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Primeira Semana do Desenvolvimento Embrionário

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Concepção I Embriologia Lucas Silva 
 
 
 
 
 
 
Lembrando: quando acontece a fertilização esse 
já vai ser o dia 1º do embrião. Do dia 1º ao 7º, 
temos a primeira semana de desenvolvimento 
humano. 
 
Clivagem do zigoto 
▪ Ocorre nos três primeiros dias 
▪ A clivagem consiste em divisões mitóticas 
repetidas do zigoto, resultando em um aumento 
rápido do número de células (blastômeros). 
▪ A clivagem ocorre conforme o zigoto passa pela 
tuba uterina em direção ao útero. Durante essa 
clivagem o zigoto continua dentro da zona 
pelúcida. 
▪ A divisão do zigoto em blastômeros se inicia 
aproximadamente 30h após a fecundação. 
▪ Após o estágio das nove células, os blastômeros 
mudam sua forma e se agrupam firmemente uns 
com os outros para formar uma bola compacta 
de células, por ação de glicoproteínas. 
▪ A compactação possibilita uma maior interação 
entre as células e é um pré-requisito para a 
separação das células internas que formam o 
embrioblasto (massa celular interna) do 
blastocisto. 
▪ Quando existem de 2 a 32 blastômeros, é 
chamado de mórula, que é formada 3 dias após 
a fecundação. As células internas da mórula são 
circundadas pelas células trofoblásticas 
 
 
 O embrião propriamente dito vai ser 
desenvolvido a partir da massa celular interna. 
Já a massa celular externa forma a parte 
embrionária da placenta. 
 
 
Obs.: Gravidez ectópica. As vezes pode acontecer 
do zigoto acabar se implantando na tuba uterina, o 
que resulta em uma gravidez ectópica. O mais 
comum nessa gravidez ectópica é o zigoto ficar 
localizado na área abdominal, mas o embrião pode 
se deslocar entre as alças intestinais e se implantar 
externamente ao estômago (raro). 
 
Obs.: Endometriose. Já na endometriose, essa 
célula pode caminhar o corpo todo, existem casos 
de endometriose cerebral (células do endométrio 
conseguiram se implantar no cérebro). É importante 
lembrar que toda vez no ciclo menstrual, essas 
células endometriais são estimuladas a se proliferar, 
e onde ela tiver ela vai responder ao hormônio, e 
assim irá ser estimulada a se proliferar. 
 
 
Formação do blastocisto 
▪ 4 dias após a fecundação, a mórula chega ao 
útero e surge no seu interior um espaço 
preenchido por liquido, a cavidade 
blastocística. O liquido passa da cavidade 
uterina através da zona pelúcida para formar 
esse espaço. 
 
 
Concepção I Embriologia Lucas Silva 
▪ O liquido aumenta na cavidade e separa os 
blastômeros em duas partes: 
o Uma delgada camada celular externa, o 
trofoblasto que formará a parte 
embrionária da placenta. 
o Um grupo de blastômeros localizados 
centralmente, o embrioblasto, que formara 
o embrião. 
 
Obs.: a placenta é um órgão de origem embrionária 
dupla, pois possui uma parte de origem embrionária 
(do trofoblasto) e uma parte de origem materna 
(vindo das células do endométrio da mãe). 
 
 
 
▪ O estágio de blastocisto inicial (marcado por 
qualquer entrada de liquido, formando 
cavidades isoladas) e blastocisto tardio (quando 
se tem a junção dessas cavidades isoladas, 
formando uma única cavidade preenchida por 
liquido). 
o Blastocisto inicial: a partir do 4º dia 
o Blastocisto tardio: por volta do 5º ao 6º dia 
 
 
Obs.: Uma proteína imunossupressora, o fator de 
gestação inicial, é secretada pelas células 
trofoblásticas e aparece no soro materno cerca de 
24 a 48 horas após a fecundação. O fator de 
gestação inicial é a base do teste de gravidez 
durante os primeiros 10 dias de desenvolvimento. 
 
 A junção das lacunas preenchidas por liquido ao 
se juntarem formarão uma cavidade chamada 
de blastocele ou cavidade blastocística. 
 
Obs.: A implantação se dá pelo trofoblasto polar, 
que por sua vez está localizado no polo embrionário. 
 
▪ O embrioblasto se projeta para a cavidade 
blastocística e o trofoblasto forma a parede do 
blastocisto. 2 dias após a chegada do blastocisto 
ao útero a zona pelúcida se degenera e 
desaparece. 
▪ Essa degeneração da zona pelúcida permite o 
rápido crescimento do blastocisto, que obtém 
nutrição das secreções das glândulas uterinas. 
▪ Aproximadamente 6 dias após a fecundação, o 
blastocisto adere ao epitélio endometrial (pelo 
polo embrionário) e logo após essa adesão, o 
trofoblasto se prolifera e se diferencia em duas 
camadas: 
o Camada interna – Citotrofoblasto 
o Camada externa – Sinciotrofoblasto, que 
consiste em uma massa protoplasmática 
multinucleada na qual nenhum limite celular 
pode ser observado. 
 
 
 
 Sinciciotrofoblasto: Apresenta comportamento 
semelhante a um tumor invasivo, porém o 
endométrio é receptivo. Temos um blastocisto 
invasor e um endométrio receptor. A medida em 
que ele vai invadindo, ele destrói vasos 
sanguíneos. Ele não é uma célula, é uma massa 
multinucleada que surge a partir do 
citotrofoblasto e é ele quem destrói, pois ele é 
metabolicamente ativo. Esse sincício possui 
enzimas que facilitavam a invasão do blastocisto 
Concepção I Embriologia Lucas Silva 
no endométrio. O sincício vai deslocando essas 
células endometriais e vai induzindo uma morte 
por apoptose -> Para abrir espaço para que a 
estrutura se aloje. 
 Citotrofoblasto: É mitoticamente ativo (está se 
dividindo) e é ele que forma o sincício. Quase 
não entra em contato com o endométrio, pois 
quem entra em contato com endométrio 
uterino para invadir, é o sincício. 
▪ A massa celular interna será agora chamada de 
embrioblasto, ou seja, o embrião propriamente 
dito. O embrião irá se desenvolver a partir desse 
embrioblasto. 
▪ Em torno de 6 dias, os prolongamentos do 
Sinciciotrofoblasto se estendem pelo epitélio 
endometrial e invadem o tecido conjuntivo. 
▪ No final da primeira semana, o blastocisto está 
superficialmente implantado na camada 
compacta do endométrio e obtém a sua 
nutrição dos tecidos maternos erodidos. 
▪ O sinciciotrofoblasto, bastante invasivo, se 
expande no polo embrionário, adjacente ao 
embrioblasto. 
▪ O sinciciotrofoblasto produz enzimas que 
erodem os tecidos maternos, possibilitando ao 
blastocisto se implantar no endométrio. 
▪ Em cerca de 7 dias, o hipoblasto (endoderma 
primário), aparece na superfície do 
embrioblasto voltada para a cavidade 
blastocística. 
▪ As células do endométrio que estão 
intimamente ligadas ao blastocisto se tornam 
células mais ricas e vão acabar se tornando 
células deciduais → Reação de decídua: 
transformação de uma célula endometrial 
normal em uma célula mais rica e maior; 
contornando o blastocisto; essas células 
deciduais vão sendo destruídas conforme o 
blastocisto vai invadindo o endométrio. 
 
 
Obs.: algumas mulheres tem dificuldades em ser 
mãe devido ao endométrio não ser receptivo, por 
isso eu tenho que ter um mínimo de espessamento 
do endométrio para que a estrutura se aloje a ele. 
 
▪ Essa adesão inicial é facilmente desfeita -> riscos 
de aborto espontâneo -> Por isso que a maioria 
dos abortos espontâneos acontecem na 1º e 2º 
semana, pois a adesão inicial é muito superficial. 
▪ Temos receptores que começam a ser expressos 
na parte do trofoblasto polar, eles irão se ligar a 
receptores que estão no epitélio do endométrio 
uterino. 
▪ Essa primeira etapa é chamada como captura, 
pois até então esse blastocisto estava 
“flutuando” e ele é capturado pelo epitélio do 
endométrio -> mecanismo de captura: o 
endométrio “captura” esse blastocisto. 
 
 
 
▪ Ligação adicional (modelo sanduiche): o 
blastocisto emite projeções que o fará ficar mais 
fortemente aderido à camada epitelial do 
endométrio; através de receptores como a 
laminina e fibronectina. 
▪ Depois dessa ligação adicional se tem o estimulo 
para que aquele trofoblasto se diferencie em um 
sincíciotrofoblasto, que irá ser responsável pela 
migração e invasão dessa estrutura ao 
endométrio. 
▪ Conforme ele vai se alojando no endométrio, 
temos o processo gradual da formação da 
placenta (só por volta da 20º semana a placenta 
está apta pra assumir todas suas funções) -> a 
placenta será formada por parte do trofoblasto 
(sincício e cito)e a parte materna vem da mãe 
 
 
 
 
Concepção I Embriologia Lucas Silva 
Resumo da 1ª Semana 
▪ Os oócitos são produzidos pelos ovários 
(oogênese) e são expelidos deles durante a 
ovulação. As fímbrias da tuba uterina varrem o 
oócito para a ampola, onde ele pode ser 
fecundado. 
▪ Quando um oócito é penetrado por um 
espermatozoide, ele completa a segunda divisão 
meiótica. Como resultado, um oócito maduro e 
um segundo corpo polar são formados. 
▪ A fecundação se completa quando os 
pronúcleos masculino e feminino se unem e os 
cromossomos maternos e paternos se misturam 
durante a metáfase da primeira divisão mitótica 
do zigoto. 
▪ À medida que o zigoto passa ao longo da tuba 
uterina em direção ao útero, sofre clivagens 
(mitose) em várias células menores, os 
blastômeros. Aproximadamente três dias após a 
fecundação, uma esfera de 12 ou mais 
blastômeros (a mórula) entra no útero. 
▪ Uma cavidade se forma na mórula, 
convertendo-a em blastocisto, que é formado 
pelo embrioblasto, pela cavidade blastocística e 
pelo trofoblasto. 
▪ Quatro a 5 dias após a fecundação, a zona 
pelúcida desaparece e o trofoblasto adjacente 
ao embrioblasto se adere ao epitélio 
endometrial. 
▪ O trofoblasto do polo embrionário se diferencia 
em duas camadas, uma externa, o 
sinciciotrofoblasto e outra interna, o 
citotrofoblasto. 
▪ O sinciciotrofoblasto invade o epitélio 
endometrial e o tecido conjuntivo adjacente. 
Concomitantemente, forma-se uma camada 
cuboidal de hipoblasto na superfície inferior do 
embrioblasto. 
▪ Ao final da primeira semana, o blastocisto está 
superficialmente implantado no endométrio

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