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M.A.D 2 Protozoários sistêmicos I Typanosoma cruzi - Causa a doença de chagas - Existe 6 unidades discretas de tipagem (6 tipos de typanosoma cruzi) - São classificados de acordo com suas cepas : . Cepa Y = tem parasetemia elevada; tropismo por macrófagos do fígado, baço e medula; causa infecção maligna . Cepa CL = é mitrópica e causa infecção benigna Morfologias (formas evolutivas) Amastigotas - Forma encontrada no miocárdio e na cultura de células - Apresenta formato arredondado ou oval e possui flagelo reduzido Trypomastigotas - Forma encontrada no sangue - Possui corpo celular alongado curvilíneo e apresenta flagelo livre Trypomastigotas metacíclicos - Forma encontrada nos insetos e no homem Epimastigotas - Forma encontrada nos insetos e em cultura no meio líquido - Possuem corpo celular alongado e fusiforme e apresenta flagelo livre Doença de chagas - Vetor = triatomídeos (barbeiro) - Hospedeiro = vertebrado (homem) ou invertebrado (triatomídeos) - Reservatórios = gambás, roedores, cãs, gatos, coelhos, cobaias, porcos, cabras - Período de incubação = 7 a 10 dias - Fase aguda da doença = dura de 3 a 8 semanas - Fase crônica da doença = é indeterminada, pode ser assintomática ou apresentar sintomas (cardíacos, digestivos ou ambos) M.A.D 2 Ciclo 1- O homem é picado pelo barbeiro 2- Durante uma refeição de sangue, um inseto vetor triatomíneo infectado (barbeiro) libera tripomastigotas em suas fezes, perto do local da ferida da mordida 3- As tripomastigotas entram no hospedeiro através da ferida. Dentro do hospedeiro, os tripomastigotas invadem as células próximas ao local da inoculação (infectam células como macrófagos, miócitos estriados, fibroblastos e glia por fagocitose) e se diferenciam em amastogotas intracelulares 4- As amastogotas se multiplicam por fissão binária e se diferenciam em trypomastigotas 5- As trypomastigotas eclodem para fora da célula e entram na corrente sanguínea 6- Na corrente sanguínea, trypomastigotas não se multiplicam (a multiplicação só recomeça quando os parasitas entram em outra célula ou são ingeridos por outro vetor) 7- O barbeiro se infecta ao se alimentar de sangue humano ou animal que contenha parasitas circulantes 8- Os trypomastigotas ingeridos se transformam em epimastigotas no intestino médio do vetor 9- Os parasitas se multiplicam no intestino médio 10- No intestino grosso, eles se diferenciam em trypomastigotas metacíclicos infectantes e são excretados nas fezes Transmissão - Pode ser : . Vetorial (através das fezes do triatomídeo) . Oral (através de alimentos contaminados com as fezes do triatomídeo) . Trasnfusional . Transplantes (de um indivíduo contaminado para um indivíduo não contaminado) . Congênita . Acidental (laboratorial e em cirurgias) Patologia - Lesões celulares = degeneração discreta, necrose, ruptura de ninho parasitários, lesão citotóxica por LTCD8 - Inflamação = miocardite, miosina, encefalite, lesão do SNA - Fibrose = instalação lenta e progressiva Resposta imune - As células infectadas não induzem resposta inflamatória - Quando as células infectadas se rompem, elas induzem inflamação e ação de LTCD4 e LTCD8 M.A.D 2 Leishmania - Causa a doença leishmaniose Morfologias Leishmaniose visceral - Forma promastigota (no mosquito) - Forma amastigotas (em mamíferos susceptíveis) Ciclo 1- A leishmaniose é transmitida pela picada de flebotomíneas infectadas. 2- Ao se alimentarem de sangue, as flebotomíneas injetam promastigotas metacíclicos (estágio infeccioso) de sua probóscide 3- Os promastigotas são fagocitados pelos macrófagos e outras células mononucleares fagocíticas 4- Nessas células, os promastigotas se transformam em amastigotas (estágio tecidual) 5- Os amastigotas se multiplicam por divisão simples e infectam outras células fagocíticas mononucleares 6- Ao se alimentarem do sangue de um hospedeiro infectado, as flebotomíneas são infectadas pela ingestão de macrófagos infectados por amastigotas 7- No intestino médio das flebotomíneas, os amastigotas se transformam em promastigotas 8- As promastigotas se multiplicam, se desenvolvem e migram para a probóscide Leishmaniose tegumentar americana - Doença infecciosa de evolução crônica, que acomete, isoladamente ou em associação a pele e as mucosas do nariz, boca, faringe e laringe - É causada por diferentes espécies de protozoários do gênero Leishmania - É transmitida por mosquitos conhecidos como flebótomos - Formas evolutivas do parasita no mosquito = multiplicação binária de formas promastigotas no tubo digestivo da fêmea - Formas evolutivas do parasita nos vertebrados = multiplicação binária de formas amastigotas nos macrófagos Fisiopatologia 1- Repasto sanguíneo (regurgitação de saliva com promastigotas e substâncias pró- inflamatórias) 2- Reação inflamatória local com atração de fagócitos 3- Destruição de Leishmanias por PMN, eosinófilos e complemento 4- Formas metacíclicas escapam da destruição 5- Fagocitose por macrófagos e células de Langerhans M.A.D 2 6- Transformação em formas amastigotas nos vacúolos fagocitários 7- Inibição da explosão respiratória e das enzimas lisossomiais 8- Sobrevivência intrafagocitária e desenvolvimento de imunidade [Th1 x Th2] Patologia - Infiltrado inflamatório crônico (células do sistema monocitico-fagocitario e linfócitos) - Na pele = hiperplasia epidérmica, papilomatose, acantose, hiperqueratose, ulceração e atrofia - Há lesão única em 90% dos casos (na pele e em mucosas) - Forma cutânea anérgica difusa = inflamação pouco expressiva, ausência de linfócitos, macrófagos não ativados com intenso parasitismo Formas clínicas - Leishmaniose cutânea localizada (LCL) - Leishmaniose cutânea disseminada (LCD) - Leishmaniose cutânea anérgica difusa (LCAD) - Leishmaniose mucosa (LM) - Leishmaniose cutâneo-mucosa (LCM) M.A.D 2 Leishmaniose visceral/calazar - Doença sistêmica causada por protozoários do gênero Leishmania que parasitam células do sistema fagocítico-mononuclear do hospedeiro - Caracteriza-se por febre intermitente prolongada, emagrecimento, pancitopenia, hepatoesplenomegalia, micropoliadenopatia, manifestações respiratórias e intestinais e hipergamaglobulinemia - Calazar = febre negra - Vetor = mosquito flebótomo - Período de incubação = de 3 a 12 meses - O quadro clínico pode ser de forma assintomática (com sorologia positiva e intradermorreação positiva) ou sintomática (com sorologia positiva, intradermorreação negativa, leve ou oligoassintomatica e moderada ou grave) Fisiopatologia 1- Picada do flebótomo (regurgitação de promastigotas com saliva) 2- Atração de fagócito ao local da picada 3- Penetração dos promastigotas nos fagocitos e transformação em amastigotas 4- Contenção da infecção e imunidade duradoura na maioria dos indivíduos * O parasita persiste no organismo e pode voltar a se multiplicar se houver imunodeficiência Patologia - Comprometimento do sistema fagocítico mononuclear - Hiperplasia e hipertrofia do SRE, dos linfonodos, do fígado, do baço e da medula óssea - Deposição intramacrofágica de material antigênico - Alterações intersticiais Quadro clínico No fígado . Esteatose, congestão, hipertrofia, hiperplasia das células de Kipfer, infiltrad linfoplasmocitário intraocular, fibrose de Rogers Nos pulmões . Pneumonite intersticial, congestão, espessamento sertão, infiltrado linfomonocitário e plasmocitário M.A.D 2 No baço . Hipertrofia, hiperplasia, congestão, plasmocitose, redução das áreas T-dependentes Nos rins . Glomerulopatia leve, nefrite intersticial, proteinúria, hematúria No trato gastrointestinal . Mucosite jejunal, enterorragia perdedora de proteínas
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