 
e as interações dos sujeitos, tornando-se objeto de estudo da 
educação on-line.
De acordo com Arantes (2002), conforme citado por Vaniel et al. 
(2013), não há uma aprendizagem somente cognitiva ou racional, os 
aspectos afetivos não ficam do lado de fora de uma sala de aula, seja 
on-line ou presencial, quando na interação com os objetos de 
conhecimento, pois os sentimentos, relações interpessoais e afetos 
estão presentes enquanto pensam.
Para Vaniel et al. (2019), é importante a demonstração de 
afetividade. Fazê-la presente no ambiente virtual, na atenção ao 
cursista, nas respostas rápidas, nas mensagens individuais ou 
coletivas, na motivação dos alunos, instigando-os a participarem, 
entender e ouvir. Assim como tratá-los pelo primeiro nome, 
utilizando expressões que demonstrem mais intimidade como “olá 
querido Pedro”, mas sem deixar de exigir comprometimento, 
responsabilidade, participaçãoe pontualidade.
Comece valorizando os pontos fortes, aponte o que precisa ser 
melhorado mas de forma construtiva, trate com respeito e 
compreensão esteja aberto ao diálogo. Vaniel et al. (2013), dizem 
que tutores são como avatares virtuais que por meio das palavras 
escritas revelam quem de fato são. Para alguns demonstrar afeto 
pode ser difícil, pois a afeição requer doação, implica em abrir-se 
para o outro e nem todos estão dispostos a isso. A tutoria demanda 
postura ética, responsabilidade, conhecimento teórico e técnico das 
ferramentas virtuais do ambiente de aprendizagem; e cuidado na 
construção das relações humanas. 
Para Duarte (2015), a avaliação é considerada um instrumento 
fundamental para fornecer informações sobre o processo de 
ensino-aprendizagem. Avaliação é vista como um diagnóstico 
contínuo e dinâmico atuante em um processo de acompanhamento, 
presente também na função de pensar e reformular métodos, 
precisa ser entendida pelo docente a fim de compreender aquilo que 
se está avançando.
Deste modo a produção de uma avaliação clara pode facilitar seu 
trabalho, além da consistência na abordagem e os materiais que o 
curso achará necessário. O desempenho dos estudantes serão 
avaliados durante todo o curso, apoiado na interdependência das 
modalidades, sendo elas:
Diagnóstica, na maior parte das vezes é feita no início do curso com o 
objetivo de avaliar quais são os reais conhecimentos do aluno “suas 
aprendizagens anteriores”, os pontos fortes e fracos da turma e 
assim poder trabalhar suas reais necessidades. Contudo a avaliação 
diagnóstica é fundamentalmente utilizada no início de novas 
aprendizagens. Alguns autores defendem que ela não deve ser ligada 
a um período temporal. 
Formativa, com ela consegue-se a melhor visualização do aprendizado 
do educando durante a aula ou durante o curso, se de fato está se 
atingindo os objetivos propostos. Possibilita uma nova direção no 
processo de aplicação do conhecimento, sinalizando como está o 
nível de aprendizado do estudante, fazendo um controle de qualidade 
de cada ciclo. Pode ser constatada através dos fóruns, atividades 
postadas ou pelos chats, sem a obrigatoriedade de atribuir uma nota 
ao educando. (GOMES; VILLANI, 2020).
Somatória, é quando avalia-se o estudante com atribuição de nota, para 
que o professor verifique se de fato foi atingido o objetivo do curso, 
se os alunos aprenderam ao longo do período dedicado a 
aprendizagem. O feedback é essencial para que o professor possa 
ter a visão se está no rumo certo. É importante nesta avaliação 
deixar claro os objetivos.
O processo avaliativo conforme Gomes e Villani (2020), na 
aprendizagem EaD, facilita ao estudante fazer conexões entre temas, 
autores e áreas do conhecimento atingindo interdisciplinaridade. O 
domínio dos conceitos, sua “terminologia”, isto é, o conjunto dos 
vocabulários particulares da ciência estudada, justificativa para o 
que se estabelece ou nega fornecer organização principalmente para 
elaboração dos trabalhos. A demonstração da originalidade das 
respostas, por meio da criatividade, e elaboração fundamentada e 
crítica serão fornecidas por meio dos conhecimentos que foram 
estudados durante todo o curso e se geraram de fato o aprendizado.
Para cada tipo de avaliação, temos uma ferramenta de 
aprendizagem, alguns autores porém preferem chamar de 
“interfaces”, pois servem de ligação. Gomes e Villani (2020), nos 
auxiliam em seus estudos fornecendo as ferramentas mais comuns. 
Citadas aqui as principais.
1. Fórum: 
Começaremos com uma ferramenta parceira, por ser de fácil acesso 
e permitir uma comunicação clara e contribuição de todos. 
Considerando os critérios gerais que serão estabelecidos pelo 
professor, o tutor observará o número de mensagens exigidas, as 
que foram relacionadas aos comentários dos colegas cursistas, 
quantidades de vezes que o estudante foi interrogado, atiçado a 
resposta pelos colegas durante a discussão proposta pelo fórum, 
qualidades das respostas que o estudante forneceu e verificar se 
está condizente com a matéria. Se foram provocadas intervenções, 
se houve o envolvimento do grupo, interação, cooperação e 
cumprimento dos prazos que foram destinados a atividade.
2. Chat: 
Ferramenta utilizada para promover as discussões síncronas, em 
tempo real. O tutor irá identificar o grau de interesse do estudante, o 
nível de atuação que desenvolveu nesta atividade e o 
comportamento do estudante em relação ao grupo, também será 
levado em conta o nível de atuação e respeito com a opinião dos 
colegas. No chat os estudantes expõem suas dúvidas, discutem as 
questões mais complexas relacionando com as ideias dos demais 
colegas, posicionamentos e questionamentos.
3. Biblioteca: 
Pontua-se aqui o acesso dos materiais complementares para o 
desenvolvimento da atividade e o download dos conteúdos também 
serão pontuados.
4. Diário, Blog e Wiki:
O tutor precisa estar atento ao número de postagens exigidas, se as 
postagens são carregadas de qualidade, se o estudante cumpriu os 
prazos, tanto na ferramenta Blog e Wiki, o modo como os estudantes 
se envolvem e a colaboração nas atividades grupais.
5. Textos: 
Quando for elaborado algum material no formato texto é preciso 
observar se o estudante atendeu ao número de laudas, parágrafos 
estipulados, padronização do formato e tamanho de fonte, margens 
como pedido pelo professor, o cumprimento do prazo, se o estudante 
entregou em tempo e se a qualidade de seu texto atende aos 
critérios exigidos pelo professor.
Esses são os sistemas de avaliação do estudante, porém para que se 
construa um sistema de avaliação bem estruturado, são avaliados o 
projeto do curso e sua metodologia, que são os caminhos que foram 
trilhados para se chegar a um determinado fim, e conteúdo. Com a 
avaliação do conteúdo e sua reestruturação, visa-se a melhoria no 
processo de desenvolvimento do estudante, para que se atinja essa 
melhoria deve-se considerar alguns itens:
• Conteúdos: seleção dos conteúdos e a realidade do estudante 
assim como as necessidades no curso;
• Motivação: o conteúdo provoca e mantém o aluno interessado em 
aprender, durante todo o processo de aprendizagem;
• Relação com outros conhecimentos: o processo de aprendizagem, 
precisa ser significativo para o estudante, levando saberes que o 
obtêm a partir de suas experiências, vivências, isso torna o aprender 
mais intimista; 
• Objetivos: em cada aula o estudante deverá ser informado dos 
pontos principais do conteúdo, o que o professor confiará que ele 
aprenda após o estudo da disciplina, o que de fato o estudante 
precisa adquirir, quais competências ele agregará após sua aula, o 
que poderá ser cobrado em uma futura avaliação; 
• Métodos: a didática a ser adotada, isto é, os métodos. É importante 
verificar se os processos do estudo são coerentes com o tipo de 
curso, e cada curso precisa ser avaliado conforme o seu perfil;
• Conexão com outros conteúdos e mídias: Enriquecer o curso com 
sugestões, indicar sites, vídeos e animações, possibilita que você 
amplie o seu conhecimento do assunto, além do material didático, 
buscando que o estudante enriqueça seu aprender e torne-se 
autônomo, construindo o seu conhecimento;
• Atividades: refletem os exercícios propostos, estudos de caso, 
projetos em grupo ou individuais.
No EaD o processo de avaliar é o mesmo que focar na comunicação 
entre tutores e alunos. Os trabalhos acabam tendo um maior peso do 
que na aprendizagem presencial. Neste caso os professores podem 
utilizar a observação que possuem dos alunos como indicadores de 
seus pontos fortes e fracos. Na EaD usa-se as comunicações dos 
estudantes com outros colegas, os trabalhos em grupo e os 
trabalhos individuais.
Na Educação a Distância a avaliação e o feedback servem como um 
guia para os alunos sobre os elementos essenciais dos textos e com 
os compromissos laborais. Muitas vezes os estudantes querem tirar 
o máximo de proveito de seu tempo, às vezes escasso de estudos, 
pulam capítulosdeixando alguns conteúdos para trás, conteúdos 
que pensam não ser tão importante. Desta forma passam por cima 
da apostila, deixando de lado a sua real necessidade e percepção 
sobre o que realmente é importante para uma avaliação. Outros de 
forma estratégica perguntam o que de fato será preciso estudar para 
construir um trabalho. Ainda tem aqueles que trabalham de forma 
experimental, fazem o trabalho e somente após recorrem aos 
materiais do curso.
Alunos e tutores contam com as suas atividades de trabalho para 
identificarem seu progresso, conseguir identificar os pontos fortes e 
fracos, e identificar as áreas que precisam de reforço e atenção. 
Para os alunos avaliar pode vir a significar progresso, indica o que já 
foi alcançado e o que ainda falta conquistar. Fornece uma nota que 
servirá como ponto de referência para um futuro trabalho, ou 
possibilita criar oportunidades para sanar dúvidas com perguntas ao 
tutor, ou algum levantamento de questões que estão relacionadas ao 
conteúdo.
Sobrinho (2008), diz que se educar é formar para a vida social, avaliar 
deveria dirigir-se a formar cidadãos por meio de um processo 
educativo, também visto como processo de intervenção. Para o 
professor é o retorno que diz se o aluno tem assimilado o conteúdo, 
se as metodologias aplicadas estão surtindo efeito como um 
elemento de integração.
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Vaniel et al. (2013), acreditam que a afetividade tem um grande 
poder de fornecer segurança ao estudante, segurança em saber que 
os feedbacks, palavras e mensagens escritas recebidas, são 
disponibilizados por pessoas de carne e osso.
 
Que estão no ambiente virtual para caminhar juntos, estabelecendo 
laços de amizade, contribuindo para que o processo de ensino e 
aprendizagem se transforme em uma troca, construindo 
conhecimento criando laços afetivos, transpondo dificuldades e 
acreditando que a tecnologia influencia os corações na educação, 
pois com a unificação dos espaços, abre caminhos para a reflexão.
As tecnologias podem ser utilizadas para a disseminação da 
informação e construção de novos saberes, vivência, afeto e 
acolhimento, revelando outras formas de produção do 
conhecimento, e por meio dessa interação com o mundo, 
aprendendo, ensinando e sentindo.
Se bem aproveitada a EaD pode sim ser grande influenciadora para a 
mudança positiva do ensino no país, a virtualização do ambiente 
vem agregar a educação novas formas do saber se tornar mais 
dinâmico, veloz e objetivo entre os participantes. 
Como na educação presencial a EaD também possibilita que o 
pedagógico seja potencializado por meio das Tecnologias da 
Informação e Comunicação (TICs), no entanto é importante que as 
mídias digitais aplicadas na educação estejam visando uma 
educação problematizadora, que o ser humano busque conhecer a 
partir de suas inquietações, das dúvidas em relação aos problemas 
que vão surgindo e trazendo mudanças. (VANIEL et al., 2013).
Mais do que a inclusão das tecnologias na educação e a 
democratização do acesso a educação por meio do ensino a 
distância, é preciso apostar nas tecnologias construtivas que 
buscam desenvolver a autonomia, troca de problematização e 
interação, por isso acredita-se que o papel que os tutores a distância 
desempenham nos cursos de EaD, assim como a relação harmônica 
desses tutores, podem enriquecer o processo de ensino.
Para Vaniel et al. (2013), a relação afetiva diminui essa sensação de 
afastamento físico, aproximando pessoas, estabelecendo laços 
contribuindo para que o processo de ensino e aprendizagem se torne 
uma troca e não um processo de estímulo e resposta.
Segundo Vaniel et al. (2013), o afeto é uma palavra que origina-se do 
latim affectus que vem a ser ações e atitudes de proteção. É uma 
relação acolhedora e afetuosa que se estabelece com os estudantes. 
Essa afetividade ajuda ao estudante a compreender que estão 
interagindo com seres humanos, e não com computadores, por meio 
de uma escuta atenta e respeitosa, que cobra e corrigi, mediando, 
motivando e incentivando a aprendizagem, com diálogo, troca de 
experiências, debates e reflexões. Buscando conhecer a realidade dos 
alunos em todas as dimensões “pessoal, escolar, familiar e social”.
A emoção é definida como agitação de sentimento, abalo afetivo ou 
moral. A afetividade envolve vivências individuais carrega um sentido 
mais amplo são formas de expressões mais complexas do ser 
humano, como a linguagem. Conforme Longhi et al. (2009) a 
cognição é empregada quando se identifica o conjunto de processos 
mentais que participam na aquisição do conhecimento, na 
percepção de mundo, de si mesmo e de como é representado esse 
mundo.
Para Vaniel et al. (2013), ninguém nasce tutor e para se alcançar uma 
posição de superação que os autores chamam de “supertutor” ou 
tutores superpoderosos é preciso querer ser, buscar por constante 
formação e estar aberto para aprender e sentir com o próximo, 
cuidando do estudante para que responda positivamente aos 
cuidados e carinhos. Contudo é importante trazer a memória que 
afetividade não significa permitir ao estudante que faça o seu curso 
relaxadamente, o tutor irá cobrar pontualidade nas entregas, 
qualidade das postagens e textos, correção gramatical e linguística, 
mas com compreensão e respeito. Pois não basta apenas 
disponibilizar conteúdo em um ambiente virtual esteticamente 
bonito, se neste ambiente não aflorar o acolhimento, propiciando ao 
indivíduo uma experiência efetiva e afetiva. 
Conforme o decreto nº 9.057, de 25 de maio de 2017, considera-se 
educação a distância “modalidade educacional” sua mediação 
didático-pedagógica, ocorre por meio de tecnologias de informação 
e comunicação, com pessoas qualificadas, políticas pensadas para 
o acesso, acompanhamento e avaliação que seja compatível. 
Desenvolva atividades educativas, atividades com propósito de gerar 
no educando o saber, mesmo que estejam em lugares e tempos 
diferentes.
E é por meio da comunicação mediada pelas TICs que Vaniel et al. 
(2013), afirmam que vínculos afetivos e educativos serão criados e 
mantidos, citando o diferencial da FURG (Universidade Federal do 
Rio Grande), que acreditou no importante papel dos tutores a 
distância para que os cursos de EaD sejam desempenhados com 
interação, troca e problematização das informações, com atenção 
para que não se torne tradicional, isto é, bancário.
O tutor é o elo entre o curso e o estudante, media, encurta distâncias, 
motiva, isto é, provoca, estimula impulsos internos nos alunos para 
que busquem aprender e interagir. A motivação de acordo com Reis 
(2011), conforme citado por VANIEL et al. (2013), deriva do verbo 
latino movere, movimento que irá levar o indivíduo a fazer algo, de 
alguma forma completar suas tarefas, manter-se em ação, ir ou 
mover-se em direção ao objetivo. 
O sujeito quando motivado se esforça para alcançar seus objetivos. 
Na concepção da didática a motivação é o processo de incentivo, 
provocando impulsos internos do aluno, levando-o a interessar-se 
pela participação das atividades escolares. Portanto quando há 
desatenção do tutor, irresponsabilidade, ausência ou má expressão 
na linguagem pode ser motivo de desmotivação, baixo rendimento e 
até mesmo desistência de alunos.
Sendo assim, ser sensível ao ouvir, aceitar, empatizar, se 
posicionando realmente no lugar do outro, pensando da mesma 
forma como o outro pensaria, auxiliando ao estudante a transpor 
suas dificuldades e a superando.
Para Oliveira (2009), estudos da neurociência revelam a importância 
da cognição e afetividade para a aprendizagem, como fator 
primordial a motivação, impulsionando desejos, atitudes, interesses 
e as interações dos sujeitos, tornando-se objeto de estudo da 
educação on-line.
De acordo com Arantes (2002), conforme citado por Vaniel et al. 
(2013), não há uma aprendizagem somente cognitiva ou racional, os 
aspectos afetivos não ficam do lado de fora de uma sala de aula, seja 
on-line ou presencial, quando na interação com os objetos de 
conhecimento,pois os sentimentos, relações interpessoais e afetos 
estão presentes enquanto pensam.
Para Vaniel et al. (2019), é importante a demonstração de 
afetividade. Fazê-la presente no ambiente virtual, na atenção ao 
cursista, nas respostas rápidas, nas mensagens individuais ou 
coletivas, na motivação dos alunos, instigando-os a participarem, 
entender e ouvir. Assim como tratá-los pelo primeiro nome, 
utilizando expressões que demonstrem mais intimidade como “olá 
querido Pedro”, mas sem deixar de exigir comprometimento, 
responsabilidade, participação e pontualidade.
Comece valorizando os pontos fortes, aponte o que precisa ser 
melhorado mas de forma construtiva, trate com respeito e 
compreensão esteja aberto ao diálogo. Vaniel et al. (2013), dizem 
que tutores são como avatares virtuais que por meio das palavras 
escritas revelam quem de fato são. Para alguns demonstrar afeto 
pode ser difícil, pois a afeição requer doação, implica em abrir-se 
para o outro e nem todos estão dispostos a isso. A tutoria demanda 
postura ética, responsabilidade, conhecimento teórico e técnico das 
ferramentas virtuais do ambiente de aprendizagem; e cuidado na 
construção das relações humanas. 
MEU PRIMEIRO CONTATO
O Ensino a Distância carrega particularidades que você não tem no 
Ensino Presencial, um deles é a data de início de um curso. Alguns 
estudantes ficam perdidos com esta informação, mesmo que isso 
venha estampado no edital e nos materiais do próprio curso. 
Isto acontece porque no fundo, eles aguardam por um contato. Que 
alguém lhe forneça a informação de quando devem iniciar suas 
atividades, e isso, mesmo se no curso exista uma ótima sessão 
introdutória que desvende como calendarizar os estudos e que 
explique ao estudante como começar a trabalhar. (O’ROURKE, 2003).
Deixe anotado: é necessário o contato com o aluno, próximo ao início 
do curso. O’Rourke (2003), nos orienta que:
• Primeiro estabeleça uma comunicação;
• Fale de sua expectativa, deixe claro para o cursista que não 
hesite em fazer contato; que faça perguntas sobre os problemas 
encontrados;
• Incentive-os a manter o calendário de estudos e entrega dos 
trabalhos, estimulando para que eles participem de outras atividades 
e vejam outros tutoriais;
• Conte-os que você está ali para responder as questões que eles 
desejam saber sobre o conteúdo da disciplina. Para isso é 
importante que eles superem essa barreira de entrar em contato, 
pois você estará no ambiente para auxiliá-los.
A sua primeira comunicação define o rumo das demais interações, 
abre caminhos para os futuros contatos. Em algumas conversações, 
de modo informal, poderá dizer algo de sua personalidade; em outros 
momentos, você precisará ser formal e profissional, mas sempre 
positivo. Quando fizer esse contato inclua em seus registros a data e 
o propósito de contactar o aluno.
Sem a ação incentivadora do professor tutor motivando o indivíduo 
para a aprendizagem, pode ocorrer risco de desestimulação por 
parte do aluno, refletindo no processo de ensino-aprendizagem e o 
comprometendo-o. Fique de olho nos fóruns, os estudantes 
silenciosos costumam ser aqueles estudantes que precisam de 
maior auxílio, uma forcinha a mais.
Conforme Gomes e Villani (2020), algumas regras de NETiqueta 
podem agregar valor ao comportamento do tutor em EaD. Vejamos:
• Responda ao estudante de forma positiva, pois se ele se propôs 
a perguntar é porque está com dúvidas, não seja arrogante e 
inconveniente;
• Procure ser claro, expresse-se de modo que os estudantes 
entendam aonde você quer chegar; tornando o diálogo limpo e 
conciso nos fóruns, chat e e-mails;
• Cite as fontes de onde você retirou o material, seja um exemplo, 
pois o que você cobra do aluno, precisa ser feito por você também;
• Esteja aberto às críticas construtivas e aproveite-as para 
crescer ainda mais;
• Escute e valorize as opiniões que são diferentes da sua, tendo 
cuidado para não expor somente seus próprios valores e 
expectativas, favorecendo para que o aprendizado seja mais extenso 
ao grupo;
• Lide com as situações embaraçosas sempre com ética. 
Algumas vezes o estudante pode desabafar com o tutor fazendo 
críticas aos professores e demais membros da equipe, procure sigilo 
e saiba contornar a situação;
• Seja tolerante, paciente e reconheça as dificuldades, limitações 
do grupo; compreenda as inibições e ritmo de cada estudante; 
• Não dei respostas prontas quando vier a surgir alguma dúvida, 
se estiver relacionada ao conteúdo, peça para que o aluno verifique 
os materiais de apoio, releia a apostila do curso ou sugira uma 
leitura, um livro que poderá sanar as dificuldades dele.
Para Duarte (2015), a avaliação é considerada um instrumento 
fundamental para fornecer informações sobre o processo de 
ensino-aprendizagem. Avaliação é vista como um diagnóstico 
contínuo e dinâmico atuante em um processo de acompanhamento, 
presente também na função de pensar e reformular métodos, 
precisa ser entendida pelo docente a fim de compreender aquilo que 
se está avançando.
Deste modo a produção de uma avaliação clara pode facilitar seu 
trabalho, além da consistência na abordagem e os materiais que o 
curso achará necessário. O desempenho dos estudantes serão 
avaliados durante todo o curso, apoiado na interdependência das 
modalidades, sendo elas:
Diagnóstica, na maior parte das vezes é feita no início do curso com o 
objetivo de avaliar quais são os reais conhecimentos do aluno “suas 
aprendizagens anteriores”, os pontos fortes e fracos da turma e 
assim poder trabalhar suas reais necessidades. Contudo a avaliação 
diagnóstica é fundamentalmente utilizada no início de novas 
aprendizagens. Alguns autores defendem que ela não deve ser ligada 
a um período temporal. 
Formativa, com ela consegue-se a melhor visualização do aprendizado 
do educando durante a aula ou durante o curso, se de fato está se 
atingindo os objetivos propostos. Possibilita uma nova direção no 
processo de aplicação do conhecimento, sinalizando como está o 
nível de aprendizado do estudante, fazendo um controle de qualidade 
de cada ciclo. Pode ser constatada através dos fóruns, atividades 
postadas ou pelos chats, sem a obrigatoriedade de atribuir uma nota 
ao educando. (GOMES; VILLANI, 2020).
Somatória, é quando avalia-se o estudante com atribuição de nota, para 
que o professor verifique se de fato foi atingido o objetivo do curso, 
se os alunos aprenderam ao longo do período dedicado a 
aprendizagem. O feedback é essencial para que o professor possa 
ter a visão se está no rumo certo. É importante nesta avaliação 
deixar claro os objetivos.
O processo avaliativo conforme Gomes e Villani (2020), na 
aprendizagem EaD, facilita ao estudante fazer conexões entre temas, 
autores e áreas do conhecimento atingindo interdisciplinaridade. O 
domínio dos conceitos, sua “terminologia”, isto é, o conjunto dos 
vocabulários particulares da ciência estudada, justificativa para o 
que se estabelece ou nega fornecer organização principalmente para 
elaboração dos trabalhos. A demonstração da originalidade das 
respostas, por meio da criatividade, e elaboração fundamentada e 
crítica serão fornecidas por meio dos conhecimentos que foram 
estudados durante todo o curso e se geraram de fato o aprendizado.
Para cada tipo de avaliação, temos uma ferramenta de 
aprendizagem, alguns autores porém preferem chamar de 
“interfaces”, pois servem de ligação. Gomes e Villani (2020), nos 
auxiliam em seus estudos fornecendo as ferramentas mais comuns. 
Citadas aqui as principais.
1. Fórum: 
Começaremos com uma ferramenta parceira, por ser de fácil acesso 
e permitir uma comunicação clara e contribuição de todos. 
Considerando os critérios gerais que serão estabelecidos pelo 
professor, o tutor observará o número de mensagens exigidas, as 
que foram relacionadas aos comentários dos colegas cursistas, 
quantidades de vezes que o estudante foi interrogado, atiçado a 
resposta pelos colegas durante a discussão proposta pelo fórum, 
qualidades das respostasque o estudante forneceu e verificar se 
está condizente com a matéria. Se foram provocadas intervenções, 
se houve o envolvimento do grupo, interação, cooperação e 
cumprimento dos prazos que foram destinados a atividade.
2. Chat: 
Ferramenta utilizada para promover as discussões síncronas, em 
tempo real. O tutor irá identificar o grau de interesse do estudante, o 
nível de atuação que desenvolveu nesta atividade e o 
comportamento do estudante em relação ao grupo, também será 
levado em conta o nível de atuação e respeito com a opinião dos 
colegas. No chat os estudantes expõem suas dúvidas, discutem as 
questões mais complexas relacionando com as ideias dos demais 
colegas, posicionamentos e questionamentos.
3. Biblioteca: 
Pontua-se aqui o acesso dos materiais complementares para o 
desenvolvimento da atividade e o download dos conteúdos também 
serão pontuados.
4. Diário, Blog e Wiki:
O tutor precisa estar atento ao número de postagens exigidas, se as 
postagens são carregadas de qualidade, se o estudante cumpriu os 
prazos, tanto na ferramenta Blog e Wiki, o modo como os estudantes 
se envolvem e a colaboração nas atividades grupais.
5. Textos: 
Quando for elaborado algum material no formato texto é preciso 
observar se o estudante atendeu ao número de laudas, parágrafos 
estipulados, padronização do formato e tamanho de fonte, margens 
como pedido pelo professor, o cumprimento do prazo, se o estudante 
entregou em tempo e se a qualidade de seu texto atende aos 
critérios exigidos pelo professor.
Esses são os sistemas de avaliação do estudante, porém para que se 
construa um sistema de avaliação bem estruturado, são avaliados o 
projeto do curso e sua metodologia, que são os caminhos que foram 
trilhados para se chegar a um determinado fim, e conteúdo. Com a 
avaliação do conteúdo e sua reestruturação, visa-se a melhoria no 
processo de desenvolvimento do estudante, para que se atinja essa 
melhoria deve-se considerar alguns itens:
• Conteúdos: seleção dos conteúdos e a realidade do estudante 
assim como as necessidades no curso;
• Motivação: o conteúdo provoca e mantém o aluno interessado em 
aprender, durante todo o processo de aprendizagem;
• Relação com outros conhecimentos: o processo de aprendizagem, 
precisa ser significativo para o estudante, levando saberes que o 
obtêm a partir de suas experiências, vivências, isso torna o aprender 
mais intimista; 
• Objetivos: em cada aula o estudante deverá ser informado dos 
pontos principais do conteúdo, o que o professor confiará que ele 
aprenda após o estudo da disciplina, o que de fato o estudante 
precisa adquirir, quais competências ele agregará após sua aula, o 
que poderá ser cobrado em uma futura avaliação; 
• Métodos: a didática a ser adotada, isto é, os métodos. É importante 
verificar se os processos do estudo são coerentes com o tipo de 
curso, e cada curso precisa ser avaliado conforme o seu perfil;
• Conexão com outros conteúdos e mídias: Enriquecer o curso com 
sugestões, indicar sites, vídeos e animações, possibilita que você 
amplie o seu conhecimento do assunto, além do material didático, 
buscando que o estudante enriqueça seu aprender e torne-se 
autônomo, construindo o seu conhecimento;
• Atividades: refletem os exercícios propostos, estudos de caso, 
projetos em grupo ou individuais.
No EaD o processo de avaliar é o mesmo que focar na comunicação 
entre tutores e alunos. Os trabalhos acabam tendo um maior peso do 
que na aprendizagem presencial. Neste caso os professores podem 
utilizar a observação que possuem dos alunos como indicadores de 
seus pontos fortes e fracos. Na EaD usa-se as comunicações dos 
estudantes com outros colegas, os trabalhos em grupo e os 
trabalhos individuais.
Na Educação a Distância a avaliação e o feedback servem como um 
guia para os alunos sobre os elementos essenciais dos textos e com 
os compromissos laborais. Muitas vezes os estudantes querem tirar 
o máximo de proveito de seu tempo, às vezes escasso de estudos, 
pulam capítulos deixando alguns conteúdos para trás, conteúdos 
que pensam não ser tão importante. Desta forma passam por cima 
da apostila, deixando de lado a sua real necessidade e percepção 
sobre o que realmente é importante para uma avaliação. Outros de 
forma estratégica perguntam o que de fato será preciso estudar para 
construir um trabalho. Ainda tem aqueles que trabalham de forma 
experimental, fazem o trabalho e somente após recorrem aos 
materiais do curso.
Alunos e tutores contam com as suas atividades de trabalho para 
identificarem seu progresso, conseguir identificar os pontos fortes e 
fracos, e identificar as áreas que precisam de reforço e atenção. 
Para os alunos avaliar pode vir a significar progresso, indica o que já 
foi alcançado e o que ainda falta conquistar. Fornece uma nota que 
servirá como ponto de referência para um futuro trabalho, ou 
possibilita criar oportunidades para sanar dúvidas com perguntas ao 
tutor, ou algum levantamento de questões que estão relacionadas ao 
conteúdo.
Sobrinho (2008), diz que se educar é formar para a vida social, avaliar 
deveria dirigir-se a formar cidadãos por meio de um processo 
educativo, também visto como processo de intervenção. Para o 
professor é o retorno que diz se o aluno tem assimilado o conteúdo, 
se as metodologias aplicadas estão surtindo efeito como um 
elemento de integração.
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Vaniel et al. (2013), acreditam que a afetividade tem um grande 
poder de fornecer segurança ao estudante, segurança em saber que 
os feedbacks, palavras e mensagens escritas recebidas, são 
disponibilizados por pessoas de carne e osso.
 
Que estão no ambiente virtual para caminhar juntos, estabelecendo 
laços de amizade, contribuindo para que o processo de ensino e 
aprendizagem se transforme em uma troca, construindo 
conhecimento criando laços afetivos, transpondo dificuldades e 
acreditando que a tecnologia influencia os corações na educação, 
pois com a unificação dos espaços, abre caminhos para a reflexão.
As tecnologias podem ser utilizadas para a disseminação da 
informação e construção de novos saberes, vivência, afeto e 
acolhimento, revelando outras formas de produção do 
conhecimento, e por meio dessa interação com o mundo, 
aprendendo, ensinando e sentindo.
Se bem aproveitada a EaD pode sim ser grande influenciadora para a 
mudança positiva do ensino no país, a virtualização do ambiente 
vem agregar a educação novas formas do saber se tornar mais 
dinâmico, veloz e objetivo entre os participantes. 
Como na educação presencial a EaD também possibilita que o 
pedagógico seja potencializado por meio das Tecnologias da 
Informação e Comunicação (TICs), no entanto é importante que as 
mídias digitais aplicadas na educação estejam visando uma 
educação problematizadora, que o ser humano busque conhecer a 
partir de suas inquietações, das dúvidas em relação aos problemas 
que vão surgindo e trazendo mudanças. (VANIEL et al., 2013).
Mais do que a inclusão das tecnologias na educação e a 
democratização do acesso a educação por meio do ensino a 
distância, é preciso apostar nas tecnologias construtivas que 
buscam desenvolver a autonomia, troca de problematização e 
interação, por isso acredita-se que o papel que os tutores a distância 
desempenham nos cursos de EaD, assim como a relação harmônica 
desses tutores, podem enriquecer o processo de ensino.
Para Vaniel et al. (2013), a relação afetiva diminui essa sensação de 
afastamento físico, aproximando pessoas, estabelecendo laços 
contribuindo para que o processo de ensino e aprendizagem se torne 
uma troca e não um processo de estímulo e resposta.
Segundo Vaniel et al. (2013), o afeto é uma palavra que origina-se do 
latim affectus que vem a ser ações e atitudes de proteção. É uma 
relação acolhedora e afetuosa que se estabelece com os estudantes. 
Essa afetividade ajuda ao estudante a compreender que estão 
interagindo com seres humanos, e não com computadores, por meio 
de uma escuta atenta e respeitosa, que cobra e corrigi, mediando, 
motivandoe incentivando a aprendizagem, com diálogo, troca de 
experiências, debates e reflexões. Buscando conhecer a realidade dos 
alunos em todas as dimensões “pessoal, escolar, familiar e social”.
A emoção é definida como agitação de sentimento, abalo afetivo ou 
moral. A afetividade envolve vivências individuais carrega um sentido 
mais amplo são formas de expressões mais complexas do ser 
humano, como a linguagem. Conforme Longhi et al. (2009) a 
cognição é empregada quando se identifica o conjunto de processos 
mentais que participam na aquisição do conhecimento, na 
percepção de mundo, de si mesmo e de como é representado esse 
mundo.
Para Vaniel et al. (2013), ninguém nasce tutor e para se alcançar uma 
posição de superação que os autores chamam de “supertutor” ou 
tutores superpoderosos é preciso querer ser, buscar por constante 
formação e estar aberto para aprender e sentir com o próximo, 
cuidando do estudante para que responda positivamente aos 
cuidados e carinhos. Contudo é importante trazer a memória que 
afetividade não significa permitir ao estudante que faça o seu curso 
relaxadamente, o tutor irá cobrar pontualidade nas entregas, 
qualidade das postagens e textos, correção gramatical e linguística, 
mas com compreensão e respeito. Pois não basta apenas 
disponibilizar conteúdo em um ambiente virtual esteticamente 
bonito, se neste ambiente não aflorar o acolhimento, propiciando ao 
indivíduo uma experiência efetiva e afetiva. 
Conforme o decreto nº 9.057, de 25 de maio de 2017, considera-se 
educação a distância “modalidade educacional” sua mediação 
didático-pedagógica, ocorre por meio de tecnologias de informação 
e comunicação, com pessoas qualificadas, políticas pensadas para 
o acesso, acompanhamento e avaliação que seja compatível. 
Desenvolva atividades educativas, atividades com propósito de gerar 
no educando o saber, mesmo que estejam em lugares e tempos 
diferentes.
E é por meio da comunicação mediada pelas TICs que Vaniel et al. 
(2013), afirmam que vínculos afetivos e educativos serão criados e 
mantidos, citando o diferencial da FURG (Universidade Federal do 
Rio Grande), que acreditou no importante papel dos tutores a 
distância para que os cursos de EaD sejam desempenhados com 
interação, troca e problematização das informações, com atenção 
para que não se torne tradicional, isto é, bancário.
O tutor é o elo entre o curso e o estudante, media, encurta distâncias, 
motiva, isto é, provoca, estimula impulsos internos nos alunos para 
que busquem aprender e interagir. A motivação de acordo com Reis 
(2011), conforme citado por VANIEL et al. (2013), deriva do verbo 
latino movere, movimento que irá levar o indivíduo a fazer algo, de 
alguma forma completar suas tarefas, manter-se em ação, ir ou 
mover-se em direção ao objetivo. 
O sujeito quando motivado se esforça para alcançar seus objetivos. 
Na concepção da didática a motivação é o processo de incentivo, 
provocando impulsos internos do aluno, levando-o a interessar-se 
pela participação das atividades escolares. Portanto quando há 
desatenção do tutor, irresponsabilidade, ausência ou má expressão 
na linguagem pode ser motivo de desmotivação, baixo rendimento e 
até mesmo desistência de alunos.
Sendo assim, ser sensível ao ouvir, aceitar, empatizar, se 
posicionando realmente no lugar do outro, pensando da mesma 
forma como o outro pensaria, auxiliando ao estudante a transpor 
suas dificuldades e a superando.
Para Oliveira (2009), estudos da neurociência revelam a importância 
da cognição e afetividade para a aprendizagem, como fator 
primordial a motivação, impulsionando desejos, atitudes, interesses 
e as interações dos sujeitos, tornando-se objeto de estudo da 
educação on-line.
De acordo com Arantes (2002), conforme citado por Vaniel et al. 
(2013), não há uma aprendizagem somente cognitiva ou racional, os 
aspectos afetivos não ficam do lado de fora de uma sala de aula, seja 
on-line ou presencial, quando na interação com os objetos de 
conhecimento, pois os sentimentos, relações interpessoais e afetos 
estão presentes enquanto pensam.
Para Vaniel et al. (2019), é importante a demonstração de 
afetividade. Fazê-la presente no ambiente virtual, na atenção ao 
cursista, nas respostas rápidas, nas mensagens individuais ou 
coletivas, na motivação dos alunos, instigando-os a participarem, 
entender e ouvir. Assim como tratá-los pelo primeiro nome, 
utilizando expressões que demonstrem mais intimidade como “olá 
querido Pedro”, mas sem deixar de exigir comprometimento, 
responsabilidade, participação e pontualidade.
Comece valorizando os pontos fortes, aponte o que precisa ser 
melhorado mas de forma construtiva, trate com respeito e 
compreensão esteja aberto ao diálogo. Vaniel et al. (2013), dizem 
que tutores são como avatares virtuais que por meio das palavras 
escritas revelam quem de fato são. Para alguns demonstrar afeto 
pode ser difícil, pois a afeição requer doação, implica em abrir-se 
para o outro e nem todos estão dispostos a isso. A tutoria demanda 
postura ética, responsabilidade, conhecimento teórico e técnico das 
ferramentas virtuais do ambiente de aprendizagem; e cuidado na 
construção das relações humanas. 
O Ensino a Distância carrega particularidades que você não tem no 
Ensino Presencial, um deles é a data de início de um curso. Alguns 
estudantes ficam perdidos com esta informação, mesmo que isso 
venha estampado no edital e nos materiais do próprio curso. 
Isto acontece porque no fundo, eles aguardam por um contato. Que 
alguém lhe forneça a informação de quando devem iniciar suas 
atividades, e isso, mesmo se no curso exista uma ótima sessão 
introdutória que desvende como calendarizar os estudos e que 
explique ao estudante como começar a trabalhar. (O’ROURKE, 2003).
Deixe anotado: é necessário o contato com o aluno, próximo ao início 
do curso. O’Rourke (2003), nos orienta que:
• Primeiro estabeleça uma comunicação;
• Fale de sua expectativa, deixe claro para o cursista que não 
hesite em fazer contato; que faça perguntas sobre os problemas 
encontrados;
• Incentive-os a manter o calendário de estudos e entrega dos 
trabalhos, estimulando para que eles participem de outras atividades 
e vejam outros tutoriais;
• Conte-os que você está ali para responder as questões que eles 
desejam saber sobre o conteúdo da disciplina. Para isso é 
importante que eles superem essa barreira de entrar em contato, 
pois você estará no ambiente para auxiliá-los.
A sua primeira comunicação define o rumo das demais interações, 
abre caminhos para os futuros contatos. Em algumas conversações, 
de modo informal, poderá dizer algo de sua personalidade; em outros 
momentos, você precisará ser formal e profissional, mas sempre 
positivo. Quando fizer esse contato inclua em seus registros a data e 
o propósito de contactar o aluno.
Sem a ação incentivadora do professor tutor motivando o indivíduo 
para a aprendizagem, pode ocorrer risco de desestimulação por 
parte do aluno, refletindo no processo de ensino-aprendizagem e o 
comprometendo-o. Fique de olho nos fóruns, os estudantes 
silenciosos costumam ser aqueles estudantes que precisam de 
maior auxílio, uma forcinha a mais.
Conforme Gomes e Villani (2020), algumas regras de NETiqueta 
podem agregar valor ao comportamento do tutor em EaD. Vejamos:
• Responda ao estudante de forma positiva, pois se ele se propôs 
a perguntar é porque está com dúvidas, não seja arrogante e 
inconveniente;
• Procure ser claro, expresse-se de modo que os estudantes 
entendam aonde você quer chegar; tornando o diálogo limpo e 
conciso nos fóruns, chat e e-mails;
• Cite as fontes de onde você retirou o material, seja um exemplo, 
pois o que você cobra do aluno, precisa ser feito por você também;
• Esteja aberto às críticas construtivas e aproveite-as para 
crescer ainda mais;
• Escute e valorize as opiniões que são diferentes da sua, tendo 
cuidado para não expor somente seus próprios valores e 
expectativas, favorecendo para que o aprendizado seja mais extenso