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258637828-Alinhamento-e-Balanceamento-pdf

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1
ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS
ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”
ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO
DE RODAS
2003
CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBILÍSTICA
2
CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBILÍSTICA
ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”
Alinhamento e Balanceamento de Rodas
SENAI-SP, 2003
Trabalho elaborado e editorado pela Escola SENAI “Conde José Vicente de Azevedo”
Coordenação geral
Coordenador do projeto
Organização e
atualização do conteúdo
Editoração
Arthur Alves dos Santos
José Antonio Messas
Geraldo Arantes Filho
Maria Regina José da Silva
Teresa Cristina Maíno de Azevedo
SENAI
Telefone
Telefax
E-mail
Home page
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
Escola SENAI “Conde José Vicente de Azevedo”
Rua Moreira de Godói, 226 - Ipiranga - São Paulo-SP - CEP. 04266-060
(0xx11) 6163-1988
(0xx11) 6160-0219
senaiautomobilistica@sp.senai.br
http://www.sp.senai.br/automobilistica
S47s SENAI. SP. Alinhamento e Balanceamento de Rodas. São Paulo, 2001. 61p. il.
Apostila técnica
 CDU 621.3
3
ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS
ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”
INTRODUÇÃO 5
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE PNEUS 7
• Componentes de um pneu 7
• Pneus diagonais e pneus radiais 8
• Pneus com câmara e sem câmara 9
• Rodas 10
• Marcações dos pneus 13
• Armazenagem dos pneus, câmaras de ar e protetores 17
• Desmontagem/Montagem dos pneus passeio 19
• Desmontagem/Montagem dos pneus para caminhões e ônibus 20
• Manutenção dos pneus 21
• Indicadores de desgaste 25
• Avarias em pneus e suas causas 27
VIBRAÇÕES E BALANCEAMENTO DE RODAS 29
• Vibrações e suas causas 29
• Correção dos desequilíbrios ou desbalanceamentos 33
• Métodos de balanceamento 36
ALINHAMENTO DE RODAS 40
• Conceitos básicos sobre suspensão 43
• Sistemas de direção 44
• Sistemas de suspensão 45
• Ângulos e linhas de referência 49
• Métodos de alinhamento 56
• Procedimentos para o serviço de alinhamento 58
• Guia de detecção de falhas 60
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 61
SUMÁRIO
4
CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBILÍSTICA
ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”
5
ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS
ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”
Muitas vezes, mesmo após reparar a suspensão de um veículo, ainda assim, ele apresenta-
se fora de suas condições ideais de uso, estabilidade, dirigibilidade e segurança. Quando
isto ocorre, é possível que as causas destas irregularidades sejam devido às deficiências
na geometria da suspensão e direção, ou seja, deficiências no alinhamento e balanceamento
de rodas.
O módulo – Alinhamento e balanceamento de rodas - tem como objetivo desenvolver nos
alunos o domínio dos conhecimentos sobre os princípios de funcionamento do sistema de
Alinhamento e balanceamento de rodas de um veículo.
O desenvolvimento dos estudos desse módulo deve ocorrer em duas fases:
• aulas teóricas;
• aulas práticas.
A divisão do conteúdo em duas fases distintas é apenas recurso de organização sendo que
as aulas de teoria e de prática devem ocorrer simultaneamente e a carga horária variar de
acordo com as necessidades didático-pedagógicas.
As aulas teóricas visam desenvolver nos alunos o domínio de conteúdos básicos necessários
para a realização dos ensaios. As aulas práticas devem ser caracterizadas por atividades
realizadas direta e exclusivamente pelos alunos.
O texto que se segue irá tratar do conteúdo básico da fase teórica do módulo. O conteúdo
dessa fase compreende os seguintes assuntos:
• conceitos básicos sobre pneus;
• análise de vibrações e balanceamento de rodas;
• conceitos básicos sobre suspensão;
• sistemas de direção;
• ângulos e linhas de referência;
• métodos de alinhamento;
• guia de detecção de falhas.
INTRODUÇÃO
6
CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBILÍSTICA
ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”
7
ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS
ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”
COMPONENTES DE UM PNEU
Todo pneu é formado de quatro partes principais:
CARCAÇA
É a parte resistente do pneu, constituída de lona(s) de poliéster, nylon ou aço. Retém o ar
sob pressão que suporta o peso total do veículo. Nos pneus radiais as cinturas complementam
sua resistência.
TALÕES
São constituídos internamente de arames de aço de grande resistência e tem por finalidade
manter o pneu acoplado ao aro.
BANDA DE RODAGEM
É a parte do pneu que entra diretamente em contato com o solo. Formada por um composto
especial de borracha que oferece grande resistência ao desgaste. Seus desenhos constituídos
por partes cheias (biscoitos) e vazias (sulcos), oferecem desempenho e segurança ao veículo.
FLANCOS
Protegem a carcaça de lonas. São dotados de uma mistura especial de borracha com alto
grau de flexibilidade.
FUNÇÕES DOS PNEUS
• Suportar a carga.
• Assegurar a transmissão da potência motriz.
• Garantir a dirigibilidade do veículo.
• Oferecer respostas eficientes nas freadas e aceleradas.
• Contribuir com a suspensão do veículo no conforto e segurança.
carcaça
talão
flancobanda de
rodagem
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE PNEUS
8
CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBILÍSTICA
ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”
PNEUS DIAGONAIS E PNEUS RADIAIS
A diferença entre os pneus diagonais e os radiais está principalmente na carcaça.
O pneu diagonal, também chamado convencional, possui uma carcaça constituída de lonas
têxteis cruzadas uma em relação à outra.
No pneu radial, a carcaça é constituída de uma ou mais lonas cujos cordonéis estão paralelos
e no sentido radial. Esta estrutura é estabilizada pelas cinturas sob a banda de rodagem.
VANTAGENS DOS PNEUS RADIAIS
• Maior duração.
• Economia de combustível.
• Melhor aderência.
• Aceleradas e freadas mais eficientes.
• Melhor comportamento.
Pneu diagonal Pneu radial
Pneu sob carga
diagonal
radial
pneu diagonal pneu radial
Apoio no solo
Nas curvas
pneu diagonal pneu radial
9
ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS
ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”
PNEUS COM CÂMARA E SEM CÂMARA
A diferença básica está dentro do pneu. Os sem câmara possuem no interno uma camada
de borracha especial, denominada liner, que garante a retenção do ar. Devem ser montados
em aros apropriados, utilizando válvulas especiais.
EXEMPLO DE PNEUS PARA VEÍCULOS DE PASSEIO
VANTAGENS DO PNEU SEM CÂMARA
• Desmontagem e montagem mais simples
• Maior segurança quando perfurados
Esvaziamento lento
Pneu sem câmara
Pneu com câmara
Esvaziamento rápido
pneu
Pneu sem câmara (Tubeless)
liner
hump
válvula
aro a canal
(centro rebaixado)
5º
aro a canal
(centro rebaixado)
Pneu com câmara (Tube Type)
câmara de ar
5º
válvula
pneu
10
CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBILÍSTICA
ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”
Exemplo de pneus para caminhões e ônibus
RODAS
Roda é um conjunto formado por aro e disco, servindo de elemento intermediário entre o
pneu e o veículo. Portanto, aro é o elemento anelar onde o pneu é montado e disco é o
elemento central que permite a fixação da roda ao cubo do veículo.
Para a correta fixação da roda ao cubo é necessário que haja
uma perfeita concordância entre as dimensões das porcas ou
parafusos com os furos de fixação do disco da roda, que podem
ser planos, esféricos ou cônicos.
câmara de ar
protetor
aro de centro plano
anel removível
pneu com câmara
aro D.C. 15º
pneu sem câmara
11
ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS
ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”
Os aros podem ser:
• De centro plano e de centro semi-rebaixado (Semi Drop Center), utilizados em caminhões
e ônibus. Tais aros são dotados de anel ou anéis removíveis para permitir a montagem do
pneu;
• De centro rebaixado (Drop Center), utilizados em automóveis e também em caminhões e
ônibus com pneus “sem câmara”.
O tamanho de um aro normalmente é constituído por dois conjuntos de números, sendo
que o primeiro representa a largura do aro, medida de flange a flange,em polegadas e o
segundo o diâmetro nominal do aro, também em polegadas. As letras (ou letra) ao lado da
largura indicam o tipo de perfil do aro, conforme normas internacionais.
EXEMPLO
6 JJ xx 14
Significam um aro 6” de largura, perfil tipo JJ (aro de centro rebaixado) e com 14” de diâmetro
nominal.
pneu
protetor
(somente em aros de centro plano)
aro
(centro plano)
válvula
câmara de ar
Com câmara
aro
(centro rebaixado)
pneu
válvula
Sem câmara
S
H
d D
R estat.
L
12
CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBILÍSTICA
ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”
DIMENSÕES DO PNEU E DA RODA
S - LARGURA DA SECÇÃO
Largura do pneu novo, montado no aro de medição e inflado à pressão indicada , sem
incluir barras de proteção ou decorativas.
D - DIÂMETRO EXTERNO
Diâmetro do pneu novo, montado no aro de medição e inflado,
sem carga.
H - ALTURA DA SECÇÃO
Distância entre o calcanhar do talão e o centro da banda de
rodagem.
d - DIÂMETRO DO ARO
Diâmetro medido entre os assentos dos talões.
L - LARGURA DO ARO
Distância entre os flanges do aro, medida internamente.
R ESTAT. - RAIO ESTÁTICO SOB CARGA
Distância entre o centro da roda e o solo (pneu sob carga).
CIRCUNFERÊNCIA DE ROTAÇÃO
Distância percorrida pelo pneu inflado e com carga em uma volta completa da roda, e uma
certa velocidade.
S
H
d D
R estat.
L
13
ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS
ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”
MARCAÇÕES DOS PNEUS
Todo pneu apresenta nos seus flancos uma grande quantidade de informações: muitas são
representadas por códigos devido ao limitado espaço disponível, e outras poderão estar em
inglês por exigências de exportação devido às normas de outros países.
NOTAS:
• A palavra REINFORCED indica um pneu com estrutura reforçada, para veículos
comerciais leves.
• Quando o pneu tem posição de montagem, deve ser marcado nos flancos o lado interno
e externo nos idiomas italiano, inglês, francês e alemão, por exigência de exportação.
1. Nome do fabricante.
1A. Logotipo do fabricante.
2. Modelo do pneu.
3. Características de dimensões e construção (ver desenho):
P - indica que o pneu é para uso principal em veículos de passeio
 (exigência de exportação).
175 - largura da secção (mm).
70 - série técnica: relação entre altura de secção (H) / largura de secção (S).
R - quando existir, indica estrutura radial.
13 - diâmetro interno do pneu (diâmetro do aro) em polegadas (D).
4. Índice de carga / código de velocidade.
No exemplo: 82 = 475kg (ver tabela pág.13).
S = 180km/h (ver tabela pág.13).
5. Pneu versão sem câmara (tubeless) ou com câmara (tube type).
6. Posição dos indicadores de desgaste T.W.I. (Tread Wear Indicators):
quando atingidos, indicam o momento de retirada do pneu de uso
(1,6mm de resíduo de banda de rodagem).
7. Códigos internos para controle de fabricação.
8. Local fabricação.
9. Matrícula D.O.T.: exigência de exportação, mas de interesse
no Brasil - indica estabelecimento de produção, tipo do pneu
e período de fabricação.
10. Dados referentes à estrutura do pneu: exigência de exportação.
11. Carga e pressão máxima: exigência de exportação.
12. Registro de homologação: exigência de exportação.
13. Classificação do pneu junto à UTQG (Uniform Tyre Quality Grading):
 exigência de exportação.
14. Significa “Mud and Snow”: exigência de exportação.
14
CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBILÍSTICA
ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”
SÉRIES TÉCNICAS
A série representa a relação entre a altura (H) e a largura de secção (S), na troca de pneus
de uma série por outra e muito importante observar que o diâmetro externo não seja alterado,
bem como que não ocorram interferências no veículo.
TABELA DE MEDIDAS
S H - altura da secção
S - largura da secção
H
S
Série 80
135/80 R 13
—
—
145/80
—
—
155/80
—
—
165/80 R 13
—
—
—
175/80 R 13
—
—
185/80 R 13
—
—
—
—
Série 75
—
—
—
—
—
—
155/75 R 13
—
—
—
—
—
—
175/75 R 14
—
—
185/75 R 14
—
—
—
—
Série 70
145/70 R 13
155/70 R 13
—
155/70 R 13
165/70 R 13
175/70 R 13
175/70 R 13
185/70 R 13
165/70 R 14
185/70 R 13
165/70 R 13
175/70 R 14
—
175/70 R 14
185/70 R 14
—
185/75 R 14
195/70 R 14
—
—
—
Série 65
155/65 R 13
165/55 R 13
175/55 R 13
175/55 R 13
165/65 R 14
—
165/65 R 14
175/65 R 14
—
175/65 R 14
185/65 R 14
—
—
185/55 R 14
195/55 R 14
185/65 R 15
195/65 R 14
185/65 R 15
195/65 R 15
—
—
Série 60
175/60 R 13
—
—
185/60 R 13
175/60 R 14
—
175/60 R 14
185/60 R 14
195/60 R 14
195/60 R 14
205/60 R 14
—
—
205/60 R 14
215/60 R 14
195/60 R 15
215/60 R 14
225/60 R 14
195/60 R 15
205/60 R 15
215/60 R 15
Série 55
—
—
—
185/55 R 14
—
—
195/55 R 14
185/55 R 15
—
205/55 R 14
185/55 R 15
195/55 R 15
205/55 R 15
195/55 R 16
205/44 R 15
—
205/55 R 16
—
—
—
—
Série 50
—
—
—
—
—
—
195/50 R 15
—
—
205/60 R 15
195/50 R 16
—
—
215/50 R 16
195/50 R 16
205/50 R 16
205/50 R 16
225/50 R 16
205/50 R 17
—
—
15
ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS
ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”
PNEUS PARA CAMINHÕES E ÔNIBUS
EXEMPLOS DE INTERPRETAÇÕES
Nome do fabricante Nome do fabricante
Marcações
Nº
Nome do fabricante e tipo de pneu
Significado
10.00 R 20 146/143K
Cap. 16 lonas (16 P.R.)
TUBE TYPE REGROOVABLE
11 R 22.5 148/144 M
Cap. 16 lonas (16 P.R.)
TUBELESS REGROOVABLE
Largura nominal da secção em polegadas
Pneu de estrutura radial
Diâmetro nominal do aro em polegadas
Índice de carga máxima por pneu para uso
em rodas simples
Índice de carga máxima por pneu para uso
em rodas duplas
Símbolo de velocidade
Índice de resistência da carcaça
Pneu versão “com câmara”
Pneu versão “sem câmara”
Banda de rodagem ressulcável
Sentido de raspagem em pneus com cintura
“zero grau”
1
2
3
4
5
6
7
8
9
................................................
10.00 11
R
20 22.5
146 148
143 144
K M
Cap. 16 lonas (16 P.R.)
TUBE TYPE —
— TUBELESS
REGROOVABLE
16
CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBILÍSTICA
ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”
TABELA DE ÍNDICE DE CARGA
TABELA DE SÍMBOLO DE VELOCIDADE
Índice
70
71
72
73
74
75
76
77
78
79
80
81
82
83
84
85
86
87
88
89
Carga por
pneu (kg) Índice
Carga por
pneu (kg) Índice
Carga por
pneu (kg) Índice
Carga por
pneu (kg) Índice
Carga por
pneu (kg)
335
345
355
365
375
387
400
412
425
437
450
462
475
487
500
515
430
545
560
580
90
91
92
93
94
95
96
97
98
99
100
101
102
103
104
105
106
107
108
109
600
615
630
650
670
690
710
730
750
775
800
825
850
875
900
925
950
975
1000
1030
110
111
112
113
114
115
116
117
118
119
120
121
122
123
124
125
126
127
128
129
1060
1090
1120
1150
1180
1215
1250
1285
1320
1360
1400
1450
1500
1550
1600
1650
1700
1750
1800
1850
130
131
132
133
134
135
136
137
138
139
140
141
142
143
144
145
146
147
148
149
1900
1950
2000
2060
2120
2180
2240
2300
2360
2430
2500
2575
2650
2725
2800
2900
3000
3075
3150
3250
150
151
152
153
154
155
156
157
158
159
160
161
162
163
164
165
166
167
168
169
3350
3450
3550
3650
3750
3875
4000
4125
4250
4375
4500
4625
4750
4875
5000
5150
5300
5450
5600
5800
Símbolo de velocidade
B
C
D
E
F
G
J
K
L
M
N
P
Q
R
S
T
U
H
V
W
Y
Velocidade (km/h)
50
60
65
70
80
90
100
110
120
130
140
150
160
170
180
190
200
210
240
270
300
17
ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS
ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”
ARMAZENAGEM DOS PNEUS, CÂMARAS DE AR E PROTETORES
Para obter uma boa conservação dos produtos é fundamental que sejam adequadamente
armazenados. O local destinado à armazenagem deve ser necessariamente coberto e com
as seguintes características:
• seco;
• fresco;
• escuro;
• isento de graxas e
• demais derivados de petróleo.
Os pneus devem, de preferência, ser armazenados na posição vertical em prateleiras,
construídascom armações metálicas ou de madeira.
Nesta operação é necessário evitar deformações dos pneus de encontro aos suportes.
No caso dos pneus “sem câmara”, a armazenagem na posição vertical evitará eventuais
deformações que possam prejudicar a operação de montagem e enchimento, garantindo o
perfeito assentamento dos talões nos flanges do aro.
Quando não for possível a armazenagem dos pneus em pé, estes poderão ser empilhados,
recomendando-se não ultrapassar os números apresentados na página a seguir.
Caso os pneus permaneçam armazenados por longo período, deve ser invertida
periodicamente a sua ordem nas pilhas (a cada três meses para pneus versão “sem câmara”
e a cada seis meses para pneus versão “com câmara”).
18
CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBILÍSTICA
ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”
A cada quatro pilhas é permitida a colocação de alguns pneus com o objetivo de amarração.
IMPORTANTE
A armazenagem deve ser feita de modo a garantir uma constante rotação dos produtos,
limitando ao máximo o seu período de permanência no estoque.
• CÂMARAS DE AR
As câmaras de ar podem ser conservadas em suas embalagens. Alternativamente podem
ser colocadas em prateleiras, evitando que a válvula danifique a superfície da câmara
sob ação do próprio peso. Além disso, devem ser evitadas irregularidades no plano de
apoio que possam causar lacerações acidentais. As câmaras de ar não devem ser
penduradas em ganchos ou outros dispositivos.
• PROTETORES
Os protetores devem ser armazenados de preferência em prateleiras. Não devem ser
pendurados para evitar deformações e alongamentos.
RECOMENDAÇÕES GERAIS
O descarregamento dos pneus no ato do recebimento deve ser efetuado em local coberto
no caso de mau tempo. Se mesmo com este procedimento encontrar-se água no interno do
pneu, esta deve ser imediatamente retirada.
O descarregamento do pneu não deve ser efetuado jogando-os no chão ou de modo que
prejudique sua qualidade e aspecto. É também vetada sua movimentação com uso direto
dos garfos da empilhadeira, o que pode provocar avarias nos talões.
pilha
amarração
Passeio e utilitários
Pneus Largura de secção Nº máx. por pilha Nº máx. por ancoragem
Camionetas, caminhões
e ônibus
4” ou 125mm
5” ou 135/145mm
6” ou 155 a 175mm
7” ou 185mm
≠ 8” ou 205mm
9” a 10” ou 215 a 225mm
10” a 12” ou 225 a 315mm
≠ 12” ou 315mm
16
14
12
10
10
9
8
4
3
3
3
3
2
2
2
—
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ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS
ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”
DESMONTAGEM / MONTAGEM DOS PNEUS PASSEIO
DESMONTAGEM
A operação de desmontagem compreende:
• O esvaziamento do pneu, retirando-se o núcleo da válvula;
• O abaixamento de ambos os talões com equipamento adequado;
• A lubrificação dos talões tanto interno como externo (nunca usar derivados de petróleo);
• A retirada da câmara de ar nos pneus versão “com câmara” (tube type); e
• A desmontagem do pneu do aro, utilizando equipamentos adequados.
MONTAGEM
A operação de montagem compreende:
• A limpeza do aro que deve estar em perfeito estado;
• A limpeza dos talões e a aplicação de lubrificante adequado (nunca usar derivados de petróleo).
PNEUS VERSÃO “COM CÂMARA” (TUBE TYPE)
• A cada troca de pneu utilizar câmara de ar nova;
• Inflar ligeiramente a câmara de ar;
• Aplicar na mesma, uma fina camada de talco;
• Introduzir a câmara de ar dentro do pneu;
• Montar o pneu no aro, sempre utilizando equipamentos adequados;
• Depois de montado o pneu, inflar a câmara aos poucos, empurrando repetidamente a
válvula para dentro, de modo a evitar bolsas de ar retido entre o interno e a câmara de ar;
• Inflar o pneu, certificando-se do correto assentamento e centralização do pneu no aro,
nunca ultrapassando o limite de 58 lb/pol2. Em seguida, inserir o núcleo da válvula e
reduzir a pressão para valores recomendados para o veículo;
• Aplicar a tampinha de proteção da válvula.
PNEUS VERSÃO “SEM CÂMARA” (TUBELESS)
• A cada troca de pneu, substituir a válvula de borracha;
• Lubrificar a válvula e encaixá-la no furo do aro utilizando ferramenta adequada;
• Montar o pneu no aro, sempre utilizando equipamentos adequados;
• Inflar o pneu, certificando-se do correto assentamento e centralização do pneu no aro,
nunca ultrapassando o limite de 58 lb/pol2. Em seguida, inserir o núcleo da válvula e
reduzir a pressão para os valores recomendados para o veículo;
• Aplicar a tampinha de proteção da válvula;
• Aplicar um pouco de água nos talões e junto à válvula para certificar-se de que não há
vazamentos.
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CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBILÍSTICA
ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”
DESMONTAGEM / MONTAGEM DOS PNEUS PARA CAMINHÕES E ÔNIBUS
DESMONTAGEM
A operação de desmontagem compreende:
• O esvaziamento do pneu, retirando-se o núcleo da válvula;
• O abaixamento de ambos os talões com equipamentos adequados;
• A lubrificação dos talões (nunca usar derivados de petróleo);
• A retirada do pneu do aro.
MONTAGEM
A operação de montagem compreende:
• A inspeção de todos os elementos que devem estar em perfeitas condições; e
• A lubrificação do aro e talões.
PNEUS VERSÃO “COM CÂMARA” (TUBE TYPE)
• Aplicar uma fina camada de talco sobre a câmara de ar;
• Encaixar adequadamente a câmara de ar dentro do pneu;
• Inflar ligeiramente a câmara para melhor acomodá-la no interior do pneu;
• Certificar-se de que não sobrou nenhuma impureza entre o pneu e a câmara;
• Encaixar o protetor iniciando pela válvula;
• Introduzir uma das extremidades do anel do aro e encaixar o restante com equipamento
adequado;
• Inflar o pneu na pressão recomendada (utilizar uma gaiola de proteção conforme figura).
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ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS
ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”
PNEUS VERSÃO “SEM CÂMARA” (TUBELESS)
• Aplicar sobre a superfície do aro e na guarnição da válvula, uma película de lubrificante
apropriado (nunca usar derivados de petróleo);
• Encaixar a válvula no furo do aro;
• Com o auxílio de uma chave fixa, apertar a contra-porca da válvula;
• Aplicar o lubrificante apropriado nos talões;
• Encaixar o pneu da roda introduzindo o primeiro talão no canal do aro e complementar a
montagem com auxílio de espátulas;
• Para a montagem do segundo talão, inserir uma parte dentro do canal, encaixando o
restante com auxílio de espátulas (ver figura);
• Inflar gradualmente o pneu até a pressão recomendada.
MANUTENÇÃO DOS PNEUS
Para obter dos pneus os melhores resultados em termos de aderência, duração e segurança
é fundamental que eles sejam adequadamente utilizados. Neste particular, observar as
seguintes recomendações:
PRESSÃO DE ENCHIMENTO
A pressão de enchimento deve ser aquela indicada pelo fabricante do veículo e do pneu. O
seu controle deve ser feito pelo menos uma vez por semana, com os pneus sempre frios
porque os mesmos se aquecem durante o rodar e o calor provoca o aumento da pressão
inicial. Utilizar nesta operação um calibrador devidamente aferido e não esquecer o estepe.
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CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBILÍSTICA
ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”
A pressão correta proporciona ao pneu um apoio perfeito no solo e desta forma a rodagem
apresenta um desgaste normal.
Quando a pressão é insuficiente, o pneu tende a se apoiar mais nas laterais da rodagem e
estas se desgastam prematuramente. Além disso, o flexionamento do pneu torna-se muito
acentuado, contribuindo para uma maior geração de calor, o que prejudica a estrutura do
pneu.
Quando a pressão é excessiva, o pneu apóia-se mais na faixa central da rodagem, a qual
sofre um desgaste mais rápido e o conforto do veículo é prejudicado.
INFLUÊNCIA DAS ESTRADAS E DAS MANEIRAS DE DIRIGIR
O tipo de pavimento das estradas tem influência direta na durabilidade dos pneus.Quanto
mais abrasivo é o piso e quanto mais precária é a condição da estrada, menor tende a ser
a quilometragem do pneu, conforme pode ser visualizado na tabela a seguir.
excesso de pressão falta de pressão pressão correta
Menor apoio do solo Apoio perfeito do solo
Efeitosde pressão sobre a duração máxima do pneu
100
50
0
D
u
ra
çã
o
 d
o
 p
n
e
u
m
á
tic
o
d
u
ra
çã
o
 m
á
xi
m
a
-15º
-10º
-20º +20ºnormal
pressão
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ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS
ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”
DURAÇÃO DA BANDA DE RODAGEM SOBRE OS VÁRIOS TIPOS DE ESTRADAS
(EM RETAS E VELOCIDADES IGUAIS)
RODÍZIOS RECOMENDADOS PARA AUTOMÓVEIS, CAMIONETAS E UTILITÁRIOS
(EM MÉDIA A CADA 10000 KM)
Os veículos de passeio são normalmente dotados de suspensões mais confortáveis e,
portanto, mais sensíveis a qualquer fenômeno vibracional.
Quando tais veículos são equipados com pneus radiais, que são mais rígidos na região da
banda de rodagem devido às cinturas, recomenda-se não inverter o sentido de giro dos
pneus por ocasião do rodízio, para evitar eventuais sensações de desconforto até a
acomodação do pneu na nova posição.
O traçado da estrada por sua vez também influi no rendimento.
Asfaltada e superfície lisa
Asfaltada, porém áspera
Concreto
Paralelepípedos
Asfaltada muito áspera
Asfaltada em péssimas condições
Estradas de terra com pedras
Macadame
Tipos de estradas
Duração da banda de rodagem/índice
(%)
100
90
70
65
60
55
50
20
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CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBILÍSTICA
ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”
Assim, estradas com muitas curvas, desníveis, subidas e descidas, solicitam muito mais o
pneu ao efeito do arrastamento, freadas e aceleradas, reduzindo conseqüentemente sua
vida útil.
Por estas razões é fundamental dirigir com regularidade e manter velocidades compatíveis
com cada tipo de estrada.
Paralelamente devem ser evitados os impactos violentos contra obstáculos ou buracos,
bem como os roçamentos contra o meio fio, que podem causar avarias graves na carcaça
do pneu (quebra de cordonéis e bolhas).
INSPEÇÕES PERIÓDICAS E RODÍZIOS
Periodicamente é muito importante efetuar uma inspeção geral nos pneus, verificando o
uniformidade de consumo e se não existem avarias nos flancos ou banda de rodagem que
exigem reparos nos pneus ou até mesmo sua retirada de uso.
A presença de desgastes irregulares, ou o surgimento de vibrações, são fatores que
determinam as necessidades de um novo alinhamento e balanceamento de rodas.
Por outro lado, os pneus montados num mesmo veículo podem com o uso apresentar na
banda de rodagem um consumo ligeiramente irregular devido às condições mecânicas do
veículo (suspensão, amortecedores, etc.), distribuição das cargas, variações nas curvaturas
das estradas, tipo de percurso, etc. Estas irregularidades podem ser corrigidas através de
trocas sistemáticas das posições das rodas do veículo denominadas rodízios.
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ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS
ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”
MOVIMENTO DE RETIRADA DO PNEU DE USO
Através da Resolução 558/80, de 15 de abril de 1980, o Conselho Nacional de Trânsito
(CONTRAN) estabeleceu em seu artigo 4º que fica proibida a circulação de veículo automotor
equipado com pneus cujo desgaste da banda de rodagem tenha atingido os indicadores ou
cuja profundidade remanescente da banda de rodagem seja inferior a 1,6mm.
Portanto, todos os pneus para automóveis, camionetes, caminhões e ônibus são dotados
de 4 a 8 fileiras transversais de indicadores de desgaste de banda de rodagem (saliências
no fundo do desenho), espaçadas com uniformidade pela circunferência do pneu, que
permitem verificar quando o pneu atingiu o limite de desgaste da banda de rodagem, ou
seja, 1,6mm de profundidade remanescente.
Nos pontos onde localizam-se estes indicadores existem na região do ombro da rodagem
as siglas T.W.I. (Tread Wear Indicators).
INDICADORES DE DESGASTE
Os pneus com menos de 1,6mm de resíduo de desenho na banda de rodagem deixam
muito a desejar em termos de aderência, principalmente em piso molhado e por esta razão
devem ser substituídos por outros novos para a continuidade do rodar com segurança.
altura dos indicadores = 1,6mm
profundidade
normal
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CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBILÍSTICA
ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”
RODÍZIOS RECOMENDADOS PARA CAMINHÕES E ÔNIBUS (EM MÉDIA A CADA 10.000KM)
Veículo equipado com todos os pneus novos (primeira vida) de mesma medida e tipo de
desenho de banda de rodagem.
Veículos equipados com pneus de mesma medida e tipo de desenho ou com pneus dianteiros
diferentes dos traseiros.
Nos veículos de carga, os esquemas de rodízios indicados são iguais tanto para pneus com
estrutura diagonal como para pneus com estrutura radial. Num mesmo eixo nunca se deve
utilizar pneus com estruturas diferentes.
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ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS
ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”
AVARIAS EM PNEUS E SUAS CAUSAS
Para que os pneus ofereçam os melhores resultados em termos de segurança e desempenho,
é fundamental que sejam observadas suas corretas normas de uso e de manutenção.
Neste sentido, apresentamos a seguir, as principais avarias decorrentes de emprego
inadequado do produto ou de natureza acidental, não cobertas por garantia, conforme
exemplos a seguir, com suas respectivas causas.
QUEBRA DE CARCAÇA
Conseqüência de rodar vazio devido:
• falhas na câmara de ar;
• cortes ou perfurações;
• pneu sem câmara mal montado no aro;
• aro deformado ou impróprio para pneu sem câmara;
• falhas na válvula;
• avarias no liner interno ou talões do pneu sem câmara.
DESGASTE IRREGULAR
• Alinhamento das rodas fora do especificado.
• Aros deformados ou inadequados.
• Problemas mecânicos na suspensão.
• Emprego de medida ou tipo inadequado de pneu.
DESGASTE LOCALIZADO
• Aceleradas ou freadas bruscas.
• Amortecedores avariados (desgastes em vários pontos da circunferência do pneu).
• Rodas desbalanceadas.
ONDULAÇÃO NO FLANCO
• Impactos nos buracos ou obstáculos com quebras de cordonéis da carcaça.
AVARIA ACIDENTAL NO TALÃO
• Montagem/desmontagem com ferramentas inadequadas.
• Montagem/desmontagem com processos inadequados.
• Aros incorretos.
• Aros em mau estado de conservação.
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CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBILÍSTICA
ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”
QUEBRA DO FRISO DO TALÃO
• Montagem/desmontagem com ferramentas inadequadas.
• Montagem/desmontagem com processos inadequados.
• Aros incorretos.
• Aros em mau estado de conservação.
QUEIMA INTERNA DA CARCAÇA
• Uso prolongado com baixa pressão ou sobrecarga.
AVARIA NO FLANCO
• Perfurações por corpos cortantes.
• Roçamentos no meio-fio ou em componentes do veículo.
AVARIA NA BANDA DE RODAGEM
• Perfurações ou cortes causados por corpos estranhos.
FORA DOS LIMITES DE SEGURANÇA
• Pneu com desgaste excessivo, ou seja, resíduo de desenho inferior a 1,6mm.
Casos como desgaste prematuro, efeitos vibracionais, tendências de deriva, entre outros,
poderão também estar relacionados às anomalias mecânicas. Por isso, diante de qualquer
dúvida, consulte o seu Revendedor de pneu ou a filial mais próxima.
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ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS
ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”
VIBRAÇÕES E SUAS CAUSAS
As vibrações num veículo causam sensações de desconforto, dificuldades para dirigir e seu
diagnóstico exige muitas vezes análises detalhadas.
Normalmente a vibração é associada pura e simplesmente ao desbalanceamento das rodas.
Mas essa associação nem sempre é válida.
É necessário conhecer o fenômeno físico “VIBRAÇÃO”, suas origens e formas de correção,
para se obter um rodar mais confortável, seguro e econômico.
Desta forma, quando temos um veículo que apresenta vibrações devemos em primeiro
lugar definir:
• a que velocidade o veículo vibra;
• de onde procedem as vibrações.
As vibrações veiculares podem ter inúmeras origens, sendo as mais importantes:
• desuniformidade dos pneus e aros;
• erros de centragem dos aros nos cubos do veículo;
• montagem incorreta do pneu no aro;
• flat spot;
• desequilíbrio das rodas
DESUNIFORMIDADE DOS PNEUS E AROS
Um pneu que possui deformações na banda de rodagem, em conseqüência, por exemplo,
de travamento das rodas, conserto de perfuração com prensasinadequadas, etc., certamente
provocará vibrações pois a cada volta ocorrerá uma variação no raio de rodagem provocando
uma oscilação para cima e para baixo no veículo. Esta oscilação aumenta com a velocidade.
VIBRAÇÕES E BALANCEAMENTO DE RODAS
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CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBILÍSTICA
ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”
É bastante comum encontrarmos veículos com pneus deformados, ovalizados ou com
desgaste irregular, bem como aros tortos ou amassados.
Nestes casos, deve-se medir a excentricidade na banda de rodagem do pneu e se esta for
elevada (acima de 3,0mm) é preciso, antes de qualquer coisa, trocar o pneu e/ou aro.
Lembre-se que podemos balancear uma roda que tenha um aro torto, porém não poderemos
evitar que o aro continue torto e desta forma faça a roda oscilar e origine vibrações. Por
exemplo, se balancearmos uma roda que esteja amassada, quase que na forma de um
quadrado, você conseguirá balanceá-la, mas no momento de rodar com esta roda o veículo
vibrará, pois a roda ainda continua quadrada.
ERRO DE CENTRAGEM DOS AROS NOS CUBOS DO VEÍCULO
Após examinar o estado geométrico dos pneus e aros, deve-se checar a centralização dos
aros nos cubos, ou seja, se o centro do aro coincide com o centro do cubo de fixação.
Para se obter uma boa centralização é importante que o aperto dado nos parafusos das
rodas seja feito em cruz e gradativamente para que o cone dos parafusos possa se alojar
corretamente nos rebaixos das rodas.
Seqüência ideal para o aperto dos parafusos
1, 3, 2, 4 - com torque leve e repetir
1, 3, 2, 4 - com torque final
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ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS
ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”
MONTAGEM INCORRETA DO PNEU NO ARO
Assim como os aros devem ser corretamente centrados em relação aos cubos, os pneus
devem ser adequadamente montados nos aros.
Para se conseguir uma montagem correta do pneu é importante:
• controlar se o pneu é compatível com o aro a ser montado;
• usar lubrificante adequado nos talões do pneu e no aro;
• montar os pneus com o uso de máquinas apropriadas, evitando montagem com marretas
e espátulas que muitas vezes danificam os pneus e aros.
FLAT SPOT
O “flat spot” é uma deformação que ocorre nos pneus quando o veículo fica estacionado por
um longo período, causando vibrações assim que este é colocado a rodar. Normalmente o
“flat spot” desaparece após alguns quilômetros rodados quando o pneu aquece e volta à
sua forma original.
Em alguns casos extremos, em que o carro fica parado por longos períodos, o “flat spot”
pode se tornar permanente sendo necessário à substituição do pneu para eliminar a vibração.
DESEQUILÍBRIO DE RODAS
O desequilíbrio das rodas e pneus é o principal causador de vibrações.
O conjunto roda/pneu pode não ter uma distribuição uniforme de massas. Desta forma
apresentará sempre um certo desequilíbrio que dependendo de sua grandeza e da rotação
a que a roda é submetida, pode originar vibrações às vezes consideráveis, que afetam
negativamente o conforto do rodar, aumentam o desgaste dos pneus e podem reduzir a
vida útil dos rolamentos, dos amortecedores e elementos da suspensão e direção do veículo.
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CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBILÍSTICA
ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”
Os desequilíbrios podem ser:
• DESEQUILÍBRIO ESTÁTICO
É o desequilíbrio causado por uma massa disposta simetricamente em relação ao plano
mediano “K” e não uniforme ao longo da circunferência. Com este tipo de desequilíbrio a
roda oscila no sentido vertical produzindo sucessivos impactos no pneu, que afetam a
suspensão e direção do veículo, acarretando desgaste localizado na banda de rodagem do
pneu.
A vibração é sentida em velocidades a partir de 50/60 km/h e aumenta com o acréscimo da
rotação.
• DESEQUILÍBRIO DINÂMICO SIMPLES
É o desequilíbrio causado por massas dispostas de maneira assimétrica em relação ao
plano mediano “K” e não uniformes ao longo da circunferência.
Quando a roda entra em rotação, as duas massas geram duas forças do tipo centrífuga que
provocam oscilações transversais.
O pneu sofre rápido desgaste e tanto o conforto como a dirigibilidade são prejudicados,
bem como os elementos mecânicos da suspensão e direção do veículo.
massa
massas dispostas de
maneira assimétrica
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ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS
ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”
As vibrações começam a ser sentidas quando a rotação entra na faixa de ressonância, ou
seja, a partir dos 70/80km/h e não é mais sentida a partir dos 130km/h aproximadamente,
embora as vibrações continuem a atuar sobre a suspensão.
• DESEQUILÍBRIO DINÂMICO COMBINADO
O caso mais comum encontrado é o desequilíbrio dinâmico combinado. Este desequilíbrio
é representado pela soma do desequilíbrio estático e desequilíbrio dinâmico.
CORREÇÃO DOS DESEQUILÍBRIOS OU DESBALANCEAMENTOS
Existem dois sistemas de máquinas de balanceamento de rodas, representados pelas
chamadas balanceadoras estacionárias e pelas balanceadoras portáteis.
As máquinas estacionárias (ou de coluna) fazem o balanceamento de rodas fora do veículo.
Estas máquinas compensam os desbalanceamentos estáticos e dinâmicos das rodas e
pneus.
As máquinas portáteis (ou locais) fazem o balanceamento das rodas montadas no próprio
veículo. Estas máquinas compensam exclusivamente o desequilíbrio estático.
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CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBILÍSTICA
ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”
O processo ideal de balanceamento é em primeiro lugar compensar o desequilíbrio dinâmico
combinado da roda com uma balanceadora estacionária dinâmica e feito isso, monta-se a roda
no carro. Esta roda apresenta ainda um desequilíbrio residual oriundo das demais peças que
giram em conjunto, somado a um pequeno desequilíbrio estático gerado pelo erro de centragem
da roda no cubo do carro. Completa-se assim o balanceamento com máquina portátil.
A título de informação, em uma roda de automóvel de peso médio, uma excentricidade de
0,1mm provoca um desbalanceamento na ordem de 12 gramas.
OBSERVAÇÕES
• As máquinas balanceadoras eletrônicas estacionárias são concebidas de modo a poder
medir os desequilíbrios estáticos e dinâmicos que existem em ambos os planos da roda
e somá-los de forma vetorial. Desta soma, a balanceadora indica o local onde deverá ser
colocado um só contrapeso em cada plano, de forma a compensar os desequilíbrios
estáticos e dinâmicos que existem em cada plano.
• Em rodas de automóveis recomenda-se nunca aplicar mais de 60 gramas de contrapeso
em cada plano. As balanceadoras modernas indicam a forma de otimizar o balanceamento,
desmontando-se o pneu e girando-o na roda na posição mais conveniente.
• Podemos assim concluir que apenas o balanceamento estacionário, ou seja, feito por
uma balanceadora eletrônica, nos permite equilibrar de forma correta a roda de um veículo.
• Esta afirmação é válida principalmente para rodas de automóveis e utilitários que por
serem veículos leves, têm suspensões mais sensíveis do que os veículos de maior peso
(caminhões e ônibus). Estes últimos por terem suspensões bem mais robustas também
absorvem melhor as vibrações originadas de desequilíbrios das rodas. Em veículos
pesados portanto, o balanceamento no próprio veículo com uma balanceadora portátil,
em geral é suficiente.
• Em carros de passeio, 10 gramas de desequilíbrio residual por plano são perfeitamente
aceitáveis sem quaisquer influências que possam originar vibrações.
• Um ônibus ou caminhão pesado pode ter desequilíbrios residuais de mais de 100 gramas
por roda sem que o motorista sinta qualquer vibração quando em velocidade.
• Já as camionetas e caminhões leves admitem um desequilíbrio residual de até 60 gramas
por roda.
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ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS
ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”
CONTRAPESOS
Há inúmeros tipos de contrapesos que são aplicáveis nas rodas dos veículos.
O mais utilizado é aquele que apresenta uma garra de aço (assim chamada mola) fundida
junto ao chumbo na hora de sua fabricação. Este tipode contrapeso é utilizado em aros de
aço ou liga leve e é sempre fixado no flange do aro.
É muito importante que o contrapeso seja perfeitamente fixado ao aro e para isto a garra
deve acompanhar a curvatura da borda do aro, e por outro lado, a forma da parte interna do
contrapeso deve acompanhar a sede onde o mesmo ficará fixado.
Existem ainda, dois outros tipos de contrapesos:
• CONTRAPESOS ADESIVOS
Estes contrapesos são aqueles que em vez de garra possuem uma fita adesiva de dupla
face e devem ser fixados no aro em uma superfície limpa e lisa.
Este tipo de contrapeso é normalmente utilizado em aros de liga leve ou em aros cromados
a fim de evitar que, na sua fixação o aro seja marcado. Também são utilizados em rodas
que não possuam espaço para o alojamento de contrapesos com garras.
• CONTRAPESOS DE SEGURANÇA
Estes contrapesos são aqueles nos quais a mola não é fundida ao chumbo. A mola tem
neste caso um perfil que “abraça” o contrapeso e fica bem encaixado no aro (entre o pneu
e a borda interna do aro).
Este contrapeso é normalmente utilizado pelas montadoras de automóveis já que em uma
máquina balanceadora de produção, existe um dispositivo que “descola” o pneu do aro já
inflado deixando espaço para a colocação da mola.
Para finalizar o assunto contrapeso, devemos alertar que a reutilização de um contrapeso
muitas vezes é perigosa e, portanto, desaconselhável face ao risco de se soltar em um
impacto que a roda eventualmente venha a sofrer.
Da mesma forma, contrapesos que são fabricados com molas cujo aço está fora da
especificação ou cujo tratamento térmico não foi feito adequadamente podem soltar-se
facilmente, pois a mola não atua como tal.
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CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBILÍSTICA
ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”
MÉTODOS DE BALANCEAMENTO
COM MÁQUINA ESTACIONÁRIA (OU DE COLUNA)
Existem no mercado vários equipamentos deste tipo, operando com princípios similares,
mas com manuseio diferentes, o que requer para cada caso, que se sigam as instruções de
seu fabricante.
Alguns comentários todavia são oportunos:
• Antes de iniciar o balanceamento, remova os pesos antigos da roda, bem como qualquer
corpo estranho que esteja no pneu ou roda.
• Centralize a roda no flange própria, quando esta é de centro fechado e que não permitem
o uso de cones de fixação;
• Ao girar a roda, verifique se a mesma não apresenta excentricidade ou oscilações laterais.
• Ajuste o equipamento conforme diâmetro, largura do aro e distância do aro à máquina.
• Aplique os contrapesos mais adequados a cada caso. Contrapesos de garra para rodas
de liga leve não devem ser utilizados em rodas de aço e vice-versa. Nas rodas de liga
leve, de preferência utilize contrapesos colantes na parte interna.
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ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS
ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”
COM MÁQUINA PORTÁTIL (NO PRÓPRIO VEÍCULO)
A balanceadora portátil é constituída basicamente de:
• Captadores de vibrações (geralmente um para automóveis e outro para caminhões e
ônibus);
• Motor elétrico de acionamento da roda;
• Lâmpada estroboscópica ou sistema infrared;
• Painel de controles de indicadores de desequilíbrio (indica a quantidade de peso).
No balanceamento devem ser observados os seguintes aspectos:
• Com o veículo erguido, deve-se verificar o estado dos rolamentos, bem como as folgas
nos pivôs ou pino mestre e buchas dos braços da suspensão.
• As rodas devem girar livremente, caso contrário devem ser regulados os freios.
• Ao se balancear rodas de tração, recomenda-se suspender o veículo de modo que ambas
as rodas fiquem livres. Este procedimento evitará possíveis danos ao diferencial que
podem ocorrer caso uma das rodas permaneça parada com a outra em velocidade.
• O captador de vibrações deve ser colocado na parte inferior da suspensão, o mais próximo
possível da roda, ajustando-se adequadamente sua altura de modo a captar qualquer
vibração. Os captadores “tipo cavalete” suportam o peso do veículo e para tanto devem
estar firmemente aplicados. Já os captadores “tipo magnético”, que não suportam o peso
do veículo, devem manter o imã bem apoiado na suspensão.
• É sempre conveniente, com um giz, fazer uma marca na lateral do pneu, para servir de
ponto de referência.
• A sensibilidade da balanceadora deve ser ajustada de acordo com o tamanho da roda a
ser balanceada e as instruções de seu fabricante.
OBSERVAÇÃO
Para veículos com câmbio automático a roda motriz só poderá ser movimentada com uso
do motor do próprio veículo para evitar danos ao mecanismo da caixa de mudanças.
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CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBILÍSTICA
ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”
• Ligue o motor da balanceadora e encoste sua polia na roda, girando o pneu. O ponteiro
do galvanômetro inicialmente subirá, depois se estabilizará e começará a cair. Neste
momento afaste a polia da roda e preste atenção, no próximo deslocamento, à subida do
ponteiro até seu início de queda. Neste instante, aperte o botão da luz estroboscópica
que dará a sensação da roda estar parada. Grave mentalmente o valor atingido pelo
ponteiro, bem como a posição da roda, com base na marca de giz feita no pneu.
OBSERVAÇÕES
- Em balanceadoras infrared, a indicação estroboscópica é substituída por leds no painel.
- Em balanceadoras eletrônicas digitais, o ponteiro é substituído por números digitais.
• Desligue o motor e coloque a roda na posição vista com a lâmpada estroboscópica. A
parte mais pesada é a que se encontra no setor inferior e por isso o contrapeso deve ser
aplicado na parte oposta superior.
Caso a quantidade de peso seja muito elevada, mais de 50 gramas para as rodas de
passeio e mais de 400 gramas para rodas de caminhões e ônibus, aplique metade do
peso no lado externo e a outra metade no lado interno, na mesma direção, para evitar um
desbalanceamento dinâmico.
• Após aplicar o contrapeso, repita a operação já descrita anteriormente. Se o ponteiro do
galvanômetro ficar no zero ou na faixa verde de tolerância, a roda estará balanceada.
Caso contrário execute novamente a operação de balanceamento, considerando porém
o contrapeso já aplicado como referência. Comparando a roda com um relógio, o
contrapeso deverá aparecer numa das seguintes posições:
maior concentração de massa ponto de aplicação
do contrapeso
11h 1h
7h 5h
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ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS
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- Na faixa entre 11 horas e 1 hora: substitua o contrapeso por outro mais pesado, no
mesmo local e a seguir verifique de novo se o balanceamento ficou correto.
- Na faixa entre 5 horas e 7 horas: substitua o contrapeso por outro mais leve, no mesmo
local e a seguir verifique de novo se o balanceamento ficou correto.
- Na faixa entre 1 hora e 5 horas, ou entre 7 horas e 11 horas: desloque o contrapeso em
direção às 12 horas, o equivalente ao seu próprio comprimento. Se o contrapeso mudar
de lado, desloque apenas a metade do seu comprimento. Verifique de novo se o
balanceamento ficou correto.
OUTROS MOTIVOS DE VIBRAÇÕES
Finalizando, caso as vibrações persistam, outras peças rotativas do veículo devem ser
diagnosticadas, como por exemplo:
• eixos cardânicos desbalanceados ou tortos;
• discos de freios deformados;
• tambores de freios ovalizados;
• amortecedores com defeitos.
Lembramos também que esporadicamente ocorrem casos de água dentro dos pneus, devido
ao enchimento com ar muito úmido. Nestas circunstâncias não é possível balancear a roda
por isso o pneu deve ser desmontado retirando-se a água de seu interior ou de dentro da
câmara de ar.
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Durante dezenas de anos, os veículos automotores eram equipados com um só tipo de
suspensão. Os componentes da direção do veículo, eram montados de forma a permitir
poucas regulagens. Isto trouxe como resultado a necessidade de um tipo mais simples de
equipamento de medição dos ângulos de direção. Evidentemente, falava-se na época dosângulos de ajuste do eixo dianteiro, já que o eixo traseiro era fixo e destinado apenas à
tração do veículo. Os primeiros alinhadores utilizados foram os mecânicos, que trabalhavam
com réguas nas quais se mediam os ângulos como, por exemplo, convergência/divergência,
câmber, etc.
Com o passar do tempo, foram desenvolvidos alinhadores óticos capazes de ler os ângulos
medidos em um painel que continha escala. Duas cabeças óticas eram montadas com
grampos especiais nos aros dianteiros do veículo e delas saíam fachos de luz que atingiam
o painel com escala, fazendo com que o operador lesse nas escalas do painel, os ângulos
existentes na roda. Já naquela época, chegava-se à conclusão de que o eixo traseiro não
era apenas um simples suporte das rodas.
OBSERVAÇÃO
Os alinhadores que utilizam laser são derivados dos alinhadores ópticos com algumas
vantagens: como melhor visibilidade e dispensa de energia elétrica, pois alguns usam pilhas
de lanterna.
A velocidade aumentava e a influência da posição do eixo traseiro já era perceptível. Assim,
chegou-se à conclusão de que este deveria manter-se simétrico ao seu colega dianteiro.
Para que isto fosse possível, escalas foram desenvolvidas para serem adaptadas as rodas
traseiras de forma a possibilitar que o foco de luz procedente das cabeças óticas instaladas
nas rodas dianteiras projetasse sobre elas.
Mas ainda naquele tempo, a preocupação era restrita apenas em manter o eixo traseiro
paralelo ao dianteiro a fim de evitar que o veículo tivesse sua trajetória alterada por um
eventual ângulo formado entre os dois eixos.
ALINHAMENTO DE RODAS
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O processo de desenvolvimento dos veículos trouxe, no entanto, novos ajustes não somente
para eixo dianteiro, mas também para traseiro.
O alinhador de direção já não se referia apenas à parte dianteira do veículo, passando a
exigir a medição do conjunto das 4 rodas, a fim de proporcionar uma perfeita estabilidade
em velocidades cada vez maiores.
O alinhamento já não dependia apenas da regulagem das peças envolvidas, mas do estado
dos pneus (calibragem e desgaste). Além da carga existente no veículo (o fabricante já
indicava o volume necessário de combustível no tanque e qual a altura da carroceria ao
solo a ser mantida) para que o veículo fosse colocado em condição assim chamada “padrão”
para uma medição adequada.
Naquele tempo, alinhadores mecânicos e óticos se tornaram ferramentas antiquadas pois
mediam apenas um eixo e seu grau de precisão era muito amplo para os estreitos parâmetros
fixados pelas montadoras.
Para estes novos veículos, foram concebidos alinhadores eletrônicos. Estes não projetavam
fachos de luz, mas suas cabeças continham sensores altamente sensíveis como inclinômetros
que transmitiam a uma central eletrônica os ângulos que as rodas apresentavam.
Os alinhadores eletrônicos já ofereciam a opção de 4 cabeças, uma para cada roda,
integradas por uma central eletrônica possibilitando a correta medição do retângulo formados
pelas pontas de eixo e dos ângulos de inclinação das rodas.
Novos dispositivos foram criados, permitindo a utilização de apenas duas cabeças nestes
equipamentos eletrônicos, com uma forte tendência a atingir-se a precisão de medição
exigida pelos modernos veículos.
Mas com o avanço da tecnologia e principalmente com a evolução da informática na área
de medições, a transformação dos alinhadores eletrônicos tornou-se uma necessidade. Centenas
de novos tipos de veículos lançados no mercado mundial trouxeram grandes dificuldades
para os operadores de alinhadores que tinham a obrigação de guardar na cabeça os corretos
valores de ajuste para cada tipo de veículo. Ainda hoje é comum encontrar, no interior das
valetas, brochuras com tabelas rasgadas e sujas de graxa, que oferecem ao operador os
dados do veículo que está alinhando.
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Em resposta a esta crescente diversidade, alinhadores computadorizados foram
desenvolvidos, capazes de manter uma biblioteca de dados de veículos e fazer com que a
um simples apertar de botão, a tela passasse a apresentar os dados do veículo a ser medido.
As cabeças sensoras também foram desenvolvidas, passando a integrar sistemas
infravermelhos que eliminavam a utilização de fios de interligação para a reprodução da
figura geométrica do posicionamento das rodas de um veículo.
Um passo além ainda foi dado. Os dados mantidos na biblioteca passaram a ser utilizados
para comparação com os valores medidos. Um sistema de indicação a cores no vídeo do
alinhador - verde (correto) e vermelho (incorreto) - foi idealizado fazendo da operação de
alinhamento uma tarefa mais simples.
Tudo isso com o intuito de facilitar a operação de alinhamento para operadores que passaram
a ser obrigados a ajustar vários veículos diferentes num mesmo dia.
Os modernos veículos também trouxeram modernas e mais sofisticadas e sensíveis
suspensões, que fazem do alinhamento em alguns deles, uma tarefa relativamente complexa,
para a qual os modernos alinhadores computadorizados são ferramentas insubstituíveis.
Não devemos apenas visualizar a complexidade da operação, como também lembrar que o
tempo utilizado para o alinhamento tem que ser cada vez mais racionalizado e se possível
reduzido.
Num alinhamento é fundamental a medição de ângulos e linhas como:
• Caster
• Camber
• Convergência ou divergência
• KPI ou SAI
• Ângulo incluso (SAI + Camber)
• Divergência em curva
• SET BACK (diferença coaxial dos eixos)
A necessidade de efetuar eventuais correções obriga o fornecedor de serviços de alinhamento
a enfocar estes serviços com uma visão altamente técnica, devendo por isto cobrar um
valor pelo serviço e qualidade prestados compatível com o investimento feito.
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Assim é fato que os inúmeros tipos de carros e suspensões que chegam a nossas oficinas
nos obrigam a nos adequar a uma nova realidade, intensificada pela crescente presença de
carros importados, comercializados no mercado brasileiro. Estes possuem uma limitada
rede de representantes fazendo com que seja imperativa a adaptação das revendas
especializadas no atendimento a esta fatia altamente sofisticada do mercado.
Uma conclusão pode ser facilmente tirada do relatório acima.
Alinhadores mecânicos e óticos são ferramentas do passado. Clientes possuidores de
veículos modernos exigem serviços à altura do alto nível tecnológico de seus carros. Por
outro lado, a mão de obra especializada também precisa de um suporte tecnológico que lhe
dê apoio necessário, evitando os erros cada vez mais freqüentes no ajuste das suspensões,
provocados pela crescente diversidade dos parâmetros a serem observados.
Longe de se constituírem em um luxo, alinhadores eletrônicos e computadorizados são
hoje uma necessidade, permitindo aos donos de oficinas especializadas oferecer a seus
clientes um serviço de mais alta qualidade.
Da mesma forma em que não se concebe, em nossos dias, um escritório desprovido de um
computador que facilite as tarefas diárias, o desenvolvimento da tecnologia em ferramentas,
mais do que uma necessidade, é uma obrigação.
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE SUSPENSÃO
Todos os veículos (automóveis, caminhões, ônibus, tratores, etc.) apresentam duas partes
fundamentais:
• parte não suspensa que está em contato direto com o pavimento em que o veículo se
move;
• parte suspensa que está ligada à primeira através das molas e amortecedores.
As molas e amortecedores fazem parte da suspensão do veículo agindo como intermediários
entre a parte não suspensa e a parte suspensa. A suspensão absorve os impactos da roda
com o solo, evitando que eles se transmitam diretamente aos ocupantes do veículo.
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SISTEMAS DE DIREÇÃO
Os veículossão dirigidos movendo-se suas rodas dianteiras através de um conjunto de
peças articuladas. Esse conjunto constitui o sistema de direção, que compõe-se,
basicamente, das seguintes peças.
Há dois tipos básicos de sistema de direção de acordo com seu acionamento:
• direção mecãnica
• direção servoassistida
No primeiro tipo - direção mecânica - as rodas do veículo são comandadas por dispositivos
mecânicos.
Na direção servoassistida há uma combinação de um sistema mecânico comum, com um
sistema auxiliar hidráulico. Dessa forma, reduz o esforço físico do motorista do veículo,
principalmente em manobras a baixa velocidade.
A geometria das articulações de direção (barras e braços) é projetada de modo a evitar
arrastamentos dos pneus nas curvas.
volante
árvore de direção
articulações de direção
caixa de direção
cremalheira
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Nos veículos, esta condição é satisfeita inclinando-se os braços de direção, de modo que
sua projeção coincida com o eixo traseiro conforme figura.
Este sistema permite que se obtenham ângulos de esterçamento diferentes entre as rodas
nas curvas, de modo que cada qual percorra sua trajetória sem arrastar os pneus.
SISTEMAS DE SUSPENSÃO
A suspensão tem a finalidade de tornar o veículo confortável e seguro. Ela absorve os
impactos recebidos pela roda.
A suspensão de um veículo é constituída por três partes: estrutura, molas e amortecedores.
A estrutura faz ligação das rodas com o chassi e define o tipo de suspensão. A suspensão
dependente é caracterizada por um eixo rígido transversal unindo as rodas traseiras ou
dianteiras.
quadrilátero de
Jeantaud
C
β
α
α β
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Já a suspensão independente é utilizada para cada roda.
Na suspensão dependente, impactos sofridos por uma roda são transmitidos pelo eixo rígido
até a outra, o que torna o rodar pouco confortável, principalmente em estradas irregulares e
em más condições.
Já a suspensão independente, como o nome indica, cada roda move-se independentemente
uma da outra, para cima e para baixo, à medida que passam por choques e oscilações.
SUSPENSÕES DEPENDENTES
Há dois de suspensões dependentes: com feixe de molas e com molas helicoidais.
A suspensão dependente com feixe de molas é atualmente pouco utilizada em veículos de
passeio. Seu uso está mais direcionado para pick-ups, caminhões e ônibus.
mola
amortecedor
eixo
estrutura
amortecedor
mola
estrutura
chassi
Suspensão dependente Suspensão independente
Suspensão dependente Suspensão independente
Feixe de molas Mola helicoidal
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SUSPENSÕES INDEPENDENTES
A suspensão independente garante que o movimento de uma roda, ao passar por um
obstáculo, não se transmita à outra.
O dispositivo que se deforma elasticamente, com o impacto sofrido pela roda pode ser de
diversos tipos, como veremos a seguir.
• FEIXE DE MOLAS EM POSIÇÃO TRANSVERSAL
Esse feixe é fixo no seu ponto médio, preso à carroceria que é do tipo monobloco. Por essa
razão, a flexão que ocorre em um dos lados não se transmite ao outro lado do feixe.
• BARRA DE TORÇÃO
É um eixo de aço especial, de secção circular, que pode ser deformado por torção.Uma de
suas extremidades é fixada ao chassi do veículo e a outra fica ligada, rigidamente, a um
braço de suspensão, em conexão com mola.
braço
fixação do chassi
barra de torção
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• FEIXE DE TORÇÃO
Nesse tipo de suspensão independente temos um feixe de lâminas retas e de secção
retangular, que trabalha dentro de um tubo de aço. O feixe está preso pela sua parte mediana
e seus extremos ficam livres para se moverem por torção.
• HIDROPNEUMÁTICA
É um tipo de suspensão hidráulica, onde o ar comprimido
funciona como elemento elástico. O amortecimento é feito
pela compressão do ar em uma câmara dupla.
O movimento da roda aciona um êmbolo que se move
dentro de um cilindro. Esse cilindro com a câmara de óleo
que, por sua vez, transmite pressão à câmara de gás (ar)
através de uma membrana flexível.
• SUSPENSÃO INDEPENDENTE COM MOLA HELICOIDAL
É a mais atualmente, graças às vantagens apresentadas pela mola helicoidal em termos de
espaço e fabricação. Pode ser do tipo quadrilátero ou do tipo Mac Phearson que tem a
vantagem de o amortecedor ser a coluna de fixação da mola.
óleo
êmbolo
ar
membrana
flexível
união flexívelmola
helicoidal
haste do
amortecedor
batentes da mola
manga do eixo da mola
tubo telescópico ou coluna
que aloja o amortecedor
braço triangular
Tipo Mac PhearsonTipo Quadrilátero
ponta
do eixo
articulação
esférica braço
superior
mola
helicoidal
braço
inferior
articulação
esférica
amortecedor
tensor
batente
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ÂNGULOS E LINHAS DE REFERÊNCIA
CASTER
Caster é o ângulo formado pela inclinação longitudinal do pino mestre ou da linha imaginária
que passa pelos pivôs em relação a um plano vertical.
Tal ângulo tem a finalidade de permitir o auto-retorno das rodas dianteiras à sua posição
primitiva, após efetuada uma curva.
Se o ângulo caster estiver irregular e seu valor de inclinação não for correto para as duas
rodas dianteiras, o veículo tenderá a derivar para o lado
cuja roda estiver mais atrasada, provocando o
arrastamento da mesma e conseqüentemente reduzindo
a vida útil do pneu.
Outra irregularidade que pode ocorrer é a vibração (efeito “shimmy”) durante a marcha
retilínea.
Os efeitos de um caster fora das especificações são os seguintes:
• Quando insuficiente:
- reduz a estabilidade direcional em alta velocidade.
- reduz o esforço direcional requerido em baixa velocidade.
• Quando excessivo:
- aumenta a estabilidade direcional em alta velocidade.
- aumenta o esforço direcional requerido em baixa velocidade.
- pode causar vibrações laterais em alta velocidade.
• Diferença lado a lado:
Pode causar tendências no veículo de “puxar” para um dos lados e problemas em
freagens violentas.
A máxima diferença permissível lado a lado é de 30’ caso não haja especificação do fabricante.
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CAMBER
Camber é o ângulo formado pela inclinação da roda em relação a um plano vertical. Os
valores prescritos pelos fabricantes para o camber normalmente são mínimos e variam em
geral de nulo a positivo.
Tal ângulo, durante a marcha e sob a ação da carga, tende a se anular de modo que as
rodas fiquem perpendiculares ao solo.
Um ângulo camber incorreto causa desgaste irregular na banda de rodagem do pneu e
também anomalias na direção do veículo.
• CAMBER NEGATIVO
Ocasiona desgaste prematuro no ombro interno do pneu.
• CAMBER POSITIVO
Ocasiona desgaste prematuro no ombro externo do pneu.
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• CAMBER DESIGUAL
Quando não houver especificações do fabricante, deve-se tolerar uma diferença máxima
de 30’ de camber lado a lado.
O veículo tende a “puxar” para o lado da roda que estiver com o ajuste de camber mais
positivo.
CONVERGÊNCIA - DIVERGÊNCIA
Durante a marcha em retilíneo do veículo é indispensável que haja um perfeito paralelismo
tanto entre rodas dianteiras como traseiras, para que os pneus não sofram arrastamentos.
Para compensar a tendência de abertura das rodas, devido à resistência ao rolamento dos
pneus e às folgas do sistema de direção, ou fechamento devido à força motriz, é recomendado
para cada modelo de veículo, um determinado valor de convergência ou divergência que
deve ser mantido para se obter dos pneus o máximo de aproveitamento.
Caso o veículo trabalhe com uma convergência (ou divergência) fora das especificações,
os pneus sofrerão um desgaste prematuro e irregular, devido aocontínuo arrastamento das
rodas.
Convergência (TOE-IN) Divergência (TOE-OUT)
sentido de marcha
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A amplitude de convergência ou divergência pode ser expressa das seguintes formas:
• medida angular (em graus) relacionada à linha geométrica central do veículo.
• medida linear (em milímetros) usando como referência a borda da roda.
O desgaste gerado por um desajuste de convergência ou divergência de 3mm equivale a
um arraste lateral de 2 metros por cada km percorrido.
Variações na altura da suspensão podem afetar as medidas de convergência ou divergência.
ÂNGULO DE INCLINAÇÃO DO EIXO DE DIREÇÃO (KING PIN OU SAI)
É o ângulo formado pela inclinação da linha imaginária que passa pelos pivôs em relação a
um plano vertical.
Este ângulo é denominado KPI (KING PIN INCLINATION) nos veículos mais antigos dotados
de pino mestre.
Tal ângulo tem a função de reduzir o esforço da direção nas manobras de estacionamento
e de diminuir no volante as repercussões provocadas em trajetos irregulares.
Se este ângulo não estiver de acordo com as especificações, ocorrerá uma alteração de
geometria do sistema de direção, variando também o camber.
formação de escamas
arrastamento
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O KPI ou SAI é um ângulo que não se mede diretamente mas sim com o giro pré-estabelecido
das rodas dianteiras. Obtém-se maior precisão se o giro for simétrico com relação à linha
direcional do eixo traseiro.
ÂNGULO INCLUSO
O ângulo incluso é a soma dos ângulos SAI/KPI e camber.
É formado pelo eixo de giro geométrico da roda.
A diferença máxima permissível de ângulo incluso de uma
roda em relação à outra é de 1º 30’. Caso não haja
especificação do fabricante.
Quando se altera o ângulo de camber o ângulo incluso
também é alterado.
DIVERGÊNCIA EM CURVAS
Denomina-se divergência em curvas a diferença entre os ângulos assumidos pelas rodas
dianteiras durante as curvas.
Este ângulo é determinado pelos braços de direção e deve ser medido somente após o
ajuste correto do ângulo de convergência ou divergência.
Diferenças superiores a 1º 30’ lado a lado no ângulo de divergência em curvas indicam uma
torção ou defeito nos braços de direção do veículo, caso não haja especificação do fabricante.
SAI camber
vertical
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Durante uma curva, a roda do lado interno descreve uma curvatura menor do lado externo,
portanto, a roda interna deve inclinar um pouco mais do que a externa, a fim de evitar atrito
excessivo dos pneus com o solo.
SET BACK (DIFERENÇA COAXIAL DOS EIXOS)
Set back representa o “atraso” de uma das rodas dianteiras, ou seja, a distância que uma
roda está “atrasada” em relação à outra.
O ângulo de set back é formado entre a linha geométrica central e perpendicular da linha do
eixo dianteiro (medido em º). Considera-se o set back positivo, quando a roda esquerda
está à frente da direita, e negativo quando a roda direita está à frente da esquerda.
C
α
α
β
β
C = centro instantâneo de rotação
Positivo Negativo
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• EFEITOS DO SET BACK
Ângulos de set back superiores a ± 15’ podem fazer com que o veículo puxe para o lado da
roda atrasada, bem como gerar instabilidade durante as freagens.
RAIO DE GIRO
O raio de giro é a distância entre o ponto de contato do pneu com o solo e a projeção do eixo
direcional. Quanto mais próximo esse impulso estiver da linha central do pneu, mais leve
fica o sistema de direção.
PARALELISMO TOTAL
Paralelismo total significa que as quatro rodas estão paralelas entre si, estas por sua vez,
paralelas à linha central do veículo e o volante centrado.
Esta situação é considerada ideal para a condução de um veículo.
centro geométrico
imaginário
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ÂNGULO DE DERIVAÇÃO DIRECIONAL (THRUST ANGLE)
É o ângulo que as rodas traseiras formam tomando como referência a linha central do
veículo. Quanto mais este ângulo se afasta de 0º (para a esquerda ou para a direita), mais
rapidamente os pneus se desgastam e cada vez mais o volante fica fora de centro.
Este ângulo pode ser corrigido ajustando-se a suspensão traseira ou utilizando-se kits de
reparação.
O veículo pode também ser alinhado na dianteira tomando como referência o Thurst Angle
traseiro, caso a traseira não permita ajustagem.
MÉTODOS DE ALINHAMENTO
ALINHAMENTO DAS RODAS DIANTEIRAS BASEADO NA LINHA GEOMÉTRICA CENTRAL
A convergência de cada roda dianteira é medida e ajustada, usando-se como referência a
linha geométrica central do veículo.
Este método foi usado por muitos anos, podendo proporcionar serviços de alinhamento
satisfatórios, desde que as rodas traseiras do veículo estejam posicionadas perfeitamente
paralelas a linha geométrica central.
THRUST LINE
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ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS
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No caso em que as rodas traseiras (eixo rígido ou suspensão independente) criam uma
linha direcional formando um ângulo com a linha geométrica central, a geometria da direção
sairá do seu ponto central e o volante ficará “torto” para um dos lados, quando o veículo
“rodar” em linha reta.
ALINHAMENTO DAS RODAS DIANTEIRAS BASEADO NA LINHA DIRECIONAL
Alinhar as rodas dianteiras baseando-se na linha direcional criada pelas rodas traseiras,
representa um avanço considerável sobre o método anterior.
Neste método a convergência traseira é medida (não ajustada); com esta medição determina-
se a linha direcional das rodas traseiras que é usada com referência para o ajuste das rodas
dianteiras.
Como resultado, na maioria dos casos, o volante ficará centrado quando o veículo se desloca
em linha reta.
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ALINHAMENTO TOTAL NAS QUATRO RODAS
Alinhamento total é o serviço mais completo, a convergência individual traseira é medida e
ajustada conforme as especificações do fabricante. Este ajuste faz coincidir a linha direcional
das rodas traseiras com a linha geométrica central direcional. Neste caso as quatro rodas
ficarão paralelas entre si e o volante centrado, teremos então o paralelismo total do veículo.
PROCEDIMENTOS PARA O SERVIÇO DE ALINHAMENTO
Inspeção de veículos
Pneus e aros
Componentes do sistema de direção e suspensão
• Verifique se não há desgastes anormais devido à pressão, camber e/ou convergência incorretos.
• Verifique se a medida do pneu, seu desenho e marca são iguais lado a lado.
• Não misture pneus radiais com diagonais (convencionais).
• Calibre os quatro pneus na pressão recomendada (use calibrador de precisão aferido).
• Verifique se os aros não estão trincados, torcidos ou amassados.
• Verifique o estado das mangas de ajuste, grampo e parafusos.
• Verifique o nível de desgaste das articulações.
• Verifique nos braços da suspensão o estado das buchas quanto a folga e danos.
• Controle o livre movimento das rodas em ambos os sentidos.
• Verifique se a barra de direção não apresenta desgaste ou folgas nas junções.
• Verifique a fixação da caixa de direção no chassi e se a folga lateral não é excessiva.
• No caso de veículos equipados com direção hidráulica, ligue o motor e observe se não existem vazamentos de óleo do motor
e se o nível do fluido está normal. Controle também o estado da correia de acionamento da bomba hidráulica.
• Gire o volante ligeiramente para ambos os lados para aliviar a pressão da bomba.
• Verifique o estado das buchas da barra estabilizadora e dos tirantes (caso houver).
• Verifique o estado das molas e amortecedores (observe a altura do veículo).
• Qualquer componente danificado deve ser substituído para se obter um serviço de alinhamento adequado.
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ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS
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SUSPENSÃO DIANTEIRA - PONTOS A INSPECIONAR
mola helicoidal
união flexível
haste do amortecedor
batentes da mola
tubo telescópico ou coluna
que aloja o amortecedor
manga do eixo da roda
braço triangular
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GUIA DE DETECÇÃO DE FALHAS
Vibrações
Fora plano da roda excessivo.
Excentricidade radial excessiva.
Rodas desbalanceadas.
Peças da suspensão com folgas.
Caster positivo excessivo.
Pneus com desgaste irregular.
Vibrações dos eixos ou componentes da transmissão.
Desgaste anormal dos pneus
Pressão dos pneus incorreta.
Rodas excêntricas.
Peças da suspensão com folgas.
Convergência ou divergência fora da especificação.
Camber fora da especificação.
Caster excessivo.
Divergência em curva incorreta.
Curvas em alta velocidade.
Freadas violentas.
Rodas desbalanceadas.
O veículo puxa para um lado
Pressão do pneu inadequada.
Ajuste incorreto do rolamento.
Barras ou molas de torção arriadas.
Braço ou tirante mal ajustado.
Peças da suspensão muito apertadas.
Freios desajustados.
Pneus de tamanhos diferentes.
Sistema hidráulico da direção.
Conicidade do pneu.
Caster errado (fora de tolerância).
Camber errado (fora do especificado).
Instabilidade
Pressão do pneu inadequada.
Ajuste incorreto da caixa de direção.
Terminais de direção com folgas.
Eixo traseiro mal ajustado.
Caster negativo excessivo.
Convergência ou divergência excessiva.
Pneus com deformações.
Amortecedores desgastados.
Buchas dos tirantes desgastadas.
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ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS
ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”
PIRELLI. Treinamento técnico em pneus e serviços. Apostilas técnicas.
HOFMANN. Linha automotiva. Catálogo de produtos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Outros materiais