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Petição inicial - Ação de Reparação de Danos com morte

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Excelentíssimo Juiz de Direito da _ª Vara Cível da Comarca de Foz do Iguaçu/PR
MARIA PAULA PONTUAL, brasileira, viúva, diarista, portadora do RG nº 54320934-65 PE e CPF nº 234.912.876-09, sem endereço eletrônico, residente e domiciliada na Rua dos Prazeres, 34, Jardim das Dálias, vem perante Vossa Excelência por si e representando seus filhos menores impúberes Carlos José Pontual, com três anos de idade e o segundo, Marcos Paulo Pontual com um ano e meio de idade, através do advogado abaixo assinado, instrumento de procuração em anexo, com escritório profissional à Rua AB, 02, onde recebe intimações, propor AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS em face de CARLOS ALBERTO SORRISO, brasileiro, casado, empresário, portador do RG nº 304059669-0 RS e CPF nº 675.890.012-67, com endereço eletrônico sorriso2@hotmail.com, residente e domiciliado na Rua Das Orquídeas, 65, bairro Petrópolis em Foz do Iguaçu/PR, o que faz com fundamento nos artigos 26 e 28 do Código de Trânsito Brasileiro; artigos 186, 927 e 948 do Código Civil; artigo 533 do Código de Processo Civil, pelos motivos de fato e direito adiante expostos:
1. DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA
Preliminarmente, preenchidos os requisitos legais, requer o benefício da gratuidade da justiça, assegurado pelo artigo 98, caput, do Código de Processo Civil, tendo em vista não poder arcar com as despesas processuais sem prejudicar o sustendo próprio e de sua família, conforme declaração em anexo.
2. DOS FATOS
No dia 10 de fevereiro de 2020, Jorge Pontual, que possuía 42 (quarenta e dois) anos de idade na referida data, dirigia-se ao centro da cidade, vindo do bairro onde mora, pilotando sua bicicleta, que valia o montante de R$500,00 (quinhentos reais) cheia de produtos alimentícios que venderia naquele dia, num total de R$300,00 (trezentos reais), tendo em vista que Jorge trabalhava pelas ruas da cidade, vendendo cafezinho com leite, pão com banana ou com margarina, salgadinhos e demais produtos alimentares, percebendo mensalmente o valor de R$3.000,00 (três mil reais), quando estando na calçada na Rua Marechal Deodoro, na altura do número 979, um automóvel GM Corsa Wind, ano 1999, cor prata, placas AGG-7545 de Foz do Iguaçu de propriedade de Carlos Alberto Sorriso, por ele dirigido, ao fazer uma ultrapassagem em alta velocidade, perdeu o controle do veículo invadindo a calçada e atropelando o Sr. Jorge Pontual (conforme consta do Boletim de Acidente de Veículo nº 345 anexo), sofrendo inúmeras lesões graves vindo a falecer no dia 25 de fevereiro do mesmo ano.
O falecido possuía mulher e dois filhos menores, o primeiro, Carlos José Pontual, com três anos de idade e o segundo, Marcos Paulo Pontual com um ano e meio de idade. Era o falecido quem percebia o sustento da família, pois, a requerente recebe mensalmente apenas o valor de R$600,00 (seiscentos reais) como diarista. 
Mesmo que o Sr. Jorge Pontual tenha sido internado pelo SUS, sua família gastou R$5.000,00 (cinco mil reais) com a compra do caixão e o jazigo onde o mesmo foi enterrado. 
Tais fatos podem ser comprovados pelas testemunhas do ocorrido sendo elas, o Sr. Marcos Antônio Pedroso, brasileiro, casado, motorista, portador do RG nº 3420697-98 SC, residente e domiciliado na Rua das Oliveiras, 09, Centro, São Miguel do Iguaçu/PR e Sr. Mévio Tício de Alfa, brasileiro, casado, administrador de empresas, portador do RG nº 54303945-45 SP, residente e domiciliado na Rua Augusta, 543, São Paulo/SP.
Nesta senda, diante dos fatos expostos, considerando que o falecido era o principal responsável pelo sustento da família, e pela situação fática narrada, não resta outra alternativa à autora senão a propositura da presente ação.
3. DO DIREITO 
Dispõe o Código de Trânsito Brasileiro que os condutores devem agir de modo à não tornar o trânsito perigoso sem que cause qualquer perigo a todos os usuários da vida, de modo a ter domínio de seu veículo e ter atenção e todos os cuidados indispensáveis a segurança do trânsito. 
Conforme determinam os artigos 186 e 927 do Código Civil, aquele que por ação ou omissão violar direito e causar dano a outrem comete ato ilícito e tem o dever de repará-lo, independentemente de culpa, bem como, o artigo 948 do mesmo texto legal, prevê que em caso de homicídio, o responsável deve pagar as despesas com o funeral e luto da família da vítima e prestar alimentos à aqueles que dependiam do falecido.
Diante da situação narrada, pela imprudência do Sr. Carlos Alberto Sorriso a vida do Sr. Jorge Pontual foi ceifada, deixando filhos menores que crescerão sem a presença de um pai por conta de um ato irresponsável do réu e também, o responsável por grande parte dos valores necessários à sobrevivência de sua família, o réu deve ser responsabilizado a arcar com todos os danos causados as vítimas dessa tragédia, de modo que, requer-se a fixação dos danos emergentes e lucros cessantes, inclusive o dano moral pela morte do Sr. Jorge no valor de R$ 70.000,00 (setenta mil reais).
Com relação à prestação de alimentos – indenização pelo ato ilícito praticado, o réu deve constituir capital que garante o valor mensal da pensão, conforme disposto no artigo 533 do Código de Processo Civil, esta deve ser fixada no valor de R$2.000,00 (dois mil reais), sendo R$1.000,00 (mil reais) à viúva, que deve ser paga até a data do 70º aniversário do Sr. Jorge Pontual e R$500,00 (quinhentos reais) para cada filho, até que completem 25 anos.
Assim, de modo à garantir o mínimo de justiça e restituição dos danos causados à família, tendo em vista, que valor algum substitui a vida de um ente querido, a requerente vêm perante ao Poder Judiciário para que julgue a lide de maneira justa.
3.1. DA TUTELA ANTECIPADA
Diante dos fatos narrados, tendo em vista que a família não consegue sobreviver sem a receita trazida pelo Sr. Jorge Pontual, agora cessada, não há outra alternativa senão requerer à antecipação provisória da tutela prevista no artigo 300 do Código de Processo Civil para que a família possa receber desde já os valores que deixaram de auferir em decorrência do acidente e da morte de um membro tão importante da família.
4. DOS PEDIDOS
Posto isto requer:
a) O recebimento da petição inicial, designando audiência de conciliação/mediação, com a citação dos requeridos para que nela compareçam e contestem no prazo de 15 dias à contar do ato, sob pena de revelia.
b) Preliminarmente, a concessão da gratuidade da justiça conforme determina o artigo 98 do Código de Processo Civil;
c) O deferimento da tutela antecipada nos termos do artigo 300 do Código de Processo Civil.
d) Ao final, a procedência do pedido para condenar os requeridos ao pagamento dos prejuízos causados no valor de R$5.800,00 (cinco mil e oitocentos reais) referente a bicicleta, os alimentos que estavam com o falecido e as despesas com seu funeral, bem como, o valor de R$70.000,00 (setenta mil reais) referente aos danos morais.
e) A constituição de capital conforme determina o artigo 533 do Código de Processo Civil no valor de R$2.000,00 (dois mil reais), atualizados conforme juros e correção monetária – equivalentes à 2/3 dos rendimentos mensais do falecido, sendo R$1.000,00 (mil reais) à viúva até a data do 70º aniversário do Sr. Jorge Pontual e R$500,00 (quinhentos reais) a cada filho, até que completem a idade de 25 anos, que devem ser pagos até o quinto dia útil de cada mês, na conta X, conta Y do banco Z. 
f) Requer, ainda, a intimação do membro do Ministério Público, para que se manifeste nos autos, por interesse de incapaz conforme artigo 178, inciso II do Código de Processo Civil.
g) A condenação do réu ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios de sucumbência.
h) Provar o alegado por meio de depoimento pessoal dos réus, oitiva de testemunhas e juntada de documentos.
Dá-se a causa o valor de R$103.800,00 (cento e três mil e oitocentos reais).
Nestes termos, pede deferimento
Local, data
Advogado, OAB xx.xxx

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