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Vinicius Queiroga – M12 FSM Insuficiência Cardíaca Fisiopatologia Principalmente a ativação do sistema nervoso simpático e do sistema renina-angiotensina- aldosterona, influenciam na ocorrência da insuficiência cardíaca. Quando o débito cardíaco cai, o rim interpreta como um baixo débito, retendo sódio e água. Portanto, o paciente com ICC retém sódio. A doença é no coração, porém, o rim participa de uma forma intensa dessa condição. O débito cardíaco cai, menos sangue nas artérias, menos sangue fazendo a perfusão renal e este acaba mantendo a volemia, retendo líquido e sódio, fazendo com que o paciente fique congesto (“enxarcado”). E a partir daí surge a congestão pulmonar, etc. A nível das artérias, ocorre vaso constrição (angiotensina 2) para se adequar ao débito cardíaco. Ao mesmo tempo, ocorre uma taquicardia reflexa. Congestão sistêmica: Edema de membros inferiores Congestão pulmonar: Derrame pleural Sistema Renina Angiotensina Aldosterona A angiotensina 2, formada por meio desse sistema gera a vasoconstrição, crescimento celular, acúmulo de h2o e sódio e ativação do sistema nervoso simpático. Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina (Captopril, Enalopril, Ramipril, etc), agem nesse sistema, impedindo todo esse processo. Avaliação Diagnóstica • História minunciosa • Exame físico rigoroso • Exames complementares • É insuficiência cardíaca? • Qual a origem? O que desencadeou a ICC nesse paciente? (alcoolismo, doença valvar, insuficiência renal, síndrome coronariana) Fatores de piora: • Quimioterapia • Alcoolismo • Ingestão alta de sódio e retenção de água • AINEs • Endocardite infecciosa • Deixou de tomar remédio • Evento isquêmico do miocárdio Reconhecimento Clínico • Dispneia aos esforços • Fadiga • Dispneia paroxística noturna • Ortopneia • Edema Idosos e obesos dificultam o diagnóstico. Critérios de Framingham 2 critérios maiores ou 1 maior e 2 menores confirmam insuficiência cardíaca PVC = Pressão Venosa Central Exame Físico • Pressão • Ausculta cardíaca • Pulso Vinicius Queiroga – M12 FSM • Exame cardiovascular Se o doente estiver aquecido, é sinal de boa perfusão. Se o doente estiver frio, sudoreico, é sinal que tem um grau maior do problema cardíaco. • Pressão venosa jugular • Hepatomegalia: Decorrente da congestão sistêmica • Ascite • Pele fria • Taquicardia A presença da turgência jugular não quer dizer que seja IC. Ginecomastia pode ser causada pela medicação (Espironolactona). Classificação de NYHA São classes funcionais. Baseiam-se na limitação do paciente e nos sintomas relacionados aos esforços. Estágios da IC (AHA) Febre Reumática se encaixa no estágio A. Se houver alterações estruturais decorrentes da febre reumática, estágio B, e assim por diante. Exames Complementares • Hemograma • Glicemia • Clearance de Creatinina • Sódio (Quanto mais hiponatremia, mais descompensado se encontra o paciente, pois o mesmo se encontra congesto, com sódio diluído diante da hipervolemia) • Magnésio • Potássio • Perfil lipídico • Função tireoidiana (dosagem de TSH, T3, T4, anticorpos anti TPO, anti TG e TRAB) • Função Hepática (AST, ALT, fosfatase alcalina, bilirrubina, LDH, albumina) • Sumário de Urina • BNP: Peptídeo que se eleva durante a dispneia de origem cardíaca (Alto custo e difícil acesso. Dificilmente é solicitado por esses motivos. Geralmente é pedido eletro, radiografia e eco) • Radiografia de tórax • Eletrocardiograma • Ecocardiograma • Ergoespirometria • Teste de caminhada 6 min • Holter Exames Especiais • Testes de função pulmonar • Coronariografia • Biopsia endomiocárdica • Cintilografia miocárdica com gálio 67 • Estudo eletrofisiológico invasivo Vinicius Queiroga – M12 FSM Radiografia de Tórax Radiografia com área cardíaca aumentada, derrame pleural bem evidente. Cardiomegalia (área cardíaca aumentada), com lesões peri-hilares (congestão pulmonar da IC). Eletrocardiograma Supra desnivelamento do seguimento ST, indicando infarto. Se o paciente chegar com esse ECG e clínica característica de IC, possivelmente a origem foi o infarto. Ecocardiograma (Indispensável) Indispensável para avaliar o paciente. Avalia anatomia e fisiologia do coração. Fração de ejeção do VE é um dos principais critérios. Cintilografia Miocárdica Não vê artérias. Vê a perfusão do miocárdio. Se a perfusão está boa, as artérias estão boas. Portanto, serve para a pesquisa de doença arterial coronariana. Coronariografia Vê a anatomia coronariana. Presença de lesões, obstruções, grau e magnitude. Se IC aguda após IAM, avalia a necessidade de uma intervenção cirúrgica. Disfunções valvares. Candidatos à transplante cardíaco. Discriminar entre disfunção diastólica de restrição pericárdica. Vinicius Queiroga – M12 FSM Prognóstico em IC Insuficiência Cardíaca Diastólica Paciente tem uma boa sístole, porém, a diástole é defeituosa, causando um mau enchimento da cavidade ventricular. • Os sintomas são semelhantes aos da IC sistólica • Ecocardiograma faz esse diagnóstico Perfil Hemodinâmico Tratamento Diuréticos • Baixo custo • Uso seguro • Alívio de sintomas e melhor qualidade de vida • Se há sinais de congestão, são os ideais • Pronto socorro: Endovenoso (Furosemida) • Em casa: Via oral Espironolactona • Inibidor da aldosterona • Comprimido 25mg • Para insuficiência cardíaca avançada (NYHA III ou IV) • Aldactone (nome comercial) = Espironolactona • Não é utilizado na Insuficiência Cardíaca Diastólica!! Pois a fração de ejeção está preservada. A sístole está preservada. IECA ou BRA • Para todos com insuficiência cardíaca • Desde o NYHA I ao IV • BRA são indicados para pacientes com intolerância aos IECA • Contraindicações IECA: o Potássio sérico acima de 5,5 mEq/L o Estenose de artéria renal bilateral o História de angioedema documentado com uso prévio de IECA o Hipotensão arterial sintomática o Insuficiência renal • Contraindicações BRA: o Associação de BRA e IECA em paciente com IC não deve ser utilizada de forma rotineira, pois eleva a possibilidade de complicações como agravamento de insuficiência renal, hipercalemia e hipotensão sintomática • Efeitos IECA (trocar para BRA): o Tosse o Hipotensão o Piora da função renal o Angioedema o Hipercalemia o Reações de pele Vinicius Queiroga – M12 FSM Betabloqueadores • Contraindicações: o IC descompensada o Hipotensão • Indicações: deve ser usado em pacientes com IC crônica, CF II/IV, FE < 0,40, estáveis e com doses adequadas de diuréticos, além dos inibidores da ECA, com ou sem digital • Inibem o componente simpático da fisiopatologia da IC Agentes Inotrópicos • Úteis na IC com baixo débito • Usados em doentes críticos, graves, em terapia intensiva Transplante Cardíaco Indicações: • NYHA III ou IV • Sintomas incapacitantes • Refratário ao tratamento adequado e otimizado com IECA, diuréticos, digitálicos, betabloqueadores • Com prognóstico reservado nos próximos 12 meses • Após remoção de fatores reversíveis e correção de fatores desencadeantes continuam em CF III/IV • Paciente novo Contraindicações: • SIDA • Câncer nos últimos 3 anos (exceto colo uterino e pele) Referências Comitê Coordenador da Diretriz de Insuficiência Cardíaca. Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda. Arq Bras Cardiol. 2018;111(3):436-539.
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