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WUNDT

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ITAJUBÁ - FEPI 
Curso de Psicologia 
 
 
Anna Eliza Feliciano Reginaldo 
Jayanne Camille Chaves Cantuaria 
Mariana Helena Ribeiro Furtado 
 
 
 
 
 
 
TDE 1: Wundt e a Psicologia como Ciência 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ITAJUBÁ 
2021 
Anna Eliza Feliciano Reginaldo 
Jayanne Camille Chaves Cantuaria 
Mariana Helena Ribeiro Furtado 
 
 
 
 
 
 
 
 
TDE 1: Wundt e a Psicologia como ciência 
 
 
 
Trabalho discente efetivo apresentado à 
disciplina de Psicologia, Ciência e Profissão, 
do Centro Universitário de Itajubá - FEPI, 
como requisito parcial para obtenção de nota 
bimestral. 
Orientador (a): Prof.ª Ana Maria Faria 
Menicali 
 
 
 
 
 
 
 
 
ITAJUBÁ 
2021 
1. BIOGRAFIA DE WUNDT 
O importantíssimo contribuinte da Psicologia Moderna, Wilhelm Wundt nem 
sempre foi visto como um grande nome. Sua infância, na Alemanha, não foi tão fácil, 
ainda que convivesse com seus pais, era solitário e apresentava problemas na escola. 
Mesmo tendo diversas referências acadêmicas em seu ciclo social, o jovem Wundt 
não apresentava ter um futuro tão promissor, queria ser um escritor famoso e não se 
dedicava a escola como era esperado e exigido pelo seu pai, contudo, esforçou-se 
para se formar e iniciar a carreira em medicina. 
 
Figura 1 – Fotografia de Wilhelm Wundt 
 
Fonte: Autor desconhecido, 1902 
Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Wilhelm_Wundt#/media/Ficheiro:Wilhelm_Wundt.jpg 
Estudou nas universidades de: Tubingen, Heildelberg e Berlim, do ano de 1851 
a 1856. Como a carreira em medicina não o agradou, iniciou os seus estudos em 
Fisiologia, no qual terminou o seu doutorado e pode ser assistente de Helmholtz em 
seu laboratório, em 1857. 
Através da fisiologia, focou os seus estudos na psicologia, buscando-a como 
uma ciência independente. Publicou em meados de 1858, o seu livro “Contribuições 
para a teoria da percepção sensorial”, o que posteriormente viria a ser um marco 
literário para a Psicologia enquanto uma ciência. Durante seus anos de estudo, 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Wilhelm_Wundt#/media/Ficheiro:Wilhelm_Wundt.jpg
publicou diversos livros que contribuíram significativamente para que a Psicologia 
viesse a se tornar a ciência que é hoje; em 1867, deu início a um curso de psicologia 
fisiológica (o primeiro curso formal). Continuou ministrando aulas e curso, tal como 
escrevendo livros, teorias e realizando diversas pesquisas. 
Em 1874, trabalhou com o renomado Friedrich Lange em seu departamento 
vinculado aos estudos de Filosofia. Em 1879, após se mudar para Leipzig, fundou o 
primeiro laboratório de psicologia do mundo. No entanto, em 1943, o laboratório foi 
atingido por um bombardeiro que estava ocorrendo devido a Primeira Guerra Mundial. 
 
FIGURA 2 – Wundt com pesquisadores no laboratório. 
 
Fonte: Autor desconhecido, 1890 
Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Wilhelm_Wundt#/media/Ficheiro:Wundt-research-group.jpg 
 
Do ano de 1880 até meados de 1891, Wundt contribuiu significativamente com 
a literatura sobre ética, filosofia e lógica. Em 1900 até 1920, escreveu diversas obras 
acerca da psicologia social e as reuniu em dez volumes. 
Em 1920, Wilhelm Wundt morre aos 88 anos, logo após escrever sua 
autobiografia. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Wilhelm_Wundt#/media/Ficheiro:Wundt-research-group.jpg
2. IMPORTÂNCIA DE WUDNT PARA A PSICOLOGIA 
 
2.1 O laboratório 
Mesmo tendo tantos estudos na área da psicologia e tendo fundado o primeiro 
laboratório de psicologia experimental de todo o mundo, apenas quatro anos depois 
da sua fundação, o laboratório foi reconhecido como um instituto de valor universitário. 
O valor de seu laboratório reside principalmente na formação de psicólogos, o que até 
então naquela época, ainda não era exercido em plenitude. 
 Os estudos ministrados aos estudantes eram divididos em duas etapas, ou 
partes: para os novatos eram ensinados os princípios introdutórios a fim de que eles 
passassem a conhecer as “bases” do curso, enquanto as atividades mais avançadas 
eram designadas para os calouros. Diversos estudantes do mundo todo iam para a 
Alemanha aprender com Wundt em seu instituto, desse modo, contribuiu para a 
disseminação dos saberes psíquicos e para a formação das primeiras gerações de 
psicólogos. 
Em 1943, devido a um bombardeio proveniente da Primeira Grande Guerra, o 
laboratório foi completamente destruído e todos os conteúdos que lá continha foi 
perdido nesse trágico episódio. 
 
2.2.1. Seus estudos 
Wundt, forte representante do estruturalismo, define que o objeto primordial 
para o estudo da psicologia é, advinda da experiência consciente imediata do homem, 
a consciência. Buscou, através de muitas pesquisas, encontrar e compreender os 
elementos constitutivos da consciência, tal qual a síntese organizadora da mente 
(voluntarismo). 
Vale ressaltar que os seus estudos laboratoriais se concentraram 
principalmente na pesquisa acerca das sensações e percepções (elementos mais 
simples), para compreender tais fatores, recorreu a introspecção do indivíduo. 
Acreditava que os processos mentais mais complexos, memória e a 
aprendizagem, estavam em ramos muito subjetivos o que não permitia a ciência 
explorar através de experimentações apenas a psicologia social, antropologia e a 
filosofia seriam capazes de estudar. 
 
2.2.2 Modelo experimental 
Wundt buscava através da introspecção quantitativa, compreender os elementos 
mais simples da consciência. 
Este modelo experimental consistia em uma análise rígida, tendo em vista que 
ele buscava informações precisas que se afastassem das subjetividades e achismos. 
Em seus experimentos exaustivos, as pessoas eram treinadas a relatarem apenas 
aquilo que aquilo que o estímulo produz neles, a sensação e não o que era o estímulo 
em si. 
FIGURA 3 – Experimentos realizados no laboratório de Wundt 
 
Fonte: Autor desconhecido, (Ano desconhecido) 
Disponível em: https://psicoeduca.com.br/psicologia/historia-da-psicologia/14-o-metodo-de-introspeccao-de-wundt 
 
2.2 Visão da sociedade da época 
Wundt exerceu forte influência sob a sociedade em que estava inserido. Seus 
estudos, embora muitas vezes menosprezados por muitos, moviam pessoas de 
diversos lugares do mundo para terem a oportunidade de conhecer e aprender com 
ele. 
Muitos estudos de fundo contribuíram ativamente na sociedade, permitindo a 
compreensão e o entendimento da psicologia enquanto ciência. 
No entanto, além de ser uma pessoa considera um pouco radical em seus 
ideais políticos, Wundt não tinha uma boa recepção do público com os ramos de seus 
saberes. Assim como o método da introspecção, criticado duramente devido aos seus 
resultados possuem respostas distintas, a psicologia cultural foi outro ramo de estudos 
dele que não trouxeram tanto apreço pelos psicólogos. 
A psicologia cultural foi estudada por ele por aproximadamente 10 anos, mas 
não foi tão explorada pelos psicólogos já que, na mesma época, a psicologia nos 
Estados Unidos já havia ganhado força e estava caminhando “com as próprias 
pernas” criando diversos conteúdo. 
Com outras escolas de pensamento, com diferentes abordagens, surgindo pelo 
mundo como a psicanalise, o gestaltismo, o behaviorismo e o funcionalismo, as 
teorias de Wundt acabaram perdendo a sua força. 
Após a sua morte, muitos dos seus estudos e obras foram rapidamente 
esquecidas tendo em vista que novos conhecimentos estavam sendo produzidos por 
todo o mundo. 
 
2.3 Contribuições para o futuro da Psicologia 
Wundt, através de seus manuscritos e livros, foi capaz de separar a Psicologia 
de outras ciências como a filosofia, antropologia, medicina e a fisiologia, marcando 
através da criação de seu laboratório experimental, o início de uma Psicologia 
científica marcada pela autonomia. 
O pai da psicologia, deixou um forte legado do voluntarismo, estudos com o 
objetivo
de descobrir e organizar a mente através da experiência imediata. 
Demonstrou, assim, como a introspecção poderia auxiliar os psicólogos na 
compreensão das estruturas da consciência, com o estudo da percepção e da 
sensação. Posteriormente, tal método introspectivo foi reproduzido por seus alunos e 
ensinado para os alunos dos alunos, perpetuando esse conhecimento e permitindo 
que os estudos progredissem. 
Estima-se que de 1853 até 1920, Wundt tenha escrito 54 mil páginas. Com 
isso, compreende-se quantos estudos puderam ser deixados para as gerações que 
viriam em seguido. Além de contribuir com o marco inicial da literatura psicológica, o 
seu livro “Princípios de Psicologia Fisiológica”. 
 
CONCLUSÃO 
 
 Diante de todas as informações coletas acerca da vida e obra de Wilhelm 
Wund, torna-se inconcebível uma opinião que não o reconheça como um grande 
contribuinte para os estudos da Psicologia. Atribui-se, incontestavelmente, uma 
valorização significativa de suas pesquisas para a consolidação da psicologia 
científica. 
Mesmo diante de um tempo e um espaço no qual não era próspero uma ciência 
dessa amplitude, Wundt teve a ousadia em pesquisar afinco sobre a consciência. O 
que viria a contribuir para que outros pesquisadores pudessem, através das bases de 
suas pesquisas, alavancarem estudos e levarem a psicologia para um patamar de 
ensino e aprendizagem superior a aquela que existia naquele momento. 
Nota-se também sua importância para o reconhecimento público da psicologia 
como uma ciência separada de outras, tal como todas as dificuldades enfrentadas por 
ele para o devido reconhecimento de seu laboratório. No mesmo, valida-se a ressalta 
do papel exercido pelo seu laboratório no ramo das pesquisas que permitiu diversos 
estudos sobre a mente e a consciência, tal qual a capacitação da instituição em 
proporcionar a formação de uma geração de psicólogos voltados para a ciência. 
Desse modo, ainda que Wilhelm não tivesse todas as respostas as quais 
buscava e era limitado pelas metodologias da época, compreende-se que sem os 
seus primeiros passos, a psicologia não teria crescido tão rapidamente em direção a 
uma ciência institucionalizada e tampouco seria vista como necessária para a 
sociedade, como é, em grande parte, nos dias de hoje. 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
ARAÚJO, Saulo de Freitas. Uma visão panorâmica da psicologia científica de 
Wilhelm Wundt. WUNDT, SCIELO, v. 7, ed. 2, junho 2009. Disponível em: 
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1678-31662009000200003. 
Acesso em: 19 mar. 2021. 
 
MARCELLOS, Cíntia Fernandes; ARAÚJO, Saulo de Freitas. A Questão da 
Consciência na Psicologia de Wilhelm Wundt. RevisPsi UERJ, RevisPsi UERJ, v. 
11, n. 1, 22 set. 2010. Disponível em: 
http://www.revispsi.uerj.br/v11n1/artigos/html/v11n1a16.html. Acesso em: 22 mar. 
2021. 
 
ARAÚJO, Saulo de Freitas. Wilhelm Wundt e a fundação do primeiro centro 
internacional de formação de psicólogos. Periódicos Eletrônicos em Psicologia 
(PEPSICO), Ribeirão Preto, ano 2009, v. 17, n. 1, jun. 2010. Disponível em: 
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
389X2009000100002. Acesso em: 26 mar. 2021. 
 
Jacó, Ana Maria; Et All (2006). História da psicologia: rumos e percursos. Rio de 
Janeiro: Nau Editora. pp. 101 e 102. 
 
PEREZ, Valmir. Wundt e a psicologia experimental: Teorias que escondem e 
revelam a luz. Série luz e Psicologia, Lume, ano 82-88, ed. 71. Disponível em: 
http://www.lumearquitetura.com.br/lume/Upload/file/pdf/ed63/Sllv_ed63.pdf. Acesso 
em: 26 mar. 2021. 
 
 
 
 
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-389X2009000100002
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-389X2009000100002

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