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Exame neurológico na criança · Na semiologia clínica neurológica da criança, buscam-se: RN e lactente Reflexos (Ex. Moro, Landau) Exame neurológico evolutivo 3 a 7 anos Aquisições sensitivas, motoras, sensoriais e cognitivas Estudo das funções corticais superiores e suas conexões Praxias Gnosias Finguagem Atenção-memória-evocação Sinais de lesão, localizatórios · O exame deve ser realizado em ambiente com temperatura amena, com bebê acordado e sem choro, em torno de 0,5-1 hora após a mamada · São usadas fita métrica, diapasão, sino, martelos, espelhos redondos e oftalmoscópio direto. · O exame neurológico não é feito logo no nascimento (capurro somático-neurológico), deve ser feito a partir das 48h de vida porque antes daria alterado por um sofrimento neurológico com depressão global e diminuição profunda dos reflexos que é superada no terceiro dia de vida. · Considerar para o exame uma temperatura ambiente entre 24 a 27ºC, despir paulatinamente o RN · Sequência do exame · Cabeça (e o que mais for possível sem despir a criança) · Despir segundo o princípio da manipulação mínima · Primeiro no colo, depois forçar a sentar, depois suspender pelas axilas com apoio plantar, depois suspensão ventral e por fim em decúbito ventral. A observação inicial deve ser paciente e demorada, começar em supino e deixar manobras que possam deflagrar o choro para o final Obs. Crianças prematuras até 2 anos de idade recebem desconto a partir da IG Subtrai da idade cronológica o número de semanas correspondente à diferença entre 40 semanas e a IG ao nascimento. Ex: Bebê nascido de 28 semanas, aos 6 meses de idade, avalia como 3 meses [6 meses – (40-28=12 semanas=3 meses)] INSPEÇÃO Movimentação espontânea · Atitude do RN Semiflexão dos 4 membros com hipertonia dos membros e hipotonia da musculatura cervical palpebral (cabeça mole). Normal apresentar cabeça lateralizada. · É importante observar que o bebê não se mantém estático, ao contrário, mostra riqueza de movimentos, com variações posturais espontâneas · Maior movimentação dos MMII sobre MMSS Extensão, flexão, pedalagem, cruzamento · Dvem ser arrítmicos, sem sincronismo e descoordenados · Se forem muito repetitivos e iguais pode indicar uma síndrome epilética do RN · Alerta! Simetria de movimentos , mãos fechadas com polegar preso entre os dedos Lesão de neurônio motor superior, pode ser paralisia cerebral Psiquismo · Sono Sono, sono com movimentos, despertando · Vigília Com ou sem movimentos; o sono-vigília pode ser invertido porque o bebê ainda não se acostumou com o dia e noite. · Chorando Choro fraco, normal ou forte · Espera-se um choro vigoroso, mas consolável O choro espontâneo deve estar vinculado às necessidades fisiológicas · Bebê hipotônico tende a choro mais fraco, mas baixo · Os bebês vítima de zika vírus são muito irritados, choram muito · Sons vogais Apenas 20% dos bebês apresentam, é mais comum ao fim do 3o mês Segmento ocular · RN - Enxerga em preto e branco a uma distância de 30 cm - Utiliza foco luminoso a 30 cm ou objeto preto e banco com movimento horizontal Obs: 30 cm é aproximadamente a distância para a mãe durante a amamentação · Após 2-3 meses, já pode usar objetos coloridos e movimentar na vertical e horizontal · RN Fixação fugaz · 2-3 meses Boa fixação = Segue bem na horizontal, na vertical e em movimentos circulares · Não fixação Amaurose, deficiência mental, traços de autismo Obs: amaurose é a perda total da visão, sem lesão no olho em si, mas com afecção do nervo óptico ou dos centros nervosos CRÂNIO · Inspeção Forma · Palpação 1) Fontanelas 2) Suturas 3) Medidas da cabeça · Percussão Importante após o fechamento das fontanelas · Ausculta Fontanelas · É importante que as suturas não estejam fusionadas ao nascimento, para que o crânio acompanhe o crescimento do cérebro O fechamento precoce pode ser normal, se PC e DNPM normais · Medir as distâncias longitudinal e transversal de ambas · FA (bregmática) Forma de losango, mede 2x2 cm e fecha com 15-18 meses de vida · FA não é palpada em 50% dos bebês aos 9 meses e em 100% com 1 ano · FP (lamboide) Forma triangular, mede 1x1 cm e fecha com 3-6 meses de vida BACK TO BED NÃO PEGUEI Hidrocefalia É uma das causas de macrocefalia Como as fontanelas estão abertas, se tem algo prejudicando o trajeto do liquor ou está ocorrendo produção excessiva de liquor, aumenta muito o PC Características · Desproporção crânio-facial O crânio se apresenta maior que a face · PC > +2DP · Fontanelas amplas/abauladas/pulsantes Medir pelas paredes ósseas · Suturas separadas, com distância de 1-2 cm · Veias superficiais do couro cabeludo visíveis · Sinal de Parinaud Olhar em sol poente, o excesso de líquido aumenta a pressão no aqueduto pericular e “abaixa” o foco do olhar · Sinal de Mac-Ewen = Sinal da panela rachada Sinal observado na hidrocefalia e que consiste em que, quando se encosta o ouvido de um lado e percute o crânio do outro lado, ouve-se um barulho de cana rachada. Suturas Metópica – Sagital – Coronal – Lamboide · Se essas suturas fusionarem antes do esperado, surgem deformidades, pois o cérebro não deixa de crescer · Em regra, o maior diâmetro ocorre no sentido da sutura que fusionou antes do tempo · Dolicocefalia ou escafocefalia (cabeça de martelo) Tem aumento do diâmetro AP, quem fechou primeiro foi a sutura sagital | O artigo fala que a dolicocefalia tem formato de quilha de navio · Braquicefalia Tem aumento do diâmetro biauricular, quem fechou primeiro foi as duas suturas coronais ou as duas lambdoides · Trigonocefalia (testa em quilha de navio) Se a sutura metópica fecha · Plagiocefalia Se uma das suturas lambdoides ou uma das suturas coronais (não as duas) fecha (pode ser posicional pela posição de dormir ou de estar no berço – nesse caso pode usar o capacete individual por muitas horas no dia para tentar corrigir) Braquicefalia Dolicocefalia ou escafocefalia Trigonocefalia Pagliocefalia 2 suturas coronais se fecharam Sutura sagital fechou O crânio fica alongado Sutura metópica Suturas coronal e labdoide (lado oposto) Obs. Essas malformações podem existir no conexto das síndromes genéticas. Medidas da cabeça · Perímetro cefálico · Distância biauricular (BA) De uma inserção superior de um orelha à outra no sentido coronalQuanto ao formato · Distância antero-posterior (AP) Da glabela até a parte mais proeminente do occipital · Índice cefálico novo BA/AP = 0,88416 a 1 · Mantido nas macro/microcefalias · Alterado nas deformidades do crânio Perímetro cefálico A fita métrica passa pela parte mais proeminente do occipital até a parte mais proeminente da região frontal (geralmente glabela). · Se tiver alguma deformidade ou assimetria do crânio, é preciso passar por ela Tem que passar por onde vai dar o maior PC · O CDC orienta medir 3 vezes e escolher o maior resultado · Coloca no gráfico Atentar para a existência de gráfico dos meninos e das meninas Ao nascer 6 meses 1 ano 34-35 cm 44 cm 47 cm Obs: No parto normal (pode ser cesárea também), em RN a termo, esperar pelo menos 2 dias para colocar no cartão da criança, pois o PC pode estar menor que o esperado, pelo acavalgamento das fontanelas para a passagem da cabeça no canal de parto. O aumento do perímetro não é constante! + novo o RN, + rápido o crescimento craniano · · 1o trimestre 2cm/mês · 2o trimestre 1 cm/mês · 3o trimestre 0,5 cm/mês No prematuro o crescimento pode ser muito mais rápido, chegando até a 2cm/semana no primeiro trimestre. Valores de referência · · Normal Entre -2DP e +2DP · Microcefalia < -2DP · Macrocefalia > +2DP COLUNA – deve ser vista em decúbito ventral Forma · Sinais de disrafismo Descontinuidade da coluna vertebral, signficativo de malformação espinhal Sinais de disrafismo espinhal oculto – solictar exame de imagem, principalmente se observar alguma limitação de movimentação de MMII Fístulas, principalmente no final da coluna – tirar a fralda pra olhar Hemangiomas Tufos de pelos · Tumoração Meningocele, mielomeningocele(conteúdo medular) · Palpação PARES CRANIANOS I Olfatório II Óptico III Oculomotor IV Troclear V Trigemeo VI Abducente VII Facial VIII Vestíbulo-coclear IX Glossofaríngeo X Vago XI Acessório XII Hipoglosso O olfatório só temos como analisar a partir dos 5 anos de idade Exame do III, IV e VI: motilidade ocular extrínseca · Crianças menores (RN até 2 meses), torpor ou coma Manobra dos olhos de boneca · Em decúbito dorsal, com a cabeça alinhada na linha média, rodar a cabeça do RN lateralmente · Observação Olhos permanecem na posição primitiva (até o final do 2o mês) · Analisa a integridade tronco (III, IV e VI pra via eferente e VIII para aferente) · Crianças maiores Bandeira da Inglaterra · Foca objeto colorido na linha média e depois movimenta na vertical e na horizontal em cruz (a bandeira da Inglaterra = centro, para cima, para baixo, para direita e para esquerda) ou em H Inervação m. elevador da pálpebra superior m. reto medial m. reto superior m. reto inferior III (olha pra baixo, medial e pra cima) Abertura ocular, parece três palitinhos! m. obliquo inferior m. obliquo superior IV (olha p baixo, desce escada e ir p quarto) m. reto lateral Inervado pelo VI · II e III – parassimpático Inspeção do tamanho das pupilas (miose ou midríase) e se estão iguais · Reflexo fotomotor e consensual Em lanterna incidindo sobre a pupila, contrai a do mesmo lado (fotomotor) e a do outro lado (consensual) · Reflexo de acomodação e convergência A fixação de objeto distante produz midríase, e a de objeto próximo, miose Exame da audição: VIII nervo · Teste da orelhinha · RN normais fazem breve pausa na sucção · Até o final do 1o mês, 100% dos bebês se voltam em direção ao som · Pesquisa de nistagmo · Maiores de 2 anos Teste de acuidade visual com fala sussurrada, relógio e diapasão Reflexo cocleopalpebral · Em lugar silencioso, bater palma (pode usar chucalho ou sino) a 30 cm de distância do ouvido da criança Observar o piscamento do olho com a palma · Via aferente do VIII e via eferente do VII (fechar o olho com o susto da palma, pois é responsável pela mímica facial) · RN normais fazm breve pausa na sucção; · Lactentes com audição normal viram a cabeça para o lado do som e, com 3 meses, olham para a direção da fonte sonora Outros nervos cranianos (não abordados em aula) · I Não é pesquisado entre 0-2 anos de idade; pesquisa após 4-5 anos, em cada narina isoladamente, através de estímulos como café e piche, que não são irritantes da mucosa nasal · II · Acuidade visual (estímulo facial com objeto colorido a 30 cm) Em > 2 anos, usa tabela de Snellen < 4 anos com objetos familiares > 4 anos com teste E ou letras · Campimetria: Confronta com objeto coloridos naqueles com 4-5 meses, movendo da região temporal até a nasal Amaurose, hemianopsia heterônima, hemianopsia homônima · Fundoscopia · V Sensibilidade da face, por estímulo tátil ou doloroso, observando a reatividade · Reflexo córneo-palpebral (V e VII) Ao estimular uma dar corneas, há resposta imediata com fechamento das pálpebras bilateral e simetricamente · Reflexo glabelar Ao percutir a glabela, as pálpebras de imediato fecham simétrica e bilateralmente · Reflexo orbicular dos lábios Percutindo a porção média do lábio superior, no filtrum, ocorre contração da musculatura orbicular dos lábios | Não é obrigatório no RN, e se presente, costuma ser hipoativo · Reflexo mentoniano Percutindo-se o mento, com a boca levemente aberta, ocorre movimento de contração reflexa do músculo masseteriano, por ação motora do NC V · VII Motricidade facial, gustação dos 2/3 anteriores da língua, salivação parotídea e lacrimação · Expressão facial do bebê, quando chora ou sorri · Bebê dormindo com fechamento completo das pálpebras · Lesões centrais acometem apenas o andar inferior da face contralateral; lesões periféricas acometem as porções superiores (inclusive olho) e inferiores homolateral · IX e X Deglutição, mobilidade do palato e voz (funções motoras); gustação do 1/3 posterior da língua, reflexo do vômito com espátula na faringe posterior (funções autonômicas) · XI Não pesquisado até os 2 anos; tonicidade dos músculos esternocleidomastoideo (rotação cervical) e trapézio (resistência ao levantat o ombro), com inspeção e palpação, para observar trofismo e tônus · XII Motricidade da língua – trofismo, motilidade, força muscular e centralização na linha média (dentro da boca desvia para o lado são e fora desvia para o lado da lesão) MOTRICIDADE · Trofismo 1) Atrofia 2) Hipotrofia 3) Pseudo-hipotrofia | Diminuído em desnutridos, etc · Tônus Estado de semiconcentração muscular · Força muscular Geralmente a partir dos 5 anos – a criança coopera para apertar a mão · Reflexos Tônus · Normal = normotônico; pouco = hipotônico; muito = hipertônico · Avaliado em cada segmento (pescoço, tronco, MMSS e MMII), com · movimentos passivos das articulações, para identificar a resistência à flexão e extensão dos membros; · e palpação muscular · Os RN mais jovens tem hipertonia apendicular fisiológica, que vai diminuindo a partir dos 3-4 meses de vida · O RN prematuro apresenta uma hipotonia fisiológica que se estende da 26° até a 36° semana de idade gestacional. Uma vez excluída a prematuridade, um recém-nascido hipotônico representa um quadro clínico alarmante, significando um bebê gravemente enfermo, inclusive com comprometimento na respiração e sucção. · Manobra do cachecol ou echarpe – presente tambem no Capurro somático · Ângulo poplíteo e ângulo dos adutores Quando é hipotônico demais, os ângulos estão bem maiores · Manobra do arrasto/tração · Lactentes que não sustentam o peso, quando levantados pelas axilas · No bebê normotônico Ocorre adução dos MMSS do bebê, e ele consegue ser segurado · No bebê hipotônico Não sustenta o peso pelas axilas, pois não flexiona os braços Alterações do tônus · Espasticidade Hipertonia · Sinal do canivete (criança com paralisia cerebral) · Resistência maior no final do movimento e quanto mais rápido o movimento · Rigidez Aumento do tônus em toda a extensão do movimento e é independente da velocidade · Distonia Condições hipertônicas com flutuações principalmente em movimentos de torção · A criança inicia um movimento voluntário e começa a fazer movimentos que atrapalham (Ex. torção para falar) · Hipotonia Tônus muscular diminuído · Miotonia Dificuldade de relaxamento Manobra do cachecol ou echarpe No paciente termo, temos: · 1o trimestre Linha mamilar ipsilateral · 2o trimestre Linha média · 3o trimestre Linha mamilar contralateral · 4o trimestre Passa da linha mamilar contralateral Isso acontece por amadurecimento do sistema piramidal. Obs: na criança hipotônica ocorre falta de resistência à movimentação passiva dos membros superiores e os cotovelos cruzam-se além da linha média sem formar ângulos articulares e nos membros inferiores observa-se atitude em batráquio, com hiperabdução das coxas. Manobra do arrasto/tração · Consiste em segurar as mãos da criança, que está em decúbito dorsal, puxando-a para uma posição sentada. A resposta é elevação da cabeça junto com o corpo, a partir dos 3 meses. Ao chegar à posição sentada e a cabeça é mantida ereta na linha média. Na criança hipotônica há falta de sustento completo da cabeça: · Bebê normal: A cabeça acompanha a linha média · No lactente > 3 meses Bom tônus cervical da musculatura cervical anterior então não é pra cabeça ficar pendurada · Com > 5 meses Já “ajuda a sentar”, ou seja, tem a musculatura cervical já desenvolvida, de forma que a cabeça vai para frente na manobra, como forma de dar suporte para a manobra Força muscular · Tônus ativo de MMSS e MMII, uso da força contra os membros · Grau 5 Força normal · Grau 4 (+) Vence uma resistência maior · Grau 4 (-) Vence uma resistência menor · Grau 3 Vence a gravidade · Grau 2 Faz movimentação da articulação, masnão vence a gravidade · Grau 1 Faz alguma contração leve, mas não há movimentação da articulação · Grau 0 Ausência de contração Manobra de Gowers · Fraqueza na cintura pélvica (Ex. distrofia muscular de Duchenne) · Deitar no chão/sentar e pede para se levantar Levanta escalando pelo próprio corpo, utiliza a força dos membros superiores, pois tem perda de força na região da pelve · Em pé, assume postura em hiperlordose · Quando caminha, a marcha é anserina · Gowers positivo se levantar dessa forma Reflexos profundos Bicipital, tricipital, estilo-radial – cervical –, patelar e aquileu – lombares. · Ausente 0/4+ · Hiporreflexia 1+/4+ · Reflexo normal 2+/4+ · Hiperreflexia 3+/4+ (há um aumento do reflexo no tendão e no músculo, sem clônus ainda) · Quando o paciente tem resposta de longe do tendão já, aumenta a área de pesquisa · Hiperreflexia com clônus 4+/4+ = Mais de uma resposta a uma única excitação (sucessão de movimentos sincrônicos) Reflexos superficiais · Cutâneo-abdominal Presente em 35% dos RNs · Supraumbilical, na linha do umbigo e abaixo do umbigo · Sentido lateral para medial · Obeso e paciente pós-cirurgia abdominal recente podem não ter · Cutâneo-plantar · Presente em 100% dos RNs Extensão do hálux apenas, hálux e artelhos (leque), apenas artelhos · O movimento de extensão pode ser normal em RN e lactentes, enquanto, em adultos, observa-se a retirada do pé ou a flexão dos artelhos · Cutâneo-plantar em extensão após os 2 anos é patológico Sinal de Babinski Sinal de babinski = lesão no trato corticospinal, pois ele quem inibe esse reflexo anormal. Sinal de Babinsky = Traduz liberação piramidal (síndrome piramidal) Reflexos automáticos A maturação do SNC não só inibe os reflexos primitivos do recém-nascido, mas também permite o desenvolvimento intelectual, sensorial e da atividade reflexa postural de forma integrada, o que torna ainda mais importante o acompanhamento do bebê a fim de constatar a evolução e desenvolvimento esperados. Alguns envolvem nervos cranianos mas há pouco envolvimento de trato piramidal, os automáticos são mais medulares Nascem com o RN Uns somem e não voltam mais, outros desaparecem como automáticos e voltam como movimentos voluntários (preensão, sucção, marcha) e alguns ficam para o resto da vida. · Preensão palmo-plantar Sucção Moro ou abraço Apoio plantar e marcha RTCA (Reflexo tônico cervical assimétrico) Galant Preensão palmo-plantar (100%) · Cabo do martelo ou dedo examinador na junção metacarpofalangiana · Mais intenso nas mãos · Desaparece em mãos (6m) e pés (15m) Sucção (100%) · Essencial para a sobrevivência · Estimular os lábios com dedo ou cotonete · Com 32 semanas, já está bem presente Moro ou abraço (100%) · Estímulos Som súbito (Ex. bater palmas), queda da cabeça, estiramento do lençol · Ao ser colocada em posição supina, a cabeça da criança é suspensa com suporte pelo examinador, levantando também o corpo da criança minimamente. Num movimento súbito, o examinador solta a criança, simulando uma queda ou ou após juntar os punhos na linha média, fazer flexão do punho com a mão na parte cervical para simular queda,presenciando o reflexo de Moro em condições normais, mas logo em seguida já sustenta a cabeça da criança novamente. Durante o reflexo de Moro, observa-se uma abdução e extensão dos membros superiores com abertura das mãos seguida de uma adução e flexão cruzada destes membros. · Desaparece aos 6 meses · 1a fase: Abdução e extensão dos MMSS de forma simétrica Obrigatória · 2a fase: Movimento de flexão e adução de MMII Não é obrigatória Apoio plantar e marcha (100%) · Apoio plantar automático ou “reflexo de endireitamento” · Melhor observado após 3o dia · Para verificação da marcha reflexa, o avaliador deve segurar e suspender a criança pelo tronco, mas permitindo que ela toque os pés em uma superfície. O reflexo será obtido com a inclinação do corpo da criança após obter o apoio plantar, estando presente já nos primeiros dias de vida e desaparecendo entre a 4ª e 8ª semana de vida da criança. RTCA · Posição do esgrimista ou do espadachim · Desaparece até 3-4 meses · Rodando a cabeça para um dos lados, ocorre abdução e flexão do membro superior do lado occipital e abdução e extensão do membro superior do lado facial · Ao ser colocada em posição supina, a cabeça da criança deve ser rotacionada em 90° para um dos lados pelo examinador e assim permanecer durante 15 segundos. O reflexo tônico-cervical assimétrico será perceptível pela extensão ipsilateral (à rotação) dos membros superior e inferior e flexão contralateral (do lado occipital) dos membros superior e inferior. · Pode indicar algum comprometimento neural caso seja exagerado ou se torne persistente, isto é, ultrapasse o terceiro ou quarto mês de vida. Galant · Bebê em decúbito ventral: Estimulação vertical dos mm. Paravertebrais Encurvamento lateral do tronco (flete o quadril para o lado estimulado) · Desaparece aos 4 meses Relfexos evolutivos Reflexos que aparecem ao longo do primeiro ano Landau · Ajuda a diferenciar a fase de hipotonia fisiológica da hipotonia patológica, no RN a partir de 4 meses · Landau parte I O RN reflexamente faz movimento antigravidade, portanto extensão de pescoço, tronco e membros, a partir dos 4 meses, quando suspendido verticalmente · O RN hipotônico, quando faz a posição, continua largado · Landau parte II A partir dos 6 meses, Forçando-se flexão da cabeça, há flexão reflexa do tronco e dos membros Paraquedas A partir dos 6 meses, ao elevar o bebê em decúbito ventral e aterrissar o bebê na maca após o Landau, ele abre os braços (paraquedas). · É um reflexo importante para preparar o bebê para engatinhar (a partir dos 8 meses) Postura e marcha (não abordou em aula) · Firma o pescoço > Senta > Ergue-se > Anda · O controle cervical ocorre primeiro no grupo posterior (extensor) e depois no grupo anterior · Sentar com apoio e depois sem apoio A marcha sem apoio ocorre até os 12 meses, mas é considerada até os 18 meses, e pode demorar mais que isso, sem significado necessariamente patológico · Quando a marcha se torna independente, inicialmente apresenta-se com base alargada, por imaturidade cerebelar Distúrbios do movimento (não abordou em aula) · Tremores Movimentos involuntários oscilatórios e rítmicos · Coréia Movimento involuntário de início abrupto, breve, migratório, intensidade e topografia variáveis · Distonia Movimento de torção que leva à postura anormal · Mioclonias Contrações involuntárias isoladas ou repetidas, abruptas, rápidas como um raio, mais rápidas que as da coréia, espasmódicas, arrítmicas e assinérgicas envolvendo partes de músculos, músculos inteiros ou grupos de músculos · Balismo Movimentos de arremesso violentos e incessantes · Tiques Movimentos rápidos estereotipados, involuntários, despropositados (Ex: piscamento, careta) Sensibilidade (não abordou em aula) Avaliada em criança > 2 anos. · · Tátil · Térmica · Dolorosa · Senso de posição · Vibratória Fala e linguagem (não abordou em aula) Avaliada em criança > 2 anos. · Linguagem Avaliar expressão e compreensão oral · Funções cognitivas Mini mental 1. Orientação (10 pontos) Dia da semana, dia do mês, mês, ano, manhã/tarde, local específico, andar, cidade, estado, país 2. Memória imediata (3 pontos) Recordar as palavras janela, casaco e caneta 3. Atenção e cálculo (10 pontos) Diminuir 7 de 100 sucessivamente 5 vezes, soletrar “prato” ao contrário 4. Recordação (3 pontos) Recordar as palavras janela, casaco e caneta 5. Linguagem (8 pontos) Nomear um relógio e uma caneta; repetir “casa de ferreiro, espeto de pau”; comandos verbais: “pegue este papel com a mão direita, dobre ao meio e coloque-o sobre a mesa”; ler a frase e obedecer: “feche os olhos”; escrever uma frase 6. Cópia = praxia visuo-construtiva (1 ponto) Imitar um desenho que vem na folha do teste · Praxia Capacidade de executar atos motores numa sequência lógica · Desenhar uma estrela, um cubo (10 anos), um relógio, carta com endereço, 2 losangos interlaçados · GnosiaCapacidade de reconhecer objetos · · Visual · Tátil (estereognosia) Reconhecer chave/botão · Digital · Grafestesia 8 anos (palma) · Discriminação entre 2 pontos Dedos das mãos (lobo parietal) Sinais de risco para o desenvolvimento MOTOR (bebês termo) RN Flacidez, hipertonia extrema (mão flexionada), opistótono 3o mês Sustentação deficiente da cabeça 5o-6o mês Não rola, não senta com apoio 7o-8o mês Não senta sem apoio (mão da propria criança), não passa objetos de uma mão para outra 9o-12o mês Não fica de quatro, não engatinha, não se mantém em pé (se segurando sozinha) 13o-18o mês Não anda, não corre Sinais de risco para o desenvolvimento MENTAL 1o mês Choro agudo, não fixa o olhar 2o mês Riso social ausente 3o mês Acompanhamento ocular ausente 6o-7o mês Lalação* ausente, não estranha pessoas 9o-12o mês Não dá tchau, não bate palmas, não fala dissílabos com significado (dada, mama) 18o mês Não conhece partes do corpo, não expressa palavras-frase (água = dá água) 24o mês Não fala frases simples (dá água, nenê qué bola), não entende ordens simples * Lalação Expressa por sons guturais inicialmente e balbúcio de vogais, com amplos movimentos labiais aos estímulos da mãe ou do examinador Obs: A linguagem compreensiva precede a expressiva No 1o ano, o bebê reage negativa ou positivamente aos estímulos. Obs: Após 1 ano, fala “mama”e “papa”específico; com 3 anos, é obrigatório usar o “eu”. CONSULTA NA NEUROPEDIATRIA Anamnese na neuropediatria · Identificação · QP · HDA · AF (AGO + DNPM + atualmente) · AGO (Antecedentes gestacionais-obstétricos) · pré-natal: início, exames e drogas; · doenças na gestação; · tipo de parto; · estatura, PC ao nascer e APGAR, · intercorrências neonatais; · testes de triagem · DNPM Quando: sustentação da cabeça, riso social, sentou, engatinhou, ficou em pé com apoio, andou, vocalização, falou as primeiras palavras; frases; controle dos esfíncteres · APP (doenças e internações) · AF (pai, mãe, irmãos, outros) + história familiar de epilepsia ou de outra doença neurológica + · AS / condições e hábitos de vida Exame físico na neuropediatria · Exame físico · Estado geral, peso, estatura e PC · Segmentar (pele, CV, AR, abdome, membros, outros) · Neurológico · Cognitivo, · Psiquismo · Reflexos primitivos · Reflexos profundos e superficiais · Força / tônus e trofismo · Crânio e nervos cranianos · Fundo de olho · Sensibilidade · Exame dedo-nariz, dedo-dedo + equilíbrio/marcha, diadococinesia Conduta · Exames complementares · Análise + plano de conduta Idade Equilíbrio estático Equilíbrio dinâmico Coordenação apendicular Persistência motora Gnosias 3 anos Romberg (olhos abertos) por 30 segundos Subir e descer escadas com apoio, alternando os pés Dedo-nariz (olhos abertos) - - 4 anos Romberg (olhos fechados) por 30s Subir e descer escadas sem apoio, alternando os pés Dedo-nariz (olhos fechados) Protrusão da língua (olhos abertos) por 40s Conhece e denomina preto e branco 5 anos Permanece em pé com o calcanhar de um pé na ponta do outro (olhos abertos) por 10s Andar com o calcanhar de um pé tocando a ponta do outro pé Tocar com a ponta do polegar em todos os dedos, nas 2 mãos e nas 2 direções Protrusão da língua (olhos fechados) por 40s Conhece e denomina todas as cores 6 anos Permanece em pé com o calcanhar de um pé na ponta do outro (olhos fechados) por 10s Andar para trás com a ponta do pé tocando o calcanhar Círculos com os dedos indicadores, com os braços estendidos horizontalmente para os lados - Conhece direita e esquerda no próprio corpo 7 anos Equilíbrio na ponta dos pés com os calcanhares unidos MMSS abertos lateralmente (olhos abertos) por 30s Saltar batendo duas vezes palmar no ar Eudiadococinesia Faz movimentos alternados e sucessivos com as mãos MMSS horizontalmente p/ frente, dedos afastados e polegares separados em 1 cm (olhos fechados) por 30s Sabe direita e esquerda do examinador Obs: Após 7 anos, pode fazer igual ao adulto, exceto o mini mental, pois existe um adaptado para criança acima de 7 anos.
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