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M.A.D 2 Doenças bacterianas do trato respiratório superior Conceitos • Complicações não supurativas = provocadas diretamente pela infecção Resposta imune contra bactérias 1 – Barreiras naturais contra infeções 2 – Imunidade inata . Moléculas extracelulares (complemento, PCR) que estimulam a opsonização . Células NK, neutrófilos, macrófagos . Quimiocininas, citocinas 3 – Imunidade adquirida . Anticorpos . Citocinas produzidas por células T Bactérias intracelulares - Dentro dos macrófagos essas bactérias podem estimular tanto as células TCD4+ através da expressão de antígeno associado ao MHC classe II, como também células TCD8+ através da expressão de antígenos associados a moléculas do MHC classe I. - A ativação de células TCD4+ leva à secreção de IFN-g, que ativa os macrófagos levando à produção aumentada de óxido nítrico (NO) e destruição da bactéria. - As células TCD8+ participam do mecanismo de defesa através da citotoxicidade, destruindo os macrófagos infectados. Bactérias extracelulares - As infecções causadas por bactérias extracelulares são as mais freqüentes. - Nesses casos os mecanismos de defesa estão relacionados principalmente com as barreiras naturais do hospedeiro, a resposta imune inata e a produção de anticorpos. - A imunidade adaptativa, principalmente mediante os anticorpos, desempenha importante papel na defesa contra as bactérias extracelulares. - Os anticorpos podem exercer suas ações de três maneiras: 1) opsonização, 2) ativando o sistema complemento, 3) promovendo a neutralização de bactérias ou de seus produtos. Streptococcus - Doença = faringite estreptocócica - Bactéria -> Streptococcus β-hemolítico do grupo A, principal agente etiológico da faringite bacteriana (15-30% crianças; 5-10% adultos) - Complicações da faringite (otite média e sinusite, escarlartina, erisipela, febre reumática e glomerulonefrite) - Fatores de virulência: resistência a fagocitose, produção de enzimas e toxinas; - A faringite é caracterizada por inflamação local e febre - Com frequência os linfonodos do pescoço tornam-se inchados e sensíveis, podendo se complicar para uma otite média e ou sinusite. - Tratamento: antimicrobianos (descartar infecção de garganta viral) M.A.D 2 - Bactéria -> Streptococcus pyogenes (complicações nao supurativas) : . Febre reumática = anticorpos formados contra os antígenos estreptocócicos reagem de forma cruzada com antígenos dos tecidos do hospedeiro (miocardite, artrites e nódulos subcutâneos). Eventos repetidos podem causar danos nas válvulas cardíacas. A profilaxia é com penicilina (bezetacil) . Glomerulonefrite = danos renais causados por imunocomplexos circulantes que se depositam nos glomérulos. Haemophilus influenza - Cocobacilos Gram-negativos, anaeróbio facultativo, requerem meios enriquecidos para seu crescimento - Agente causador de meningite, otite média, sinusite, bronquite e pneumonia. - Fatores de virulência : cápsula (6 sorotipos -> a,b,c,d,e,f -> sorotipo b/Hib é o mais virulento, possui propriedades antifagocíticas -> maior tendência em causar infecções invasivas), endotoxina (lipídeo A), fímbria hemaglutinante e fímbria tipo IV (adesão às células epiteliais e muco -> colonização), proteínas de membrana externa aderência e colonização, IgA protease (neutraliza o IgA imunoglobulina impede a colonização e sobrevivência da bactéria) - Patogênese : inalação de aerossóis de H.influenzae sorotipo B -> colonização na nasofaringe -> comprometem a função ciliar -> lesão do epitélio respiratório -> bactérias podem passar através das células epiteliais e endoteliais -> corrente sanguínea -> ausência de ACs específicos -> bacteremia com disseminação para as meninges ou úteros focos distais - Epidemiologia: microbiota transitória da nasofaringe em uma parcela da população (portadores assintomáticos), a doença foi um problema pediátrico (↑mortalidade entre crianças por meningite), eliminando nas populações imunizadas (vacina conjugada Hib); - Pacientes de risco: imunocomprometidos e crianças não imunes - Tratamento e Controle: antibioticoterapia, a imunização ativa com vacinas conjugadas previne infecções por Hib Corynebacterium diphtheriae - Bacilo Gram-positivo, aeróbio, bem adaptado à transmissão pelo ar e muito resistente ao ressecamento - Contaminação: distribuição mundial, particularmente em áreas urbanas, pobres, superpovoadas e com níveis inadequados de imunização, países tropicais - Originalmente uma doença pediátrica M.A.D 2 - Transmissão pessoa-pessoa: gotículas de secreção respiratória e contato com a pele (difteria cutânea) - Imunização: vacina tetravalente DTP-Hib (difteria, tétano e coqueluche) adicionada de H - As bactérias não invadem os tecidos mas podem produzir uma exotoxina - A toxina diftérica produz um efeito muito forte, podendo ser fatal (interfere com a síntese protéica) - Pode causar Difteria respiratória (pseudomembrana diftérica bloqueia a passagem de ar para os pulmões) ou difteria cutânea (ulcerações de cura lenta, recobertas por uma membrana cinzenta; infecção em ferimentos ou lesão) - Tratamento: antibióticos + antitoxina diftérica (administrada antes que a toxina alcance os tecidos) - Sintomas : começa com dor de garganta e febre seguidas de indisposição e edema do pescoço.
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