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IMUNOLOGIA RESUMO COMPLETO (CAMINHO/BACTERIAS/FUNGOS/VIRUS)

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Diferenciar Virus, Bacterias e Fungos 
Vírus: 
São os seres vivos mais simples do planeta, uma vez que, são extremamente 
pequenos e acelulares, ou seja, não possuem células. Todos os vírus são 
envolvidos por uma capsula (ou capsídio) formada por proteínas, a qual protege seu 
material genético e auxilia tambem na fixação desse vírus nas células que iram 
parasitar. Ademais, como já foi citado, os vírus possuem tambem material genético, 
podendo ser DNA ou RNA, e em alguns raros casos como o citomegalovírus 
(herpes), possuem DNA e RNA. 
Alguns vírus tambem podem ser ‘’envelopados’’, ou seja, seu material genético e o 
capsídio são revestidos por esse envelope, o qual nada mais é a membrana 
plasmatica da célula que foi parasitada, uma vez que, é formado pelas proteínas 
vindas do próprio material genético do vírus e por especialmente liproteínas e 
lipídeos da célula hospeideira. Desse modo, outra grande caracteristica dos vírus é 
de ser obrigatoriamente um parasita intracelular, ou seja, só possui atividade e 
reprodução dentro de uma célula hospedeira, uma vez que, como não possui 
células, não possui tambem metabolismo, assim, os vírus podem infectar células e 
eucarióticas (de animais, fungos, vegetais) e procarióticas (de bactérias). 
Os vírus ao entrarem no organismo, se fixam na superfície de alguma célula e 
penetram pela membrana celular da mesma, a partir daí, utilizam dos ribossomos, 
nucleotídeos, aminoácidos, mitocondrias e a energia proveniente do organismo do 
hospedeiro para se multiplicarem. Após isso, os vírus se espalham pelo organismo. 
Como possuem caracteristicas únicas, como não ter células nem metabolismo 
próprio os vírus não são reconhecidos exatamente como seres vivos, no entanto, 
possuem sim caracteristicas semelhantes a nós, como possuir material genético, se 
reproduzirem e evoluir biologicamente, realizando mutações. 
Dentre as doenças virais, estão o coronavirus, sarampo, caxumba, AIDS, febre 
amarela, gripe, catapora, entre muitas outras... 
Bacterias 
As bacterias são mais complexas que os vírus, mas ainda são muito simples, uma 
vez que, são unicelulares e procariontes, ou seja, não possuem um núcleo 
organizado, sendo que seu DNA fica em contato direto com o citoplasma. As 
bacterias tambem são muito pobres em organelas, possuindo apenas os 
ribossomos, que irão produzir proteínas. 
Ademais, esses seres vivem nos mais diversos ambientes, deste os mais brandos 
até os mais extremos, como no ar, água,interior dos seres vivos e até mesmo no 
vácuo. Além disso, elas se multiplicam em uma alta velocidade, sendo algumas 
prejudiciais a nossa saúde, e algumas benéficas como as que vivem em nosso 
intestino. 
As bacterias ainda possuem uma grande diversidade metabólica, uma vez que, 
foram os primeiros seres vivos que estiveram em nosso planeta, dessa forma, 
podem ser autótrofas, que produzem seu proprio alimento, ou heterotrofos, que 
precisam de outros alimentos para se alimentar, ademais, possuem bacterias 
aerobicas, as que utilizam do oxigenio, e anaerobicas, que não utilizam do oxigenio. 
Elas são formadas por uma parede celular, composta por proteínas e açucares, que 
da forma e proteção a bacteria. Em algumas bacterias essa parede celular possui 
outro revestimento chamado cápsula, a qual protege ainda mais a bacteria contra a 
ação dos glóbulos brancos e aumenta a adesão quando são formadas colonias. 
Ademais, a baixo da parede celular esta a membrana plasmatica, que delimita o 
citoplasma e o citosol, onde se encontra um único filamento de DNA, diversos 
ribossomos e os chamados grãos de glicogenio, que são reservas de nutrientes. 
As bacterias possuem ainda diferentes formas, como os cocos, que são bacterias 
esféricas, diplococos (cocus aos pares), estreptococos, que são colonias 
organizadas em fileiras, estafilococos (colonias organizadas em cachos), bacilos, 
que possuem formato de bastão, espirilos, que possuem forma de espiral e vibriões, 
as quais possuem forma de uma vírgula. 
Como algumas bacterias são bem distintas entre si, uma das maneiras de 
diferenciar seus dois maiores grupos é por meio da coloração de Gram, que 
distingue as Gram + e as Gram -, elas se distinguem especialmente pela camada de 
peptidioglicano e por sua virulencia, assim, as Gram +, possuem uma grossa 
camada de peptidioglicano (formado por açucares e proteínas) e são mais sensiveis 
a ação de antibióticos, enquanto os Gram -, possuem uma fina camada de 
peptidioglicano revestida por uma outra membrana de lipoproteínas e açucares, 
sendo esse tipo de bacterias mais virulentas. 
Uma caracteristica interessante das bacterias, é a esporulação, ou seja, quando as 
bacterias necessitam sobreviver a condições não favoráveis do ambiente, elas se 
transformam em células mais resistentes, que são os esporos. Um exemplo disso, é 
a bacteria do tétano, a qual consegue sobreviver em um ambiente sem água e sem 
nutrientes por um longo período, e ao entrar em contato com tecidos mais internos 
do nosso corpo, ela volta a ativa e se desenvolve no corpo do organismo. 
Algumas doenças bacterianas são Tuberculose, difteria, tétano, gonorreia, lepra e 
difteria. 
Fungos 
Os fungos possuem um reino próprio, sendo eles seres eucariontes, possuindo um 
núcleo organizado, e são tambem heterotroficos, ou seja, dependem de outros 
seres vivos para se alimentarem, a maioria deles são multicelulares, mas existem 
espécies unicelulares como as leveduras, as quais são utilizadas para produzir pão 
e cerveja. 
Os fungos multicelulares, como os cogumelos, são formados pelas hífas, que é um 
filamento que contem várias células desse fungo, ademais, a parede dessas hífas é 
formada por quitina, um açucar resistente e flexivel. Essa hífas formam tambem o 
micélio, que nada mais é do que o corpo do fungo multicelular. 
Possui uma grande caracterisca em comum com os animais, que é ter sua reserva 
energetica de glicogenio. 
Os fungos podem levar a doenças como micoses, sapinho e candidiase, mas 
tambem possuem grande importancia no nosso dia a dia, como na culinária por 
exemplo, como os cogumelos, nas cervejas, e nos queijos. 
Microbiota e Microorganismos da Pele 
Muitos microorganismos habitam o corpo humano, dentre eles, bacterias, fungos e 
vírus, estando eles em equilibrio por todo o nosso corpo, como boca, estômago, 
intestino,tratos respiratórios e urinários, pele e olhos. Essa microbiota é uma 
proteção do nosso corpo, dessa forma, compostos que seriam toxicos ao nosso 
corpo são muitas vezes decompostos por essa microbiota. 
A composição dela é variável, assim, cada pessoa possui uma microbiota única, 
pois ela depende da alimentação, idade, amamentação, hormonios e até mesmo de 
como foi seu parto. 
A microbiota da pele é uma das mais importantes, pois é a pele é a primeira barreira 
imunológica do ser humano, estando em contato direto com o ambiente ao nosso 
redor, e assim, vulnerável aos microorganismos presentes ali. Dessa forma, essa 
microbiota age em conjunto com nosso sistema imune para combater os riscos de 
doenças. 
A microbiota pode ainda ser dividida em duas, sendo a primeira a microbiota 
transitória, ou seja, composta por microorganismos patogenicos ou não, 
provenientes do meio externo e que não se estabelecem por definitivo na região, 
podendo ser removida pela higienização das mãos, esse tipo de microbiota é 
adquirida frequentemente por profissionais de saúde, como os estafilococus aureus, 
que frequentemente causam infecções cutâneas, bacilos gram negativos, 
causadores de diarreias e infecções e leveduras, as quais podem causar a 
candidiase por exemplo. 
Já a microbiota residente é aquela aderida as camadas mais profundas da pele, e 
mais resistentes a remoção apenas por água e sabão, sendo que em casos em que 
ela seja perturbada, ela se recompoe com facilidade. Dentre os microorganismos 
que compoe essa microbiota estão o Staphylococcus epidermidis, brevibacterium,dermabacterium, malassezia e corinebacterias. 
 
Esses microorganismos presentes na microbiota, podem ser mutualistas, 
protegendo o hospedeiro, produzindo nutrientes e ajudando o sistema imunológico, 
podem ser comensais, quando eles não fedem nem cheiram, ou podem ser 
oportunistas, esperando o sistema imune ficar comprometido para invadir os tecidos 
e ocasionar várias doenças. Por exemplo, os estafilococus epidermicos, são um dos 
patogenos mais associados a infecções hospitalares, especialmente, em idosos, 
https://www.infoescola.com/sistema-digestivo/estomago/
recem nascidos, e pessoas com o sistema imunológico enfraquecido no geral, 
causando uma resistencia a alguns antibióticos. 
Fatores de Virulencia 
Os fatores de virulencia dão certa ajuda aos patógenos na invasão e na resistencia 
contra as defesas do sistema imune. Dentre desses fatores estão inclusos toxinas, 
enzimas e cápsulas que bloqueiam a fagocitose, como em alguns estreptococus, 
fazendo com que a virulencia desses organismos aumente. 
As enzimas por exemplo, facilitam a disseminação dos patógenos pelos tecidos, 
uma vez que, quebram diversas moléculas, como a colagenase e a protease, a qual 
quebra ligações peptidicas. 
Já as toxinas, são produzidas pelos patógenos conforme a infecção causada por 
eles evoluem, sendo fatores de virulencia capazes de causar uma doença ou 
aumentar sua gravidade. As bacterias Gram-negativas por exemplo produzem 
endotoxinas, as quais afetam nossa coagulação. Vale citar o que são essas 
endotoxinas produzidas pelas bacterias gram-negativas, e tambem as exotoxinas 
produzidas tanto pelas Gram negativas como pelas Gram positivas. Como o próprio 
nome já diz, as endotoxinas são aquelas geradas no interior das células do 
organismo, porem com incapacidade de serem liberadas para o meio externo, 
sendo liberadas apenas quando ocorre a morte (destruição da membrana externa) 
da bacteria. Essas endotoxinas são menos potentes e menos específicas que as 
exotocinas, causando geralmente processos inflamatórias que resultam em febre, 
vomitos ou diarréias, assim, quando as bacterias com endotoxinas começam a se 
multiplicar em um hospedeiro, o sistema imunológico manda célular para matar 
essas bactérias, no entanto, isso a deixa ainda mais perigosas, pois com a morte 
delas ocorre a liberação das toxinas. 
Já as exotoxinas, são aquelas secretadas na corrente sanguínea por uma bacteria, 
e podem atuar de forma independente e distante dessa bactéria que a secretou. 
Ademais, são mais toxicas e específicas que as endotoxinas. São classificadas em 
3 tipos, as neurotoxinas, que interferem nos impulsos nervosos, as enterotoxinas, 
afetando em especial as células de revestimento do aparelho gastro-intestinal, e por 
fim as citotoxinas, que destroem algumas células alvos, como os fagócitos. A toxina 
tetânica é um exemplo de exotoxinas. 
Os estafilococus epidermicos, membros da microbiota residente da pele, possui 
como um fator de virulencia o exopolimero PGA, o qual funciona como um anti-
fagocitário. Já os fungos malassezia, possuem como fator de virulencia a 
melanina, a qual protege esses fungos de oxidantes e anti-fungicos. 
Outro micro-organismo que vive em nossa pele e possui um grande fator de 
virulencia, é a corinebacteria, a qual produz uma toxina diftérica, a qual produz os 
efeitos da difteria como a febre. 
Fatores de Virulencia dos Staphylococcus Aureus e dos 
Streptococus Piogenes 
A Bacteria Staphylococcus aureus faz parte da microbiota humana, porem se 
destaca por sua alta adaptação a diversas condições ambientais e pelo seu alto 
poder patogenico, podendo causar infeccções simples como as espinhas, até as 
mais graves como a pneumonia e a meningite, e isso ocorre pois essas bactérias 
possuem no mínimo 15 fatores de vírulencia. 
Esses fatores de virulência podem ser classificados, resumidamente em tres 
categorias, aquelas que vão estar relacionadas com a adesão dos patógenos nas 
células do hospedeiro, como por exemplo as fibronectinas A e B, as quais são 
adesinas sintetizadas por essas bacterias e que podem se ligar a fibronectina e a 
elastina. Existem ainda aquelas que irão estar relacionadas com a evasão nas 
nossas células de defesa, ou seja, um distanciamento dos leucócitos dos 
patógenos, e por fim os fatores relacionados com a invasão desses corpos 
estranhos nas células e tecidos. 
Alguns dos fatores de virulencia das estafilococus aureus é a secreção de algumas 
enzimas, como as lipases, colagenases e nucleases, as quais convertem os tecidos 
dos hospedeiros em nutrientes que irão ser usados para o crescimento desta 
bacteria. 
Ademais, outro fator de virulencia dos staphylococcus aureus são os 
superantígenos, os quais são responsáveis por uma grande liberação de citocinas, 
uma vez que, esses superantígenos se ligam diretamente ao receptor de inumeros 
linfócitos T, os quais em grande quantidade, causam uma reação exagerada por 
parte do sistema imunológico, podendo resultar em náuseas, vomito, febre e em 
alguns casos a falencia de muitos órgaos. 
Os Streptococcus Piogenes são um dos patógenos mais comuns e provocam 
diversas manifestações, como faringite, amigdalite e até mesmo a sindrome do 
choque tóxico, a qual é caracterizada por vários sintomas graves e que evoluem 
com rapidez, como pressão arterial muito baixa, insuficiencia de diversos órgãos e 
febre. (essa síndrome tambem é causada pelos superantígenos) 
Um dos principais fatores de virulencia, se não o mais importante, é a proteína M, a 
qual aumenta a resistencia dessas bacterias a fagocitose, uma vez que essa 
proteína promove uma fixação as células do epitélio. Ademais, estão presente 
tambem os superantigenos, como o estreptococal pirogenics exotoxins (spe) e 
estreptococal superantigeno A (ssa). 
Fatores de Virulencia Bacterianos 
Os fatores de virulência são usados pelas bacterias para passar pelo sistema de 
defesa dos hospedeiros e conseguir causar uma infeccção, usando para isso, por 
exemplo, as toxinas já citadas. Primeiramente, um pré requisito para haver uma 
infeccção é a adesão do micro-organismo as mucosas do hospedeiro, sendo que 
esta adesão é realizada pelas adesinas, as quais se encontram na superficies das 
bacterias, e fazem o reconhecimento e a ligação com receptores específicos que se 
encontram na superfície da célula hospeira. 
Após aderirem nessa célula hospeidera, alguns micro-organismos conseguem 
invadir as células. Essa invasão pode ser feita de duas maneiras, pela fagocitose 
realizada pelos nossos sistemas de defesa, no qual possivelmente esse patógeno 
invasor irá ser destruído, ou pela atuação das Invasinas, as quais atuam para 
invadir células que não possuem atividade fagocitária. 
Outro fator de virulencia das bacterias são os sideróforos, os quais possuem uma 
grande afinidade pelo ferro, que é um elemento essencial para o crescimento e 
funcionamente das bactérias, sendo que os dois principais sideróforos são a 
catecolaminas e os hidroxamatos. 
Dirença entre Inflamação e Infecção 
Inflamação 
A inflamação nada mais é que uma resposta do organismo a danos causados por 
agentes químicos, físicos ou biológicos. Tambem pode ser resultado de uma 
agressão realizada pelo próprio sistema imune, onde nossas células agridem nosso 
corpo. Durante o processo inflamatório, é comum a área ficar avermelhada, inchada, 
dolorida e mais quente que o normal, uma vez que, uma inflamação irá ocasionar 
um aumento no fluxo sanguineo e uma maior estimulação das terminações 
nervosas as substancias liberadas durante a inflamação. 
Para tratar de uma inflamação, são indicados anti-inflamatórios que vão controlar e 
aliviar as consequencias da inflamação. 
Infecção 
Uma infecção se caracteriza pela entrada, desenvolvimento ou multiplicação de um 
agente infeccioso no organismo, sendo esse agente, uma bacteria, vírus, fungo ou 
um parasita. Como já foi citado, em nossa microbiotaestão diversos agentes 
infecciosos, no entanto, eles não causam doenças pois o sistema imunológico os 
impede, no entanto, se este sistema estiver enfraquecido, os agentes infecciosos 
podem ocasionar uma infecção. Por isso, quando há uma inflamação muito 
possivelmente irá haver uma infecção. 
Quando esses agentes infecciosos conseguem entrar no nosso corpo, as células de 
defesa tentam combater os micro-organismos, gerando em muitos casos o 
surgimento de pus e outros sintomas como febre, tosse, diarreia, fraqueza e dores. 
Para tratar uma infecção é analizado o que a ocasionou, ou seja, qual micro-
organismo, assim, se for uma bacteria, será passado um antibiótico, se for vírus, um 
anti-viral, se for fungos, um antifugíco e se for parasitar um antiparasitários. 
Células do Sistema Imunológico 
O sistema imunológico representa um conjunto de células, tecidos, órgãos e 
moléculas que funcionam em conjunto com o objetivo de proteger nosso organismo 
de doenças e agentes ou moléculas estranhas, nos protegendo até mesmo de 
nossas células quando essas se tornam malignas (cancer). 
Quando nosso corpo está se defendendo contra algo, damos o nome desse 
processo de resposta imune, a qual pode ser adquirida ou inata, ou seja, aquela que 
já nasce junto conosco, sendo nossa primeira linha de defesa e composta por 
barreiras físicas, químicas e biológicas. 
A resposta imune inata consegue controlar e evitar diversas infecções, sendo ela 
que avisa sobre a presença de um microorganismo infectante e aciona caso 
necessária a resposta adquirida. 
As células de defesa do nosso sistema imunológico, são os leucócitos, tambem 
chamados de glóbulos brancos, produzidos pela medula óssea, a qual, é um um 
tecido de aspecto gelationoso que preenche o interior dos ossos, podendo ser 
vermelha ou amarela. A vermelha é constituída por um tipo de tecido conjuntivo 
especial denominado tecido hematopoiético, sendo assim,rica em células-tronco 
medulares (hemocitoblastos) ,o que possibilita a produção de células 
sanguíneas,como as hemácias (glóbulos vermelhos), e tambem as plaquetas e os 
leucócitos (glóbulos brancos). 
Existem diversos tipos de leucócitos, e podem ser classificados de acordo com sua 
estrutura vista em um microscópio em granulares e agranulares. Existem ainda 3 
tipos de leucócitos granulares, sendo eles neutrófilos, os eosinófilos, os basófilos, e 
os mastócitos e existem 2 tipos de agranulócitos, sendo eles os monócitos e os 
linfócitos. 
Leucócitos Granulares 
Neutrófilos: 
Os neutrófilos são células com o núcleo formado por de 2 a 5 lobos, sendo uma das 
primeiras células que atuam na resposta imune e tambem o tipo de leucócitos mais 
abundantes do sangue. Apesar de serem extremamente numerosos, eles morrem 
rapidamente após fagocitar um invasor. Ademais, uma grande vantagem dos 
neutrófilos é de realizarem diapedese, saindo com facilidade dos vasos sanguineos 
e entrando nos tecidos infeccionados para fagocitar invasores. O pus que aparece 
em um machucado por exemplo, é composto principalmente por neutrófilos mortos. 
A fagocitose nada mais é que um processo de captura e eliminação de antígenos 
(corpos estranhos), onde uma célula, como os neutrófilos por exemplo, ‘’estica’’ 
parte da sua membrana celular para englobar esse antigeno e colocar ele para 
dentro desta célula. Dessa forma, após englobarem o antígeno, este é digerido e 
destruído por enzimas dentro da própria célula. 
Eosinófilos 
Os Eosinófilos são células de núcleo com 2 lobos encontrados em especial na 
mucosa intestinal, e que estão normalmente em uma menor concentração que 
outros leucócitos, como os neutrófilos, linfócitos ou monócitos, representando 
apenas 2% a 4% dos leucócitos do nosso sangue. No entanto, sua concentração 
aumenta durante respostas a infecções parasitárias ou reações alérgicas. 
Esse tipo de leucócito também pode realizar fagocitose, no entanto, sua atuação é 
especialmente a de atacar micro-organismos grandes demais para serem 
fagocitados. Dessa forma, eles combatem esses corpos estranhos através da 
liberação de proteínas tóxicas e enzimas que danificam a parede celular desses 
parasitas e consequentemente os destruindo. 
Basófilos 
Os basófilos são os glóbulos brancos menos comuns no nosso corpo. Possuem um 
núcleo grande e de formando irregular, representando cerca de 1% apenas dos 
leucócitos em nosso sangue. Apesar de terem alguma atividade de fagocitose, sua 
principal função durante inflamações ou respostas alérgicas é a de liberarem 
histamina e heparina. 
A Histamina é uma substancia vasodilatatora, aumento o fluxo de sangue e 
consequentemente, faz com que uma maior quantidade de leucócitos como os 
neutrófilos chegue no local onde há invasores, e essa substancia ainda que é 
responsável pela vermelhidão e inchaço dos ferimentos. Já a Heparina é um 
anticoagulante, ou seja, impede a formação de coágulos e facilita tambem a 
chegada dos neutrófilos no local da invasão. 
Mastócitos: são células que se originam da medula óssea e se encontram no 
epitélio da pele e nas mucosas, quando são ativadas liberam mediadores 
inflamatórios que vão contribuir para a defesa contra infecções ou vão produzir 
sintomas de doenças alérgicas. Seu citoplasma contém vários granulos que são 
ligados a membrana, cheios de mediadores inflamatórios que estão a se formar 
como por exemplo a histamina, a qual promove alteração dos vasos sanguíneos 
causando a inflamação, além disso expressam receptores na membrana plasmática 
com grande afinidade pelo anticorpo IgE 
Leucócitos Agranulares 
Monócitos 
Os monócitos são células que possuem um só núcleo em formato de ‘’C’’, sendo 
que sua forma circulante é imatura. Dessa forma, apenas quando eles realizam a 
diapedese, ou seja, saem da corrente sanguinea e chegam os tecidos, eles se 
tornam maturos. Essa forma matura é chamada de macrófago, assim, podemos 
dizer que ao sofrer diapedese, os monócitos se transformam em macrófagos. 
Os macrófagos são células de alto poder fagocitário, especialmente na fagocitose 
de vírus, fungos, bacterias e células mortas ou danificadas. Outra função dos 
macrófagos é a de produzir substancias que ativam linfócitos T4 (ou T auxiliar), 
ademais, os macrófagos tambem são chamados de apresentadores de antígenos, 
uma vez que, os macrófagos podem expor na sua superfície, restos dos micro-
organismos fagocitados, e deste modo os linfócitos recebem essa informação e se 
inicia uma resposta imune. 
Tambem liberam Histamina, um vasodilatador. 
Linfócitos 
Os linfócitos possuem um formato esférico e seu núcleo tambem esférico, estando 
presentes em um grande número no sangue, ficando atrás somente dos neutrófilos. 
Esse tipo de leucócito possui um grande papel na resposta imune, podendo ser de 3 
tipos, sendo eles, lifócitos B, linfócitos T e Natural Killer. 
Os linfócitos B são formados na medula, e já saem dela como uma célula madura, 
possuindo a função de produzir anticorpos e células de memória, sendo assim, são 
os responsáveis pela memória imunológica. Vale ressaltar que para esses linfócitos 
B produzirem anticorpos, eles devem sair da circulação e assim se diferenciar em 
plasmóticos, as quais produzem anticorpos. 
Os linfócitos T só são maturados no timo, uma glandula localizada no torax. Esses 
linfócitos T são os mais abundantes, e ajudam na proteção frente a infeccções 
virais, alem de conseguir detectar e destruir algumas células malignas como as 
cancerigenas. 
Esses linfócitos T podem ser divididos em dois, o linfócito T4 (ou auxiliar) e o 
linfócito T8. Os linfócitos T4 são células que recebem informações dos macrófagos 
sobre a presença de invasores, e após isso estimulam os linfócitos B a produzirem 
anticorpos e ativam os linfócitos T8, desse modo, os linfócitos T4 coordenam a 
resposta imune. Já os linfócitos T8, ou citotóxicos, são especializados em 
reconhecer e matar células infectadas ou prejudiciais(como as cancerigenas), 
fazendo isso através da produção de substancias tóxicas como a perforina e 
granzinas. 
E por fim, os Natural Killers, os quais agem por conta própria, não dependendo da 
partipação dos linfócitos T4. Esses Naturas Killers, reconhecem os antígenos 
(corpos estranhos) e os destroem, podendo também matar células infectados por 
vírus ou tumores. 
Células Dendríticas 
As células dendríticas são células do sistema imunológica produzidas na medula 
óssea e encontradas em diversas partes do corpo de forma inativa, como sangue, 
pele, trato digestivo e respiratório. Quando elas são ativadas, possuem como 
função, fagocitar o microrganismo invasor e colocar esses corpos estranhos em sua 
superfície, para então apresenta-los aos linfócitos T e iniciar a resposta imune de 
defesa. 
Caminho da Entrada do Micro-organismo até a Resposta 
Inata 
Para um micro-organismo entrar em nosso corpo, ele deve passar por uma série de 
barreiras, sendo elas físicas, mecanicas, fisiológicas, celulares e inflamatórias. 
Deste modo, primeiramente temos as barreiras físicas e mecanicas, as quais 
servem para impedir ou ao menos retardar a entrada de microorganismos em 
regioes mais internas, como os tecidos. 
A barreira epitelial por exemplo,separa o ambiente do hospeidero, sendo 
representada pela pele e as superfícies das mucosas do trato gastro-intestinal, 
respiratório e genital. Dessa forma, essas barreiras se formam por meio das zonas 
de oclusão, que são ligações entre células tão fortes que bloqueiam a passagem de 
micro-organismos através delas. Ademais, existe ainda a nossa camada de 
queratina, formada por moléculas de queratina mortas, que funcionam como um 
bloqueio contra micro-organismos e ainda evitam que as células que estão abaixo 
desta camada desidratem. 
Outra barreira da nossa própria pele, é nossa microbiota, a qual apesar de ser 
constituída por micro-organismos que podem sim nos infectar, nos oferecem 
tambem certa proteção, uma vez que compostos que seriam toxicos ao nosso corpo 
são muitas vezes decompostos por essa microbiota e além disso, bacterias que não 
oferecem risco patogenico ocupam espaço na nossa pele e mucosa, desse modo, a 
colonização de bacterias patogenicas é interferida, já que o espaço para elas é 
reduzido. 
Quando essa barreira é rompida, como no caso da mulher em questão, a imunidade 
inata percebe que existe algo errado através do reconhecimento de padrões, sendo 
eles os DAMP (padroes moleculares associados a danos) e os PAMP (padroes 
moleculares associados a patógenos). Assim, resumidamente os DAMP, são 
padroes causados por células danificas ou mortas que produzem determinadas 
moléculas, enquanto os PAMP são padroes causados por micro-organismos e as 
estruturas de moléculas produzidas por eles. No entanto, vale ressaltar como esses 
padroes são reconhecidos. Eles são reconhecidos a partir da receptores celulares, 
os quais são diversos, e ao se ligarem com esses padrões dão ínicio a primeira 
etapa da fagocitose, que é a de reconhecimento. 
Receptores 
Receptores Tipo Toll (TLR) 
Esses receptores estão presentes nas mais diversas células imunológicas, como os 
macrófagos, neutrófilos e linfócitos B, e são capazes de reconhecer padrões por 
danos (DAMP) ou por patógenos (PAMP), sendo esses receptores as primeiras a 
identificarem distúrbios e reconhecerem corpos estranhos. Esses receptores TLR 
são encontrados em diferentes locais em uma célula, podendo ser encontrada na 
própria superficie ou na membrana plasmática. 
Esses receptores se ligam aos lipopolissarideos ou ao RNA de dupla fita dos 
patógenos. 
Receptores Tipo Nod (NLR) 
Os receptores do tipo NOD são encontrados no interior de células, como os 
linfócitos, macrófagos, células dendriticas e até mesmo nas células epiteliais, sendo 
esses receptores tambem capazes de reconhecer padroes por danos ou por 
patógenos. Esses receptores conseguem reconhecer fragmentos de peptidioglicano 
(açucar+ proteínas) da parede celular das bacterias. 
Receptores tipo RIG (RLR) 
Esses receptores estão localizados no citosol das células fagocitarias, como os 
macrófagos e a célula dendritica. Esses recepores reconhecem e se ligam ao RNA 
viral. 
Continuando... 
Após esses receptores se ligarem a esses padrões, ocorre a ativação das células 
fagocitárias como as dendriticas e os macrófagos. Desse modo, as células 
dendriticas, por exemplo, são ativadas, fagocitam o corpo estranho e se dirigem aos 
linfonodos, onde se encontram linfócitos, dessa forma, como as células dendriticas 
conseguem colocar fragmentos desses corpos estranhos em sua superfície, ela 
apresenta esses fragmentos aos linfócitos, e se inicia uma resposta imune. 
Os macrófagos tambem são ativados e iniciam a fagocitose, lembrando que esses 
macrófagos só se tornam maturos ao sair da corrente sanguinea e chegar aos 
tecidos, já que antes disso eles são monócitos. Dessa forma, após os receptores se 
ligarem aos padrões DAMP ou PAMP, ocorre um aumento na atividade fagocitária e 
um aumento na produção de citocinas, como a interleucina que serve para alertar os 
linfócitos T4 (auxiliares). 
Essa produção de citocinas é uma das primeiras respostas do sistema imune 
inato a danos ou corpos estranhos, sendo produzidas especialmente por 
macrófagos e células dendricas, mas que tambem podem ser produzidas por 
células epiteliais. Um fator interessante sobre essas citocinas, são que geralmente 
elas agem proximas as células que as produzem, no entanto, em infecções graves 
ocorre tanta liberação de citocina, que ela age em locais distantes. 
Uma das citocinas liberadas após essa ativação dos macrófagos (ocasionada pela 
ligação entre os receptores dos macrófagos e os padrões moleculares), é o TNF 
(Fator de Necrose Tumoral), essa citocina age sobre o hipotálamo e induzem a 
febre, ademais, ela age sobre o próprio macrófago e faz ele liberar a citocina 
chamada Interleucina 1, as quais em conjunto, vão realizar uma quimiotaxia (a 
quimiotaxia é o movimento de células para perto de condições favoráveis ou para 
longe de condições desfavoráveis, em resposta a sinais químicos do ambiente), 
fazendo com que ocorra uma marginalização dos neutrófilos, os deixando mais 
perto da parede dos vasos sanguineos, ademais, essas citocinas agem tambem 
sobre o endotélio, o qual possui uma proteína responsavel pela adesão de 
leucócitos a esse endotélio, chamada de selectina. 
Dessa forma, ocorre uma ligação entre a selectina e os chamados ligantes de 
selectina que estão nos neutrófilos. No entanto, esta ligação não é forte, sendo ela 
rompida constantemente pelo fluxo sanguineo, assim, os ligantes de selectina dos 
neutrófilos tentam se ligar constantemente as selectinas dos vasos, mas novamente 
essa ligação é rompida. Deste modo, o neutrófilo fica rolando pela parede deste 
vaso. 
Visto que esta ligação é fraca, o TNF e a Interleucina 1, agem novamente nas 
células endoteliais e fazem elas produzir Interleucina 8, a qual aumenta a afinidade 
entre os neutrócitos e as moléculas de adesão do endotélio, como as integrinas. 
Após isso, com a adesão dos neutrófilos e o endotélio feito pelas integrinas, ocorre 
o processo de diapedese, ou seja, os neutrófilos saem da corrente sanguinea e 
passam ao tecido. 
Fagocitose 
A fagocitose é um processo ativo, ou seja, que consome energia, e que visa a 
eliminação de corpos estranhos. A fagocitose se inicia com a etapa de 
reconhecimento, a qual como já foi citada, é a etapa de quando receptores de 
padrões, presentes nos fagócitos se ligam aos patógenos, e esse patógeno é 
reconhecido como um ser a ser fagocitose. 
A segunda etapa da fagocitose é caracterizada pela projeção de pseudopodes, ou 
seja, projeção da membrana celular e do citoplasma desses fagócitos, de modo a 
englobar totalmente o patógeno, trazendo ele para o citoplasma da célula. 
A terceira etapa é a formação do fagossomo, o qual é umavesículo intracelular que 
contem esse patógeno englobado pelas pseudópodes. Após isso, o fagossomo se 
funde com os lisossomos, dando ínicio a 4 etapa, que é a formação do 
fagolisossomo. Já a 5 etapa, é a destruição desses patógenos por meio de enzimas 
digestivas, espécies reativas de oxigenio e de nitrogenio, deste modo, o que não foi 
digerido é denomidado de corpos residuais e são excretados da célula. 
Sistema Complemento 
Esse sistema é formado por várias proteínas do plasma que são ativadas 
diretamente por corpos estranhos, ou indiretamente por anticorpos. Esse Sistema 
Complemento participa de diversos processos, como a fagocitose, a quimiotaxia de 
leucócitos, a liberação de histamina pelos basófilos, contração da musculatura lisa e 
vasoconstrição. Ademais, possui tambem a função de recrutar os fagócitos para o 
local da infecção e até mesmo, em alguns casos, matar corpos estranhos. 
Esse sistema pode ser ativado por 3 vias, sendo elas a clássica, ativada 
diretamente por patógenos ou indiretamente por anticorpos, onde irá ser utilizada 
uma proteína plasmática chamada C1q para detectar anticorpos aderidos a 
superfície dos patógenos, a via alternativa, a qual começa com a detecção de 
lipopolissacarides bacterianos por uma proteína do complemento C3, e a via da 
lectina, a qual se inicia quando a MBL (Lectina Ligante da Manose) reconhece 
residuos de manose (um açucar) em micróbios. 
Esse sistema complemento é constituído por uma cascata de enzimas, as quais 
atuam na defesa do organismo contra infecções. Essas cascatas são proteolíticas, 
ou seja, visam degradas proteínas, assim, durante essas cascatas são produzidas 
as chamadas substancias mediadoras, as quais alteram a permeabilidade dos 
vasos, e auxiam a desenvolver uma melhor resposta inflamatória, já que há um 
ataque dessas enzimas proteolíticas a membrana da célula-alvo. 
Processo inflamatório 
O processo inflamatório nada mais é que um mecanismo de defesa, que visa 
destruir ou isolar o patógeno, desencadeando tambem ações que tem como objetivo 
de reconstruir e curar o tecido danificado. Essa resposta inflamatória pode ser de 
dois tipos, sendo elas, a inflamação aguda e a inflamação cronica. 
A inflamação aguda é aquela que se inicia rapidamente e dura pouco tempo, sendo 
que os principais sinais que indicam estar havendo uma resposta inflamatória aguda 
estão relacionados com a vasodilatação e uma reação celular. Assim, há a atuação 
de células como os neutrófilos, basófilos, macrófagos e celulas dendriticas e 
epiteliais, alem de que, há grande atuação das proteínas do sistema complemento, 
as quais fazem os mastócitos liberarem histamina e consequentemente a um 
aumento da dilatação dos vasos e de sua permeabilidade, auxiliando a chegada de 
outros leucócitos, o que explica tambem a vermelhidão, o inchaço e o aquecimento 
da região inflamada. 
Dessa forma, pelo processo que já foi citado, os neutrófilos induzidos pela 
interleucina-8, sofrem diapedese e chegam a lesão inflamada, onde realizam a 
fagocitose dos patógenos e liberam quimiocinas (citocinas que estimulam o 
movimento de leucócitos), estimulando a vinda de mais leucóticos para a região. 
Desse modo, com os patógenos sendo combatidos, é acumulado no local uma série 
de células e micro-organismos mortos, bem como proteínas do plasma e outros 
fluídos, formando o pus. Após a inflamação ser resolvida é iniciada por algumas 
citocinas o processo de cicatrização. 
Já a inflamação cronica é aquela de longa duração, desse modo a uma constante 
presença de macrófagos nos tecidos lesionados, os quais como liberam muitos 
mediadores, como o TNF e a Interleucina 1 por exemplo, isso começa a prejudicar 
até mesmo os tecidos da pessoa, os quais podem tambem ser destruídos. 
Morfofisiologia do Sistema Linfático 
O Sistema Linfático é um sistema que da apoio ao sistema imunológico e ao 
sistema circulatório, com o qual possui muitas semelhanças. Esse sistema é 
constituído pela linfa, vasos linfáticos e órgaos linfoides, como o timo, tonsilas 
palatinas (amígdalas) e os linfonodos. 
Uma das principais funções desse sistema é o retorno do líquido intersticial (liquido 
entre células) e tissular (líquido entre tecidos) para a corrente sanguínea, sendo que 
este liquido nada mais é do que o fluído que extravasa os capilares, uma vez que, 
os capilares possuem alguns espaços entre as células de seus paredes para 
permitir que o sangue banhe outras células, dando para elas nutrientes e oxigenio 
por exemplo. Essas células tambem produzem resíduos, como o gás carbonico, que 
deveriam ser absorvidos totalmente pelos capilares, no entanto, ele não consegue 
realizar toda essa absorção. 
Desse modo, esse líquido excedente, através dos vasos linfáticos distribuidos por 
todo o corpo e localizados entre as células dos tecidos, é absorvido e conduzido de 
volta a corrente sanguínea. Vale lembrar tambem que os vasos linfáticos, assim 
como as veias, possuem valvulas que impedem o refluxo desse líquido. 
Esse líquido intersticial é chamado de Linfa, a qual possui uma composição 
semelhante ao sangue, no entanto, não possuem hemácias (glóbulos vermelhos) e 
apesar de possuirem glóbulos brancos, a sua enorme maioria são leucócitos. 
Ademais, a linfa possui ainda resíduos metabólicos que precisam retornar ao 
sangue para serem eliminados. 
Como existem muitos vasos linfáticos em nosso corpo, que irão devolver essa linfa 
para a circulação, eles se reunem em vasos maiores, chamados de ductos para 
realizar essa devoluçao. Existem portanto, 2 ductos, um do lado direito, e outro no 
tórax, desse modo o ducto direito devolve a linfa para a veia subclávia direita, 
enquanto o ducto toraxico devolve a linfa na veia subclávia esquerda. 
Vale ressaltar que não atuação eficiente dos vasos linfáticos, pode causar um 
acumulo de liquido intersticial e tissular, causando um inchaço no local, que é 
denominado edema. 
Linfonodos 
O sistema linfático possui grande relação com o sistema imunológico, uma vez que, 
no caminho dos vasos linfáticos, são encontrados diversos linfonodos. Esses 
linfonodos, tambem chamados de ganglios linfáticos, ficam espalhados por diversos 
locais do nosso organismo, como o pescoço, nunca, axilas e os joelhos, e 
funcionam como um filtro de impurezas e como um radar para a identificação de 
corpos estranhos. Assim, os linfonodos analisam o líquido da linfa e conseguem 
identificar se existem agentes invasores. 
Esses linfonodos, possuem diversos canais muito finos que contem leucócitos, em 
especial os linfócitos,assim, se ele percebe que existem sim agentes invasores, 
como bacterias, vírus, protozoários e até mesmo células de cancer, ocorre a 
fagocitação dessas estruturas pelos leucócitos. 
Ademais, quando o organismo é invadido por microorganismos, ocorre uma 
multiplicação dos leucócitos que iram defender nosso organismo contra esses 
patógenos, assim, durante esse processo, ocorre um inchaço desses linfonodos, os 
quais são chamados de ínguas e causam certa dor. 
Esses linfonodos tambem podem ser encontrados no baço, o qual possui as 
funções de armazenar linfócitos e monócitos, retirar microorganismos do sangue 
através dos linfonodos e ainda destruir ou armazenas hemácias, ademais, outros 
órgaos ricos em linfonodos são o apendice e nas tonsilas, seja, as palatinas 
(amigdalas), faringeas (adenoides) ou linguais tambem são locais ricos em 
linfonodos, dessa forma elas combatem corpos estranhos que entram pelos nosso 
sistema respiratório ou digestório, assim, como temos alguma infecção, não é raro 
percebermos um inchaço nessa região. 
Esse órgaos como o baço, apendice, linfonodos e tonsilas são todos órgaos linfóide 
secundários, ou seja, órgaos onde ocorre o cobate direto dos linfócitos com o 
invasor, no entanto, vale lembrar dos órgaos linfoides primários, ou seja, os órgaos 
que produzem ou amadurecem esses linfócitos, como a medula óssea vermelha,a 
qual, é um um tecido de aspecto gelationoso que preenche o interior dos ossos, 
podendo ela ser vermelha ou amarela. A vermelha é constituída por um tipo de 
tecido conjuntivo especial denominado tecido hematopoiético, sendo assim,rica em 
células-tronco medulares (hemocitoblastos) ,o que possibilita a produção de células 
sanguíneas, tanto como as hemácias (glóbulos vermelhos) e as plaquetas, como 
tambem os leucócitos (glóbulos brancos). 
Vale lembrar que a medula produz entre outros leucócitos, os linfócitos B e T, no 
entanto, enquanto os B já saem maturados da própria medula, os linfócitos T só são 
maturados no Timo, o qual é outro órgao linfoide primário, localizado proximo ao 
coração. 
O sistema linfático ainda possui a funções de coletar e absorver gorduras no 
intestino, uma vez que, ao serem absorvidos, as gorduras não vão direto aos 
capilares sanguineos e sim para a linfa. 
Mecanismo de ação do Diclofenaco e Efeitos Adversos 
O Diclofenato Potássico é um anti-inflamatório amplamente difundido em especial 
nas unidades de emergencia médica, em em casos de entorses (rompimentos de 
ligamentos), distensões (rompimento de músculos) ou lesões, diminuindo a dor e o 
processo inflamatório. Dessa forma é indicado em casos de dores pós operatórias, 
artrite, gota, infecções no nariz ou garganta, alem de diversos outros casos. 
Esse medicamento é um anti-inflamatóio Não Esteroidal (AINE), ou seja, ácidos 
organicos fracos que são usados para tratar sinais e sintomas de inflamação e dor, 
e que por serem fracos, auxilia na sua absorção e distribuição pelo organismo. 
O mecanismo de açao do Diclofenaco é o mesmo que o da maioria dos AINEs, que 
é a inibição das enzimas ciclo-oxigenase 1 e ciclo-oxigenase 2 (COX-1 e COX-2). 
Sendo assim, a ação do diclofenato, está diretamente relacionada com a cascata 
do ácido araquidonico, a qual ocorre em especial nos mastócitos, os quais, 
armazenam potentes mediadores químicos da inflamação. Assim, essa cascata se 
inicia com os fosfolipideos de membrana desses mastócitos sofrendo ação de uma 
enzima chamada fosfolipase, a qual transforma esses fosfolipideos em ácido 
araquidonico. 
Esse ácido araquidonico é processado por 2 principais vias, sendo elas a via LOX e 
a via COX (ciclo-oxigenase), a qual é uma enzima que possui 2 subtipos, a COX 1 e 
a COX-2, assim após essa via, são produzidos 3 principais mediadores, como as 
prostaciclinas, as quais são potentes vasodilatadoras e reduzem a formação de 
aglomerações de plaquetas, evitando assim a coagulação. Essa via produz tambem 
as prostaglandinas como a PGD2 e a PGE2, as quais tambem realizam a 
vasodilatação e um aumento da permeabilidade vascular, o que facilita a chegada 
de leucócitos. 
Ademais, as prostaglandinas tambem intensificam a ação de outros mediadores 
como a bradicinina, a qual causa dor e ainda agem sobre o hipotalamo causando a 
febre. Já o terceiro mediador produzido pela via COX, são os tromboxanos, os 
quais fazem um efeito oposto dos da prostaciclinas, deste modo eles promovem 
uma vasoconstrição, e um aumento da aglomeração plaquetária, favorecendo a 
coagulação. 
Sendo assim, como o mecanismo de ação do Diclofenaco é a inibição das enzimas 
COX-1 e COX-2, não terá inicio essa via de produção de prostaglandinas, 
prostaciclinas e tromboxanos aliviando os sintomas da inflamação. 
Os efeitos adversos do diclofenaco são a maioria leves e passageiros, sendo 
comuns manifestações como dor de cabeça, tontura, náuseas, vomitos e diarreia. 
Assim, percebe-se que reações adversas mais comuns são as que afetam o 
aparelho gastro-intestinal, no entanto, apesar da maioria dessas reações serem 
sintomas leves, ocorre alguns casos de úlcera (ferida na mucosa do intestino ou 
estomago) e tambem alguns casos de sangramentos neste aparelho. 
Ademais, o Diclofenaco tambem pode contribuir para inibição da agregação 
plaquetária, deste modo a coagulação fica enfraquecida, e os sangramentos duram 
mais tempos, bem como os hematomas. 
Outro efeito adverso, apesar de mais raros, são os sobre o Sistema Nervoso 
Central, incluindo sonolencia, insonia, ansiedade, mal-estar e em casos mais raros 
depressão e alguns disturbios nos sentidos, como visão borrada e tinidos nos 
ouvidos. 
Local de Ação dos Antibióticos e Suas Classes 
Os antibióticos são medicamentos, compostos naturais ou sintéticos, que possuem 
como função impedir o crescimento de micro-organismos ou mata-los, sendo assim, 
usados para o tratamento de infecções bacterianas. Como os antibióticos possuem 
2 funções, eles são classificados como bactericidas e bacteriostáticos, sendo os 
bactericidas aqueles que matam os patógenos e bacteriostáticos aqueles que 
inibem seu crescimento, impedindo a multiplicação dessas bacterias. 
Os antibióticos possuem 5 principais mecanismos de ação, o primeiro mecanismo 
seria a destruição da parede celular, a qual reveste as bacterias (com exceção 
das bacterias micoplasmas) e dão uma grande proteção a ela, uma vez que 
controlam o transito de substancias entre o meio intra e extracelular. Deste modo, 
antibióticos como a Penicilina, a Bracitracina e a Cefalosporina, inibem a sintese de 
componentes que formam essa parede celular, dessa forma, as bacterias ficam 
mais expostas a bacteriostáticos,bactericidas e nossos leucócitos. Enquanto alguns 
antibióticos agem sobre a parede celular, outros agem causando danos a 
membrana plásmatica dessas bacterias, como as Polimixinas B. 
O Terceiro mecanismo de ação é a inibição da sintese de proteínas, ou seja, a 
inibição da tradução dos RNAs mensageiros, e assim não ocorre a produção de 
proteínas, as quais são essenciais para a sobrevivencia da célula. Essa inibição de 
proteínas é feita por antibióticos como a Tetraciclina, Cloranfenicol e a 
Estreptomicina. 
Outra forma de agir sobre as bacterias, é a inibição da sintese de ácidos 
nucleicos, dessa forma, ocorre a inibição da replicação do DNA dessas bacterias, o 
que consequentemente faz com que a bacteria não consiga se multiplicar, e ocorre 
tambem a inibição da produção de RNA mensageiro (transcrição), o qual seria 
usado para a produção de proteínas. Alguns dos antibióticos que atuam dessa 
forma são as Quinolonas e a Rifampicina. 
Por fim, outro mecanismo de ação dos antibióticos, é a inibição da produção de 
diversos metabólicos essenciais, dessa forma antibióticos como a Sulfonamina e 
a Trimetropina (bacteriostáticos), fazem essa inibição de metabólicos, e dentre 
esses metabólicos inibidos estão a Vitamina B9, tambem chamada de acido fólico, o 
qual é muito importante para a produção de purinas e timina. Dessa forma, sem o 
ácido fólico a produção de purinas e timinas, as quais são bases nitrogenas, fica 
prejudicada, e dessa forma, não ocorre a produção de acidos nucleicos (DNA ou 
RNA). 
Start da Cascata de Coagulação 
Quando falamos em coagulação, é extremamente importante falarmos de 
Hemostasia, a qual representa um conjunto de ações que visam manter o sangue 
fluindo dentro dos vasos, prevenindo e interrompendo hemorragias e sangramentos. 
Quando um vaso sanguineo sofre uma lesão, e ocorre um extravasamento de 
sangue, se inicia um processo de fenomenos biológicos para controlar e parar esse 
extravasamento. Esse processo tem tres etapas, sendo elas a hemostasia 
primária e secundária e a fibrinólise, as quais ocorrem em equilibrio, evitando que 
haja sangramento em excesso ou a obstrução do fluxo sanguíneo. Vale lembrar que 
em casos de pequenos sangramentos, apenas a homostasia primária já oferece 
uma boa resolução. 
A hemostasia primária, se refere a ação dos próprios vasos sanguíneos, e tambem 
das nossas plaquetas, as quais em conjunto, resultam na agregação inicial das 
plaquetas. 
A atuação dos vasos nesse processo, se dá com seu endotélio e o sub-endotélio. O 
endotélio é a camada dos vasos que está em contato direto com o sangue, sendo 
que, em estado normal, esse endotélioafasta as plaquetas, através de algumas 
substancias como o acido nítrico e prostaglandinas, para que essas plaquetas não 
obstruam o fluxo sanguineo. A baixo do endotélio, está o sub-endotélio, o qual é rico 
em colágeno e fator de Von Willebrand (VWF), e mais abaixo ainda do sub-endotélio 
está o chamado Fator 3, tambem chamado de fator tissular. 
Já as plaquetas, tambem chamadas de trombócitos, são fragmentos de células 
originados pelos megacariócitos, as quais são células da medula óssea. Essas 
plaquetas possuem granulos alfa e granulos densos, os quais possuem ADP, cálcio 
e lipídeos chamados Tromboxanos A2. Esses ADP (energia) e os tromboxanos 
A2, serão liberados quando essa plaqueta for ativada, e iram atuar juntos ativando 
ainda mais plaquetas. Ademais, as plaquetas possuem ainda 2 glicoproteínas muito 
importantes, a 1b59, a qual esta externamente na plaqueta,conseguindo se ligar ao 
colageno e ao fator Von Willebrand e a 2b3a, a qual fica internamente na plaqueta, 
e quando essa plaqueta estiver ativada, essa glicoproteína vai para a parte mais 
externa e promove a agregação plaquetária. 
No entanto, todo esse processo da homeostasia primária ocorre em tres etapas, 
sendo elas a adesão plaquetária, secreção (ativação) plaquetária e por fim a 
agregação plaquetária. 
A adesão plaquetária, se ínicia imediatamente após a lesão vascular, dessa forma 
se ocorre um rompimento do endotélio, o sub-endotélio fica exposto, assim, como 
seus componentes como o colageno e o fator Von Willebrand. Dessa forma, as 
plaquetas que estavam circulando normalmente na corrente sanguinea, se diregem 
ao local da adesão. Assim ocorre uma interação entre o colágeno e o fator de Von 
Willebrand com os receptores plaquetários de superfície, ou seja, as glicoproteínas 
como a 1b59, e assim ocorre a adesão plaquetária. 
Quando ocorre a adesão plaquetária, as plaquetas são ativadas, e 
consequentemente seus glóbulos densos tambem, os quais possuem entre outras 
substancias,o ADP,o Tromboxano A2 e o cálcio, os quais serão liberados e ativarão 
outras plaquetas. 
Quando essas plaquetão são ativas, se inicia a terceira etapa, ou seja a agregação 
plaquetária, dessa forma, a glicoproteína 2a3b, que é interna nas plaquetas, migra 
para a superficie e passa a funcionar como um receptor e um ligante de uma 
plaqueta a outra. Assim, várias plaquetas são ativadas e agregadas a outras. 
Já a Homeostasia Secundária é um conjunto de fatores, que visa gerar com 
produto final a fibrina, a qual forma uma rede que sustenta o tampão plaquetária 
formado, funcionando como um revestimento dessas plaquetas agregadas. 
Após haver a agregação das plaquetas, para a formação dessa fibrina existem dois 
caminhos, sendo eles a via intrinseca e a via extrínseca. A via extrínseca se inicia 
com um fator chamado Fator 7, o qual está na corrente sanguínea e é ativado por 
um outro fator, que é o Fator 3. Esse fator 3 está nas camadas mais internas dos 
vasos sanguineos e é liberado quando existe uma lesão neste vaso, deste modo, o 
fator 3 se agrega ao fator 7, e com a participação do cálcio, corre uma ativação, é 
formado o Fator 10. 
Após esse passo, ocorre novamente uma ligação, porem desta vez, entre o Fator 10 
já formado, e o Fator 5, e juntos são as protrombinases, as quais possuem como 
função, transformar protrombinas em trombinas. A trombina por sua vez, é uma 
enzima que catalisa a conversão do fibrinogênio em fibrina. 
Já a via intrínseca, tambem se inicia após a lesão de um vaso, e assim é ativado o 
chamado Fator 12, o qual é uma proteína plasmática, que após uma lesão dos 
vasos, se liga ao cálcio e por sua vez, ativa o Fator 11. Esse fator 11, ativa o Fator 
9, o qual se liga ao Fator 8 e essa junção, forma o Fator 10. Após a formação do 
Fator 10, ocorre os mesmos acontecimentos da via extrínseca, assim, o Fator 10 se 
liga ao Fator 5, e juntos formam as protombinases, as quais transformam 
protrombinas em trombinas. 
(Vale ressaltar que a via extrínseca é mais rapida que a via intrínsenca, e ainda 
ajuda na ativação de alguns fatores da via intrínseca) 
Como última etapa, tem-se a Fibrinólise, a qual visa um equilibrio de modo que não 
ocorra uma obstrução total do fluxo sanguíneo. Dessa forma, há uma ação entre 
diversos anti-coagulantes, como a antitrombina 3. 
 
Como Prevenir Acidentes como o de Dona Maria Eduarda 
Os lixões, são locais em céu aberto, totalmente insalubres, possuindo diversos fatores 
que podem trazer danos a saúde humana. Assim, ratos, moscas, 
poeira,fumaça,extremo mal-cheiro, e principalmente objetos cortantes, são comuns 
nesses locais, os quais não possuem nenhuma estrutura que vise diminuir os riscos 
asaúde. 
Ademais,um dos maiores riscos encontrados nos lixões, se refere a queles que não 
são visíveis, ou seja, micro-organismos como vírus, bacterias e fungos. Dessa forma, 
os lixões são locais onde há um grande fonte de proliferação de doenças, sendo que 
as pessoas mais afetadas, são realmente aquelas que sobrevivem do lixo, como 
coletores, catadores e funcionários de aterros. Um grande agravante a essas doenças 
é o fato desses catadores muitas vezes não usarem qualquer tipo de Equipamentos 
de Proteção Individual (EPIs), os quais são fundamentais para garantir a saúde e dar 
proteção a esse trabalhador. 
No entanto, esses equipamentos geralmente são distribuidos por empresas a partir 
de um estudo de riscos, que visa diminuir os acidentes de trabalho. Deste modo, como 
alguns catadores e coletores são autonomos, eles não contam com qualquer tipo 
desses equipamentos, como luvas, botas fechadas, aventais e máscaras por 
exemplo. 
Deve haver também uma educação e um preparação dos trabalhadores que 
dependem do lixo, com relação a fazer realmente a aceitação e o uso desses EPIs 
quando eles estão disponíveis. Deste modo, cabe as empresas, tanto a distribuição 
como a educação de uso desses equipamentos, uma vez que, alguns patógenos 
podem habitar por um longo período embalagens e frascos, o vírus da dengue por 
exemplo, pode estar dentro dessas embalagens sem que esses profissionais ao 
menos saibam. 
Realizar uma educação para a própria população em geral sobre o descarte correto 
do lixo, tambem traria uma ajuda imença a esses profissionais, uma vez que, 
materiais cortantes fazem parte da rotina de trabalho, como seringas, cacos de vidros, 
pedaços de espelho e agulhas, os quais são muitas vezes descartados 
inadequadamente, sem qualquer indicação, não sendo raro, casos de acidentes 
causados por esses materiais. 
Assim, esse descarte adequado depende em especial da população, já que esse 
descarte de resíduos é constante, deste modo, é importante uma consciencia 
ambiental por parte de toda sociedade, levando em conta os 3Rs, recliclar, reduzir e 
reutilizar. Assim, esses resíduos são eliminados de um modo sustentavel e correto. 
Resposta Imune Adquirida ou Adaptativa 
A imunidade adaptativa é nossa terceira linha de defesa, sendo a primeira e a 
segunda, as barreiras (peles, mucosas, saliva, acidos do estamago), e a imunidade 
inata, respectivamente. Assim, apesar das duas primeiras barreiras, conseguirem 
eliminar alguns patógenos, outros possuem uma maior virulencia, e sendo assim, são 
combatidos tambem pela imunidade adaptativa. Essa imunidade é muito mais 
específica, ou seja, age de forma exata para cada tipo de patógeno, ademais, a 
imunidade adaptativa possui memória, assim, após essa imunidade ter erradicado 
uma infeccção, se esse patógeno tentar atacar nosso organismo novamente, a 
imunidade adaptativa se lembra desse patógeno e age muito rapidamente, nem 
gerando sintomas. 
Ademais, nessa imunidade adaptativa, existe apenas uma grande célula, o Linfócito, 
que possui diversos sub-tipos. O Linfócito é gerado a partir uma célula-tronco 
chamada Hemocitoblasto, a qual esta na medula óssea, e gera os leucócitos, dentre 
eles, os linfócitos e as células Natural Killers,por exemplo. 
Existem dois tipos de linfócitos, B e T, os quais são originários da medula óssea, no 
entanto, a maturação é diferente, já que o linfócito B já é maturado na medula 
óssea, enquanto o linfócito T é maturado no Timo, o qual é outro órgao linfoide 
primário, localizado proximo ao coração. Quando esses linfócitos estão maduros, 
eles atuam nos órgaos linfoides secundários (linfonodos). 
Vale ressaltar que durante essa maturação dos linfócitos, eles recebem receptores 
de membrana, os quais são diversos, e que são responsáveis pela ativação desses 
linfócitos a antígenos específicos. Quando esses linfócitos já estão maduros com 
seus receptores de membranas já recebidos e já estão nos órgaos linfoides, eles 
são chamados de linfócitos virgens (ou naíves), já que apesar de estarem prontos, 
ele nunca teve contato com o antígeno que encontra seu receptor e o ativa. 
Quando ocorre essa ativação, esses linfócitos se multiplicam em vários clones, para 
assim, melhor combater a ameaça. Entre esses clones, possuem dois grupos, as 
células efetoras, que combatem ativamente o patógeno, e as células de memória, 
as quais são responsáveis pelo nosso organismo conseguir reconhecer e combater 
esse patógeno com mais facilidade, caso ele tente nos invadir novamente. 
Essas células efetoras e de memória, são geradas pelos 2 tipos de linfócitos, tanto o 
B, como o T, no entanto a célula efetora dos linfócitos B é chamada de plasmócito, 
as quais são responsáveis pela produção de anticorpos, que são proteínas 
específicas para combater determinados patógenos, marcando esses corpos 
estranhos para facilitar a identificação desses corpos pelos leucócitos e tambem 
podem neutralizar esses patógenos. 
Assim como os linfócitos B que possuem células efetoras e de memória, os 
Linfócitos T tambem possuem, no entanto, possuem mais tipos de células efetoras, 
sendo o tipo mais importante são os linfócitos Alfa Beta, ou seja, os linfócitos T4 e 
T8. Outro tipo de linfócitos é o Linfócito T Regulador, o qual mata aquelas células 
que reconhecem nosso próprio corpo com um antígeno, sendo que é exatamente 
quando esse tipo de linfócito não responde de forma efetiva, ocorre as doenças 
auto-imunes. 
O Linfócito T8, ou citotóxicos, são especializados em reconhecer e matar células 
infectadas por parasitas intracelulares (como os virus) ou prejudiciais (como as 
cancerigenas), fazendo isso através da produção de substancias tóxicas como a 
perforina e granzinas.Esse linfócito identifica as células infectadas ou prejudiciais ao 
nosso corpo através de uma proteína de superficie das células chamada MHC-1. 
(Células Natural Killers matam células com baixos níveis de MHC-1) 
Como já foi falado, o MHC (Complexo Principal de Histocompatibilidade) é uma 
protéina de superficie das células, as quais possuem 2 funções que as identificam 
em MHC-1 e MHC-2. O MHC-1, possui a função de identidade celular, ou seja, 
todas as nossas células (menos as hemácias) possuem MHC-1, e essa proteína é 
diferente em cada pessoa, sendo que por causa do MHC-1 que ocorre as rejeições 
de órgaos, dessa forma, para haver um transplante de órgaos, deve haver uma 
semelhança entre os MHC-1 do doador e do receptor. Desse modo, os linfócitos T8, 
funcionam como uma polícia verificando a identidade (MHC-1) das células, sendo 
que nas células em que esse MHC-1 é expressado de forma incorreta, elas são 
atacas pelos linfócitos T8. 
Já o MHC-2, são produzidos pelas células apresentadores de antígenos (APCs), 
uma vez que, quando essas células como as células dendriticas ou os macrófagos 
realizam a fagocitose de um patógeno, fragmentos desses patógenos são 
expressados no MHC-2 e apresenta esses fragmentos aos linfócitos T4. Desse 
modo o MHC-2 funciona como alguem falando de um mediador, por exemplo, o 
macrófago fagocita um patógeno, e então é responsabilidade do MHC-2 contar para 
os linfócitos T4 como é esse patógeno. 
A ativação desse linfócito T4 vale ser ressaltada. Assim, essa ativação começa com 
o sistema inato, ou seja, com suas células apresentadoras de antígenos, como as 
dendriticas, que estão nos tecidos, e como já foi falado pega fragmentos de um 
patógeno fagocitado e os expressa nos MHC-2, são atraidos então aos linfonodos 
pela ação de algumas quimiocinas, onde encontram os linfócitos T4 virgens e 
apresentam esses fragmentos a eles. Esse MHC-2 das células dendriticas se ligam 
ao TCR, um receptor que está nas células T4, e essa ligação recebe o nome de 
primeiro sinal. No entanto, se houvér apenas esse primeiro sinal, o linfócito T4 
ainda não é ativado e acaba morrendo, sendo assim, há a presença dos chamados 
co-estimuladores, e assim ocorre uma ligação desses co-estimuladores, sendo eles 
o B7, das células dendriticas e o CD28 que está nos linfócitos T4 virgens. 
Está ligação é chamada de segundo sinal e possui diversas funções, dentre elas 
liberar proteínas anti-apoptoticas, ou seja, evitando a morte desta célula, aumentar a 
expressão de interleucina-2, a qual é liberada pelos linfócitos e age sobre os 
próprios linfócitos, fazendo-os multiplicar em vários outros linfócitos T4 já ativados, 
os quais se diregem ao local da infecção, sendo esse fenomeno conhecido como 
expansão clonal. 
Além disso, outra função dessa ligação de co-estimuladores é uma maior expressão 
de ligantes de CD40 nos linfócitos, sendo que esses ligantes são chamados de 
CD40L, dessa forma, ocorre uma ligação entre os CD40 que já estavam presentes 
nas células que apresentam os antígenos, como as dendriticas, com os CD40L dos 
lifócitos virgens. Essa ligação entre CD40 e CD40L, aumenta a expressão de outros 
co-estimuladores nas células apresentadores de antígenos (APCs) como o B7, e 
assim, essa célula vira uma apresentadora ainda mais potente. 
Alem disso, essa ligação tambem libera uma citocina chamada Interleucina 12, a 
qual em conjunto dom outra citocina chamada de Interferom gama, irc Esses 
linfócitos TH1 combatem em especial bacterias e virus, e possuem diversos 
funções, e dentre elas, está o fato de liberarem a citocina interferom gama, 
alimentando assim o processo de produção de novos linfocitos TH1 e tambem 
atuando sobre os macrófagos, onde favorecem a formação do fagolisossomo 
durante a fagocitose e deixam eles ativos por mais tempo.Ademais, os linfócitos th1 
ainda favorecem uma produção de enzimas que destroem os patógenos e 
produzem TNF, uma citocina que induz a febre e ainda ativa macrófagos e células 
Natural Killers. 
Ademais, a interleucina-6 e a interleucina-1 secretadas pelas células 
apresentadoras de antígenos, quando na presença de TGF-Beta (Fator de 
transformação do crescimento beta), estimulam a diferenciação do linfócito T em 
linfócito t-helper 17 (th17). Esse th17, esta envolvido no recrutamento de 
neutrófilos para os locais da infecção, uma vez que, ele secreta a interleucina-17, a 
qual atrai esses neutrófilos. Ademais, o t-helper 17, ainda secreta interleucina-22, 
que da uma maior integridade epitelial, estimulando o reparo desse tecido. 
Os linfocitos B, podem ser ativados por 2 vias, uma que necessita de linfocitos T 
e outra que não. Primeiramente, vale ressaltar que os linfocitos B possuem um 
receptor chamado BCR (Receptor de célula B), o qual é um o primeiro estímulo para 
iniciar essa ativação. 
Para realizar a ativação dos linfócitos B pela via dependente de linfócitos T, é 
necessário um antígeno proteico que irá entrar em contato com o receptor BCR. 
Assim, o linfócito B realiza uma endocitose desse antígeno e o apresenta para os 
linfócitos T4 através do MHC-2. Por sua vez, o linfócito T4 produz uma substancia 
chamada CD40L, a qual se liga ao receptor CD40 do linfócito B, ativando-o. Esse 
linfócito B ativado, se diferencia em plasmócito, que é capaz de produzir anticorpos 
(imunoglobulinas), como IgA, IgE e IgG, que são anticorpos produzidos em 
respostas que envolvem os t-helpers 1, e queirão produzir interferom-gama e 
realizar a opsonização, um processo que facilita a fagocitose de antígenos. 
Já a via não dependente de linfócitos T, é ativada diretamente por antígenos 
lipidicos ou compostos por polissacarídicos, no entanto, essa via só produz um tipo 
de anticorpo, sendo ele o IgM, a qual possui um tempo de vida baixo. 
Esses linfócitos T4 (th1 e th17) assim como os linfócitos B (anticorpos), sofrem o 
msm processo que o Neutrófilo para chegar no local da lesão (Diapedese) 
Como o Sistema Imune Volta a Homeostase 
Nossa sistema imune age visando um objetivo principal, que seria manter nosso 
corpo em segurança, e para isso, matam ou neutralizam qualquer corpo estranho 
que sejam identificados por esse sistema e ainda resolvem as consequencias 
deixadas por eles. Deste modo, as células que iram destruir ou auxiliar a destruir, 
bem como resolver os danos causados por esses patógenos, já foram citadas 
acima, como os macrófagos, células dendriticas, neutróliflos, linfócitos, entre outras. 
No entanto, como quando essas células são ativadas elas matam esses patógenos 
e fecham a área lesionada, elas necessitam saber quando parar de atacar e de 
liberar citocinas por exemplo. 
Uma das células do nosso corpo que age impedindo que as células imunes 
continuem exercendo suas funções de modo exagerado, e acabem causando 
doenças auto-imunes (nossas células de defesa reconhecendo outras células 
nossas como corpos estranhos), são as chamadas células T Reguladores ou (T 
Regs), as quais são um subtipo dos linfócitos T4. 
Essas células fazem parte da chamada Tolerancia Imunológica, que é a não 
resposta a um determinado patógeno, e pode ser dividida em duas, a Tolerancia 
Periférica, onde os linfócitos T já maduros reconhecem antigenos produzidos pelo 
nosso corpo (não imunogenico) presente nos tecidos periféricos, e a Tolerancia 
Central, que é iniciada nos órgaos linfoides primários, ou seja, os órgaos que 
produzem ou amadurecem esses leufócitos como o Timo, sendo chamados de T 
Regs naturais. 
Essa célula age de diferentes fatores, como inibindo a ativação e a produção de 
citocinas, a produção de anticorpos, inibe as Natural Killers e ainda inibem tambem 
a função das células apresentadoras de antígenos. Ela faz isso, pela liberação de 
diversas citocinas como a interleucina 10 que inibe as funções dessas células 
apresentadoras de antígenos e ainda inibe a exposição de B7, a interleucina 4, que 
inibe algumas ações do interferom-gama, os quais diferencia os linfócitos T4 nos 
chamados T-helper 1. Ademais, outra citocina produzida por essas células T Regs é 
a TGF-Beta, a qual associada com a Interleucina 10, diminuir a ativação dos 
macrófagos. 
Além dos linfócitos T Reguladores, existem ainda os Linfócitos B Reguladores, cuja 
função também é manter a homeostase imunológica. Esses Linfócitos B Regs 
surgem a partir de linfócitos B já maduros, os quais dependendo do ambiente em 
que se encontram, se diferenciam em B Regs. Essas células tambem produzem 
citocinas como a interleucina-35, TGF-Beta e principalmente Interleucina-10, para 
suprimir a ação de linfócitos T4, Natural Killers e neutrófilos. Ademais, a 
Interleucina-10 ainda induz a atividade das células T Reguladoras. 
(Os linfócitos chegam aos locais da inflamação, através do mesmo processo dos 
neutrófilos, fazendo o rolamento e tals...) 
Condutas Médicas Para o Caso 
Primeiramente o médico deve avaliar o ferimento e sua gravidade, ou seja, a 
largura, o comprimento, a profundidade desse ferimento, a dor causada por ele, a 
localização dessa lesão. Ademais, é avaliado tambem o exsudato, o qual é o nome 
dado ao fluido que sai de uma ferida, podendo ser ele sanguinolento, indicando a 
ruptura de vasos, seroso, o qual surge no inicio de infecções bacterianas ou 
processos inflamatórios agudos, purulento, que possui cor marrom, amarela, ou 
verde, geralmente indicando que houve infecções, entre outros tipos... 
Assim, esse ferimento deverá ser lavado com água oxigenada, e posteriormente 
receber um curativo, o qual vai proteger a ferida de outros micro-organismos 
facilitando o processo de cicatrização. Ademais, como o corte foi feito por uma lata, 
o médico deve perguntar se Dona Maria Eduarda possui a vacina anti-tetanica em 
dia, e caso contrario, realizar essa vacinação. 
Cabe ao médico ainda, receitar medicamentos, como anti-inflamatórios ou 
antibióticos, para evitar a proliferação de bacterias e diminuir os sintomas como dor 
e inchaço tragos por essa lesão. 
 
	Já a microbiota residente é aquela aderida as camadas mais profundas da pele, e mais resistentes a remoção apenas por água e sabão, sendo que em casos em que ela seja perturbada, ela se recompoe com facilidade. Dentre os microorganismos que compoe ess...
	Como última etapa, tem-se a Fibrinólise, a qual visa um equilibrio de modo que não ocorra uma obstrução total do fluxo sanguíneo. Dessa forma, há uma ação entre diversos anti-coagulantes, como a antitrombina 3.

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