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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ITAJUBÁ Curso de Psicologia Anna Eliza Feliciano Reginaldo Mariana Helena Ribeiro Furtado Jayanne Camille Chaves Cantuaria PSICOLOGIA, CIÊNCIA E PROFISSÃO Quadro referencial: influências filosóficas e fisiológicas na Psicologia ITAJUBÁ 2021 1.) INFLUÊNCIAS FILOSÓFICAS FILÓSOFO PERÍODO MOVIMENTO PRINCIPAIS IDEIAS Sócrates (470a.C.- 399 a.C.) EMPIRISMO Desenvolveu o método da maiêutica, questionamentos feitos para que o indivíduo chegasse a própria conclusão; Imortalidade da alma; Aristóteles (384 a. C- 322 a.C.) EMPIRISMO Associação entre o corpo e a mente; Psiquismo Platão (427 a.C. - 348 a.C.) INATISMO E RACIONALISMO Dissociação entre corpo e mente; Imortalidade da alma; Conhecimento inato; Existência de dois mundos: o sensível e o inteligível; John Locke (1632-1704) EMPIRISMO Escritor do livro "ensaio sobre o entendimento humano"; Acreditava que na existência de dois tipos de experiência: derivadas da sensação e da reflexão; Reflexão: a memória viria a resgatar as impressões sensoriais já conhecidas e formariam as ideias superiores; Sensações: seriam vindas das experiências sensoriais diretas através dos cinco sentidos; Teoria da Associação: acreditava-se que as ideias eram fruto de associação de outras ideias simples que gerariam uma ideia complexa, e assim, poderiam ser estudadas; Qualidades primárias e secundárias provenientes das ideias sensoriais simples, as primárias seriam inerentes ao objeto enquanto as secundárias necessitavam da experimentação do indivíduo para serem percebidas; George Berkeley (1685- 1753) MENTALISMO Escritor do livro “Um ensaio para a nova teoria da visão" e também do "Tratado sobre os princípios do conhecimento humano"; O conhecimento é proveniente de um fenômeno mental e que ocorre devido a experimentação do indivíduo; Princípio a associação de George buscava explicar como o conhecimento é construído, que através da união de ideias simples transformariam em complexas e poderiam ser experimentadas pelos sentidos; Galileu Galilei, Newton, Robert Boyle, Johannes Kepler, Bernar de Fontenelle e Daniel Boorstin SÉC.XVII a XIX MECANICISMO Acreditavam que os processos naturais são determinados mecanicamente e são fundamentados pela física e pela química; Friedrich Ratzel, Friedrich Nietzsche, Charles Darwin, Baruch de Espinosa, Gilles Deleuze SÉC. XIX a XX DETERMINISMO Explicação baseada em fatores passados, isto é, todas as ações seriam motivadas por eventos já ocorridos e que exerceriam influência sobre o presente momento. Ressalva a aplicabilidade da psicologia, tendo em vista que os eventos se correlacionam em dependência. Descartes (1596-1650) RACIONALISMO Aplicabilidade do mecanicismo no corpo humano; Distinção entre mente e corpo; Teoria do ato reflexo e teoria dos tubos; Localização das funções mentais no cérebro; REDUCIONISMO Explicação de fenômenos complexos através da simplificação dos fenômenos permitindo a fácil compreensão; Auguste Comte (1798- 1857) SÉC. XIX POSITIVISMO Valorização da experiência pelo registro de dados observados e o operacionismo, com isso, reduz o homem a um objeto que funciona como uma máquina de reagir; Acredita que a ciência é cognitiva e deve ser avaliada fora da esfera afetiva, devido a passividade de processos errôneos; Karl Marx e Friedrich Engels SÉC. XIX MATERIALISMO Explicação baseada em condições materiais e concretas; Tipos de materialismo: Materialismo Dialético: foco na sociedade e psicologia; Materialismo Histórico: foco nas raízes históricas; https://www.todamateria.com.br/materialismo-dialetico/ James Mill (1773-1836) IMPIRISMO- ASSOCIACIONISMO Escritor do livro “Análise dos fenômenos da mente humana” em 1829; Acreditava na mente como uma máquina, mas também como um tábula rasa, ideia de John Locke, e era adepto ao empirismo; Acreditava que a mente era passiva e que era influenciada por fatores externos; John Stuart Mill (1806-1873) IMPIRISMO- ASSOCIACIONISMO Forte presença no ramo da química; Acreditava que a mente possuía uma função ativa diante da associação de ideias; Síntese criativa: a serem combinada, as ideias mentais adquirem novas qualidades e transformam-se em uma qualidade que, anteriormente, não estava presente dentro desses elementos; Acreditava que era possível chegar a um estudo de caráter científico acerca da mente; EMPIRISMO Explicação baseada em experimentação. O conhecimento só seria possível se houvesse uma experiência que permitisse o indivíduo a chegar no conhecimento desejado. Contribuição: Deram os primeiros passos ao que seria, no futuro, o objeto de estudo do ramo da psicologia; DETERMINISMO Tipos de determinismo: Pré-determinismo: foco na causa; Pós-determinismo: foco no mecanicismo e em fatores externos; Co-determinismo: foco em diversas causas e efeitos, ocasionando diversas conexões; Determinismo genético: os fatores genéticos não possuem influência direta; 2.) INFLUÊNCIAS FISIOLÓGICAS PESQUISADOR PERÍODO CONTRIBUIÇÃO Descartes (1596-1650) Teoria do tubo: acreditava-se que os nervos eram tubos ocos e seu interior era composto por “fios” que faziam conexão entre cérebro e os órgãos sensoriais; David Hartley (1705) Teoria das vibrações: tentativa explicar a sensação através de um processo físico; William Harvey (1628) Descobriu informações sobre a circulação sanguínea no corpo humano; Wilhelm Bessel (1784-1846) Equação pessoal: As observações sofrem influências das percepções daquele que a observa; Johannes Muller (1801-1858) Publicou em 1833 o seu livro “Manual da fisiologia humana”; Teoria sobre a energia especifica dos nervos: afirmava que ao estimular um nervo provocaria uma sensação, já que cada nervo possui uma energia especifica própria; Marshal Hall (1790-1857) Pioneiro do ramo da investigação do comportamento por reflexo, assim, foi capaz de concluir que os comportamentos estariam associados ao cérebro. O movimento reflexo era proveniente da medula espinhal, já o involuntário viria do músculo, o respiratório também era da medula e o voluntário dependia das ações cerebrais; Paul Broca (1824-1880) Desenvolveu o método clínico; Em seus estudos, descobriu e nomeou uma parte do cérebro como “área de Broca” e a designou como uma parte importante para o exercício da fala; Gustv Fritsch e Eduard Hitzig (1870) Utilizou da técnica dos estímulos elétricos, através da aplicação de choques elétricos descobriam que algumas áreas atingidas refletem em reações motoras; Josef Gall (1758-1828) Descoberta da substância branca e cinzenta; Considerado pai da “Frenologia”; Mapeou a calota craniana em 35 partes, dividiu o crânio em partes e designou uma função específica para cada uma das áreas; Charles Lavery e Frank White (1929) Fundaram a companhia psicográfica de Minneapolis, assim, desenvolveram um maquinário responsável por mapear a cabeça das pessoas através dos caroços; Flourens (1794-1867) Através de experiências com coelhos, comprovou que determinadas regiões do cérebro exerciam funções distintas no organismo; Luigi Galvani (1737-1798) Em seus estudos, comprovou que os impulsos nervosos possuíam um caráter elétricos. Santiago Ramón y Cagal (1852-1934) Descobriu a direção seguida pelos impulsos nervosos no cérebro e na medula espinhal; Hermann Von Helmholtz (1821-1894) Estudos baseados no impulso neural, na audição e na visão; Descobriu acerca da velocidade do impulso neural não tinha um caráter instantâneo. Foi capaz de medir empiricamente a velocidade da condução; Teoria de Young-Helmholtz (1802) sobre a audição; Ernest Weber (1795-1878) Pesquisas acerca do “limiar de dois pontos”, isto é, a distância possível entre dois pontos na pele do indivíduo que permitissem que ele sentisse apenas uma das sensações; Buscava determinar a “diferença mínima perceptível”, a menor distancia capaz de ser percebida entre dois pesos; Contribuiu para que pesquisas fossem desenvolvidas e capazes de distinguir o estímulo e uma sensação resposta; Gustav Theodor Fechner (1801-1887) Escritor do livro “Elementos de Psicofísica”; Relação entre mente e corpo, iniciou pesquisas quantitativas entre a sensação e o estímulo; Limiar absoluto e limiar diferencial; Pesquisa acerca da Psicofísica (relação entre a psique e os fatores físicos) e suas características internas e externas; Contribuiu através de técnicas precisas; Em 1860, foi criada a Lei de Fechner-Weber, que tentava fazer uma descrição entre a física, estímulo e intensidade; REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS HOTHERSAL, David. HISTÓRIA DA PSICOLOGIA. 4. ed. PORTO ALEGRE: AMGH, 2006. p. 13-72. PORTUGAL, A. M. J. A. A. A. R. R. E. L. E. F. F. P. R. HISTÓRIA DA PSICOLOGIA: Rumos e percursos. 3. ed. RJ: NAU, 2005. p. 13-84. SCHULTZ, D. P. S. S. E. HISTÓRIA DA PSICOLOGIA MODERNA. 4. ed. São Paulo: CENGAGE, 2016. p. 4-65.
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