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Exercícios Sobre Os Hebreus

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Exercícios Sobre Os Hebreus
Por meio destes exercícios sobre os hebreus, você poderá testar seus conhecimentos acerca de uma das mais importantes civilizações que se desenvolveram no Oriente Médio.
Publicado por: Cláudio Fernandes em Exercícios de História
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Questão 1
(UFPE) Entre os povos do oriente médio, os hebreus foram os que mais influenciaram a cultura da civilização ocidental, uma vez que o cristianismo é considerado como uma continuação das tradições religiosas hebraicas.
A partir do texto anterior, assinale a alternativa incorreta:
a) Originários da Arábia, os hebreus constituíram dois reinos: o de Judá e o de Israel na Palestina.
b) As guerras geraram a unidade política dos hebreus. Essa unidade se firmou primeiro em torno de juízes e, depois, em volta dos reis.
c) Os profetas surgiram na Palestina por volta dos séculos VIII e VII a.C., quando ocorreu uma onda de protestos dos trabalhadores contra os comerciantes.
d) A religião hebraica passou por diversas fases, evoluindo do politeísmo ao monoteísmo difundido pelos profetas.
e) Os hebreus organizaram-se social e economicamente com base na propriedade da terra, o que deu início à Diáspora.
ver resposta
Questão 2
(UFRN) Entre os hebreus da Antiguidade, os profetas eram considerados mensageiros de Deus, lembrando ao povo as demandas da justiça e da Lei dadas por Javé. Isaías, um dos profetas dessa época, em nome de Javé proclamou:
Ai dos que decretam leis injustas; dos que escrevem leis de opressão, para negarem justiça aos pobres, para arrebatarem o direito aos aflitos do meu povo, a fim de despojarem as viúvas e roubarem os órfãos! (Isaías 10:1-2)
Ai dos que ajuntam casa a casa, reúnem campo a campo, até que não haja mais lugar, e ficam como únicos moradores no meio da terra! (Isaías 5:8)
Esses pronunciamentos do profeta Isaías estão ligados a uma época da história hebraica em que ocorreu:
a) a saída dos hebreus do Egito, sob o comando de Moisés, e o estabelecimento em Canaã, conquistando as terras dos povos que ali habitavam.
b) a imigração para o Egito, quando os hebreus receberam terras férteis no delta do rio Nilo, por influência de José, que exercia ali o cargo de governador.
c) a formação de uma aristocracia, que enriquecera com o comércio e com a apropriação das terras dos camponeses endividados.
d) a conquista de Jerusalém por Nabucodonosor, quando os judeus foram despojados de suas terras e deportados para a Babilônia.
e) a=o domínio persa, como Ciro, o Grande, que massacrou milhares de camponeses hebreus.
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Questão 3
Na tradição muçulmana, há uma narrativa que associa o povo árabe ao patriarca Abraão e, de igual modo, entre os hebreus também há esse vínculo direto. Nos dois casos, o vínculo é sanguíneo e remete aos filhos do referido patriarca, que eram, respectivamente:
a) José, para os hebreus, e David, para os árabes.
b) Ismael, para os árabes, e Isaque, para os hebreus.
c) Jacó, para os hebreus, e Judá, para os árabes.
d) Isaque, para os árabes, e Ismael, para os hebreus.
e) Ismael, para os hebreus, e Salomão, para os árabes.
ver resposta
Questão 4
O termo semita é comumente usado para referir-se aos hebreus (ou judeus), tal como o termo antissemita é usado para qualificar o tipo de discurso ou ideia pessoal que tem por objetivo hostilizar a cultura hebraica. A origem desse termo, segundo a tradição hebraica, remete à figura de:
a) Sem, um profeta obscuro da época dos patriarcas.
b) Sem, um rei babilônico que dominou a Mesopotâmia.
c) Nenhuma das alternativas.
d) Sem, filho de Noé.
e) Sem, isto é, os hebreus seminômades que habitavam a península arábica.
ver resposta
Respostas
Resposta Questão 1
LETRA E
A diáspora hebraica não ocorreu em razão da organização social e econômica baseada na propriedade de terras (inclusive, durante uma boa parte da constituição enquanto civilização, os hebreus eram seminômades), mas por esse povo ter sido submetido ao domínio de outras civilizações, como a babilônica e, posteriormente, a romana e a árabe.
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Resposta Questão 2
LETRA C
Os textos proféticos do Antigo Testamento, além de guardarem consigo, segundo a tradição judaico-cristã, o anúncio da vinda do Messias, também revelam muitos aspectos do contexto histórico que permeava a vida dos hebreus daquele período. O trecho em questão evidencia a crítica do profeta Isaías àqueles que se enriqueceram às custas da população camponesa.
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Resposta Questão 3
LETRA B
Segundo a tradição hebraica, o filho de Abraão com sua esposa, Sara, chamado Isaque, fundou a descendência que daria origem à linhagem do “povo eleito”, o povo de Israel. Na tradição árabe islâmica, Ismael, filho de Abraão com a escrava de Sara, chamada Agar, teria dado origem às linhagens de povos árabes, habitantes do deserto.
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Resposta Questão 4
LETRA D
Sem, segundo o Gênesis, era um dos três filhos de Noé (sendo os outros dois Cam e Jafé). Segundo a tradição hebraica, foi de Sem que derivou a linhagem do “Povo eleito”. Ele teria sido o filho abençoado de Noé que deu origem à linhagem que conduziu o povo de Deus à “Terra Prometida”.
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Hebreus - Monarquia, Diáspora e Reunificação
O primeiro dos reis hebraicos foi Saul, que após sofrer algumas derrotas militares veio a sofrer forte pressão de alguns oponentes ao seu governo. Não suportando tamanha oposição, o rei Saul cometeu suicídio e deixou o trono vago para que um jovem e destemido guerreiro, chamado Davi, viesse a assumir o trono hebraico. Entre os anos de 966 a.C. e 933 a.C., o rei Salomão, filho de Davi, atingiu o apogeu do governo monárquico com a construção do Templo de Jerusalém.
A política marcada pela construção de grandes templos e palácios acabou fazendo com que o governo de Salomão sofresse forte oposição por conta dos trabalhos forçados e o grande número de impostos exigidos da população. A morte do rei Salomão em 935 a.C., acabou fixando uma verdadeira crise sucessória que findou com a divisão das tribos em dois novos Estados: o primeiro seria o Reino de Israel – formado por dez tribos do norte com capital e Samaria – e o Reino de Judá, compostos pelas tribos de Benjamin e Judá.
A divisão política e territorial acabou expondo os hebreus militarmente, que em pouco tempo foram dominados por outras civilizações. No ano de 721 a.C., os assírios conquistaram o Reino de Israel, o que acabou fazendo com que as dez tribos que o formavam viessem a desaparecer. Séculos mais tarde, o rei babilônico Nabucodonosor foi responsável pelo processo de dominação do Reino de Judá, quando ordenou a transferência destes para a região Mesopotâmica.
O chamado Cativeiro da Babilônia durou quase meio século e só chegou ao fim quando o rei persa Ciro I libertou os judeus. A partir daí, realizaram uma nova peregrinação com direção à cidade de Jerusalém. Nesse período se organizaram em um pequeno Estado subjugado pelos persas. Depois disso, outras civilizações expansionistas realizaram o domínio sobre o povo hebreu. Em 332 a.C., o rei macedônico Alexandre foi responsável por controlar os judeus.
O controle dos macedônicos só chegou ao seu fim quando,no século I a.C., os romanos passaram a conquistar os territórios anteriormente dominados pelo Império Macedônico. A partir de então, os judeus ficaram sobre o controle do Império Romano. Nessa época, as profecias sobre a vinda de um novo salvador (messias) instituíram um movimento de resistência contra as exigências impostas pelas leis romanas. Foi nesse período que Jesus (tido como um profeta abençoado) surgiu na história judaica.
A conflituosa relação entre hebreus e romanos chegou ao seu fim quando os exércitos romanos esmagaram estes levantes e expulsaram os hebreus de Jerusalém, em 70 a.C.. Eles se espalharam ao longo das províncias romanas, marcando um episódio da história hebraica conhecido como Diáspora. A partir desse momento, começaram a viver em pequenas comunidades que preservaram os pontos fundamentais de sua cultura religiosa.
A reorganização do povo judeu em um único Estado só veio a se realizar no século XIX, quando diversos influentes e poderosos membros da comunidade judaica defenderam o movimento sionista. Esse movimento incentivava os judeus a retornarem à região da Palestina, local onde constituíram os principais eventos ligados à tradição cultural, religiosa e política.
Após a Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945), o projeto sionista ganhou singular força política. A perseguição e os horrores sofridos pela comunidade judaica durante o Holocausto Nazista deram suporte para que seus líderes exigissem a criação de um novo Estado de Israel na região da Palestina. No ano de 1948, o povo judaico começou a voltar para sua terra de origem, até então ocupada pelos árabes.
A instalação dos judeus na região Palestina incitou uma delicada situação política em relação aos palestinos. Em mais de meio século, diversas lutas entre palestinos e judeus colocavam em questão a legitimidade das ações expansionistas e a legitimidade do Estado judaico. A questão ainda permanece em aberto e, vezes após outra, episódios terroristas de autoria palestina e a repressão militar judaica se enfrentam em prol de diferentes interesses.
O povo hebreu é proveniente da região Palestina, região atualmente próxima ao Líbano, ao Deserto da Arábia e à Síria. Sua localização estratégica a transformou em um dos principais entrepostos comerciais do mundo antigo e o extenso Rio Jordão abrigou a grande maioria das cidades fundadas na região. Entre os principais povos que maior influência exerceu sobre o território palestino, damos maior destaque aos hebreus e os palestinos.
Esses dois povos por muito tempo disputaram a hegemonia territorial política da região e, até hoje, protagonizam um dos mais antigos conflitos da história. Os hebreus têm origem semita e se consolidaram ao longo do Rio Jordão praticando atividades agro-pastoris. Foi aproximadamente no II milênio a.C. que o povo hebreu passou a organizar um movimento populacional de motivação religiosa: a busca da “Terra Prometida”, região equivalente ao território da Palestina.
A sociedade hebraica deste período era essencialmente patriarcal. Entre os principais líderes se destacava Abrão, que conforme o relato bíblico seria o responsável por conduzir os hebreus para região de Canaã. De acordo com algumas pesquisas, a chegada dos hebreus à Terra Prometida teria sido consolidada durante o século XVIII a.C.. Nessa região haviam diferentes povos fixados como os filisteus, cananeus, amalecitas, edomitas, moabitas e arameus.
Aproximadamente em 1750 a.C., uma grande seca desestabilizou a economia hebraica, forçando-os a se deslocarem em direção ao Egito. Chegando à região do Delta do Nilo, os hebreus mantiveram forte contato com os hicsos, que dominavam a região naquele período. A relação amistosa com os hicsos chegou ao fim quando os egípcios dominaram a região e passaram a controlar os hebreus enquanto escravos. Foi somente no final do século XIII a.C. que os hebreus fugiram do Egito sob a liderança de Moisés.
Esse importante episódio da civilização hebraica ficou conhecido como Êxodo e iniciou uma extensa fase de peregrinação do povo hebreu rumo à região Palestina. Durante esse período, de acordo com a narrativa bíblica, os hebreus empreenderam diversas lutas que restabeleceram a hegemonia hebraica na região Palestina. Josué, sucessor do líder Moisés, foi responsável por dividir os antigos clãs em doze tribos distintas. O contato com os povos vizinhos influenciou os costumes e as tradições hebraicas.
Para evitar a desunião religiosa e política do povo hebreu, o sistema de organização política dos hebreus foi posteriormente sucedido pelos juízes, que controlavam as questões militares e religiosas do povo hebreu. Entre os principais juízes estavam Jefté, Gedeão, Sansão e Samuel. Por volta de 1000 a.C., o processo de centralização política dos hebreus chegou a seu ápice com a instituição de um governo monárquico.
https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/civilizacao-hebraica.htm
Jerusalém é uma das cidades mais importantes do mundo e alvo de inúmeras controvérsias políticas e religiosas. Controlada, atualmente, pelo Estado de Israel, é considerada sagrada por três grandes religiões: judaísmo, cristianismo e islamismo.
Na política, a controvérsia está no fato de que israelenses e palestinos exigem que a cidade seja sua capital. Jerusalém não é alvo de polêmicas somente na atualidade, pois, ao longo de sua história, foi disputada e conquistada por inúmeros povos.
Acesse também: Conheça a história de outra grande cidade: São Petersburgo na Rússia
Fundação de Jerusalém
Os historiadores não têm conhecimento a respeito dos primeiros habitantes de Jerusalém e não sabem determinar quando a cidade surgiu. O artefato mais antigo que arqueólogos encontraram em Jerusalém foram cerâmicas velhas datadas de 3200 a.C. As grandes cidades de Canaã surgiram exatamente nesse período, mas, ainda assim, não é possível precisar exatamente quando Jerusalém surgiu, segundo a escritora Karen Armstrong1.
As informações a respeito desses primeiros anos da história de Jerusalém são muito difíceis de serem apuradas em virtude da ausência de evidências. O que os historiadores sabem é que, por volta do século XX a.C., a região de Canaã passou a ser influenciada pelos egípcios. Além disso, próximo às muralhas encontradas em parte de Jerusalém, havia artefatos que datavam de 1800 a.C.
A primeira menção à Jerusalém que se tem conhecimento é uma obra dos egípcios em um conjunto de vasos que faziam parte de um ritual para amaldiçoar a cidade. Não se sabe, no entanto, os motivos de os egípcios amaldiçoarem Jerusalém, uma vez que ela não ocupava uma posição expressiva em Canaã.
Nesses artefatos egípcios, Jerusalém é chamada de Rushalimum, nome que indica a influência da religião síria sobre Canaã, mesmo com o domínio político sendo exercido por egípcios. O termo “Rushalimum” significa “Shalem fundou”. Shalem era um dos principais deuses da mitologia cananeia. Karen Armstrong afirma que esse e outros artefatos egípcios levaram os historiadores a concluírem que, por volta do século XVIII a.C., Jerusalém já possuía o poder centralizado na figura de um rei2.
Após o registro feito pelos egípcios, os historiadores não sabem o que aconteceu em Jerusalém entre os séculos XVIII a.C. e XIV a.C. Existem historiadores que sugerem o esvaziamento da cidade nesse período. Assim, informações consistentes sobre Jerusalém foram conhecidas somente após o século XIV a.C.
Os historiadores sabem que os egípcios permaneceram influentes em Canaã e que, a partir do século XV a.C., tiveram que lidar com os hurritas, povo da Mesopotâmia que invadiu Canaã. Os hurritas, muito provavelmente, exerceram alguma influência sobre Jerusalém, uma vez que a cidade possuiu um governante com nome de origem hurrita.
Por volta do século XIV a.C., documentos egípcios apontam a existência de inúmeras guerras entre as cidades-estado cananeias. Essas guerras não receberam muita atenção dos egípcios, que, nesse período, estavam mais preocupados em combater os hititas, povo que havia formado um império na região da atual Turquia.
Foi, provavelmente,nesse contexto que os jebuseus estabeleceram-se em Jerusalém. Há alguns historiadores que afirmam que eles chegaram a Canaã no século XIII a.C., enquanto outros apontam que isso aconteceu no século XII a.C. Os jebuseus chamavam Jerusalém de Jebus e dominaram-na até o ano 1000 a.C. Nesse ano, os hebreus, liderados por Davi, rei do Reino de Israel, conquistaram a cidade.
Do domínio hebreu à diáspora
Após ter sido conquistada pelos hebreus, Jerusalém tornou-se capital do Reino de Israel. Davi alterou o nome da cidade para Ir Davi, que significa “cidade de Davi”, e ordenou que um templo fosse construído para depositar a Arca da Aliança, artefato sagrado para os hebreus. O templo foi finalizado em 950 a.C., durante o reinado de Salomão, filho de Davi, e ficou conhecido como Templo de Salomão.
O reinado de Salomão foi o período de maior prosperidade do Reino de Israel. Após sua morte, a monarquia dos hebreus estendeu-se ainda por alguns séculos. A partir do século VIII a.C., Jerusalém passou a ser dominada por diferentes povos. Em 733 a.C., tornou-se uma cidade vassala dos assírios e, posteriormente, foi conquistada por caldeus e por persas.
A conquista dos caldeus resultou na destruição do Templo de Salomão e no esvaziamento de Jerusalém a partir de 586 a.C. Depois que os caldeus foram derrotados e conquistados pelos persas, os hebreus, que foram levados como escravos para a Babilônia, foram autorizados a retornar para sua terra. Assim, reconstruíram o templo em 515 a.C.
Séculos depois, com a derrota dos persas pelos macedônios, Jerusalém passou para as mãos desse povo. Após a morte de Alexandre, o Grande, a Palestina – região em que se localiza Jerusalém – foi disputada por ptolomeus e selêucidas. Entre 167 a.C. e 40 a.C., a cidade foi dominada por uma dinastia independente de judeus, conhecida como dinastia asmoneia.
Entre 40 a.C. e 37 a.C., a Palestina foi controlada pelos partos. A partir de 37 a.C., a região foi oficialmente conquistada pelos romanos, que, liderados por Herodes, enviaram uma força que conquistou Jerusalém no mesmo ano. Com a conquista, os romanos passaram a controlar de fato a Palestina, região na qual já tinham certa influência.
Durante os anos que os romanos conquistaram Jerusalém e Palestina, destacam-se duas revoltas organizadas pelos judeus na região. Em 70 d.C., em decorrência de uma dessas revoltas, os romanos impuseram um cerco que se estendeu durante seis meses e, em 134 d.C., após uma novo conflito, decretaram a expulsão de todos os judeus de Jerusalém.
Jerusalém durante a Idade Média
Jerusalém permaneceu dominada pelos romanos até o ano de 476 d.C., quando aconteceu a desagregação (queda) do Império Romano do Ocidente. Com isso, a cidade passou ao domínio do Império Romano do Oriente, conhecido como Império Bizantino. Entre 614 e 628, o controle dos bizantinos sobre Jerusalém foi desafiado pelos sassânidas, mas, após catorze anos, os bizantinos reconquistaram a cidade.
Em 637, o poder dos bizantinos sob Jerusalém encerrou-se de vez, e a cidade foi conquistada pelas tropas lideradas por califa Omar. Nesse ano, o patriarca da cidade, chamado Sofrônio, negociou a rendição de Jerusalém a Omar e à tropas do Califado Ortodoxo. Mesmo com a conquista, judeus e cristãos receberam o direito de continuar com sua religião, desde que pagassem um imposto por isso.
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Essa garantia de liberdade de culto foi mantida em Jerusalém até o século XI, quado o califa egípcio al-Hakim ordenou perseguição contra cristãos e judeus. Durante o califado de al-Hakim, em 1009, uma ordem foi emitida para destruir todas as igrejas cristãs, incluindo a Igreja do Santo Sepulcro, em Jerusalém.
Em 1905, o papa Urbano II, durante o Concílio de Clermont, na Europa, emitiu o anúncio para as Cruzadas. Essa convocação atendia aos interesses da Igreja Católica. Quatro anos depois, as tropas cristãs estavam à beira de Jerusalém para conquistar a cidade.
Saladino, líder dos aiúbidas, liderou o ataque a Jerusalém em 1187.
O ataque contra Jerusalém foi iniciado em 13 de julho de 1099, resultando na sua conquista pelos cristãos. O governante de Jerusalém, Iftikhar al-Dawla, conseguiu fugir após negociar um salvo-conduto que o permitiu escapar com vida. O restante da população foi vítima de um massacre promovido pelas tropas cristãs que conquistaram a cidade.
Na sequência dos acontecimentos, Jerusalém foi conquistada por Saladino, líder dos aiúbidas em 1187. Em 1229, o sultão do Egito al-Kamil negociou um acordo com o rei do Sacro Império Romano-Germânico e entregou a cidade novamente aos cristãos, sob a condição de que eles não reconstruiriam as muralhas da cidade. Em 1244, os aiúbidas conquistaram novamente Jerusalém, e, em 1260, a cidade foi conquistada pelos mamelucos. Em 1517, o domínio mameluco teve fim com a conquista de Jerusalém pelos otomanos, que permaneceram lá até 1917.
Acesse também: Conheça como foi o desenvolvimento das cidades medievais
Jerusalém no século XX
Ahmet Cemal, um dos três paxás do Império Otomano, em visita a Jerusalém durante a Primeira Guerra Mundial.*
Os otomanos dominaram Jerusalém durante 400 anos, e esse domínio só teve fim com a Primeira Guerra Mundial. Durante esse conflito, os otomanos estiveram presentes na Tríplice Aliança e lutaram ao lado da Alemanha. O conflito estendeu-se de 1914 a 1918 e foi encerrado com a derrota da Tríplice Aliança.
Com a derrota otomana, seu império foi dissolvido, e a Palestina foi ocupada pelos britânicos entre 1917 e 1920. A partir de 1920, a ocupação dos britânicos oficializou-se como domínio, então, surgiu a Palestina Britânica. O atual conflito entre palestinos (árabes) e israelenses surgiu nesse momento.
O conflito iniciou-se porque os britânicos prometeram tanto a judeus quanto aos palestinos que um Estado nacional seria criado naquela região. Esse compromisso tornou-se um problema, uma vez que ambos queriam formar um Estado nacional no mesmo local e não aceitavam negociação.
Esse conflito entre árabes e israelenses também remonta ao surgimento do sionismo, no final do século XIX. Criado por um jornalista húngaro e judeu chamado Theodor Herzl, propunha a criação de um Estado nacional para os judeus na Palestina em resposta ao crescente antissemitismo que havia na Europa.
Com isso, os judeus começaram a organizar-se enquanto comunidade e a atuar na defesa da criação de seu Estado na Palestina. Além disso, milhares de judeus começaram a mudar-se para a Palestina e a estabelecer-se em cidades da região. Com isso, a população judia em Jerusalém saltou de 6 mil pessoas, em 1850, para mais de 34 mil, em 19223.
A situação que envolvia Jerusalém e Palestina tornou-se complexa pelo fato de que a região era ocupada, há séculos, pelos árabes. Com o fim do domínio turco, os árabes esperavam que seu Estado nacional surgisse na região, conforme garantido pelos britânicos– que prometeram o mesmo para os judeus.
Quando os palestinos perceberam que os britânicos não cumpririam sua promessa e que os judeus queriam a mesma região que eles – a Palestina –, um movimento nacionalista surgiu como forma de defender os interesses dos árabes palestinos. O grande nome do nacionalismo árabe nas décadas de 1920 e 1930 foi Hajj Amin al-Husseini, o mufti de Jerusalém (maior autoridade religiosa dos muçulmanos na cidade). O nacionalismo árabe na Palestina agravou o conflito entre os lados, pois os palestinos não aceitavam, em hipótese alguma, dividir a Palestina com os judeus.
Os judeus, por sua vez, organizaram-se, e alguns formaram grupos que atuavam por meio de atentados terroristas, como foi o caso do Irgun, fundado em 1931. O agravamento da relação entre árabes e judeus pelo controle da Palestina fez com que os britânicos entregassem o domínio da cidade para a Organização das Nações Unidas (ONU), no ano de 1947.
Sob o domínio da ONU, essa questão foi concluída com uma assembleia em 1947, que decidiu pela divisão da Palestina entre árabes e judeus. Parte do território formaria o Estado de Israel, enquanto a outra parte formariao Estado da Palestina. A cidade de Jerusalém ficaria sob domínio internacional.
Os países árabes não aceitaram a decisão emitida pela resolução da ONU. Assim, quando o Estado de Israel foi oficialmente fundado, em 1948, uma guerra iniciou-se: a Primeira Guerra Árabe-Israelense. O resultado foi desastroso para os palestinos, que perderam parte considerável de seus territórios e viram Jerusalém ser dividida entre israelenses e jordanianos.
Durante a Guerra dos Seis Dias, travada em 1967, Israel conquistou Jerusalém Oriental.
Enquanto os israelenses dominaram Jerusalém Ocidental, jordanianos dominaram Jerusalém Oriental. Essa divisão permaneceu até meados de 1967, quando os israelenses conquistaram Jerusalém Oriental durante a Guerra dos Seis Dias. Desde então, a cidade sagrada está sob o controle do governo israelense.
Qual é a capital de Israel: Jerusalém ou Tel Aviv?
Atualmente, o Estado de Israel considera que sua capital é a cidade de Jerusalém, que também é reivindicada pelos palestinos para ser a capital do Estado da Palestina (quando este surgir). A comunidade internacional, por sua vez, não reconhece Jerusalém como capital de Israel e afirma que Tel Aviv é a capital desse país.
_______________________________
*Créditos da imagem: Everett Historical e Shutterstock
1 ARMSTRONG, Karen. Jerusalém: uma cidade, três religiões. São Paulo: Companhia das Letras, 2000, p. 23.
2 Idem, p. 27.
3 Idem, p. 403.
A mesquita de Al-Aqsa, construída em Jerusalém, está localizada dentro dos limites da Cidade Velha.
Publicado por: Daniel Neves Silva
https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/historia-jerusalem.htm
Exercícios Sobre A História De Jerusalém
Coloque os seus conhecimentos à prova a respeito de uma das cidades mais antigas e cheias de história da humanidade e que é alvo de tensões: Jerusalém.
Publicado por: Daniel Neves Silva em Exercícios de História
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Questão 1
Ao longo de sua história milenar, Jerusalém esteve sobre o domínio de diferentes povos e por conta disso foi nomeada de diferentes formas. Após a cidade ser conquistada pelos hebreus, por volta do século X a.C., ela foi renomeada de:
a) Jebus.
b) Rushalimum.
c) Ir Davi.
d) Baalit.
e) Tiro.
ver resposta
Questão 2
Desde meados do século XX, a porção oriental de Jerusalém foi ocupada pelos israelenses e, a partir de então, nunca foi devolvida aos palestinos (povo que reivindica essa parte de Jerusalém). Isso aconteceu durante qual conflito?
a) Guerra de Yom Kippur
b) Intifada
c) Guerra dos Seis Dias
d) Guerra do Sinai
e) Primeira Guerra Árabe-israelense
ver resposta
Questão 3
Como se chama o movimento surgido no final do século XIX que defendia o retorno dos judeus para a terra de seus ancestrais e a criação, nesse local, de um Estado nacional para esse povo? Esse movimento criado pelo jornalista húngaro Theodor Herzl ficou conhecido como:
a) judaísmo.
b) zelotismo.
c) cabala.
d) sionismo.
e) israelismo.
ver resposta
Questão 4
Selecione a alternativa que mostra um povo que não conquistou Jerusalém ao longo da história.
a) Jebuseus
b) Hebreus
c) Persas
d) Caldeus
e) Sumérios
ver resposta
Respostas
Resposta Questão 1
LETRA C
No século X a.C., a cidade de Jerusalém foi conquistada pelos hebreus liderados pelo Rei Davi. O local, até então, estava na posse dos jebuseus e, com a conquista dos hebreus, ele foi renomeado de Ir Davi, que significa “cidade de Davi”.
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Resposta Questão 2
LETRA C
A porção de Jerusalém Oriental, entre 1948 e 1967, esteve sob a posse dos jordanianos e, durante a Guerra dos Seis Dias, os israelenses conquistaram esse parte da cidade mantendo esse controle até os dias de hoje. Durante essa guerra, os israelenses conquistaram outros locais na região, como as Colinas de Golã, pertencentes à Síria.
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Resposta Questão 3
LETRA D
O sionismo foi criado por Theodor Herzl, jornalista húngaro, que no final do século XIX escreveu um livro chamado Der Judenstaat (O Estado Judeu). Nesse livro, Herzl argumenta sobre a possibilidade de criação de um Estado nacional para os judeus na Palestina. Com isso, surgiu o sionismo, que estruturou política e financeiramente o retorno dos judeus para região.
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Resposta Questão 4
LETRA E
Entre as alternativas citadas, os únicos que não conquistaram Jerusalém foram os sumérios, um povo mesopotâmico que se estabeleceu na região por volta de 3000 a.C. Os sumérios viviam em cidades-estado e não chegaram a formar um império com fronteiras estabelecidas. Jebuseus, hebreus, persas e caldeus, em algum momento da história, conquistaram Jerusalém.
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