Prévia do material em texto
Terapêutica em cirurgia oral menor ● A importância da consulta odontológica inicial ○ Anamnese dirigida ○ exame físico ○ classificação ASA ○ avaliação dos sinais vitais e interpretação clínica ○ relação profissional com os médicos ● Paciente ASA I ○ Paciente saudável, que de acordo com a história médica não apresenta nenhuma anormalidade. Mostra pouca ou nenhuma ansiedade, sendo capaz de tolerar muito bem o estresse ao tratamento dentário, com risco mínimo de complicações. ● Paciente ASA II ○ Paciente portador de doença sistêmica moderada ou de menor tolerância que o ASA I, por apresentar maior grau de ansiedade ou medo ao tratamento odontológico. Pode exigir certas modificações no plano de tratamento, de acordo com cada caso particular (por exemplo troca de informações com o médico, menor duração das sessões de atendimento, cuidados no posicionamento da cadeira odontológica, protocolo de sedação mínima, menores volumes de soluções anestésicas, etc). Apesar da necessidade de certas precauções, o paciente ASA II também apresenta risco mínimo de complicações durante o atendimento. ○ Paciente extremamente ansioso, com história de episódios de mal estar ou desmaio na clínica odontológica ○ Paciente com > 65 anos ○ obesidade moderada ○ primeiros dois trimestres da gestação ○ hipertensão arterial controlada com medicação ○ diabético tipo II, controlado com dieta e/ou medicamentos ○ portador de distúrbios convulsivos, controlados com medicação ○ asmático, que ocasionalmente usa broncodilatador em aerosol ○ tabagista, sem doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) ○ angina estável, assintomática, exceto em extremas condições de estresse ○ paciente com história de infarto do miocárdio, ocorrido há mais de 6 meses, sem apresentar sintomas ● Paciente ASA III ○ Paciente portador de doença sistêmica severa, que limita suas atividades. Geralmente exige algumas modificações no plano de tratamento, sendo imprescindível a troca de informações com o médico. O tratamento odontológico eletivo não está contraindicado, embora este paciente represente um maior risco durante o atendimento ○ Obesidade mórbida ○ último trimestre da gestação ○ diabético tipo I (que faz uso de insulina), com a doença controlada ○ hipertensão arterial na faixa de 160-194 a 95-99mmHg ○ história de episódios frequentes de angina do peito, apresentando sintomas após exercícios leves ○ insuficiência cardíaca congestiva, com inchaço dos tornozelos ○ doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema ou bronquite crônica) ○ episódios frequentes de convulsão ou crise asmática ○ paciente sob quimioterapia ○ hemofilia ○ história de infarto do miocárdio, ocorrido a mais de 6 meses, mas ainda com sintomas (por exemplo dor no peito ou falta de ar) ● Paciente ASA IV Paciente acometido de doença sistêmica severa, que está sob constante risco de morte. Quando possível, procedimentos dentais eletivos devem ser postergados ate que o paciente se enquadre em ASA III. As urgências odontológicas devem ser tratadas de maneira mais conservadora que a situação permitia. Quando houver indicação inequívoca como pulpectomia ou exodontia, a intervenção deve ser feita em ambiente hospitalar. ● paciente com dor no peito ou falta de ar, enquanto sentados, sem fazer atividade ● paciente que acordam durante a noite com dor no peito ● pacientes com angina que está piorando ● história de infarto no miocárdio ou de acidente vascular encefálico no período dos últimos 6 meses, com pressão arterial maior 200/100 mmHg ● pacientes que necessitam de administração de oxigênio de forma contínua Paciente ASA V: Em fase terminal, quase sempre hospitalizado, cuja expectativa de vida não é maior do que 24 horas, com ou sem cirurgia planejada. Procedimentos odontológicos são contra indicados. ● pacientes com doença renal, hepática ou infecciosa em estágio terminal; ● pacientes com câncer terminal Paciente ASA VI: Com morte cerebral declarada, cujos órgão serão doados. Não há indicação para tratamento odontológico. Formas farmacêuticas líquidas: Soluções administradas por via oral: solução gotas ou solução oral, “gotas” não é a forma farmacêutica, e sim solução. Soluções cavitárias: Colutórios: destinados a aplicação local sobre as estruturas da cavidade bucal, na forma de bochechos ou irrigações. Ex: digluconato de clorexidina. Soluções injetáveis: soluções ou suspensões esterilizadas, livres de pirogênios, isotônicas, acondicionadas em ampolas ou frasco-ampolas, indicadas para administração parenteral. Vias de administração: Enteral: oral, sublingual, bucal e retal; Parenteral: intramuscular, endovenosa, intradérmica, submucosa, endodôntica, inalatória. Terapêutica na cirurgia bucal: midazolam: mais usado em odonto Exodontias por via alveolar e pequenas cirurgias de tecidos moles: Expectativa do operador: desconforto ou dor de intensidade leve no período pós operatório Cuidados pré operatórios: remoção de cálculos grosseiros e de placa dentária por meio de raspagem e aplicação de jato dde bicarbonato de sódio. Sedação mínima: ansiedade apreensão não podem ser controlados por métodos não farmacológicos. Midazolam 7,5mg 30 min antes do procedimento. Antissepsia intrabucal: paciente bochechar 15 ml de digluconato de clorexidina 0,12% por 1 min. Antissepsia extra bucal: digluconato de clorexidina 2%. Analgesia preventiva: dipirona 500 mg a 1g (20-40 gotas), ao término da intervenção, ainda no consultório. Prescrever doses de manutenção com intervalos de 4h, por um periodo de 24h pós operatórias. Paracetamol 750mg ( a cada 6 horas), ou ibuprofeno 200 mg (a cada 6 h), para quem tem intolerância a dipirona. Exodontias por via não alveolar (ostectomia e odontossecção) e cirurgias pré protéticas com deslocamento tecidual intenso , remoção de dentes inclusos ou impactados. Expectativa do operador: dor moderada a intensa, acompanhada de edema inflamatório e limitação da função mastigatória. Cuidados pré operatórios: remoção de cálculos grosseiros e de placa dentária por meio de raspagem e aplicação de jato dde bicarbonato de sódio. Sedação mínima: ansiedade apreensão não podem ser controlados por métodos não farmacológicos. Midazolam 7,5mg 30 min antes do procedimento. Profilaxia antibiótica: Indicado quando há relato de história prévia de pericoronarite. Administrar 1g de amoxicilina, 1 h antes da intervenção. Clindamicina 300 g para alergicos a penicilina. Antissepsia intrabucal: paciente bochechar 15 ml de digluconato de clorexidina 0,12% por 1 min. Antissepsia extra bucal: digluconato de clorexidina 2%. Analgesia perioperatória: 4-8 mg de dexametasona (1-2 comprimidos de 4mg), a serem tomados 1 h antes da intervenção. Administrar 1g (40 gotas) de dipirona sódica ao final do atendimento. Prescrever 500 mg (20 gotas) a cada 4 h por periodo de 24 horas. Caso a dor persista após esse período, prescrever nimesulida 100 mg por via oral, ou cetorolaco 10 mg sublingual a cada 12 horas, por 48 horas. Cuidados pós operatórios: escovação cuidadosa, bochechar levemente 15 ml de clorexidina 0,12 de manhã e noite até a retirada da sutura. Antibióticos para terceiros molares: 1-2 g de amoxicilina, em dose única pré operatória 1 h antes da intervenção. Para alérgicos, clindamicina 300mg