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Apostila - Corpo Humano e Psicologia do Esporte

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IBF – INSTITUTO BRASILEIRO DE FORMAÇÃO 
 
2017 
Corpo Humano e 
Psicologia do Esporte 
 
Mestre Wagner Correia Santos 
 
2 
 
CORPO HUMANO E PSICOLOGIA DO ESPORTE 
 
 
Wagner Correia Santos 
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/7600534072212359 
 
 
Resumo 
 
O artigo trata de aspectos relevantes na área da saúde, abordando 
conhecimentos nas disciplinas relacionadas ao corpo humano como anatomia 
humana aplicada a educação física, biologia aplicada a educação física, 
fisiologia aplicada a educação física, psicologia do esporte na infância e na 
adolescência e ergonomia. Além de proporcionar conhecimento do corpo 
humano no âmbito estrutural e funcional a partir do que o compõe, trazendo 
conceitos relacionados às organizações biológica e fisiológica. Outros dois 
pontos extremamente importantes, a psicologia esporte aplicada na infância e 
na adolescência e a ergonomia relacionada à atividade física e/ou esporte, 
serão abordados de maneira a contribuir na construção do conhecimento. 
 
Palavras-chave: Anatomia; Fisiologia; Psicologia; Ergonomia; Atividade física. 
 
Introdução 
 
O corpo humano é uma estrutura extremamente complexa e organizada, 
podemos compará-lo a grandes organizações institucionais e seus 
organogramas que se interligam por redes de comunicação e controle. Neste 
sentido serão apresentados conceitos anatômicos relacionados à localização, 
detalhes e divisões, que harmonicamente se ajustam no propósito de manter o 
perfeito equilíbrio anatômico do corpo humano. 
 
3 
 
O artigo propiciará agradável viagem pela área do conhecimento que trata da 
formação dos diferentes tipos de tecidos que formam os órgãos e sistemas que 
contribuem efetivamente na manutenção da unidade funcional que compõe o 
corpo humano. Na abordagem fisiológica, vamos estudar conhecimentos 
necessário para entender a interligação funcional que existe entre cada um dos 
setores formados pelo arranjo estrutural. 
 
Integrando conhecimentos adquiridos em estudos referentes a biologia celular 
e fisiologia, vamos entender como o corpo humano manipula a energia 
necessária para manutenção das funções vitais das células e no aumento da 
demanda energética advindas da atividade muscular para produção de 
movimento. Toda manipulação energética se dá pela cascata de reações 
químicas que conhecemos por anabolismo ou catabolismo, dependendo das 
exigências e do direcionamento metabólico. 
 
Partindo para uma abordagem mais amplamente integrativa entre diversos 
corpos humanos e o meio ambiente, vamos estudar questões de 
relacionamento, com proposições apresentadas pela área do conhecimento da 
psicologia, que constroem as relações de convivência sustentável entre as 
individualidades orgânicas e os conhecimentos da área da ergonomia, 
responsável por ajustar a convivência harmônica do corpo humano e os 
diversos objetos que compõem o ambiente, no propósito de manter posturas 
adequadas buscando a preservação das estruturas do arcabouço esquelético e 
consequentemente de suas estruturas internas. 
 
 
1. Anatomia Humana Aplicada a Educação Física 
 
 
A anatomia é a ciência que estuda a estrutura do corpo humano e segundo 
Tortora e Derrickson (2016) dividida em: (1) anatomia macroscópica, estuda 
estruturas que podem ser examinadas sem microscópio; (2) anatomia 
sistêmica, estuda a estrutura de sistemas específicas do corpo; (3) anatomia 
4 
 
regional, estuda regiões específicas do corpo; (4) anatomia de superfície, 
estuda pontos de superficiais do corpo para compreensão da anatomia interna 
por meio da visualização e da palpação; (5) anatomia por imagens, estuda 
estruturas que podem ser examinadas por meio de radiografias, ressonância 
magnética e tomografia computadorizada; e (6) anatomia patológica, estuda 
alterações estruturais associadas às doenças. 
 
Na intenção de padronizar e facilitar, as descrições anatômicas são observadas 
com o indivíduo em posição anatômica, que segue o padrão: indivíduo 
encontra-se de pé de frente para o observador, com a cabeça voltada para a 
frente e o olhar na linha do horizonte, com os membros superiores pendentes 
ao longo do corpo, com as palmas das mãos voltadas anteriormente e os 
membros inferiores justapostos, com os dedos dos pés direcionados 
anteriormente (DANGELO E FATINI, 2007). 
 
Conhecer a organização morfológica do corpo humano, suas partes, regiões e 
cavidades propicia ao profissional de educação física, conhecer e dominar 
conceitos de normalidade desenvolvendo habilidades para identificar variações 
anatômicas e diferenciá-las das anomalias, conceituadas como variações 
morfológicas que causam perturbações funcionais. Se a anomalia for muito 
grande e capaz de interferir e prejudicar demais a função, a ponto de ser 
incompatível com a manutenção da vida, são classificadas de monstruosidade. 
 
A partir da posição anatômica, as descrições anatômicas e radiológicas se 
baseiam em planos imaginários básicos, segundo Tortora e Derrickson (2016) 
classificados em: (1) plano sagital ou paramediano, plano vertical que divide o 
corpo em uma parte direita e esquerda em tamanhos desiguais; (2) plano 
mediano, plano determinado quando um plano sagital passa na cabeça 
separando as duas narinas e segue no tronco, passando pela cicatriz umbilical 
dividindo o corpo em direita e esquerda em tamanhos semelhantes, porque não 
são exatamente iguais; (3) plano frontal ou coronal, plano que divide o corpo 
em parte anterior e posterior; (4) plano transversal ou axial, plano que divide o 
corpo em parte superior e inferior. 
5 
 
 
A importância desses planos é grande, quando se pretende estudar as 
estruturas internas, eles servem para fazer os cortes utilizados mundialmente 
na produção de livros de imagens, conhecidos como atlas de anatomia. 
Quando se examina uma imagem é preciso saber qual é o plano de secção 
(corte) utilizado na imagem para entender a disposição das estruturas. 
 
Os planos também são referenciais para dar origem aos termos de direção que 
descrevem a posição de uma parte do corpo em relação a outra e identificados 
como: (1) superior, em direção a cabeça ou na parte de cima de uma estrutura; 
(2) inferior, distante da cabeça ou na parte de baixo de uma estrutura; (3) 
anterior, próximo da parte frontal ou na frente do corpo; (4) posterior, próximo 
ou na parte de trás do corpo; (5) medial, próximo a plano mediano; (6) lateral, 
mais afastado do plano medial; (7) intermédio, entre duas estruturas; (8) 
ipsilateral, mesmo lado corpo com relação a outra estrutura; (9) contralateral, 
lado oposto do corpo com relação a outra estrutura, (10) proximal, próximo a 
origem de uma estrutura; (11) distal, distante da origem de uma estrutura; (12) 
superficial, na direção ou na superfície do corpo; (13) profundo, distante da 
superfície do corpo (TORTORA E DERRICKSON, 2016). 
 
Segundo a Sociedade Brasileira de Anatomia (2001), considerando sempre a 
posição anatômica, o corpo humano é dividido basicamente em quatro partes: 
(1) cabeça, dividida em crânio e face; (2) pescoço, sustenta a cabeça ligando-a 
ao tronco; (3) tronco, consiste em tórax, abdome e pelve; (4) membros 
superiores, consiste em ombro, axila, braço, antebraço, punho e mão; e (5) 
membros inferiores, consiste em nádegas, coxa, perna, tornozelo e pé. 
 
Vistas as denominações das partes do corpo humano, vamos estudar um 
pouco os espaços delimitados no interior delas, que chamamos de cavidades e 
cuja função é acomodar e oferecer proteção a órgãos internos. Listaremos 
apenas as mais importantes, que apresentam arcabouço ósseo e muscular 
além de membranas de tecido conjuntivo para dar proteção e sustentação a 
esses órgãos. 
6 
 
 
A cavidade posterior ou dorsal é composta por duas cavidades contínuas: (1) a 
cavidade craniana que contém o encéfalo e (2) o canal vertebral que contém a 
medula espinal. Ambas não apresentam separação,são protegidas por ossos e 
pelas meninges, membranas conjuntivas (VAN DE GRAAFF, 2003). 
 
A cavidade anterior ou ventral é maior e composta por outras duas grandes 
cavidades, que abrigam as vísceras e separadas pelo músculo diafragma: (1) 
cavidade torácica, situada no interior do tórax onde encontramos os pulmões 
na cavidade pleural, e o coração na cavidade do pericárdio, além de outros 
órgãos que atravessam o mediastino, que é a região mediana dessa cavidade; 
(2) cavidade abdominopélvica: estende-se do músculo diafragma até a região 
inguinal, consiste da cavidade abdominal no interior do abdome e da cavidade 
pélvica no interior da pelve óssea, sem que haja estrutura alguma delimitando a 
transição de uma para outra. Na porção superior, abdominal, estão estômago, 
fígado, pâncreas, rins, parte do intestino delgado e parte do intestino grosso e 
na porção inferior, pélvica, estão as porções restantes do intestino delgado e 
grosso, bexiga urinária e órgãos genitais internos (VAN DE GRAAFF, 2003). 
 
 
2. Biologia Aplicada a Educação Física 
 
 
A partir deste ponto convido-os a estudar a importância da biologia celular e 
sua relação com a atividade física. Segundo Tortora e Derrickson (2016), a 
organização biológica do corpo pode ser descrita em seis níveis estruturais 
diferentes que vão do átomo ao organismo: (1) nível químico, inclui as menores 
unidades da matéria, os átomos, formando as moléculas, constituídas por 
conjuntos de átomos; (2) nível celular, a célula é a unidade estrutural e 
funcional de um órgão e é composta por moléculas que se combinam; (3) nível 
tecidual, as células se agrupam para ser mais eficientes, produzem o material 
que as circunda e formam um tecido, com função específica; (4) nível orgânico, 
vários tecidos com função específica se juntam e formam o órgão que, por sua 
 
vez, desempenha uma função mais ampla; (5) nível sistêmico, composto por 
vários órgãos trabalhando em conjunto para realizar uma função
complexa; (6) nível organísmico, todos os sistemas funcionam em conjunto e 
de forma integrada para que o organismo esteja em equilíbrio e saudável.
 
A célula, menor unidade estrutural e funcional, é composta basicamente por: 
(1) núcleo, delimitado pe
todas as funções celulares; (2) 
bicamada fosfolipídica com proteínas inseridas, funcionam como passagem e 
como barreira para o movimento de material entre o interior da c
liquido extracelular; (3) citoplasma, espaço delimitado pelas membrana
nuclear e membrana celular, formado 
que funcionalmente armazena nutrientes dissolvidos, íons, resíduos, e as 
organelas. 
 
A membrana plasmática e as proteína
outras funções controlam, cada uma delas com suas especificidades, a 
movimentação de substancias entre 
a membrana celular regula a passagem de água e moléculas elos processos 
de osmose e difusão simples ou facilitada dependendo sempre do gradiente de 
concentração, com as substancias passando do local de maior concentração 
para o local de menor concentração.
 
 
Fonte: Silverthorn, 2003 
 
Já o transporte ativo acontece, também através de proteínas de membra, 
porém transportando substancias de um local de menor concentração para 
outro com maior concentração, sendo assim, o processo de transporte ativo é 
dependente de gasto energético. São 
vez, desempenha uma função mais ampla; (5) nível sistêmico, composto por 
vários órgãos trabalhando em conjunto para realizar uma função
complexa; (6) nível organísmico, todos os sistemas funcionam em conjunto e 
de forma integrada para que o organismo esteja em equilíbrio e saudável.
A célula, menor unidade estrutural e funcional, é composta basicamente por: 
(1) núcleo, delimitado pela membrana nuclear contém DNA para gerenciar 
todas as funções celulares; (2) membrana celular, estrutura formada por 
bicamada fosfolipídica com proteínas inseridas, funcionam como passagem e 
como barreira para o movimento de material entre o interior da c
liquido extracelular; (3) citoplasma, espaço delimitado pelas membrana
nuclear e membrana celular, formado por substância semigelatinosa, o citosol, 
que funcionalmente armazena nutrientes dissolvidos, íons, resíduos, e as 
plasmática e as proteínas de membrana são estruturas que entre 
outras funções controlam, cada uma delas com suas especificidades, a 
mentação de substancias entre os meios extra e intracelular
a membrana celular regula a passagem de água e moléculas elos processos 
de osmose e difusão simples ou facilitada dependendo sempre do gradiente de 
, com as substancias passando do local de maior concentração 
concentração. 
 
 
Já o transporte ativo acontece, também através de proteínas de membra, 
porém transportando substancias de um local de menor concentração para 
outro com maior concentração, sendo assim, o processo de transporte ativo é 
de gasto energético. São identificados três tipos de proteínas como 
7 
vez, desempenha uma função mais ampla; (5) nível sistêmico, composto por 
vários órgãos trabalhando em conjunto para realizar uma função mais 
complexa; (6) nível organísmico, todos os sistemas funcionam em conjunto e 
de forma integrada para que o organismo esteja em equilíbrio e saudável. 
A célula, menor unidade estrutural e funcional, é composta basicamente por: 
la membrana nuclear contém DNA para gerenciar 
membrana celular, estrutura formada por 
bicamada fosfolipídica com proteínas inseridas, funcionam como passagem e 
como barreira para o movimento de material entre o interior da célula e o 
liquido extracelular; (3) citoplasma, espaço delimitado pelas membranas, 
por substância semigelatinosa, o citosol, 
que funcionalmente armazena nutrientes dissolvidos, íons, resíduos, e as 
s de membrana são estruturas que entre 
outras funções controlam, cada uma delas com suas especificidades, a 
s meios extra e intracelular. Basicamente 
a membrana celular regula a passagem de água e moléculas elos processos 
de osmose e difusão simples ou facilitada dependendo sempre do gradiente de 
, com as substancias passando do local de maior concentração 
 
Já o transporte ativo acontece, também através de proteínas de membra, 
porém transportando substancias de um local de menor concentração para 
outro com maior concentração, sendo assim, o processo de transporte ativo é 
três tipos de proteínas como 
 
transportadoras, a primeiro tipo transporta apenas um tipo de substrato 
(transportadores de uniporte), 
substancias na mesma direção através da membrana (transportadores de 
simporte) e a terceira que movem substratos em direções 
(transportadores de antiporte).
 
Fonte: Silverthorn, 2003 
 
O entendimento das funções realizadas por organelas
no citoplasma é fundamental para compreender a dinâmica celular
manutenção das atividades vitais dos 
demandas aumentadas, 
 
Diante do exposto encontramos no citoplas
responsáveis pela manutenção estrutural celular e organelas responsáveis em 
manter as atividades funcionais das células: 
são vesículas delimitadas por membranas cheias de enzimas
digerem bactérias e organelas velhas
aparelho de golgi são sacos membranosos ocos com a função de modificar e 
empacotar proteínas; (3
membrana contínuos com a membrana nuclea
ribossomos, local onde s
endoplasmático liso é a mesmo que o reticulo endoplasmático rugoso, porém 
sem a presença dos ribossomos com a função de sintetizar ácidos g
esteroides e lipídeos; (5) os ribossomos são glânulos de RNA e proteínas com 
função de unir aminoácidos para formação de proteínas
uma organela com DNA próprio, 
de maior produção produção de 
transportadoras, a primeiro tipo transporta apenas um tipo de substrato 
(transportadores de uniporte), as segundas transportam duas ou mais 
substancias na mesma direção através da membrana (transportadores de 
te) e a terceira que movem substratos em direções 
(transportadores de antiporte). 
 
 
das funções realizadas por organelas eestruturas
no citoplasma é fundamental para compreender a dinâmica celular
das atividades vitais dos tecidos, órgãos e sistema, 
 relacionadas a prática de atividade física.
Diante do exposto encontramos no citoplasma organelas e estruturas 
responsáveis pela manutenção estrutural celular e organelas responsáveis em 
manter as atividades funcionais das células: (1) os lisossomos e peroxissomos 
são vesículas delimitadas por membranas cheias de enzimas, funcionalmente 
gerem bactérias e organelas velhas e metabolizam ácidos graxos; (2
aparelho de golgi são sacos membranosos ocos com a função de modificar e 
acotar proteínas; (3) o reticulo endoplasmático rugoso são túbulos de 
com a membrana nuclear externa cravejados de 
ribossomos, local onde são sintetizadas as proteínas; (4
endoplasmático liso é a mesmo que o reticulo endoplasmático rugoso, porém 
sem a presença dos ribossomos com a função de sintetizar ácidos g
) os ribossomos são glânulos de RNA e proteínas com 
função de unir aminoácidos para formação de proteínas; (6) a mitocôndria é 
uma organela com DNA próprio, considerada a usina energética, ou seja, local 
de maior produção produção de adenosina-trifosfato (ATP). 
8 
transportadoras, a primeiro tipo transporta apenas um tipo de substrato 
duas ou mais 
substancias na mesma direção através da membrana (transportadores de 
te) e a terceira que movem substratos em direções opostas 
 
e estruturas presentes 
no citoplasma é fundamental para compreender a dinâmica celular, na 
tecidos, órgãos e sistema, e nas 
relacionadas a prática de atividade física. 
organelas e estruturas 
responsáveis pela manutenção estrutural celular e organelas responsáveis em 
) os lisossomos e peroxissomos 
, funcionalmente 
e metabolizam ácidos graxos; (2) o 
aparelho de golgi são sacos membranosos ocos com a função de modificar e 
) o reticulo endoplasmático rugoso são túbulos de 
r externa cravejados de 
ão sintetizadas as proteínas; (4) o reticulo 
endoplasmático liso é a mesmo que o reticulo endoplasmático rugoso, porém 
sem a presença dos ribossomos com a função de sintetizar ácidos graxos, 
) os ribossomos são glânulos de RNA e proteínas com 
) a mitocôndria é 
considerada a usina energética, ou seja, local 
9 
 
 
Os tecidos organizados dão origem aos órgãos e cada tecido tem uma função 
específica que se tornará importante no órgão, por isso é essencial 
conhecermos as características funcionais básicas de cada um dos tecidos. 
Manter o organismo vivo e em perfeitas condições requer empenho de todos os 
sistemas do corpo, em que cada um executa sua função adequadamente. 
(VAN DE GRAAFF, 2003). 
 
Segundo Moore, Dalley e Agur (2014), no nível tecidual, cada um dos quatro 
tipos identificados possuem características e funções específicas: (1) tecido 
epitelial, as células são dispostas em lâminas contínuas e bastante unidas, tem 
como função principal fazer revestimento e produzir secreção. São encontrados 
em dois subtipos: (a) epitélio de revestimento e cobertura, reveste a pele 
externamente, reveste internamente os órgãos ocos, cavidades e ductos, 
separando compartimentos e criando limites entre a parede do órgão e a 
cavidade; mantém sua superfície livre e não é recoberto por nenhum outro 
tecido; (b) epitélio glandular, capaz de produzir e liberar secreções de qualquer 
tipo; é o principal constituinte das glândulas endócrinas ou exócrinas; (2) tecido 
nervoso, composto pelos neurônios, células excitáveis, e pela neuroglia, 
conjunto de células envolvidas com a sustentação, proteção e nutrição dos 
neurônios, são células capazes de produzir, conduzir e interpretar sinais 
elétricos, responsável por todo o tipo de percepção e sensação, pela 
integração e raciocínio e também pelo controle da atividade de outros tecidos; 
(3) tecido muscular, composto por células alongadas, tem como função básica 
gerar movimento, são descritos três tipos básicos: (a) liso, suas células (fibras 
musculares) são longas, fusiformes, dispostas em camadas e apresentam um 
único núcleo centralizado de controle involuntário, contrai independentemente 
da vontade consciente, e compõe a parede das vísceras; (b) cardíaco, suas 
células são alongadas, apresentam um ou dois núcleos centralizados e suas 
fibras apresentam estriações, de controle involuntário compõe exclusivamente 
o miocárdio; (c) esquelético ou estriado esquelético, são fibras longas 
com vários núcleos, apresentam estriações, sua contração é voluntária, 
controlada pela vontade consciente. O termo esquelético se justifica porque 
 
esse tipo de tecido muscular está ligado a ossos do esqueleto; (4) 
conjuntivo, é abundante e espalhado pelo corpo todo, suas funções são dar 
sustentação a outros tecidos, prender, proteger, isolar e criar compartimentos, 
promover a difusão de substâncias, armazenar e proteger, segundo Tortoza 
(2016), é possível classifica
apresenta fibras interligadas, mas pouca resistência; (b) tecido conjuntivo 
denso (não modelado, modelado ou elástico), contém fibras mais densas, 
espessas e numerosas, dependendo do subtipo podem ser altamente
resistentes e até mesmo pouco elásticos; (c) 
fibrocartilagem), apresenta sua matriz com d
um tecido firme e resistente, sem ser rijo;
firme e resistente, rico em cálcio e fósforo; (e) 
apresenta a matriz extracelular na forma líquida.
 
Fontes: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:illu_connective_tissues_1.jpg
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:illu_connective_tissues_2.jpg
 
Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Epithelium
 
esse tipo de tecido muscular está ligado a ossos do esqueleto; (4) 
ntivo, é abundante e espalhado pelo corpo todo, suas funções são dar 
sustentação a outros tecidos, prender, proteger, isolar e criar compartimentos, 
promover a difusão de substâncias, armazenar e proteger, segundo Tortoza 
(2016), é possível classifica-los em cinco tipos: (a) tecido conjuntivo frouxo, 
apresenta fibras interligadas, mas pouca resistência; (b) tecido conjuntivo 
denso (não modelado, modelado ou elástico), contém fibras mais densas, 
espessas e numerosas, dependendo do subtipo podem ser altamente
resistentes e até mesmo pouco elásticos; (c) cartilagem (hialina, elástica, 
, apresenta sua matriz com densa malha de fibras colágenas
um tecido firme e resistente, sem ser rijo; (d) tecido ósseo, é um tecido rijo, 
firme e resistente, rico em cálcio e fósforo; (e) tecido conjuntivo líquido
apresenta a matriz extracelular na forma líquida. 
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:illu_connective_tissues_1.jpg
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:illu_connective_tissues_2.jpg
https://en.wikipedia.org/wiki/Epithelium 
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esse tipo de tecido muscular está ligado a ossos do esqueleto; (4) tecido 
ntivo, é abundante e espalhado pelo corpo todo, suas funções são dar 
sustentação a outros tecidos, prender, proteger, isolar e criar compartimentos, 
promover a difusão de substâncias, armazenar e proteger, segundo Tortoza 
em cinco tipos: (a) tecido conjuntivo frouxo, 
apresenta fibras interligadas, mas pouca resistência; (b) tecido conjuntivo 
denso (não modelado, modelado ou elástico), contém fibras mais densas, 
espessas e numerosas, dependendo do subtipo podem ser altamente 
cartilagem (hialina, elástica, 
ensa malha de fibras colágenas, é 
, é um tecido rijo, 
tecido conjuntivo líquido, 
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:illu_connective_tissues_1.jpg 
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:illu_connective_tissues_2.jpg 
 
 
 
Fonte: Silverthorn, 2003 
Fonte: Silverthorn, 2003 
 
O metabolismo celular,
químicas com propósitos definidos. As redes metabólicas, conceitualmente são 
definidas em (1) redes ou vias catabólicas, que degradam moléculas 
complexas em variedade de moléculas mais simples e 
anabólicas, que formam produtos finais complexos a partir de precursores 
simples. A relação metabólica com a pratica
apresentadas com os conceitos de fisiolo3. Fisiologia Aplicada a Educação Física
 
 
A fisiologia é a ciência na área da saúde que nos ajuda a compreender o 
funcionamento inerno do corpo humano para manter o equilibrio 
para a manutenção das atividades da vida diária ou o reequilíbrio
sistema é submetido a condições de estresse, como o exercício físico.
 
A variável que expressa e r
função das alterações im
 
 
, funcionalmente, são redes integradas de reações 
químicas com propósitos definidos. As redes metabólicas, conceitualmente são 
redes ou vias catabólicas, que degradam moléculas 
complexas em variedade de moléculas mais simples e (2) 
anabólicas, que formam produtos finais complexos a partir de precursores 
A relação metabólica com a pratica da atividade física 
apresentadas com os conceitos de fisiologia aplicada à educação 
3. Fisiologia Aplicada a Educação Física 
A fisiologia é a ciência na área da saúde que nos ajuda a compreender o 
funcionamento inerno do corpo humano para manter o equilibrio 
para a manutenção das atividades da vida diária ou o reequilíbrio
sistema é submetido a condições de estresse, como o exercício físico.
A variável que expressa e representa a dinâmica da demanda energética
função das alterações impostas pela atividade praticada, é o consumo de 
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são redes integradas de reações 
químicas com propósitos definidos. As redes metabólicas, conceitualmente são 
redes ou vias catabólicas, que degradam moléculas 
) redes ou vias 
anabólicas, que formam produtos finais complexos a partir de precursores 
da atividade física serão 
gia aplicada à educação física. 
A fisiologia é a ciência na área da saúde que nos ajuda a compreender o 
funcionamento inerno do corpo humano para manter o equilibrio necessário 
para a manutenção das atividades da vida diária ou o reequilíbrio, quando o 
sistema é submetido a condições de estresse, como o exercício físico. 
epresenta a dinâmica da demanda energética, em 
é o consumo de 
12 
 
oxigênio (VO2), conceitualmente definido como a quantidade de oxigênio 
captado no ar atmosférico pelo sistema respiratório, transportado e distribuído 
pelo sistema cardiocirculatório e utilizado em nível celular para a produção da 
molécula energética de adenosina trifosfato (ATP). 
 
A molécula de ATP, metabolicamente, é considera a moeda de troca 
energética por ser, praticamente, a única forma de energia potencial que o 
organismo transforma em energia cinética para realização e manutenção do 
trabalho mecânico realizado pelo sistema muscular para produzir movimento, 
do trabalho químico observado no citosol das células e pelo trabalho de 
transporte realizado por proteínas específicas localizadas nas membranas 
plasmáticas. 
 
O VO2 é, metabolicamente, marcado por dois momentos distintos, o primeiro 
definido como o componente rápido, marcado pelo aumento exponencial da 
utilização do oxigênio quando o corpo é submetido, metabolicamente, a 
intensidades mais altas. O segundo momento definido como o componente 
estável do VO2, momento em que é atingido o equilíbrio entre a oferta e o 
consumo do oxigênio. 
 
Uma condição importante e muito utilizada na área da educação física e do 
esporte, como critério para identificar a condição física e atlética dos indivíduos, 
é o ponto metabólico em que o VO2 atinge seu valor máximo, independente do 
aumento da demanda energética em função do aumento da intensidade. Esse 
fator somado a pelo menos outros dois fatores como a frequência cardíaca 
máxima predita e o quociente respiratório, que é representativo da mistura de 
carboidratos e lipídios utilizado nas diversas intensidades do exercício com 
valor superior ou igual a 1, determinam o consumo máximo de oxigênio 
(VO2máx) 
 
Nas condições em que o VO2máx; conceitualmente definido como a quantidade 
máxima de oxigênio captado no ar atmosférico pelo sistema respiratório, 
transportado e distribuído pelo sistema cardiocirculatório e utilizado em nível 
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celular para a produção da molécula energética de adenosina trifosfato (ATP); 
não for alcançado, fisiologistas do exercício utilizam o temo VO2pico. 
 
 As alterações metabólicas influenciadas por mudanças na demanda 
energética podem ser identificadas por outra variável além do VO2. Essa 
variável é o limiar, determinado por alterações nos padrões de concentração de 
lactato, alterações nos padrões da ventilação, alterações nos padrões de 
utilização das vias metabólicas e substratos para o fornecimento energético. 
 
Dependendo do ponto observado, o limiar é, conceitualmente, abordado como 
limiar de lactato quando considera o ponto de aumento exponencial nas 
concentrações sérica do metabólito, limiar aeróbio-anaeróbio ou limiar 
anaeróbio ou limiar aeróbio quando considera alternância nos sistemas e vias 
metabólicas, limiar ventilatório quando considera o ponto de aumento 
exponencial na dinâmica ventilatória. 
 
Segundo Mc Ardle et. al. (2016) os termos supracitados referem-se 
essencialmente ao mesmo fenômeno identificados em momentos distintos de 
acordo com a demanda metabólica exigida pela atividade ou exercício proposto 
ao organismo. 
 
Nesse sentido o primeiro limiar é determinado a partir da intensidade de 
esforço anteriormente ao acúmulo exponencial do lactato no sangue, ao 
aumento exponencial da ventilação ou a mudanças significativas no percentual 
de cobtribuição de substratos energéticos, utilizando como termos de 
comparação os níveis considerados no repouso. 
 
O segundo limiar é determinado a partir das mesmas observações, porém, 
considerando o ponto que corresponde ao máximo estado estável que o 
organismo consegue manter com relação ao equilíbrio entre produção e 
remoção de lactato, ao máximo estado estável no padrão ventilatório e na 
utilização dos substratos energéticos e vias metabólicas. 
 
14 
 
Outros conceitos bastante utilizados, e intimamente relacionados com a 
capacidade física e atlética adquiridas com o treinamento, são: (1) déficit de 
oxigênio, expressa quantitativamente a diferença entre o oxigênio total 
realmente consumido durante o exercício e o total que se tivesse sido 
alcançado o ritmo estável do metabolismo aeróbio desde o inicio e (2) consumo 
excessivo de oxigênio após o exercício (EPOC), expressa quantitativamente o 
tempo necessário que o organismo utiliza para restaurar as condições 
fisiológicas anteriores ao inicio do exercício, tem relação direta e proporcional 
ao déficit de oxigênio. 
 
Fonte: Robert et al., 2002 Fonte: Robert et al., 2002 
Durante a atividade física, após ser captado pelo sistema respiratório e 
transportado pelo sistema cardiocirculatório o oxigênio será utilizado pelo 
metabolismo com propósito de fornecer energia suficiente para o trabalho 
mecânico de contração muscular. Sendo assim, o tecido muscular estriado é 
classificado em subtipos que são solicitados em correspondência a intensidade 
em que a atividade é desenvolvida. 
Basicamente vamos classificar as fibras musculares em três subtipos 
funcionais com características especificas e bem definidas: (1) fibra do tipo I, 
de contração lenta, solicitadas e utilizadas em atividades de intensidade 
moderada a baixa que mobilizam substratos energéticos pelas vias metabólicas 
aeróbias; (2) fibras do tipo II, de contração rápida, solicitadas e utilizadas em 
atividades de intensidade moderada a alta que mobilizam substratos 
energéticos pelas vias metabólicas anaeróbias e (3) fibras intermediárias, 
auxiliam tanto as fibras do tipo I, quanto as fibras do tipo II, adquirindo 
15 
 
características químicas e metabólicas tanto de uma, quanto da outra, 
dependendo da intensidade da atividade. 
Segundo Mc Ardle (2016), Robergs, Roberts (2002) e Bosco (2207) outros 
aspectos relacionados a tipificação e classificação das fibras musculares são: 
(1) aspectos morfologicos com a seguinte diferenciação entre os subtipos: (a) 
fibra do tipo I, cor vermelha,diâmetro pequeno, alta capilaridade e volume 
mitocondrial; (b) fibras do tipo II, cor branca, diâmetro grande, baixa 
capilaridade e volume mitocondrial; (c) fibras intermediárias, cor 
vermelha/branca, diâmetro, capilaridade e volume mitocondrial intermediário; 
(2) aspectos histo-quimicos com a seguinte diferenciação: (a) fibra do tipo I, 
baixa concentração da enzima miosina ATPase, baixa capacidade glicolítica e 
de manipulação de cálcio, alta capacidade oxidativa; (b) fibras do tipo II, alta 
concentração da enzima miosina ATPase, alta capacidade glicolítica e de 
manipulação de cálcio, baixa capacidade oxidativa; (c) fibras intermediárias, 
alta concentração da enzima miosina ATPase, alta capacidade glicolítica, 
capacidade de manipulação do cálcio e capacidade intermediária; (3) aspectos 
funcionais e contráteis: (a) fibra do tipo I, velocidades de contração e 
relaxamento lentas, baixa capacidade de gerar força e alta resistência a fadiga; 
(b) fibras do tipo II, velocidades de contração e relaxamento rápida, alta 
capacidade de gerar força e baixa resistência a fadiga; (c) fibras intermediárias, 
velocidades de contração e relaxamento rápida, intermediária capacidade de 
gerar força e moderada a alta resistência a fadiga. 
 
 
4. Psicologia do Esporte na Infância e a Adolescência. 
 
 
A psicologia do esporte é considerada uma nova área da psicologia aplicada 
que tem tido um enorme desenvolvimento e expansão nos últimos tempos, cujo 
objetivo é compreender os processos mentais e o comportamento do 
praticante. A psicologia do esporte exprime-se em respostas notáveis, pois o 
esporte manifesta-se, na maioria das vezes por processos físicos e respostas 
16 
 
mais discretas, sucedidas no interior dos atletas, pois estes possuem 
interesses, afetivos e valores. Desta forma, podemos afirmar que o objetivo do 
psicólogo é promover o seu bem-estar, ou seja, promover o equilíbrio no 
funcionamento do corpo e da mente. 
 
A atividade esportiva não se limita apenas a épocas de competição, mas 
também aos treinos. Assim, o psicólogo deve acompanhar o atleta para que 
possa superar de um modo assertivo; determinados aspectos negativos tais 
como consequências de uma lesão, derrotas e desconsiderações. Na vida de 
um atleta existem várias relações interpessoais que nem sempre são as 
melhores, como por exemplo, com colegas de equipe, adversários, treinadores 
e dirigentes esportivos. Além disso, temos ainda a comunicação social e o 
público que não só elogiam e admiram, mas também criticam e ofendem o 
atleta. 
 
Esta área da psicologia aplicada não intervém apenas em clubes, equipes, 
preparadores físicos e árbitros; mas também em estabelecimentos de 
atividades físicas e desportivas de lazer e aliadas à saúde, como ginásios, 
instituições vocacionadas para a reabilitação e clínicas médicas. 
 
O psicólogo deve intervir, por exemplo, para auxiliar atletas de elite a 
desenvolverem estratégias de preparação para lidarem com as exigências da 
competição e do treino, ajudar gestores, treinadores e árbitros para uma melhor 
comunicação e relação interpessoal, aplicar a investigação na aprendizagem 
motora e nos processos psicofisiológicos maximizando assim regimes de 
prática e forma física, consultar a nível psíquico atletas lesionados durante a 
sua reabilitação, ajudar a gerir o stress, ansiedade e esgotamento. 
 
Psicologia do Esporte tem demonstrado ser um forte campo de pesquisa e 
emprego do conhecimento psicológico. O seu desenvolvimento tem-se tornado 
assunto comum entre treinadores e atletas, visto que, dentro dos limites 
impostos pelas suas capacidades físicas, o rendimento deles na competição e 
17 
 
nos treinos está significativamente relacionado com o seu funcionamento 
psicológico. 
 
Segundo Sánchez (1999), o esporte educativo busca colaborar para o 
desenvolvimento global e potencializar os valores da criança. O esporte 
educativo encontra-se no meio destes dois extremos, constituindo-se como 
uma atividade cultural, possibilitando a formação básica e contínua através do 
esporte. Esta possibilidade busca proporcionar o desenvolvimento de atitudes 
motrizes e psicomotrizes em relação com os aspectos afetivos, cognitivos e 
sociais, respeitando os estágios de desenvolvimento humano. O esporte 
competitivo ou de rendimento é a prática esportiva com a finalidade de alcançar 
a vitória, buscando o movimento mais correto tecnicamente, realizando muitas 
repetições para o aperfeiçoamento da técnica o que leva o praticante a vencer 
o adversário. 
 
No processo de iniciação a postura do profissional da Educação Física é 
fundamental, uma vez que irá direcionar todo o processo de aprendizagem. 
Korsakas (2002) aponta para o fato de que o esporte não possui em si 
nenhuma virtude mágica, e como qualquer outra atividade pode ser utilizada 
para várias finalidades, dependendo da intencionalidade com que ele é 
ensinado e praticado. O esporte não é por si só saudável ou educativo, ele é 
aquilo que se fizer dele. 
 
A infância é um período fundamental de desenvolvimento físico, cognitivo, 
afetivo e social. As experiências deste período auxiliarão na formação de 
características e no desenvolvimento de aptidões, que repercutirão em outras 
fases do ciclo vital. Diversos estudos apontam que a brincadeira é um aspecto 
comum na infância em diferentes culturas e sociedades e de grande 
importância no ciclo vital dos seres humanos (CAILLOIS, 1990 et. al.). Nessa 
perspectiva Bichara (1994) aponta que a brincadeira faz parte do repertório 
comportamental da espécie humana, seja com o uso de instrumentos – 
brinquedos – ou usando a imaginação. Acredita-se que a existência da 
18 
 
brincadeira ocorre, principalmente, durante a infância e é por meio dessa 
linguagem, do lúdico, que a cognição das crianças se desenvolve. 
 
Neste trabalho conjunto, o psicólogo acompanha o profissional da educação 
física nas atividades de desenvolvimento de habilidades motoras básicas, 
auxiliando-o a desenvolver concomitantemente as habilidades sociais, 
cognitivas e psicológicas, preparando-a física e emocionalmente. Por outro 
lado, acolhe as demandas do professor naquilo que é observado das atitudes 
da criança frente os desafios da atividade em si e na relação interpessoal, tanto 
com os colegas como com os professores. 
 
 
5. Ergonomia 
 
 
Grande parte dos equipamentos disponibilizados nas academias são 
desconfortáveis e pouco adaptáveis a grande variedade de tipos estruturais 
dos indivíduos frequentadores. Para termos uma ideia praticantes de bike in 
door, por exemplo, pedalar intensivamente pode contribuir no processo de 
emagrecimento e fortalecimento dos músculos. Porém, caso a bicicleta não for 
ajustada de maneira adequada, é provável que o atleta sofra lesões nos 
tendões, articulações e músculos. 
 
A ergonomia estuda o homem em atividade, a fim de aplicá-lo a concepção de 
tarefas, instrumentos, máquinas e sistemas de produção, para que o homem 
possa desenvolver suas atividades com o máximo de conforto, eficiência e 
segurança. 
 
Com o aumento de pessoas aderindo programas de atividade esportiva, a 
atividade física recreacional e esportiva também vem sendo estudada do ponto 
de vista ergonômico. Assim, a análise dos efeitos do esporte e do estresse 
sobre o organismo humano, contribuem no sentido de prevenir lesões 
decorrentes da prática, além de contribuir para a melhora da performance. 
19 
 
 
Sendo assim, fica estabelecida a interface entre educação física e ergonomia, 
uma vez que ambas buscam eficiência e segurança. A Ergonomia, 
metodologicamente, desenvolve árduo trabalho na busca de fatores associados 
que interferem na realização da atividade física, na busca de soluções que 
ajustem o aperfeiçoamento na execução dos movimentos. No caso do atleta, 
um equipamento mal dimensionado reflete diretamente na queda do 
desempenho e invariavelmenteno aparecimento de lesões no sistema 
musculoesquelético. 
 
O tipo e o local da lesão dependem quase que exclusivamente da modalidade 
esportiva que o indivíduo pratica. Já, nas academias estão diretamente 
relacionadas ao tipo de exercício, geralmente realizados quase sem nenhuma 
consciência corporal ou realizados em equipamentos ergonomicamente 
inadequado que provocam entre outras, as lesões: (1) bursite: inflamação da 
bursa (cavidade sacular) entre a pele e o osso, ou entre o osso e o tendão. 
Pode surgir no joelho, no cotovelo ou no ombro; (2) síndrome do túnel cárpico: 
pressão nos nervos que sobem pelo punho, causando latejamento, dor e 
dormência no polegar e nos dedos, especialmente durante a noite; (3) 
epicondilite: Inflamação na zona onde o osso e o tendão se unem, denominado 
“cotovelo de tenista”, quando ocorre no cotovelo, causando dor e inchaço no 
local da lesão; (4) gânglio: um quisto numa articulação ou na bainha de um 
tendão. Habitualmente nas costas da mão ou no punho, causando, inchaço 
duro, pequeno e redondo habitualmente indolor; (5) osteoartrite: danos nas 
articulações, resultante da formação de tecido cicatricial na articulação e do 
crescimento de osso em excesso, causando rigidez e dor constante e pouco 
intensa na coluna e no pescoço, assim como em outras articulações; (6) 
Tendinite: inflamação na zona onde o músculo e o tendão se unem, causando 
inchaço, dor ao toque e vermelhidão da mão, punho e/ou antebraço, dificuldade 
em utilizar a mão; (7) tenossinovite: inflamação dos tendões e/ou das bainhas 
dos tendões, causando dor pouco intensa, mas permanente; (8) Tensão no 
pescoço ou no ombro: inflamação dos músculos e dos tendões do pescoço e 
do ombro, causando dor localizada no pescoço ou nos ombros. 
20 
 
6. Considerações finais 
 
Neste artigo abordamos os principais aspectos relacionados a anatomia do 
corpo humano, estudamos a localização topográfica das principais estruturas, e 
como elas se comportam, funcionalmente, para manter o equilíbrio fisiológico 
do organismo. Em um segundo momento, vimos de maneira básica como se 
formam os tecidos, órgãos e sistemas funcionais, e de que maneira o 
organismo de organiza para se ajustar as alterações fisiológicas e/ou 
metabólicas impostas pela atividade física ou pelos esportes. 
 
Outro assunto de extrema relevância levantado neste artigo é referente a 
psicologia do esporte na infância e na adolescência, é uma área relativamente 
nova na ciência do esporte e da atividade física que nos apresenta inúmeras 
possibilidades de pesquisa e aplicação prática. 
 
A relação entre os indivíduos e os equipamentos/materiais utilizados durante a 
pratica das atividades físicas e esportes. É de extrema importância identificar, 
estudar e, principalmente, ajustar, ergonomicamente, equipamentos e materiais 
que podem favorecer a mecânica dos movimentos e assim preservar e aliviar 
tensões inadequadas em estruturas como articulações, tendões e ligamentos 
no momento da execução dos movimentos. Os temas aqui discutidos, são tão 
interessantes quanto necessário para todos os que atuam como educadores 
físicos, o que significa que deve ser aprofundado e melhor conhecido para 
melhor desempenho nas atividades profissionais. 
 
 
 
 
 
 
21 
 
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SÁNCHEZ, D. B. (1999) A modo de introduccion. In: ______ La iniciación 
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INDE Publicaciones.

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