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1 Curso – aula I Michaella Ribeiro Boa Sorte PRINCÍPIOS BÁSICOS DE HISTOLOGIA Histologia: estudo dos tecidos PREPARAÇÃO DOS TECIDOS: 1. Coleta do tecido animal. 2. Fixação: tratamento com calor, frio ou agentes químicos (formol e o aldeído glutárico). 3. Desidratação e diafanização: banhos crescentes de etanol (retirada completa de álcool, água e gordura), o processo de diafanização, que clarifica o material, tornando-o translúcido. 4. Inclusão: acontece então a impregnação do tecido com uma substância de consistência firme. Assim o tecido é endurecido, o que facilita o corte em camadas finas, a parafina é a utilizada para microscopia óptica (MO) e resinas para microscopia eletrônica de transmissão (MET). 5. Microtomia: depois de endurecido, o bloco de parafina deve ser cortado em seções extremamente finas, que permitam a visualização do tecido ao microscópio. Obtenção de cortes com navalha metálica para MO e com lâmina de vidro ou de diamante para MET. 6. Montagem e coloração: O material cortado é então colocado na lâmina para a colagem e passa por técnicas de coloração, que variam de acordo com o tecido a ser verificado e com a estrutura que se pretende observar. Por fim, temos a montagem da lâmina, que consiste na retirada da água e na colocação do meio de montagem e da lamínula para selar o corte. Montagem em lâminas de vidro para MO e em grades metálicas para MET. 2 Curso – aula I Michaella Ribeiro Boa Sorte TECIDO Conjunto de células que atuam de maneira integrada. Desempenham funções especificas. TECIDO = CÉLULAS + MATRIZ EXTRACELULAR. Matriz extracelular: substância intercelular produzidas pelas células (ficam em volta da célula). Funções da ME: Preencher espaços; Ancoragem para as células; Resistência aos tecidos; Transporte de substância e migração das células; Conjunto de tecidos formam órgãos e o conjunto de órgãos formam os sistemas. FOLHETOS EMBRIONÁRIOS: Surgem na fase de gástrula. Origem dos tecidos: Epitelial: ectoderma, mesoderma e endoderma. Conjuntivo: mesoderma. Muscular: mesoderma. Nervoso: ectoderma. Obs. O embrião tem origem nos três folhetos embrionários. 3 Curso – aula I Michaella Ribeiro Boa Sorte TECIDO EPITELIAL: Se origina dos três folhetos embrionários. Características: Células justapostas (bem juntas); Pouca matriz extracelular; Avascular (não tem vasos sanguíneos) - o tecido epitelial sempre vai está apoiado na lâmina basal e abaixo da lâmina basal tem o tecido conjuntivo o qual fornece nutrientes e oxigênio para o tecido epitelial através de difusão. Funções: Proteção (revestimento interno e externo); Absorção (intestino); Secreção (glândulas); Tipos: Revestimento. Glandular. EPITELIO DE REVESTIMENTO: Revestimento interno e externo; Muita mitose; Classificação do tecido epitelial de revestimento: Número de camadas: Simples: Apresentam apenas uma camada de células. Estratificados: Possuem mais de uma camada de células. Pseudoestratificados: Tecido formado apenas por uma camada de células, entretanto, a posição variada dos núcleos promove a falsa sensação de que ele apresenta várias camadas. Apesar de todas as células estarem apoiadas na lâmina basal, elas diferenciam- se em altura e, portanto, nem todas chegam à superfície do tecido. Formas das células: Pavimentoso: Células com formato achatado que muitas vezes lembram azulejos. Os epitélios pavimentosos, que podem ser simples ou estratificados, podem ser encontrados revestindo vasos sanguíneo. Ex. epiderme. Cúbico: Células de formato cúbico. Os epitélios cúbicos podem ser simples ou estratificados. Ex. podem ser observados no ovário e folículos ovarianos. Prismático, colunar ou cilíndrico: Células alongadas e retangulares. Os epitélios prismáticos podem ser simples ou estratificados. Ex. podem ser encontrados revestindo a traqueia e a cavidade nasal. Transição: Tipo de tecido estratificado com células superficiais de formato globoso que mudam de acordo com o grau de distensão do tecido. Ex. bexiga. 4 Curso – aula I Michaella Ribeiro Boa Sorte O tipo de epitélio encontrado em cada órgão está diretamente relacionado com a função daquela determinada estrutura. Os epitélios pavimentosos simples, por exemplo, são encontrados em locais onde a troca de substâncias deve ocorrer facilmente. Já os estratificados pavimentosos, por exemplo, dificultam a troca de substâncias e estão mais relacionados com a proteção. EPITELIO GLANDULAR: Secreção: hormônios, suor, saliva... Adentram no tecido conjuntivo, se diferenciam e formam glândulas com capacidade de secreção; Classificação do tecido epitelial glandular: Glândulas exócrinas: libera secreção fora do sangue. Apresentam a porção secretora associada a dutos que lançam suas secreções para fora do corpo (como as glândulas sudoríparas, lacrimais, mamárias e sebáceas) ou para o interior de cavidades do corpo (como as glândulas salivares); Glândulas endócrinas: Libera secreção dentro do sangue. Não apresentam dutos associados à porção secretora. As secreções são denominadas hormônios e lançadas diretamente nos vasos sanguíneos e linfáticos. Exemplos, hipófise, glândulas da tireoide, glândulas paratireódeas e glândulas adrenais; Glândulas mesócrinas: apresentam regiões endócrinas e exócrinas ao mesmo tempo. É o caso do pâncreas, cuja porção exócrina secreta enzimas digestivas que são lançadas no duodeno, enquanto a porção endócrina é responsável pela secreção dos hormônios insulina e glucagon. Esses hormônios atuam, respectivamente, na redução e no aumento dos níveis de glicose no sangue. Célula caliciforme: glândula unicelular, especializadas na produção de muco. Presente no epitélio respiratório e em porções do intestino. 5 Curso – aula I Michaella Ribeiro Boa Sorte Classificação das glândulas exócrinas: Tubulosa simples: Não possui ductos diferenciados. A porção secretora se abre diretamente na superfície. Exemplos: glândulas intestinais. Tubulosa simples ramificada: cada glândula consiste em várias porções tubulares secretoras que convergem para um único tubo não ramificado. Exemplos: glândulas gástricas e uterinas. Tubulosa simples enovelada: Ducto tubular com uma porção enrolada. Exemplos: glândulas sudoríparas e vesículas seminais. Acinosa simples: Ocorrem como bolsas nas superfícies epiteliais e acham-se revestidas por células secretoras. Exemplo: glândula mucosecretora da uretra peniana. Acinosa simples ramificada: Cada glândula consiste em vários ácinos secretores que se esvaziam em um único canal excretor. Exemplo: glândulas sebáceas. Acinosa composta: As unidades possuem forma de ácinos e drenam as secreções para um sistema de ductos ramificados. Exemplos: glândulas do pâncreas exócrino e parótidas. Tubuloacinosacomposta: Possui unidades secretoras que consistem em componentes tubulares ramificados e componentes acinosos ramificados. Exemplo: glândula salivar submandibular. Classificação das glândulas exócrinas quanto a secreção: Glândulas merócrinas: secreção liberada por exocitose sem perda de outro material celular. Ex. pâncreas. Glândulas apócrinas: produto de secreção é secretado junto com porções do citoplasma apical da célula. Ex. glândula mamária. Glândulas holócrinas: produto da secreção eliminado junto com a célula. Ex. glândula sebácea.
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