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A fisiologia do músculo Pontos-chave 1. O movimento do corpo é o resultado da contração de um músculo esquelético ao longo de uma articulação móvel. 2. Há vários níveis de organização em qualquer músculo esquelético. 3. O potencial de ação no sarcolema propaga-se para o interior da célula ao longo de túbulos transversos. 4. O potencial de ação no sarcolema é indiretamente acoplado ao mecanismo de contração através da liberação de Ca2+ do retículo sarcoplasmático. 5. O deslizamento da actina ao longo da molécula de miosina resulta no encurtamento físico do sarcômero. 6. A maior parte das fibras musculares esqueléticas pode ser classificada como de contração rápida ou de contração lenta. 7. Os músculos alteram sua força de contração variando o número de unidades motoras ativas ou a taxa de ativação das mesmas. 8. O eletromiograma é a medida clínica do comportamento elétrico no interior de um músculo esquelético. 9. A estrutura dos músculos cardíaco e liso é diferente da do músculo esquelético. 10. O papel dos íons Ca2+ no acoplamento de excitação-contração nos músculos cardíaco e liso é diferente no músculo esquelético. Existem três tipos de músculo no corpo: esquelético, cardíaco e liso. O esquelético compõe cerca de 40% do corpo e os músculos liso e cardíaco cerca de mais 10%. Como em veterinária a maior parte dos pacientes com doenças do sistema neuromuscular apresenta anormalidades do movimento, é importante entender como funciona o músculo esquelético e como ele é controlado pelo sistema nervoso. Anormalidades no músculo cardíaco e liso destacam-se acentuadamente em muitos outros distúrbios clínicos (p. ex., miocardiopatia dilatada, hipertensão, hipertrofia do detrusor) e estes frequentemente são alvos de intervenções clínicas farmacológicas (p. ex., drogas simpatomiméticas, antagonistas de receptores adrenérgicos). Este capítulo explica a fisiologia do músculo esquelético e inclui breves comparações com os músculos cardíaco e liso. O cardíaco é descrito mais detalhadamente nos capítulos da Secção III e o papel do liso em outros sistemas do corpo é comentado em várias partes deste livro. O Movimento do Corpo É Resultado da Contração de um Músculo Esquelético ao Longo de uma Articulação Móvel O músculo esquelético consiste em uma “massa” muscular contrátil central, carnosa, e de dois tendões, um em cada extremidade do músculo. Este e seus tendões distribuem-se no corpo de tal maneira que se originam em um osso e inserem-se em outro diferente, passando sobre uma articulação. À medida que o músculo se contrai, encurtando a distância entre os tendões de origem e os de inserção, os ossos se movem um em relação ao outro, dobrando-se na articulação (Figura 6-1). Quando ativado por um nervo motor, um músculo esquelético só pode encurtar. A maioria das articulações tem um ou mais músculos em ambos os lados, para diminuir (flexão) ou aumentar seu ângulo (extensão). FIGURA 6-1 O movimento do corpo resulta da contração (encurtamento) de um músculo esquelético ligado ao longo de uma articulação móvel. A contração do músculo diminuirá o ângulo flexor na articulação A (soldra) e o aumentará na B (társica). Isso produzirá os respectivos movimentos das articulações indicadas pelas setas. O movimento do corpo realizado por um animal resulta da contração do musculoesquelético ao longo de uma articulação móvel. Portanto, é importante compreender a anatomia e a fisiologia deste, antes da discussão sobre a maneira como o sistema nervoso coreografa a constrição de grupos de células musculares para realizar uma série impressionante de movimentos corporais. Há Vários Níveis de Organização em Qualquer Músculo Esquelético A Figura 6-2 ilustra os níveis de organização em um músculo esquelético típico. Cada massa muscular, observada durante uma dissecção, é formada por uma quantidade diferente de células musculares (normalmente chamadas de fibras musculares), que medem vários centímetros entre os tendões de origem e de inserção. O diâmetro das fibras varia de cinco a 100 µm e elas contêm muitos núcleos, mitocôndrias e outras organelas intracelulares. A membrana limitante externa da fibra é chamada de sarcolema. Ele consiste em uma membrana celular verdadeira, denominada membrana plasmática, e em uma camada externa polissacarídica, que se liga aos tendões nas extremidades das células. Cada fibra muscular é inervada por um único neurônio motor, com a região da junção neuromuscular localizando-se aproximadamente no meio da fibra, em relação às extremidades. FIGURA 6-2 Um músculo esquelético típico apresenta vários níveis de organização. As letras H e Z foram escolhidas para identificar as faixas observadas durante o exame microscópico. Uma fibra muscular é formada por subunidades sucessivamente menores (Figura 6-2), contendo de várias centenas a vários milhares de miofibrilas dispostas paralelamente ao longo de seu comprimento, como um punhado de espaguete. Cada uma delas é formada por uma série linear de sarcômeros, as unidades básicas contráteis da fibra muscular, que podem ser contadas em dezenas de milhares. O sarcômero tem um disco em cada extremidade, chamado disco Z, e quatro tipos de moléculas de proteína grandes, responsáveis pela contração muscular – três das quais são polimerizadas. Numerosos filamentos finos de proteína, chamados de actina, estão ligados aos discos Z e estendem-se em direção ao centro do sarcômero, como dedos paralelos apontando uns para os outros. Cada um deles consiste em dois cordões helicoidais entrelaçados da proteína actina e dois semelhantes da proteína tropomiosina, todos ligados uns aos outros como uma grande hélice complexa (Capítulo 1 e Figura 1-5). Também localizadas intermitentemente ao longo dos cordões de tropomiosina-actina estão moléculas de uma proteína globular complexa, denominada troponina, que podem ligar tropomiosina e actina e que têm afinidade pelos íons cálcio (Ca2+). Suspensos entre os finos filamentos de actina, e a eles paralelos, encontram-se outros mais grossos de polímeros da proteína miosina (Figura 6-3). Uma molécula desta contém uma cauda de hélices entrelaçadas e duas cabeças globulares, que podem ligar tanto trifosfato de adenosina (ATP), quanto actina (Figuras 1-3 e 1-4). Cerca de 500 cabeças de um filamento desse formam pontes cruzadas, que interagem com a actina para encurtar o sarcômero à medida que essas se flexionam e relaxam. O sarcômero também contém uma proteína grande, titina, que ajuda a manter a relação lado a lado de actina e miosina, bem como o comprimento de repouso durante o relaxamento. FIGURA 6-3 Arranjo paralelo de filamentos de actina e miosina em um sarcômero. Acima, O espectador está olhando uma extremidade de um sarcômero. Abaixo, O ponto de vista de organização do filamento, respectivamente, visto pelo observador em cada um dos três pontos de seccionamento transversal indicados na parte superior da figura (modificado de Boron WF, Boulpaep EL: Medical physiology, ed 2, Philadelphia, 2009, Saunders). Abaixo da membrana plasmática da célula muscular situa-se o retículo sarcoplasmático, uma organela intracelular de armazenagem, que forma uma rede ao redor das miofibrilas (Figura 6-4). Essa extensa bolsa de armazenagem sequestra íons Ca2+ no músculo relaxado, sendo análoga ao retículo endoplasmático liso em outras células. FIGURA 6-4 Diagrama do músculo esquelético, mostrando a justaposição de miofibrilas, túbulos transversos (T) e retículos sarcoplasmáticos (redesenhado de Bloom W, Fawcett DW: A textbook of histology, Philadelphia, 1986, WB Saunders. Modificado de Peachey LD: J Cell Biol 25:209, 1965. Desenhado por Sylvia Colard Keene. In Guyton AC, Hall JE: Textbook of medical physiology, ed 11, Philadelphia, 2006, Saunders). Localizados perpendicularmente ao eixo longitudinal da fibra muscular estão tubos de membranas plasmáticas formados por invaginações periódicas do sarcolema (Figura 6-4). Esses túbulos transversos, ou túbulos T, atravessam todo o diâmetro dessa fibra, como um canudo flexívelpassando transversalmente através do punhado de espaguete (miofibrilas) citado anteriormente. Os túbulos T serpenteiam em torno das miofibrilas, formando junções com a rede do retículo sarcoplasmático que as rodeia (Figura 6-5). Esses são preenchidos pelo líquido extracelular e são importantes porque permitem que a membrana plasmática eletricamente excitável da fibra muscular conduza a despolarização do potencial de ação para o interior da fibra. FIGURA 6-5 Relação entre os túbulos T (TT) e retículo sarcoplasmático (RS) durante acoplamento excitação-contração. 1, Propagação do potencial de ação produz a despolarização da membrana TT. 2, Despolarização induz a abertura de agregados de canais de Ca2+ dependentes de voltagem na membrana TT. 3, Abertura de canais de liberação de Ca2+ sobre os resultados da membrana SR de acoplamento mecânico com a abertura de canais de Ca2+ dependentes de voltagem no TT. 4, Ca2+ é liberado do SR para o sarcoplasma, onde pode banhar os sarcômeros (não mostrado) para induzir a contração (modificado de Boron WF, Boulpaep EL: Medical physiology: a cellular and molecular approach, updated edition, Philadelphia, 2005, Saunders). O Potencial de Ação no Sarcolema Propaga-se para o Interior da Célula ao Longo de Túbulos Transversos As células musculoesqueléticas, como as nervosas, têm um potencial de repouso da membrana, que pode ser despolarizada por transmissão sináptica na junção neuromuscular (Capítulo 5). Nessa junção, a acetilcolina liberada pelo neurônio motor ativa receptores nicotínicos no sarcolema da célula muscular. A despolarização resultante basta para abrir canais de sódio (Na+) dependentes de voltagem, também encontrados no sarcolema juncional (Figura 5-1), em quantidade suficiente para disparar um potencial de ação na fibra muscular. Portanto, é no sarcolema da junção neuromuscular que os potenciais de ação da fibra muscular são gerados. Uma vez gerado um potencial de ação próximo ao ponto médio da fibra muscular, ele se difunde em ambas as direções ao longo do comprimento desta por mecanismos similares ao potencial de ação que se propaga em axônios de neurônios amielínicos. Em contraste com aqueles em axônios, no entanto, os potenciais de ação sobre o sarcolema são também transmitidos para o interior da fibra muscular ao longo dos túbulos T (Figura 6-5). Isto permite que este potencial alcance a localização do retículo sarcoplasmático, mesmo nas regiões mais internas da fibra muscular. As consequências da chegada do potencial de ação no local do retículo sarcoplasmático são fundamentais para o acoplamento de excitação (o potencial de ação) com contração (encurtamento) dos sarcômeros das miofibrilas. O Potencial de Ação no Sarcolema É Indiretamente Acoplado ao Mecanismo de Contração Através da Liberação de Ca2+ Do Retículo Sarcoplasmático Enquanto no neurônio uma elevação do Ca2+ citoplasmático na terminação é fundamental para iniciar o processo de liberação de transmissor, no sarcoplasma (citoplasma) da célula muscular é importante para iniciar a contração. Em repouso, os íons Ca2+ são bombeados para fora do sarcoplasma e armazenados no retículo sarcoplasmático com a utilização de uma bomba dependente de energia em conjunto com proteínas de ligação de Ca2+ dentro do retículo sarcoplasmático. Isso deixa a concentração de Ca2+ muito baixa no sarcoplasma para iniciar a contração. Entretanto, à medida que um potencial de ação se difunde ao longo da superfície da fibra muscular e para o seu interior ao longo dos túbulos T, a despolarização chega à junção entre os túbulos e o retículo sarcoplasmático (Figura 6-5). A chegada do potencial de ação nessa junção leva à liberação de íons Ca2+ armazenados pelo retículo sarcoplasmático. Esses íons difundem-se pelo sarcoplasma de acordo com seu gradiente de concentração, embebem o sarcômero e depois desencadeiam contração. À medida que o potencial de ação passa, os íons Ca2+ são novamente bombeados para o retículo sarcoplasmático, resultando em relaxamento. Esse ciclo de eventos é conhecido como acoplamento excitação-contração. A ligação entre o potencial de ação no túbulo transverso e a liberação de Ca2+ do retículo sarcoplasmático é mediada por canais de Ca2+ dependentes de voltagem no túbulo T e canais de liberação de Ca2+ induzidos pelo mesmo no retículo sarcoplasmático (Figura 6-5). Acredita-se que exista um acoplamento mecânico desses dois tipos de canais no músculo esquelético: a abertura de canais de Ca2+ dependentes de voltagem do túbulo T pelo potencial de ação produz uma alteração direta na configuração dos canais de liberação de Ca2+ induzidos por este no retículo sarcoplasmático, permitindo que os íons Ca2+ armazenados escapem do retículo para o sarcoplasma. O movimento de Ca2+ através de seus canais dependentes de voltagem no túbulo T e a sensibilidade dos íons Ca2+ nos canais de liberação de Ca2+ induzidos por este desempenha um papel mais importante no acoplamento excitação-contração no músculo cardíaco do que no esquelético (ver discussão adiante). O Deslizamento da Actina ao Longo da Molécula de Miosina Resulta no Encurtamento Físico do Sarcômero A Figura 6-6 ilustra o sarcômero no estado de relaxamento e em seu estado mais curto, contraído. Este muda do relaxado para o contraído quando os íons Ca2+ ficam disponíveis. Na presença desses e de uma fonte suficiente de ATP, os finos filamentos de actina se movem paralelamente ao longo dos grossos de miosina, pelo movimento repetitivo das cabeças das moléculas desta, encurtando assim o sarcômero. Como cada miofibrila é feita de uma série linear de repetição e sarcômeros conectados, o resultado final é o encurtamento da distância física entre as duas extremidades do músculo. Uma explicação molecular mais detalhada deste mecanismo de filamento deslizante de encurtamento do sarcômero é fornecida no Capítulo 1, como um exemplo de especificidade de ligação e interações alostéricas de proteínas. No entanto, os eventos podem ser brevemente resumidos como se segue. FIGURA 6-6 O deslizamento da actina ao longo da molécula de miosina resulta no encurtamento físico (contração) do sarcômero. Em vários pontos ao longo do fino filamento de actina existem sítios que podem ligar- se à cabeça da molécula de miosina (Figuras 1-4 e 1-5 e texto de acompanhamento do Capítulo 1). Na ausência de íons Ca2+, esses são inibidos ou cobertos por moléculas de tropomiosina, que normalmente estão entrelaçadas dentro da hélice de actina. Quando o Ca2+ está presente e se liga à troponina, uma molécula reguladora ligada à tropomiosina, a molécula dessa sofre uma alteração em sua configuração. Acredita-se que isto, então, faça a molécula de tropomiosina afastar-se, descobrindo o sítio de ligação da miosina no filamento fino de actina e permitindo a ligação miosina-actina. Através de um ciclo, que inclui ligação com ATP e hidrólise deste (para ADP + fosfato) e subsequente dissociação do fosfato, as cabeças da miosina relaxam e flexionam-se alternadamente, ao mesmo tempo em que se desligam e ligam aos sítios de ligação expostos no filamento fino de actina (Figura 6-7). Isso resulta no deslizamento em paralelo desses filamentos ao longo dos filamentos grossos de miosina para encurtar o sarcômero (Figura 6-6). Na ausência de íons Ca2+, os sítios de ligação de miosina na actina ficam novamente bloqueados, resultando no relaxamento do sarcômero. FIGURA 6-7 Ligação actina-miosina, e flexão das cabeças de miosina, desliza actina ao longo dos filamentos de miosina. Topo, Ligação de ATP à cabeça de miosina foi hidrolisada para ADP e fosfato inorgânico (P). Neste estado a cabeça da miosina está em repouso e separada da actina. Inferior, A cabeça da miosina em repouso liga-se à actina, formando uma ponte. A dissociação de P a partir da cabeça da miosina induz flexão da mesma, puxando o filamento de actina ao longo da miosina. Isso é chamado de golpe de força (redesenhado de Boron WF, Boulpaep EL: Medical physiology, ed 2, Philadelphia, 2009, Saunders). A Maior Parte das FibrasMusculoesqueléticas Pode Ser Classificada Como Fibras de Contração Rápida ou de Contração Lenta As fibras musculoesqueléticas com períodos de contração curtos às vezes são chamadas de fibras de contração rápida. Elas tendem a ser maiores, têm um retículo sarcoplasmático extenso para liberação rápida de íons Ca2+ e possuem um suprimento menor de sangue e menos mitocôndrias porque o metabolismo aeróbico é menos importante. Essas fibras são fatigadas um pouco mais rapidamente, mas são bem adaptadas para salto, corrida e outros movimentos breves e potentes. As fibras de contração lenta, ao contrário, são fibras musculares menores, têm um suprimento abundante de sangue e mitocôndrias e possuem uma grande quantidade de mioglobina, uma proteína que contém ferro e armazena oxigênio, semelhante à hemoglobina. Elas dependem mais intensamente do metabolismo oxidativo, são menos sujeitas à fadiga e estão mais bem adaptadas para a contração contínua de músculos extensores antigravidade. Como as fibras de contração lenta têm mais mioglobina, às vezes são chamadas de músculo vermelho; e as de contração rápida são denominadas músculo branco. Um terceiro tipo, uma subclasse das fibras de contração rápida, tem propriedades entre os dois anteriores. Normalmente, a massa muscular é composta de uma mistura desses três, cujas proporções variam de acordo com o uso do músculo. Até certo ponto, essa combinação pode ser alterada com exercícios, como ocorre com o atleta que treina para um tipo diferente de modalidade esportiva. Os Músculos Alteram Sua Força de Contração Variando O Número de Unidades Motoras Ativas ou a Taxa de Ativação da Unidade Motora Ainda que cada fibra muscular seja inervada por um único neurônio, cada axônio do neurônio motor se ramifica à medida que atinge o músculo e inerva várias fibras musculares. Uma unidade motora é definida como um neurônio motor alfa (α) e o conjunto das fibras musculares extrafusais (estriadas, geradoras de força) por ele inervadas ( Figura 6-8, A). As fibras musculares de cada unidade motora são do mesmo tipo funcional (p. ex., de contração lenta ou rápida) e um potencial de ação no neurônio motor faz com que todas contraiam-se simultaneamente. Em unidades motoras, existe uma relação entre o tipo funcional de fibra muscular inervada, o número destas e o tamanho do neurônio motor. As pequenas tendem a ser formadas por um único neurônio motor, com um corpo celular pequeno e um axônio estreito, de condução mais vagarosa, que inerva um número reduzido de fibras de contração lenta. Já as grandes têm um neurônio motor com corpo celular extenso e um axônio largo, de condução mais rápida, inervando um vasto número de fibras de contração rápida. A ativação de uma unidade motora pequena produz um aumento menor, mais lento e menos fatigável da força contrátil do músculo, em comparação com uma maior. Os corpos celulares dos neurônios de todas essas unidades de um único músculo formam um agrupamento dentro do sistema nervoso central (SNC), chamado agrupamento de neurônio motor desse músculo (Figura 6-8, B). No interior deste agrupamento, existem unidades motoras de vários tamanhos. Músculos com uma proporção maior de unidades motoras menores tendem a estar receptivos a um controle mais fino da força contrátil. FIGURA 6-8 Inervação do músculo esquelético por neurônios motores α do sistema nervoso central (SNC). A, A unidade motora é um neurônio motor α e todas as fibras musculares esqueléticas por ele inervadas. B, Corpos de células nervosas de todas as unidades motoras de um único músculo formam um agrupamento dentro do SNC, chamado de agrupamento de neurônio motor daquele músculo (redesenhado de Bear MF, Connors BW, Paradiso MA: Neuroscience: exploring the brain, ed 3, Philadelphia, 2007, Lippincott, Williams & Wilkins). Embora um potencial de ação de um neurônio motor produza uma contração simultânea, breve, em todas as fibras musculares da unidade motora, o padrão de excitação das unidades que se originam de dentro do SNC produz a contração gradual, uniforme, de que a maior parte dos músculos é capaz. O SNC pode levar um músculo a contrair-se com uma força maior principalmente pelo aumento do número de unidades motoras que se contraem de uma só vez, sendo isto chamado de recrutamento ou somatória espacial. A força da contração também pode ser aumentada elevando-se a frequência de ativação de uma unidade motora, na qual uma contração subsequente começa antes do relaxamento da anterior; o que é denominado somatória temporal. O recrutamento de unidades motoras para aumentar a força contrátil ocorre de maneira ordenada, de acordo com o tamanho destas, sendo as menores ativadas inicialmente. Isso resulta em um aumento gradual da força muscular, em quantidades pequenas, mais precisas, quando esta necessária é baixa. À medida que se expande, aumentos mais rápidos e maiores na força contrátil são progressivamente adicionados pela ativação ordenada das unidades motoras maiores. Isso produz uma uniformidade geral de contração, mantendo o movimento o mais preciso possível até que sejam necessários aumentos maiores, mais grosseiros, geralmente quando já foi gerada uma tensão significativa no músculo. Em alguns músculos esqueléticos, o SNC pode comandar certa porcentagem de unidades motoras para ficarem ativas por períodos prolongados (várias unidades motoras fazem turnos), encurtando continuamente, portanto, a distância entre os tendões de origem e de inserção. Quando ocorre a contração de uma massa muscular inteira, sem relaxamento, diz-se que o músculo está em tetania. A tetanização do músculo cardíaco seria fatal porque este precisa relaxar para permitir o enchimento do coração, antes que se contraia para bombear o sangue para fora. O Capítulo 19 descreve como o músculo cardíaco previne a tetania. O Eletromiograma É a Medida Clínica do Comportamento Elétrico no Interior de um Músculo Esquelético À medida que um potencial de ação se propaga ao longo da fibra muscular, uma pequena parte da corrente elétrica gerada difunde-se para longe da fibra, chegando até mesmo na pele sobrejacente. Eletrodos colocados sobre a pele ou inseridos na massa muscular podem registrar a somatória do potencial elétrico quando o músculo se contrai. Tal medida, quando exibida visualmente, é chamada de eletromiograma (EMG), que representa para o músculo esquelético o mesmo que o eletrocardiograma (ECG) para o músculo cardíaco. O EMG, frequentemente utilizado junto com a análise da condução nervosa, ajuda a determinar se a fraqueza ou paralisia é causada por doença no músculo esquelético, na junção neuromuscular, no neurônio motor ou no SNC. A Estrutura dos Músculos Cardíaco e Liso É Diferente da Estrutura do Músculo Esquelético O músculo cardíaco é estriado, a exemplo do esquelético, e contém retículo sarcoplasmático e miofibrilas; o componente contrátil fundamental é formado por subunidades de actina e miosina (Figura 19-1). Esse também contém túbulos transversos, mas difere do esquelético em alguns aspectos importantes. As longas fibras musculoesqueléticas são isoladas eletricamente umas das outras, ao passo que as células musculares cardíacas, mais curtas, estão eletricamente acopladas umas às outras, através de discos intercalados de extremidade a extremidade, que contêm junções de hiato. Como estas proporcionam continuidade entre o citoplasma de células adjacentes, os potenciais de ação podem propagar-se de uma célula muscular cardíaca para outra, através desses discos intercalados, sem a necessidade de neurotransmissão química para cada delas. As células do músculo cardíaco também podem apresentar prolongamentos em forma de ramos, que formam conexões semelhantes com alguns de seus vizinhos paralelos. De fato, como é explicado no Capítulo 19, os potenciais de ação surgem espontaneamente em células especializadas do músculo cardíaco e então propagam-se por uma grande população delas, como se fossem um sincício funcional. Isso pode resultar na contração coordenada de uma grande região musculardo coração. A frequência de tais potenciais de ação e a força da contração resultante são influenciadas pelo sistema nervoso autônomo, mas tal inervação não é necessária para a gênese do potencial de ação. As células do músculo liso, a exemplo dos miócitos cardíacos, são menores e mais curtas do que as do músculo esquelético. Elas não contêm túbulos T e seu retículo sarcoplasmático é mal desenvolvido (Figura 6-9). Essas dependem principalmente da difusão transmembrana de íons Ca2+ a partir do líquido extracelular para induzirem as interações actina-miosina, responsáveis pela contração (ver discussão adiante). Embora as moléculas sobrepostas de actina e miosina formem as unidades contráteis das células do músculo liso, a disposição destas não tem a regularidade estrutural responsável pelo aspecto estriado das células dos músculos esquelético e cardíaco. Os filamentos de actina estão ancorados em corpos densos (em vez de estarem em discos Z), que são encontrados no interior do citoplasma, assim como na membrana celular. Portanto, essas células podem parecer encolher-se na contração. FIGURA 6-9 Organização geral de uma célula muscular lisa. Túbulos T são ausentes e o retículo sarcoplasmático é pouco desenvolvido. A difusão transmembrana do Ca2+, através dos canais de Ca2+ dependentes de voltagem na cavéola, tem um importante papel na iniciação da contração. Actina e miosina estão presentes, com a actina ancorada a corpúsculos densos. A ativação do complexo actina-miosina pode alterar a forma celular (modificado de Guyton AC, Hall JE: Textbook of medical physiology, ed 11, Philadelphia, 2006, Saunders). Alguns tecidos celulares do músculo liso, normalmente chamado de músculo liso unitário ou visceral, têm junções de hiato entre as células e funcionam de forma semelhante a um sincício funcional, com transmissão do potencial de ação de célula para célula, e contração coordenada, como no músculo cardíaco. Esse é abundante no trato gastrointestinal e em outros órgãos das cavidades torácica e abdominal (esse tipo de músculo liso é descrito mais detalhadamente no Capítulo 28). Outro tipo de tecido celular do músculo liso, geralmente denominado músculo liso multiunitário, tem células musculares eletricamente isoladas, capazes de contraírem-se independentemente umas das outras. Este pode ser encontrado, por exemplo, na íris e no corpo ciliar do olho, onde é necessário controle preciso da contração muscular. O tecido muscular liso é inervado por neurônios do sistema nervoso autônomo. Ao contrário das junções neuromusculares do músculo esquelético, tanto acetilcolina quanto norepinefrina podem ser liberadas (por diferentes neurônios) nas junções com o músculo liso, as células deste músculo podem ser excitadas ou inibidas por sua entrada pré-sináptica e uma única célula do músculo liso pode receber informação pré-sináptica de mais de um neurônio. O músculo liso visceral tende a receber uma inervação mais difusa de um neurônio autônomo e o neurotransmissor é liberado a uma distância maior da célula muscular lisa, em comparação com uma junção neuromuscular esquelética. No músculo liso multiunitário é mais frequente encontrar entrada sináptica em cada célula e uma amplitude de fenda sináptica semelhante a esse tipo de junção. Além do controle pelos neurônios autônomos, vários tipos de tecido muscular liso podem contrair-se em resposta a geração autoinduzida de atividade elétrica, ação hormonal ou estiramento. O Papel dos Íons Ca2+ no Acoplamento de Excitação- Contração nos Músculos Cardíaco e Liso É Diferente do Papel no Músculo Esquelético A contração das células dos músculos cardíaco e liso resulta do deslizamento conjunto dos filamentos proteicos de actina e miosina, como ocorre no esquelético. O deslizamento da actina sobre a miosina requer ATP e não ocorre a menos que estejam presentes íons Ca2+, novamente, como no músculo esquelético. Entretanto, o que difere é a origem dos íons Ca2+ intracitoplasmáticos que permitem a contração. No músculo esquelético, o Ca2+ está preso no retículo sarcoplasmático. Com a chegada do potencial de ação ao longo do sarcolema e do túbulo T, o Ca2+ é liberado do retículo e se difunde para o citoplasma, onde desencadeia a contração. A abertura mecânica dos canais de liberação de Ca2+ induzida pelo mesmo do retículo sarcoplasmático pela abertura dos canais de Ca2+ dependentes de voltagem do túbulo T é o veículo mais importante para o aumento do Ca2+ citoplasmático. Após a passagem do potencial de ação, os íons Ca2+ são bombeados de volta para o interior do retículo sarcoplasmático e o músculo relaxa. No músculo esquelético, pouco ou nenhum influxo de Ca2+ extracelular (o lúmen dos túbulos T é uma extensão do espaço extracelular), através dos canais de Ca2+ dependentes de voltagem do túbulo T, é necessário para a contração. No músculo cardíaco, o retículo sarcoplasmático não é tão bem desenvolvido como no esquelético. Portanto, o influxo de Ca2+ extracelular, através dos canais de Ca2+ dependentes de voltagem do túbulo T, e a liberação deste do retículo sarcoplasmático são importantes para o desencadeamento da contração. No músculo cardíaco, a chegada de um potencial de ação ao longo da membrana celular e dos túbulos T abre canais de Ca2+ dependentes de voltagem, permitindo o influxo de Ca2+ extracelular para dentro do citoplasma. Alguns desses íons ativam canais de liberação de Ca2+ induzidos por este no retículo sarcoplasmático e essas fontes combinadas de Ca2+ citoplasmático aumentado desencadeiam contração. Se forem utilizadas drogas anti-hipertensivas, chamadas bloqueadoras de canais de cálcio, para impedir a entrada de Ca2+ extracelular, a força da contração é reduzida. Após a passagem do potencial de ação, o relaxamento muscular é alcançado principalmente pelo bombeamento do Ca2+ citoplasmático de volta para o retículo sarcoplasmático, embora um pouco deste seja transportado para o espaço extracelular através do sarcolema. Em muitas células do músculo liso, o retículo sarcoplasmático é pouco desenvolvido e o influxo de Ca2+ extracelular desempenha o principal papel para iniciar o processo contrátil. Ainda que as células desse não possuam túbulos T, o influxo de Ca2+ é conseguido, na despolarização da membrana, através da ativação de canais de Ca2+ dependentes de voltagem, que se localizam em pequenas depressões da membrana (cavéolas) (Figura 6-9). Os bloqueadores desses canais interferem no processo e podem relaxar omúsculo liso em paredes arteriais, o que dilata as artérias e abaixa a pressão sanguínea. Em muitas células do músculo liso, a contração é terminada principalmente pelo transporte de Ca2+ de volta para o espaço extracelular, um processo razoavelmente lento. Alguns estímulos mediados pelo receptor das células do músculo liso por neurônios ou hormônios não conduzem à despolarização da membrana celular, mas podem levar à contração da célula muscular lisa, no entanto. Por exemplo, a ativação de certos receptores da membrana acoplada à proteína G de músculos lisos, tais como aqueles que empregam a via do segundo mensageiro de inositol trifosfato-diacilglicerol (DAG-IP 3), podem induzir a liberação de armazenamentos de Ca2+ do retículo sarcoplasmático de células musculares lisas, levando à contração. O mecanismo pelo qual o Ca2+ induz o ciclo das pontes cruzadas de actina-miosina no músculo liso difere do dos músculos cardíaco e esquelético (Figura 1-17). Nestes, o ciclo das pontes cruzadas depende principalmente da remoção, induzida por Ca2+, do bloqueio de tropomiosina do sítio de ligação da actina. No músculo liso, o ciclo depende de um aumento induzido por Ca2+ da atividade da ATPase na cabeça da miosina, outro processo lento. Esse é provocado quando o crescimento intracelular de Ca2+ inicia uma cadeia de eventos que levam à fosforilação da cabeça da miosina. Correlações clínicas Vaca prostrada após o parto Histórico Uma vaca jersey, com quatro anos de idade, pariu seu segundo bezerro no início da manhã. O produtor chama você porque, depois doparto, a vaca levantou-se, mas parecia descoordenada. Agora, algumas horas depois, ela está em decúbito e parece entorpecida. Ofereceram-lhe água e feno, mas ela não aceitou. Nenhuma outra vaca foi acometida. Esse animal não tem histórico de problemas médicos. Exame Clínico A vaca parece entorpecida e não presta muita atenção em você e nem nas outras atividades do estábulo. Sua temperatura está um pouco baixa e a frequência cardíaca ligeiramente aumentada. Seus movimentos respiratórios estão normais, mas ela está um pouco desidratada. Suas orelhas estão frias ao toque, o pulso periférico está fraco e as contrações do rúmen estão diminuídas. Ao exame, a vaca não parece apresentar qualquer lesão que pudesse impedi-la de levantar-se. O resultado do breve exame neurológico que você realiza é normal, mas ela apresenta uma curva em forma de S na espinha. Comentário O mais provável é que esta vaca tenha hipocalcemia e tenha ficado hipocalcêmica em virtude da alta demanda de cálcio para o desenvolvimento do bezerro no final da gestação, associada à produção de colostro e leite. Como foi revisto neste capítulo, o cálcio é crítico para as contrações musculares e ajuda na estabilização da membrana dos nervos periféricos. Déficits podem causar tetania moderada, que às vezes é observada em vacas com hipocalcemia. Adicionalmente, a liberação de acetilcolina (ACh) nas junções neuromusculares é mediada por cálcio. A hipocalcemia causa diminuição na liberação de ACh, o que pode provocar paralisia. Todos os sinais clínicos — hipotermia, frequência cardíaca aumentada, pulsos fracos, paresia, extremidades frias, espinha curvada em forma de S e contrações ruminais diminuídas — podem ser atribuídos à hipocalcemia. É possível realizar um diagnóstico definitivo mensurando-se o cálcio ionizado. Entretanto, a maior parte dos veterinários e produtores fará o tratamento baseando-se nos sinais clínicos, sendo o diagnóstico confirmado com base na resposta ao tratamento. Tratamento As vacas são tratadas com gluconato de cálcio, administrado lentamente por via intravenosa. A maior parte delas exibirá melhora dos sinais clínicos durante o tratamento. Geralmente ficam mais espertas, a contratilidade do rúmen e a circulação periférica melhoram e a temperatura central do corpo se normaliza. A maioria tenta levantar-se depois da medicamentação, cuja dose normalmente é de 1 g para cada 45 quilos. Algumas sofrerão recaídas e precisarão ser cuidadas novamente. Hipertermia maligna Histórico Você é chamado como veterinário responsável ao Hospital Veterinário. Os clínicos em animais de grande porte e anestesistas anestesiaram um porco com halotano. O animal está começando a ter espasmos e sua temperatura está aumentando. Exame Clínico Eles desligam o halotano. O porco está rígido, com alta temperatura, frequência cardíaca (taquicardia) e respiratória (taquipneia). Os testes laboratoriais demonstraram que o animal tem aumento das enzimas musculares, originadas de danos musculares, e é acidótico. Comentário Para a maioria das espécies que desenvolvem hipertermia maligna, existe um defeito no receptor de rianodina (outro nome para o canal de liberação de Ca2+ ativado pelo mesmo no retículo sarcoplasmático). Isto resulta em aumento da liberação de Ca2+ no sarcoplasma, que estimula os músculos. Esta ativação descontrolada conduz à rigidez e, por causa das contrações musculares constantes, o porco tinha sofrido danos musculares e consumido considerável oxigênio. Assim, as enzimas musculares estão aumentadas e o animal se torna acidótico devido ao consumo de energia e oxigênio. Tratamento Dantroleno pode ser dado para intervir na liberação de Ca2+ do retículo sarcoplasmático. O mecanismo exato é desconhecido; no entanto, por interferir na liberação de Ca2+, este não fica disponível para as contrações musculares. Como resultado, pode causar o relaxamento dos músculos. Além disso, os pacientes devem ser bem ventilados para normalizar o gás sanguíneo. Fluidos são geralmente administrados para reduzir o acúmulo de creatina cinase no músculo, sangue e rins. Se os doentes forem reidratados, o estado ácido-base pode ser normalizado devido à correção da acidose láctica. Entretanto, se houver necessidade, pode ser dado bicarbonato para corrigi-lo. Questões práticas 1. Troponina e tropomiosina são componentes de qual das seguintes estruturas? a. Filamento grosso de miosina b. Sarcolema c. Túbulo T d. Filamento fino de actina e. Retículo sarcoplasmático 2. Potenciais de ação no músculo esquelético desencadeiam a liberação do retículo sarcoplasmático de qual íon crítico para o processo contrátil do músculo? a. Ca2+ b. Na+ c. K+ d. Cl – e. HCO3– 3. Uma massa volumosa de músculo esquelético pode ser levada (pelo sistema nervoso central) a se contrair com mais força: a. Aumentando-se o número de suas unidades motoras que se contraem simultaneamente. b. Aumentando-se a quantidade de acetilcolina liberada durante cada transmissão sináptica neuromuscular. c. Aumentando-se a frequência dos potenciais de ação no axônio do neurônio motor α. d. Alternativas a e c. e. Alternativas b e c 4. Qual dos seguintes elementos não é encontrado no músculo liso? a. Filamentos de actina b. Filamentos de miosina c. Túbulos T d. Canais de cálcio dependentes de voltagem e. Retículo sarcoplasmático 5. Escolha a afirmativa incorreta: a. As membranas da fibra muscular e da célula nervosa são semelhantes porque ambas têm um potencial de repouso da membrana. b. É possível fazer um músculo inteiro, como o gastrocnêmio, contrair-se com mais força aumentando-se o número de unidades motoras que se contraem. c. O sistema de túbulos transversos da membrana muscular transmite o potencial de ação para o interior da célula muscular. d. A membrana da célula muscular transmite os potenciais de ação por condução saltatória. e. O encurtamento de um músculo esquelético durante a contração é causado pelo deslizamento conjunto de filamentos de actina e miosina. 6. Qual dos seguintes elementos tem a menor probabilidade de estar significativamente associado a um músculo que esteja envolvido principalmente em movimentos breves, poderosos? a. Corpo celular grande de neurônio motor α b. Unidade motora pequena c. Fibras de contração rápida d. Músculo branco e. Unidade motora grande Bibliografia Bailey, J. G. Muscle physiology. In Reece W.O., ed.: Duke's physiology of domestic animals, ed 12, Ithaca, NY: Comstock Publishing, 2004. Bear, M. F., Connors, B. 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